Esta postagem tem como função analisar a crise da Varig e o
que esse fato gerou como conseqüência para seus trabalhadores e sua
representatividade na sociedade brasileira, principalmente a baiana. Esta
pesquisa fará uma análise do processo lento e gradual oriundos desde os
primórdios da sociedade senhorial até os dias atuais para entender o
significado do que esta crise representou. A Varig foi a representatividade de
uma classe burguesa e de um processo histórico marcados por um ideário, afinal,
na historiografia do sistema capitalista, sua presença se fez presente na ascensão
e queda.
A representatividade da empresa abrangeu o país todo e em particular o estado baiano através da dinâmica capitalista com sua produtividade lucrativa enquanto empresa. Em suma, para entender essa trajetória, é necessário voltar ao passado e compreender as realidades dos séculos XVIII, XIX e XX, assim, será possível localizar aos fatos e eventos que levaram a esse episódio através do “modus operandis” do sistema senhorial colonial e capitalista até seus reflexos nos dias atuais com a “derrocada da Varig”.
A representatividade da empresa abrangeu o país todo e em particular o estado baiano através da dinâmica capitalista com sua produtividade lucrativa enquanto empresa. Em suma, para entender essa trajetória, é necessário voltar ao passado e compreender as realidades dos séculos XVIII, XIX e XX, assim, será possível localizar aos fatos e eventos que levaram a esse episódio através do “modus operandis” do sistema senhorial colonial e capitalista até seus reflexos nos dias atuais com a “derrocada da Varig”.
A lógica do sistema capitalista era única e exclusivamente
o lucro, a Varig surge nesse contexto como representante inicialmente da elite
burguesa, afinal por muito tempo só viajava quem tinha dinheiro, e sua
estrutura operacional cresceu sob a égide desse capital; a sociedade baiana dos
últimos trezentos anos não foi diferente, muito pelo contrário, os antigos
senhores mandatários de tudo aqui na Bahia faziam parte desta dinâmica responsável
pela acumulação de riqueza; na sociedade baiana senhorial isso particularmente
ocorreu pela presença dos senhores com seu poder absoluto, dono da vida e
morte, ou seja, de tudo. A sistemática operante era exclusivamente a de seus
interesses, ou seja, tudo o que fosse de seu desagrado, era automaticamente
eliminado, essa era a forma dessa sociedade senhorial operar.
O presente projeto foi divido em três partes para melhor
compreensão, onde a primeira parte falará da sociedade baiana e
senhorial dos séculos XVII, XVIII e XIX e como o poder dos senhores se
relacionava com o dia a dia da “população” daquele período, a segunda parte
falará sobre o modernismo na Bahia e como esse processo ocorreu frente a figura
dos coronéis contemporâneos representado pela figura de Antonio Carlos
Magalhães, na terceira e última parte falarei sobre a crise de fato da Varig e
o seu desfecho.
Alfredo da Matta
Todas as
fontes utilizadas neste projeto fazem parte do ideário marxista, sendo as citadas
da autoria de Alfredo da Matta, István Mészáros e Fredric Jameson, afinal,
através desses autores farei um diálogo com os assuntos inicialmente abordados,
no caso a relação com a crise da Varig.
Alfredo da Matta |
Sociedade baiana do século XVII - Para
compreender o projeto, é necessário construir os fundamentos do processo da
sociedade senhorial e como ela se fazia presente em toda a sociedade baiana,
passando depois pela sociedade burguesa, por isso a necessidade de análise das
transformações sobre ela mesma, a relação dessa sociedade com a história da
Varig tem haver com o efeito causa e conseqüência ao entendimento dessa afirmação,
moldes serão “desconstruídos” sob a ótica marxista numa tentativa de esclarecê-los
através da subjetividade e de suas representações sociais, ou seja, segundo
Marx, tentar explicar o inexplicável. A sociedade senhorial (ordem social
senhorial) baiana era baseada na propriedade das condições da existência, no somatório
de tudo o que cercava esse grupo dominante, ou seja, “as fronteiras do meu ser,
as práticas de minha vida, do meu domino”, isso ocorria por causa do poder de
mando baseado no senhor de engenho inicialmente; essa sociedade através da
representatividade dele era dona das condições da existência, todos dependiam
dele.
O fato ocorria pela disputa do poder sob a tutela de duas ordens societárias, a capitalista e a senhorial, para a sociedade capitalista era imperioso ser uma sociedade isônoma, assim o sistema facilitaria a expansão do capitalismo, o capital por sua vez tenderia a uniformização, afinal, os capitalistas do mundo todo eram uniformes, parecidos, esse tipo de conceito era fabricado para os dominados, segundo Matta (2000): “O capitalismo que surgia na Bahia era, assim, voltado para urbanização e padronização de hábitos e consumo. Salvador crescia do mercado de consumo e capitalismo periférico dos centros produtores do Sudeste, ou de fora do país, mas ainda assim, formava - se uma sociedade de mercado local”.
O fato ocorria pela disputa do poder sob a tutela de duas ordens societárias, a capitalista e a senhorial, para a sociedade capitalista era imperioso ser uma sociedade isônoma, assim o sistema facilitaria a expansão do capitalismo, o capital por sua vez tenderia a uniformização, afinal, os capitalistas do mundo todo eram uniformes, parecidos, esse tipo de conceito era fabricado para os dominados, segundo Matta (2000): “O capitalismo que surgia na Bahia era, assim, voltado para urbanização e padronização de hábitos e consumo. Salvador crescia do mercado de consumo e capitalismo periférico dos centros produtores do Sudeste, ou de fora do país, mas ainda assim, formava - se uma sociedade de mercado local”.
A sociedade
baiana no século XVIII já sentia as influências vindas da Europa e como isso
mudaria paulatinamente no Brasil, afinal o ciclo açucareiro estava em plena
decadência e iniciava-se o ciclo da mineração; a mudança da capital baiana para
a carioca também foi outro estopim que causou maiores “reboliços” associado aos
movimentos contra o império, foram tempos onde o poder desses senhores eram
testados a todo o momento e mesmo assim sua supremacia continuava implacável,
eles, porém, continuavam firmes em suas convicções capitalistas e iriam lutar
contra qualquer um que fosse contra sua vontade de riqueza. A Bahia do século
XIX mais do que nunca sentia os ares de modernidade e a necessidade de
adaptar-se a esses novos tempos, mesmo sob o poder mandatário dos seus
senhores, a burguesia entrava em franca ascendência, começando a disputar o
lugar com os antigos coronéis. Para Marx (1999): “a sociedade senhorial nunca
foi uma só, ele analisou o feudalismo europeu e comparou-as com outras
sociedades patrimonialistas tendo como centro as cidades”. Isso não ocorria
no feudalismo, essa sociedade feudal foi paulatinamente sendo destronada pela
sociedade capitalista tida como mais eficaz do que as outras, em suma, o
sistema senhorial não acumulava riqueza, ele enriquecia. Segundo Jameson (1997) visto como um pensador
da contemporaneidade: “a riqueza sempre existiu”, ela “se acumula” através das riquezas
da terra”
O sistema seria sempre
o sistema capitalista baiano acumulando riqueza através do lucro. Para a Varig existir foi necessário ter uma presença
constante nos meios políticos e econômicos, principalmente de capital, seu
poder de persuasão tinha de ser igualmente grande frente à política de negociar
espaços aéreos, não mais senhorial, mas burguês na Bahia do século XX, o fato é
que isso remonta essencialmente para a história da Bahia, desde o
surgimento da empresa até a sua derrocada em seis de agosto de dois mil e seis,
embora o contexto da nova história fosse construir esses moldes baseados na
atualidade, isso não é possível, pois ocorre a incerteza do que se esta
argumentando.
O processo de industrialização de Salvador
- Este processo ocorreu pelo capitalismo na sociedade baiana e
principalmente dentro dela, pelo fato da sociedade senhorial era fechada, tudo
era controlado por um poder centralizador, isso foi causa do favorecimento e do
surgimento do capital e conseqüentemente sua industrialização pelo comércio
puro e simples, sem tocar na sua economia, afinal foi o mercado quem criou
essas práticas mercantis. A fabricação por sua vez, apresentaria lucros se no
meio desse processo houvesse o conhecimento de saber exatamente do que era
utilizado, afinal se esse processo fosse burlado, haveria o desvio do processo
original, essa diferença se caracterizaria como o inicio do capitalismo, assim,
quem sairia ganhando era o artesão e não o patrão. A renda aconteceria pelo
resultado regular de um determinado padrão, o lucro (acumulo primitivo do
capital) não aconteceria, ele era produzido a partir da forma que fosse confeccionado.
A modernidade na Bahia - A modernidade
na Bahia é uma modernidade alternativa, são ícones de prestígios, vindas graças
à sociedade senhorial, com o tempo isso foi se modernizando até chegar ao século
XX, quando Seabra tentou conduzir a Bahia no processo de modernismo, fato
ocorrido em 1914 e depois com a eclosão da primeira guerra mundial, o poder
burguês enfraqueceria e ao final da guerra essa mesma burguesia recuperaria seu
poder que ia de encontro a Seabra; quando o ultimo presidente hermista perdeu o
poder, o governo carioca não apoiaria mais Seabra e sim Horácio de Matos, que
por sua vez atacaria Seabra, pois ele não tinha mais tanto poder de influência,
afinal a política café com leite tinha voltado com tudo. A sociedade senhorial
vivia dessa desigualdade, ela determinava seus critérios como classe social; para
entendê-la é necessário entender sua oposição na sociedade burguesia, isso
ocorria por existir varias sociedades, umas diferentes das outras, essa
variação não poderia ser hegemônica em todas elas, a fórmula para se dar bem
era ter prestigio, ser proprietário das condições existentes, favorecendo as
pessoas que queria ajudar quem não queria ser mais ajudado, assim, criar-se-ia
uma tendência a si mesmo.
Essa sociedade não era tão mais forte do que o capitalismo, mas tinha seu poder tão importante quanto; as pessoas nasciam sob essa ordem senhorial. Uma sociedade se imporia sobre a outra não por que ela era a melhor, mas por que ela dava melhores oportunidades do que a concorrente. A sociedade senhorial não foi dicotômica com o capital, na verdade ela convivia com ele, era necessário para esse processo histórico. Como citado anteriormente, os senhores donos de tudo se faziam presentes pela figura dos coronéis de prestígios, afinal essa classe dominante se caracteriza por não tem quem a dominasse, mas sob um conglomerado hegemônico, assim esse domínio seria garantido, quem não entrasse no jogo dessas corporações, seria automaticamente eliminado dessa sociedade, desse “circulo”. O patrão era proprietário das condições, sob a tutela do capitalismo, assim ele seria dono do lucro da situação, esse mesmo senhor, porém, não controla o processo e sim quem era dono desse capital, sem que o senhor percebesse, assim seria criado o lucro, afinal renda não era um ganho capital, a principal estratégia do capitalista era retirar a idéia desse processo.
Esses senhores eram proprietários dos meios, mas não da produção, por mais que ele detivesse esses meios de produção, ele não controlava o processo, afinal a terra por natureza era rica, consequentemente o lucro era o meio de trabalho sobre esta produção. Outro autor que trabalha a sistemática capitalista foi Mészáros (2007): “o desafio e o fardo do tempo fazem surgir o capital onde não havia nada”. O Brasil foi um exemplo disso, pois ele não nasceu capitalista, embora fosse controlado pelo capitalismo (inglês e holandês), nasceu senhorial próximo ao feudalismo ibérico, com a forma do poder e crença religiosa parecidas, aqui tudo era baseado numa sociedade senhorial urbana, o capitalismo nessa sociedade de mercado só possibilitou esse acumulo de capital. A Bahia teve em seus processos de modernismo algumas fases iniciadas no final do século XIX e desde então o processo de modernidade começou caminhar paulatinamente para que isso acontecesse; até 1912, a Bahia era a mesma Bahia do império, tendo os senhores proprietários a frente das condições da existência, com controle total sobre tudo, não havia lucros, somente conchavos e nada de modernidade.
Nos processos de modernidade a Bahia passou por cinco fases, sendo que na primeira fase a sociedade se apresentava hegemônica senhorial em todos os redutos, existiam muitos desses locais contra o estado republicano em 1889, essa modernidade recebia uma resistência local, somente na sociedade capitalista havia concordância com o governo central em Salvador, fora da capital, à resistência era maior. A segunda fase de modernismo da república ocorreu por causa da necessidade de expansão do capitalismo (não a riqueza e sim o mercado), através do crescimento mercantil e a modernidade, o mundo se tornaria mais burguês e isso não seria diferente na Bahia, nesse processo houve o acuamento dos senhores e a ascensão da burguesia. Hermes da Fonseca trabalhou o que considerava ir de encontro à sociedade, por isso em 1912, a burguesia brasileira utilizaria JJ Seabra e o transformaria no candidato do governo, ele perdeu a eleição e contestou-a acusando de “roubo”, o governo federal concordaria com sua premissa e tiraria o governador com um golpe, bombardeando a capital baiana.
Seabra deu duros golpes contra os senhores, assim ele teve o apoio do governo federal e logo em seguida criou o diário oficial do Estado da Bahia, tudo o que estivesse publicado no diário seria legitimado, o que não fosse publicado no diário oficial, não valeria, era considerado ilegal perante a lei, isso passaria a valer para toda a sociedade baiana, afetando cruelmente o mando dos senhores tradicionais, agora não mais tão donos de tudo; o governador foi rígido na sua decisão de seguir fielmente o diário oficial só seria legitimamente governante e político se seu nome estivesse publicado nesse documento, pela primeira vez em 400 de história na Bahia, os senhores teriam que se curvar ao poder central tomada pela centralização da burguesia. A reação a Seabra foi iminente, mas os coronéis interioranos tiveram que obedecê-lo, por fim, Seabra ainda centralizou o poder que antes estava dividido, quem passaria a mandar agora era o “capital”.
Essa sociedade não era tão mais forte do que o capitalismo, mas tinha seu poder tão importante quanto; as pessoas nasciam sob essa ordem senhorial. Uma sociedade se imporia sobre a outra não por que ela era a melhor, mas por que ela dava melhores oportunidades do que a concorrente. A sociedade senhorial não foi dicotômica com o capital, na verdade ela convivia com ele, era necessário para esse processo histórico. Como citado anteriormente, os senhores donos de tudo se faziam presentes pela figura dos coronéis de prestígios, afinal essa classe dominante se caracteriza por não tem quem a dominasse, mas sob um conglomerado hegemônico, assim esse domínio seria garantido, quem não entrasse no jogo dessas corporações, seria automaticamente eliminado dessa sociedade, desse “circulo”. O patrão era proprietário das condições, sob a tutela do capitalismo, assim ele seria dono do lucro da situação, esse mesmo senhor, porém, não controla o processo e sim quem era dono desse capital, sem que o senhor percebesse, assim seria criado o lucro, afinal renda não era um ganho capital, a principal estratégia do capitalista era retirar a idéia desse processo.
Esses senhores eram proprietários dos meios, mas não da produção, por mais que ele detivesse esses meios de produção, ele não controlava o processo, afinal a terra por natureza era rica, consequentemente o lucro era o meio de trabalho sobre esta produção. Outro autor que trabalha a sistemática capitalista foi Mészáros (2007): “o desafio e o fardo do tempo fazem surgir o capital onde não havia nada”. O Brasil foi um exemplo disso, pois ele não nasceu capitalista, embora fosse controlado pelo capitalismo (inglês e holandês), nasceu senhorial próximo ao feudalismo ibérico, com a forma do poder e crença religiosa parecidas, aqui tudo era baseado numa sociedade senhorial urbana, o capitalismo nessa sociedade de mercado só possibilitou esse acumulo de capital. A Bahia teve em seus processos de modernismo algumas fases iniciadas no final do século XIX e desde então o processo de modernidade começou caminhar paulatinamente para que isso acontecesse; até 1912, a Bahia era a mesma Bahia do império, tendo os senhores proprietários a frente das condições da existência, com controle total sobre tudo, não havia lucros, somente conchavos e nada de modernidade.
Nos processos de modernidade a Bahia passou por cinco fases, sendo que na primeira fase a sociedade se apresentava hegemônica senhorial em todos os redutos, existiam muitos desses locais contra o estado republicano em 1889, essa modernidade recebia uma resistência local, somente na sociedade capitalista havia concordância com o governo central em Salvador, fora da capital, à resistência era maior. A segunda fase de modernismo da república ocorreu por causa da necessidade de expansão do capitalismo (não a riqueza e sim o mercado), através do crescimento mercantil e a modernidade, o mundo se tornaria mais burguês e isso não seria diferente na Bahia, nesse processo houve o acuamento dos senhores e a ascensão da burguesia. Hermes da Fonseca trabalhou o que considerava ir de encontro à sociedade, por isso em 1912, a burguesia brasileira utilizaria JJ Seabra e o transformaria no candidato do governo, ele perdeu a eleição e contestou-a acusando de “roubo”, o governo federal concordaria com sua premissa e tiraria o governador com um golpe, bombardeando a capital baiana.
Seabra deu duros golpes contra os senhores, assim ele teve o apoio do governo federal e logo em seguida criou o diário oficial do Estado da Bahia, tudo o que estivesse publicado no diário seria legitimado, o que não fosse publicado no diário oficial, não valeria, era considerado ilegal perante a lei, isso passaria a valer para toda a sociedade baiana, afetando cruelmente o mando dos senhores tradicionais, agora não mais tão donos de tudo; o governador foi rígido na sua decisão de seguir fielmente o diário oficial só seria legitimamente governante e político se seu nome estivesse publicado nesse documento, pela primeira vez em 400 de história na Bahia, os senhores teriam que se curvar ao poder central tomada pela centralização da burguesia. A reação a Seabra foi iminente, mas os coronéis interioranos tiveram que obedecê-lo, por fim, Seabra ainda centralizou o poder que antes estava dividido, quem passaria a mandar agora era o “capital”.
A terceira fase
ocorreu quando o capitalismo invadiu a Bahia com o governo de Juracy Magalhães,
quando Getulio colocou os seus governadores aqui, tirou toda a classe dominante
que remontava os primórdios de 1550, os coronéis agora eram expulsos de seus
habitat, os coronéis secundários ou de menos poder foram chamados por Getulio
para negociar, ou eles ficavam a seu lado ou seriam “eliminados”. A quarta fase
iniciou-se com a descoberta de petróleo na Bahia (1939), isso foi desmentido
pelo estado paulista, pois São Paulo perderia o poder da economia do país (60%)
logo após a notícia foi para 40%, Getulio então criaria a Petrobras para fazer
frente ao petróleo multinacional, em seguida foi criada a refinaria Landulfo
Alves, com isso Salvador se modernizaria. A partir de 1950, a Bahia se manteve
com o que é conhecida hoje, ocorreram sim crescimentos cada vez mais moderno a
ponto do cabresto diminui significativamente, mas não desapareceria totalmente.
Os coronéis
mandariam menos e a burguesia assumiria o posto de comando da sociedade baiana,
foi nessa fase que os elementos senhoriais definharam, a modernidade fez à
ética vir à tona, todas as discussões que conhecemos hoje emergiram nesse
período. Em 1979 ocorreu a quinta e ultima, onde o PIB baiano passou a ser
dominado pela burguesia baiana, fato tido como o inicio do período de hegemonia
baiana e a partir de 1980 é a que perdura até hoje, o estado deixa de ser
agrário para ser industrial, essa transição ocorre entre 1950 a 1981 e de 1981 até
hoje é a dominação da burguesia: “Somente um
ideário capaz de manter o status quo das relações tradicionais de poder e,
ainda assim, permitir o avanço do
mercado de consumo brasileiro lograria
chance de apoio de toda a classe
dominante: oligarquia tradicional
e burguesia comercial emergente. Vantagem para
o Ecletismo. O pensamento
fortemente liberal do culturalismo só poderia encontrar dificuldades no Brasil
e na Bahia do século XIX. (Matta, 2000)
Através das
primeiras empresas na Bahia, ela começava a deixar (não totalmente) seu passado
senhorial e como um todo, no país, tendia a se modernizar, esse fato ocorria
claramente na figura das empresas que aqui se estabeleciam para fazer frente ao
novo contexto econômico, apesar de apresentar focos de resistências regionais,
mas a industrialização e a modernização foram imprescindíveis para que a Bahia
aparecesse no ranking como o Estado que despertava para essa modernidade. Esse
surgimento foi relevante, pois não conseguira ter sucesso sozinho, por isso à
necessidade do Estado ajudar através do intervencionismo e planejamentos que
objetivavam o setor da produção de bens capitalistas através da especialização
de grandes conglomerados empresariais como, por exemplo, o petróleo.
Essa
modernização e integração estavam ocorrendo em todas as áreas produtivas do
Estado baiano, isso ocorria para manter um equilíbrio nas finanças e produção
com o intuito de iniciar esse projeto indústria, comercial e empresarial na
produção de bens produzidos justamente nestes setores para alavancar a economia
baiana, sempre com a ajuda do governo federal. Surgem então os setores ou
distritos industriais na grande Salvador e nas cidades que faziam cercanias com
a capital; para fazer frente à industrialização do Sudeste, a Bahia teve que se
aprimorar em setores promissores com um suporte de capital e através das
tecnologias que agora eram importantíssimas para tocar o projeto de
modernização adiante, isso se fez com a produção de bens intermediários através
da refinaria de Mataripe, pois com o petróleo baiano muito se conseguiu, fato
disso foi que surgiu o complexo metalúrgico em Candeias e o Cia no inicio da
década de 60, os complexos petroquímicos de Camaçari e da metalurgia de cobre.
O fato é que essas implantações projetaram a Bahia como um centro industrial promissor para fazer frente aos já industrializados Sul e Sudeste, embora esse processo empresarial e industrial tenha ocorrido depois dessas regiões, a Bahia e o Nordeste saíram beneficiados, pois com essas praticas modernas de comércio e indústria, o Estado baiano ajudou na implementação das atividades indústrias na Região Metropolitana de Salvador, construindo parques industriais, o estado cresceu extraordinariamente dos anos 50; com toda modernização e progresso vieram também as mazelas desse novo ramo, a Bahia ficou mais dependente de suas fronteiras por causa dessas políticas desenvolvimentistas associados a um sistema lento e burocrático em aliança com os antigos negócios das elites agro mercantis da região. O papel da Varig nesse contexto a fez operar seus vôos regulares no Nordeste entre 1950 e 1951, na Bahia isso ocorreu em 1952, além de atuar em outros Estados como Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, e, três anos depois os Estados de Ceará, Maranhão e Pará.
O fato é que essas implantações projetaram a Bahia como um centro industrial promissor para fazer frente aos já industrializados Sul e Sudeste, embora esse processo empresarial e industrial tenha ocorrido depois dessas regiões, a Bahia e o Nordeste saíram beneficiados, pois com essas praticas modernas de comércio e indústria, o Estado baiano ajudou na implementação das atividades indústrias na Região Metropolitana de Salvador, construindo parques industriais, o estado cresceu extraordinariamente dos anos 50; com toda modernização e progresso vieram também as mazelas desse novo ramo, a Bahia ficou mais dependente de suas fronteiras por causa dessas políticas desenvolvimentistas associados a um sistema lento e burocrático em aliança com os antigos negócios das elites agro mercantis da região. O papel da Varig nesse contexto a fez operar seus vôos regulares no Nordeste entre 1950 e 1951, na Bahia isso ocorreu em 1952, além de atuar em outros Estados como Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, e, três anos depois os Estados de Ceará, Maranhão e Pará.
O “locus” da Varig na era ACM - As
operacionalidades da Varig na Bahia ocorreram praticamente na década de 50,
pois esse período pareceu ser a “menina dos olhos de ouro” do país, tudo girava
em torno do populismo e nacionalismo, e na Bahia não seria diferente, a empresa
aérea operava na capital e nas principais cidades com aeroportos como: o aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães e os
regionais de Vitória da Conquista, Ilhéus/Itabuna, Porto Seguro, Barreiras e
Juazeiro, esses são aeroportos importantíssimos para a realidade da economia
baiana, pois com toda a estrutura da logística desses locais é que os turistas
são redistribuídos para toda as regiões baianas; com os complexos turísticos e
de empreendedorismo, ficou evidente a quem os visitasse, os locais eram a Baia
de Todos os Santos, Costa do Sauípe, Morro do São Paulo, Chapada Diamantina e
outras tantas atrações.
A história da Bahia sempre esteve ligado ao poder senhorial, na atualidade essa pratica continuou com suas politicagens, fato ocorrido com o carlismo, encabeçado pelo então Antonio Carlos Magalhães, mais conhecido como ACM, esse “coronel” das antigas, mas bem recente, acelerou o crescimento da Bahia praticamente em todos os setores econômicos, ora na indústria, comercio, ora na cultura, economia, como já citado anteriormente ao Pólo Petroquímico de Camaçari, a reurbanização da cidade do Salvador com suas avenidas de vale, ele ainda agilizou o transito da cidade que obedecia a uma topografia complicada, bem como lançou Salvador no mercado turístico, ou seja, o carlismo transcendeu várias décadas e permanece até hoje, não mais com a força de antigamente, mas ainda com representatividade.
A história da Bahia sempre esteve ligado ao poder senhorial, na atualidade essa pratica continuou com suas politicagens, fato ocorrido com o carlismo, encabeçado pelo então Antonio Carlos Magalhães, mais conhecido como ACM, esse “coronel” das antigas, mas bem recente, acelerou o crescimento da Bahia praticamente em todos os setores econômicos, ora na indústria, comercio, ora na cultura, economia, como já citado anteriormente ao Pólo Petroquímico de Camaçari, a reurbanização da cidade do Salvador com suas avenidas de vale, ele ainda agilizou o transito da cidade que obedecia a uma topografia complicada, bem como lançou Salvador no mercado turístico, ou seja, o carlismo transcendeu várias décadas e permanece até hoje, não mais com a força de antigamente, mas ainda com representatividade.
Foi necessario dar ênfase a
sociedade senhorial e sua sistematica para entender como a Varig operou na
Bahia e quais foram as causas e consequencias disso, sendo esse trabalho
objetivado a entender historicamente o trajeto
da empresa aérea no Brasil e no Estado da Bahia no período de 1952 a 2006,
ponto culminante e final da maior empresa aérea do Brasil e América Latina. O fator inicial é entender o que ela
significou para o povo brasileiro e baiano e o que acarretou sua derrocada, a
questão em si será investigar como a má administração e os interesses capitalistas
escusos se fizeram presentes através de negociatas e entender como mesmo assim ela
conseguiu se manter tanto tempo funcionando apesar de tantos problemas
financeiras num setor já tão complicado de entender.
A lógica é ainda entender, como outras empresas se
beneficiariam com o “buraco” deixado pela Varig, ou seja, como elas
aproveitariam a “fatia do bolo que agora não tinham mais dono?”. A postura
governamental claramente interessada na quebra da empresa nada fez assim seus “comparsas”
nas companhias concorrentes fariam a “festa”, pois, não havia interesse nenhum em
relação a empresa se reerguer, fato esse que ocorreu tardamente e não resolveu
nada, pelo contrário, a demora do Estado em ajudar não aconteceu e a empresa teve
que pedir concordata. Os fatores que levara a Varig a sua crise mais
“existencial” foram a falta de transparência em seus negócios e o desrespeito a
seus colaboradores que tanto trabalharam para manter uma imagem de sonhos e que
agora penavam amargurados em dividas trabalhistas.
Baseados em estudos sob o olhar marxista, é possível compreender
como essa gigante da aviação com seu poderio detentor de grande parte dos céus
“abaixo do Equador” “perdeu” para esse “mal” invisível enraizado em sua
estrutura: a (má) administração e a ganância em retirar o que já não havia mais
para ser “sugado” ora do passageiro e posteriormente de seus colaboradores, ora
do governo. O foco em questão agora trabalha o sujeito da Varig na Bahia que hoje
vive num “limbo” de desinformações e desencontros referentes a respostas por
parte da empresa, ela por sua vez ignora-os totalmente. As questões abordadas desmistificam
os meandros utilizados para esse desfecho político que a companhia aérea usou
para continuar voando em todo o território nacional; assim surgiram movimentos desde
seus ex-funcionários com seus grupos organizados, dentre eles os ex comandantes
– APVAR e comissários - ACVAR, para que tentassem a chegar a uma solução para o
problema, mas percalços era o que não faltava, sabia-se que as concorrentes eram
auxiliadas por “debaixo dos panos”, pelo mesmo governo “atolado” em escândalos tanto
por parte de sua equipe como aos assuntos referentes a ajuda a empresa e que,
no entanto nada fizeram.
A impressão que se tinha era de que se a empresa “ruísse” a
concorrência se beneficiaria e foi o que aconteceu, as “algozes” (Tam, Gol,
Ocean Air, Web) se beneficiaram com a situação e aproveitaram as brechas
deixadas abertas judicialmente, para o patrão que agora não tinha mais rosto,
pois o problema agora era dos desempregados. Essa situação chegou a esse ponto
paulatinamente, embora o contexto baiano desse entendimento histórico e
econômico nas ultimas décadas traçariam os caminhos da companhia aérea, isso
ficou evidente com a intensificação das relações capitalistas no Brasil. Na
ultima década do século XIX e a primeira do século XX, deixamos de ser um mero
país latino e agora éramos vistos como uma potência em expansão, isso ficou claro
no setor aéreo que cresceu e se tornou um dos grandes na aviação nacional e
internacional, pois envolvia milhares de trabalhadores, em áreas especificas de
logística e um know how com equipamentos e tecnologia de ponta.
A Varig experimentou os dois lados da moeda, inicialmente
usou o capitalismo para crescer, mas por má administração, esse mesmo
capitalismo a consumiu; enquanto atuante em solo baiano, a Varig sabia da responsabilidade
que tinha através de seus trabalhadores bem como o dever de atender os clientes,
mas existiam problemas maiores a serem sanados como o treinamento de funcionários,
manutenção de aeronaves, reciclagem de pessoas. Este trabalho mostrará através
de recortes obtidos do jornal A Tarde a relação do sujeito (trabalhador /
passageiro) e o objeto (Varig) contextualizando o desfecho dessa história
“trágica”. Enfim, a crise propriamente dita da Varig na Bahia e na aviação
brasileira acarretou uma série de elementos factuais ao trabalhador frente ao
poder publico e os sindicatos, eram problemas com atrasos, cancelamentos de
vôos, demanda maior por vôos sem a perspectiva de aumento de aeronaves, “over
booking”, falta de pagamento de salário, falta de pagamento de combustíveis,
falta de honra em saldar dividas com credores.
Toda empresa aérea tendia a reproduzir o sonho de o homem
voar, mas para isso era necessário o mínimo para que esse vôo acontecesse, não
era mais o que estava acontecendo como a Varig, ela inicialmente até conseguiu,
transformou o sonho em realidade, com o alemão Otto Ernest Meyer em maio de
1927, quando resolveu que seria hora de por isso em prática e fundou a Viação
Aérea Rio Grandense – Varig, a partir disso estava oficialmente formada a
primeira companhia aérea do Brasil. A empresa cresceu e acompanhou a evoluções
do país e do mundo, nos anos setenta a empresa crescia de tal maneira que
chegou a absorver companhias fadadas a desaparecer como a Pan Air e a Cruzeiro
do Sul, essas compras recolocaram a maioria dos funcionários no seu corpo
funcional trabalhadores de empresas também regionais como a Nordeste e Rio Sul
Linhas Aéreas; nesse ínterim foram surgindo timidamente outras empresas que
passariam futuramente a serem suas concorrentes, tais como Tam, Vasp,
Transbrasil e a mais caçula de todas, a Gol surgida em 2001 e em 2006 compraria
a gigante falida.
Outras crises surgiram posteriormente, nos anos noventa com a abertura política neoliberal do país, mudanças na economia e nas privatizações a situação piorou definitivamente, posteriormente essas crises a consumiriam, afinal era um setor que trabalhava e dependia de passageiros para se manter operante e a abertura do mercado para o capital estrangeiro além da concorrência desleal de tarifas aéreas, a empresa teria que repensar sua maneira de administrar os bens perante o capitalismo que chegava com sede de lucro, logicamente as maiores sairiam perdendo e as menores se beneficiaram com a crise variginiana.
Outras crises surgiram posteriormente, nos anos noventa com a abertura política neoliberal do país, mudanças na economia e nas privatizações a situação piorou definitivamente, posteriormente essas crises a consumiriam, afinal era um setor que trabalhava e dependia de passageiros para se manter operante e a abertura do mercado para o capital estrangeiro além da concorrência desleal de tarifas aéreas, a empresa teria que repensar sua maneira de administrar os bens perante o capitalismo que chegava com sede de lucro, logicamente as maiores sairiam perdendo e as menores se beneficiaram com a crise variginiana.
A Varig foi construída em cima do mito da aviação, bastava
dizer que ela era brasileira e era o suficiente para ter status fora do Brasil,
alguns escritórios seus fora do país funcionavam como embaixadas brasileiras no
exterior. A empresa inicialmente era responsável pela formação de seus
profissionais, a demanda, porém, causada pelo crescimento da empresa não
suportou mais esse tipo de oferta e teve que terceirizar seus serviços de
profissionais que iam desde aeronautas, aeroviários, logística e vários setores
que estavam saindo do controle para outras empresas, no que diz respeito a economia
brasileira isso foi bom, pois gerou mais empregos, mas para a empresa foi um
desastre, afinal perderia poder de lucro sobre a formação desse tipo de
profissional, até mesmo escolas foram criadas para esse propósito desde o norte
ao sul, como a AeroSul de Porto Alegre no caso de comissários e no caso de
comandantes a PUC gaúcha responsável pelos pilotos no seu curso de aeronáutica
civil.
A importância da aviação e em especial as companhias que
operam no país e no nordeste brasileiro são de dimensões colossais, pois os
principais Estados como Bahia, Pernambuco, Ceará e São Luis do Maranhão são
grandes pólos de turismo, por isso a necessidade de sua infra-estrutura ser
atualizada e modernizada para atender a demanda desses serviços; a Bahia
representa para o Nordeste o que Brasília representa para o Cento Oeste e a
região Norte, são pontes para as conexões da maioria dos vôos para os recantos
de nosso país continental, a antiga Varig havia criado duas companhias
regionais para “dar conta do recado”, eram as empresas aéreas Rio Sul e
Nordeste para atenderiam as cidades menores, mas não menos importantes do que
as capitais, enquanto a Nordeste direcionava sua malha de vôos para importantes
cidades do interior desses estados, a Rio Sul operava a região Sudeste e Sul. A
história da aviação foi construída por trabalhadores que deram seu sangue por
essa empresa, mas isso custou caro para eles, hoje são pessoas amarguradas por
não receberem seus direitos trabalhistas, estão com processos na justiça, ou
seja, foi um sacrifício em vão e poucos aproveitaram isso claramente,
remontando-nos a sociedade senhorial dona dos meios de produção, mas com uma
diferença, essa sociedade hoje esta infinitamente mais forte, a lei baiana como
em todo o país é demorada e se arrasta por anos para resolver esse tipo de
impasse, para os trabalhadores é o pior pesadelo, pois não recebem e estão
desempregados.
O marco final da crise da Varig foi o 11 de setembro de
2001 quando todas as companhias aéreas do mundo foram afetadas indiretamente
com o atentado as torres gêmeas do World Trade Center, as apólices de seguros
das aeronaves aumentaram dez vezes mais o seu valor, muitas companhias não
tiveram mais condições de pagá-lo e por isso “quebraram”, além do aumento do
combustível que com a crise piorou significativamente, a maioria dessas empresas
já operavam no vermelho, o ataque as torres só potencializou o que já estava
ruim, a Varig usou seu plano de previdência privada dos trabalhadores o AERUS
para uma possível solução emergencial em curto prazo como saída para diminuir
os custos da divida com a União, não deu certo e o dinheiro investido foi
perdido. Desde então a Varig passo a entrar em “rota de colisão” com seus
credores e corria o risco de ficar em solo baiano, pois já não tinha mais
prestigio e principalmente crédito na praça.
A Infraero - baiana responsável por controlar todos os vôos
na Bahia ameaçava impedir pousos e decolagens sob a negação de pagamento de
tributos e combustíveis, a Petrobrás começou a exigir o pagamento a vista para
abastecer os aviões, as outras companhias de aviação tinham prazos bem maiores
para saldar essas contas; o governo baiano estimava que se a empresa
quebrasse “isso não seria tão dramática para o consumidor”, haveria problemas
de vôos durante 30 ou 40 dias, mas o mercado poderia absorver as rotas
nacionais. Esse pensamento era claro em relação ao capitalismo que desejava a
“quebra” da empresa para que os parasitas ao redor começassem a agir, primeiro
era necessário o “corpo esfriar” para requerer a herança; com os atrasos cada
vez maiores na malha aérea baiana, o numero de passageiros afetados aumentava
significativamente, pois a Varig detinha quase que o monopólio da aviação no
estado tanto para o Brasil como para os países estrangeiros.
Entendendo a crise - A mídia, no caso o jornal A Tarde, teve seu papel no que
diz respeito a crise da Varig no sentido de não ter sido clara em relação a
todos os fatos ocorridos, publicou centenas de reportagens, algumas percebia-se
fatos “não condizentes” a realidade da empresa e outras percebia-se certa omissão na crise da Varig que serviu para mostrar o quanto o Brasil precisava
melhorar as suas instituições para se tornarem mais confiáveis e capazes de
colocar os interesses da sociedade acima dos privados. A Justiça, governo e
imprensa deram demonstrações de incompetência e despreparo ao lidar com grupos
organizados e articulados para obter vantagens através da manipulação de
informações, o fraco desempenho da Justiça e do governo baiano em relação a Varig
merecia uma análise mais profunda, infelizmente não foi o que aconteceu e os
resultados todos já sabem.
O jornal A Tarde, como toda a imprensa nacional com
raras exceções, nomeou a empresa NV Participações, que usa o nome fantasia de
"Trabalhadores do Grupo Varig" (TGV), como "um grupo que
representaria os trabalhadores da Varig". Esse foi um dos maiores exemplos
de amadorismo da imprensa baiana que acreditava ao editar serem quem realmente
diziam ser. Esse grupo era uma fachada, era a mesma coisa, se diziam
representantes dos trabalhadores da Varig, o jornal A Tarde sabia disso, mas
nada fez para apurar essas informações. Esse grupo NV Participações surgiu em 2001,
quando numa das crises da Varig, um grupo de ex-funcionários formados por pilotos
demitidos articularam a tomada do controle da associação dos pilotos,
comissários e mecânicos da Varig, essa decisão foi feita através de consultorias
e não nas associações de trabalhadores que elas controlam já há alguns anos.
O processo de decisão reunia consultores e
advogados pagos por consultorias e não pelas associações de trabalhadores, o grupo
se aproveitaria das brechas do estatuto do Sindicato Nacional dos Aeronautas
(SNA) e convocaria uma assembléia de trabalhadores para eleger um comitê que
representaria os funcionários da Varig no processo de recuperação judicial da
empresa. A assembléia, que não chegou a ser realizada, teve seus
"resultados" publicados em edital no Diário Oficial um dia antes da data marcada para a realização do
encontro, evidenciando claramente a fraude, o jornal A Tarde sabia disso, mas
nada fez. A respeito das evidências de manipulação, a Justiça do Trabalho do
Rio de Janeiro negou ao SNA liminar na qual a entidade questionava a validade
da assembléia que nunca foi realizada.
Conforme denunciado a TGV havia se comprometido em conseguir recursos para a Varig mediante a cobrança de porcentagens, ou seja, suas consultorias nunca tiveram objetivo recuperar a Varig, sua principal motivação era ganhar comissões sobre recursos apresentados a empresa. Apesar de todas as evidências fraudulentas que não visavam a recuperação da empresa, e sim lucrar com esse infortúnio, a TGV continuava defendendo a transformação do fundo de pensão dos trabalhadores da Varig, o Aerus, que tinha em caixa cerca de 2 bilhões de reais, com a autorização da justiça para o uso desse fundo para tentar sanar parte da divida, a TGV lucrou R$ 200 milhões de reais às custas das complementações de aposentadorias de milhares de trabalhadores. Essas informações foram públicas, mas não foram debatidas pela imprensa nacional e baiana em momento algum durante a crise da Varig.
Conforme denunciado a TGV havia se comprometido em conseguir recursos para a Varig mediante a cobrança de porcentagens, ou seja, suas consultorias nunca tiveram objetivo recuperar a Varig, sua principal motivação era ganhar comissões sobre recursos apresentados a empresa. Apesar de todas as evidências fraudulentas que não visavam a recuperação da empresa, e sim lucrar com esse infortúnio, a TGV continuava defendendo a transformação do fundo de pensão dos trabalhadores da Varig, o Aerus, que tinha em caixa cerca de 2 bilhões de reais, com a autorização da justiça para o uso desse fundo para tentar sanar parte da divida, a TGV lucrou R$ 200 milhões de reais às custas das complementações de aposentadorias de milhares de trabalhadores. Essas informações foram públicas, mas não foram debatidas pela imprensa nacional e baiana em momento algum durante a crise da Varig.
No leilão de venda da empresa, a única proposta
feita pela Varig partiu do TGV, nesse momento o festival de desinformação da
imprensa levou a sérias distorções acerca das notícias que eram veiculadas,
distorções estas que os operadores da Bolsa de Valores de São Paulo não
engoliram: assim que a Bovespa tomou conhecimento de que a única proposta era a
do TGV, a cotação das ações da Varig despencou 60% em um único dia, chegou-se a
dizer que se tratava de um "preconceito contra os trabalhadores da
Varig", uma afirmação que claramente menospreza a inteligência de quem
operava na bolsa de valores. Como os investidores liam a as noticias, já sabiam
que os grupos que se articulavam à sombra da TGV eram consultorias que estavam
manobrando para obter comissões com a venda da empresa, uma informação que
tornava evidente para qualquer pessoa culta que a tal oferta não era séria, não
seria honrada, por isso a revolta dos investidores em relação a desvalorização
das ações da Varig.
O fato era de que os investidores foram mais
cautelosos do que os jornalistas que se diziam jornalistas e que cobriram o
caso, era do conhecimento deles fatos que os jornalistas nunca se deram ao
trabalho de verificar, o que poderiam ter feito lendo apenas os jornais. O juiz
Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que se auto intitulava
"anjo da guarda da Varig", revelou-se na verdade o "anjo da
morte" da empresa ao aceitar a oferta da empresa NV Participações, isso
porque ele sabia há muito tempo quais eram as reais motivações desse grupo,
através de repetidas denúncias feitas
diretamente a ele pelos sindicatos que reuniam a categoria dos aeronautas e aeroviários.
No entanto, revelando-se despreparado aceitou a proposta condicionando sua
aprovação ao depósito dos 75 milhões de dólares que a Varig necessitava de
capital de giro, tanto ele como a TGV, não pretendim fazer o depósito porque o
interesse dessa empresa era apenas um: o de saquear a Varig. O Jornal A Tarde
tinha posse dessas informações, mas preferia publicar em suas matérias de capa
sempre noticias com as freqüentes crises da Varig, posteriormente seguiu-se um
festival de hipocrisia que qualquer jornalista com um mínimo de competência
teria descoberto, o SNI publicou repetidas denúncias contra o TGV e,
inexplicavelmente, tiveram seus boletins e seu site na internet censurados pela Justiça Trabalhista do Rio de Janeiro,
a mesma que validou uma assembléia de trabalhadores que não existiu.
O TGV correu ao BNDES para pedir um empréstimo para poder viabilizar sua
oferta, a comissão era clara, se a Varig fechasse de imediato se iniciaria um leilão
entre os “ilustres desconhecidos investidores" para conseguir recursos a
fim de fazer o depósito do valor necessário à concretização do negócio. Qual
era o objetivo dessa “negociata toda”? Dias antes do final do prazo
estabelecido pelo juiz, o Sr. Márcio Marsilac (um representante do TGV), chegou
a dizer que talvez não conseguisse os recursos necessários até o prazo final,
mas que "um empréstimo do BNDES resolveria a questão", estava claro a
situação de que somente um empréstimo junto ao BNDS de 75 milhões de dólares
resolveria a questão, rendendo as consultorias da TGV uma comissão de 7,5
milhões de dólares. À salvação da Varig não interessava a ninguém com “vergonha
na cara”, à exceção de um grupo de trabalhadores abnegados, preocupados sem
ninguém mais a recorrer. Nenhum jornal havia denunciado a censura sofrida pelo
site do sindicato dos trabalhadores, nem se quer foi questionado por que um
grupo que afirmava ter os recursos necessários à viabilização de sua proposta
estava recorrendo ao BNDES para obter empréstimos, pior ainda, nenhum jornal
questionou o juiz Ayoub para o fato de que o TGV estava promovendo um leilão
paralelo, num flagrante claro de desrespeito à Justiça que imaginava ter
resolvido o problema ao qualificar a oferta da TGV como a ideal.
Após o prazo do depósito, aconteceu o que qualquer “ignorante”
sabia que iria ocorrer, a TGV desapareceu, fez vir a tona o seu plano fraudulento,
o grupo havia articulado uma proposta falsa de compra da Varig, oferecendo
recursos que não tinham, nem sequer investigados pela lesa Justiça, que deveria
acionar os órgãos responsáveis pelos enormes prejuízos que causaram à Varig,
fazendo uma oferta de compra que não podiam honrar, ocorreu o crime de
falsidade ideológica.
Passado o fracasso do leilão, a VarigLog
formalizou uma proposta pela Varig, os jornais esqueceram a TGV, que
desapareceu de cena em meio a esse turbilhão de “maracutaias”, sem falar nos prejuízos
que esse grupo causou à Varig e aos trabalhadores da empresa considerados incalculáveis,
mais uma vez esse tipo de comportamento
nos remete as armações que as sociedades senhoriais arquitetavam e saiam
impunes de suas arbitragens. Como fazer justiça então, já que não estamos mais
no século XIX? A mesma justiça que viu tudo isso acontecer e nada Fe, ela se mostrou
despreparada juntamente com a imprensa e o governo federal no enfrentamento de
grupos bem mais assessoradas por advogados e consultores que criaram as condições
perfeitas para a fabricação de uma monumental fraude envolvendo a Varig e os
enormes recursos que a empresa tinha para receber e que acabaram nas mãos de
pessoas que tinham interesse vende-la.
A Varig nunca foi uma empresa falida, muito pelo contrário,
era uma mina de ouro, pois tinha créditos a receber do governo federal e de
vários governos estaduais, totalizando um total de 6 bilhões de reais a serem
pagos para sanar as dívidas, mantendo assim a empresa em dia com suas
obrigações e deveres, preservaria ainda os empregos e daria opções aos
passageiros que no final das contas acabaram pagando caro pela concentração de
mercado que o fim da Varig acarretou; o AERUS, (fundo
de pensão dos trabalhadores da empresa) como citado anteriormente foi utilizado
em "investimento na Varig", sacrificando a aposentadoria de milhares
de aposentados. Analisando as fatos, a solução para a crise da Varig pela arte da política
seria até possível, mas por causa do neoliberalismo dogmático e utópico, isso
não ocorreu por falta de transparência, gerando mais crises nos momentos finais
da empresa, havia saída para a crise sim, poderiam esperar a empresa falir ou
outra empresa a compraria por inteiro ou em partes com financiamento público e
por fim o governo exerceria seus direitos de intervenção como o grande credor
de uma empresa incapaz de honrar suas dívidas, saneando-a e vendo-a.
Para os
burocratas, a solução significaria um grande prejuízo para a nação, porém, o
neoliberalismo, como qualquer ideologia pura, estaria muito distante da realidade,
assim a política levou a grandes erros que se repetiam inúmeras vezes, quando
não havia mais solução para a Varig, admitiu-se sua falência, considerado um grande
erro político, visto que era ano de eleição, mas isso não bastava, faltava
compreender sua extinção como prejuízo para o povo baiano. Com a saída da Varig
do mercado, iniciou-se um verdadeiro “roudez
vouz”, tanto a concorrência quanto os capitalistas se “refestelarem”, ao ver
aquela fatia do mercado livre para operarem a seu “bel prazer” respaldados pela
lei dos empresários oportunistas satisfeitos por comprar esses “espólios” a
preços baixíssimos. Outra problema foi a FRB (Fundação Rubens Berta) que ainda
comandava, além de receber manutenção de poder e renda pelo maior tempo possível;
mesmo com dificuldades de melhorar a gestão, seus funcionários permaneciam
aflitos, mantendo seu trabalho enquanto outros procuravam emprego em empresas
rivais, ou até mesmo nas “inimigas”.
O governo ficou satisfeito
por não precisar mais pagar as dívidas da Varig e, portanto, não assumir as
conseqüências de uma redução de outros gastos, a solução encontrada pelo
governo foi de esperar a empresa “definhar”, “empurrado com a barriga” até a
sua quebra, assim ficariam livres do ônus que devia a empresa, não precisaria
mais honrá-las; o país só perdeu e a Varig deixou de existir, existido apenas
em nossa memória, agora tudo era passando. A Varig na verdade (infelizmente) provou
o seu próprio veneno, vivenciou os dois extremos, passando de uma elite
senhorial para um proletariado desvalido de qualquer condição de sobreviver,
pois tinha atingido o máximo de tudo o que não deveria fazer e persistiu no
erro ainda mais; nos períodos de “bonanza” ela havia se tornado um verdadeiro “cabide
de empregos”, com seus balanços no final sempre operando no vermelho, acumulando
dívidas e piorou ainda com a refração em todo o setor aéreo depois dos
atentados, as tentativas através de fusões, leilões e acordos mal sucedidos
foram um desastre, e em nove de abril de 2007 a empresa foi comprada por outra
companhia aérea brasileira, a Gol Transportes Aéreos.
A companhia deveria
saber gestar melhor sua administração prestando atenção a realidade a sua volta
através de sinais que se tornavam claros e eram evidentes a qualquer um, como por
exemplo, a rivalidade da concorrência após os ataques
terroristas em 2001, pois o setor aéreo se retrairia, sendo necessário repensar
as estratégias em relação as alternativas aos negócios sustentáveis, mas como a
Varig era mal administrada, perdera mercado para a concorrência que agora liderava
o mercado antes varigniano. Outro ponto que pesou desfavorável a balança da
Varig foi a grande quantidade de aviões que se utilizava para voar, enquanto a TAM
possuía quatro tipos de aeronaves em sua frota, a Varig possuía sete, aumentando
o custo de manutenção, logística e treinamento de tripulação.
Enquanto a
concorrência trabalhava para manter a qualidade, reduzindo custos e aumentando
a produtividade, a FRB nada fazia em mudar o desastre que era a sua gestão, em
não reduzir custos. Ela utilizava em média o triplo de funcionários por avião,
além dos constantes atrasos de salários e encargos trabalhistas. Outro
detalhe que chamou a atenção pela desorganização da Varig foi o poder de
barganha frente aos credores e com isso perdeu a credibilidade com seus
fornecedores que faziam duras imposições, devido à falta de credibilidade, má
administração e falta de pagamento as dividas assumidas a ponto dos
fornecedores só venderem combustível se o pagamento fosse efetuado à vista.
Havia também os vôos cancelados por falta de combustível bem como a apreensão
de aviões por falta de pagamento de leasing, não raro, foi obrigada a devolver
aviões ao fabricante por não honrar os compromissos.
A arrogância da
Varig era tamanho que ela não percebia a entrada de companhias menores como a
Gol, criada em 2001 graças a uma administração moderna, baseada no modelo de baixa tarifa, baixo custo,
além de ela operar inicialmente com apenas dois tipos de aeronaves,
implicando em menores custos na manutenção, logística e treinamento, sendo
modelos modernos, maiores e mais econômicos.
A Varig como sempre soberba, não imaginava que uma iniciante se tornanse uma ameaça devido às baixas tarifas praticadas. A imagem negativa criada pela Varig nos noticiários também tiveram sua influencia por causa de seus atrasos, cancelamentos de vôos e demais problemas que afetaram diretamente quem utilizasse seus serviços, ou seja, ela estava passando por uma “crise de imagem e identidade” em permanecer ativa, mas isso não era mais possível, afinal ela já estava perdendo clientes e vista como desacreditada pela qualidade de seus serviços.
A Varig como sempre soberba, não imaginava que uma iniciante se tornanse uma ameaça devido às baixas tarifas praticadas. A imagem negativa criada pela Varig nos noticiários também tiveram sua influencia por causa de seus atrasos, cancelamentos de vôos e demais problemas que afetaram diretamente quem utilizasse seus serviços, ou seja, ela estava passando por uma “crise de imagem e identidade” em permanecer ativa, mas isso não era mais possível, afinal ela já estava perdendo clientes e vista como desacreditada pela qualidade de seus serviços.
Procurei mostrar neste trabalho como as relações ditam o
sistema, a economia, cultura e religião, e acima de tudo, seremos sempre
objetos nessa relação de desejo e poder; embora a sociedade senhorial tenha
deixado até hoje o “ranço” de sua funcionabilidade, a Varig nada aprendeu bem
como a imprensa que nada fez para no mínimo tentar amenizar a “nefasta” crise
para os trabalhadores que acabaram sofrendo na pele o desleixo e a ineficiência
de uma justiça falha e retardatária. Embora tenha utilizado o método investigativo
para comparar os assuntos abordados, cheguei a conclusão de que sermos sempre
vitimas dessa sistema avassalador e “insensível”, pois ele destrói qualquer
alternativa de reparo a perdas sofridas pela classe oprimida e quando o sistema
funciona, sempre é tarde demais.
Concluí que somos
o reflexo de nossos antepassados, fomos “forjados” como base no lucro do
mandonismo, isso caracteriza uma sociedade deveras atrasada e quando o
modernismo chega, ela não esta preparada para tal, o mesmo ocorreu com o
progresso de nossa sociedade e o mesmo se repetiu com a Varig, pois o lucro
veio rapidamente e em vez de ser precaver para o futuro, nada fez, apenas gozou
dos “louros da fama” e depois amargou arduamente a sua queda. Para entender
essa crise, procurei entender como funcionava a sociedade senhorial colonial e
através dessa dinâmica pude entender como os fatos aconteceram, se iniciármos
um projeto mal desde o inicio, saberemos qual será seu desfecho e com uma
sociedade exclusivamente capitalista e autoritária não teríamos um final
inesperado e sim previsto e alertado sobre os erros contínuos praticados
ininterruptamente.
No caso da Varig,
pude concluir que a rivalidade entre concorrentes, poder de barganha dos
fornecedores e ameaça de novos entrantes foram os fatores que levaram a sua
derrocada, ficando claro que a empresa já era má administrada há tempos. Tendo
como principal agravante o acúmulo de dívidas evidenciados pelas crises que o
mercado da aviação sofreu a refração dos ataques terroristas. Então, as
empresas do setor aéreo tiveram que se adequar às dificuldades e buscar uma
forma eficiente e eficaz de administrar seus negócios, galgando alternativas e
redução de custos, sem por em xeque a qualidade de seus serviços. Neste
momento, a incompetência administrativa da Varig ficou à amostra e a
concorrência juntamente com os novos entrantes se destacou a ponto de, uma
empresa criada em 2001, considerada uma nova entrante na época, vir adquirir a
Varig em abril daquele ano.
Muitas perguntas
permanecem no ar, o que aconteceu com a mesa gestora da Varig? Como a FRB
administrada por um Conselho Curador de sete membros eleitos por um Colégio
Deliberante de 220 funcionários representariam a totalidade dos empregados?
Quando se olha para o que foi a Varig e a que ela se reduziu, verifica-se a
evidência da falta de princípios básicos de governança corporativa
transparente; ainda que se encontrasse uma solução para Varig, a maioria de
sues empregados já não existirão mais, ela poderá seguir existindo à frente de
outra organização que se espera no mínimo ser forte e rentável e que enfoque os
princípios de governança corporativa e de sustentabilidade sob um olhar mais
moderno, visando, antes de tudo, a existência da companhia e organização para
melhoria da nossa sociedade.
Como vitima dessa
politicagem ocorrida na Varig, tenho cada vez menos esperança em ideais tão
defendidos como Justiça, Igualdade e Respeito, tendo ainda a impressão de que
nossa sociedade está corrompida até sua origem, restando-nos apenas o consolo
de caminhármos por trilhas feitas somente por nós, pois quando mais se precisa
do Estado, ele “quase” nunca parece e quando o faz, é tarde demais, isto posto,
quando ele não ajuda, atrapalha com sua lentidão. Neste projeto procurei
mostrar como os fatos podem ser fácil ou difíceis, cabendo a quem os conduz
contribuir com a supremacia da verdade e baseado nesta, espero que ele ajude a
outros projetos parecidos no sentido de entender a forma como os fatos ocorrem
até mesmo numa tentativa de compreender a realidade do período e o seu
subseqüente resultado a quem for pesquisá-lo anos depois.
Enfim, agradeço e
dedico este trabalho aos milhares de colegas e vítimas da Varig e desejo embora
tarde do que nunca, que a justiça deste país faça o mínimo aos trabalhadores da
empresa e estes recebam seus direitos trabalhistas, agradeço ainda os
funcionários da biblioteca dos Barris que atenciosamente me ajudaram nas
matérias de capa dos jornais para produzir este trabalho, o meu sincero
obrigado.
"Somos grandes porque voamos com os grandes"
Referências
JAMESON, Fredric
1996. “Cinco Teses sobre o Marxismo na atualidade”. Em: Revisão Mensal, 1996.
Pp: 1-11.
MÉSZÁROS, István.
Para além do capital. São Paulo, Boitempo, 2002.
MATTA, Alfredo
Eurico Rodriguez. A educação e a ascensão da burguesia na Bahia. Revista da
FAEEBA – Educação e contemporaneidade, Salvador, v.14, n. 24, p. 113 – 123, jul./
dez., 2005.
MARX, Karl. e
ENGELS, F. A ideologia Alemã. São Paulo: Hucitec, 1999.
Senhor leitor,
todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta
ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é
ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela
compreensão. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RECONHECIDOS.
Mr. reader, all images were taken from the Google search site, do not
feel offended if perchance, one of the images posted are your, the blog´s
intentions is to illustrate didactically the text and not plagiarize images. Thank
you for understanding. ALL RECOGNIZED COPYRIGHT.
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