A história Presente

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Entendendo a Bahia para entender o Brasil.

Existem pesquisas sobre a documentação da historia da Bahia, onde se iniciarão a partir de 15 de novembro de 1889 até os dias de hoje na atualidade; o contexto da nova historia se propõe é construir os moldes de hoje, porém ocorre a incerteza do que se esta argumentando. Para a época de 1996, segundo alguns autores ela funcionava sob a perspectiva marxista como uma forma de inquisição, a historia oficial (nova historia) iria contra o sistema, não explicando mais os eventos a partir do murro de Berlim. O sistema funcionava como uma forma de luta entre os pequenos e o sistema, a nova historia abordava as diferenças entre sexo, religião, time de futebol,...

Gothe
A historia tem causa, explicação, ciência, a proposta da nova historia é desmontar a proposta filosófica, não se propondo a explicar, isso por sua vez se torna critica a ela; o marxismo tentava explicar o inexplicável, isso era uma meta narrativa, isso significava o principal ataque da nova historia ao marxismo, por que tudo é subjetividade, através das representações sociais, através da teoria de Gothe, por exemplo, com isso a verdade não seria social e sim uma narração, sem a interpretação dos fatos como se fosse uma ideia totalizante, por isso o marxismo tenta explicar o inexplicável.


Em 1996 a nova historia era tida como a moda daquele período, acusada de não explicar nada, filosoficamente falando, quem se explicava para ela, era considerado um tolo, o maior rival do marxismo é a nova historia. Método não é ponto de vista, um trabalho cientifico tem que ter um método, sendo necessário a diferença entre eles para a produção do trabalho. A metodologia é construída sob o ponto de vista de cada um, não é permitido ter dois métodos em um trabalho. A nova historia dizia que o marxismo só trabalhava com a economia (economicista: economia acima de todas as coisas), bem como não se diz que o marxismo não discute o racismo por exemplo.

D. Diniz
O que define o tema é a forma como se estuda o método que será utilizado; a historia oficial dizia que os traficantes de escravos eram portugueses brancos, havia ainda os traficantes baianos, o trafico africano pertencia aos africanos, posteriormente passaram a ser utilizados pelos europeus; quando os portugueses conquistaram a cidade de Ceuta, os portugueses conquistaram a rota do Cairo e de Mauritania até Ceuta. A partir disso, foram colocadas feitorias na costa africana, o rei de Portugual, D. Diniz instaurou o racismo africano inicialmente.




Em 1570 Portugal perdeu a independência para a Espanha, posteriormente quando se recuperou, não conseguiram mais recuperar a fama de traficantes. Em 1640 a Holanda (Inglaterra) precisava traficar escravos e seduzem os brasileiros para começar esse tipo de comercio, os portugueses por sua vez se irritam com esse pratica, no Brasil de então eram os brasileiros (portugueses que viviam no Brasil). É preciso estudar as causas da história, por que senão não entenderemos o porquê das coisas. Os bancos Bradesco e Econômico erm os detendores das riquezas do trafico de escravos, com a proibição da Inglaterra investiram o dinheiro em bancos. A nova historia não se propunha a estudar isso.

Mikail Baktin
É preciso se debruçar sobre o que se esta estudando:
- Marxismo e filosofia da linguagem: Mikail Baktin: metodologia de Baktin
- Visitar o arquivo publico do Estado, o arquivo publico central, a biblioteca publica central.
- Escolher uma primeira pagina de qualquer jornal baiano, mas tem que estar na primeira pagina obrigatoriamente.
- É preciso pesquisar a partir de 15 de novembro de 1889 até hoje.



Marxismo na Bahia
A Republica brasileira na Bahia: entre o inicio e o final da republica, o período foi relativamente curto, nesse período, a sociedade não era tão diferente assim da nossa, houve porem uma grande transformação nesse século, nos últimos 120 anos, a Bahia saiu de uma sociedade hegemonicamente (não é um conceito linear, jamais será um a sociedade senhorial, capitalista ou pura) senhorial para uma sociedade burguesa, onde predomina todo tipo de predominância.



Como a sociedade hegemônica senhorial cedeu espaço para uma sociedade burguesa?
Hegemonia combina com ordem (modo de reprodução social: conjunto de praticas social), o conjunto das praticas são todas as praticas. A historia não pode ser dividida em religião, estética, cultura, economia. Toda forma de vida é hegemônica, há um conjunto de elementos que fazem essa hegemonia.


Qual a origem da sociedade?  É preciso conhecer o conceito de classe social, ela não é um atributo e que depois se possa tirar, ela pertence a pessoa, ela tem a consciência ou não, é um grupo de pessoas dentro de uma sociedade, é um tipo de pessoa que realiza um tipo de ação. São categorias que na Nova Historia só fará sentido se a pessoa se identificar a isso, tem que haver identificação, a classe dominante é muito hábil no sentido de manipulação. A classe social esta inserido na identidade social, a classe burguesa dominante tem um nível de padrão, não há rigor em ser o que quiser.

A classe dominante se caracteriza por não tem quem a domine, esse conglomerado hegemônico garante esse domínio, quem não entrar no jogo das grandes corporações, é automaticamente eliminado do “circulo”. Classe social não é uma categoria, todos fazem parte de uma dinâmica social, não há 100 % de dominância, ainda há partes alternativas que possui brechas para servir como “válvula de escape”.


A classe dos índios tupiniquins não há grupos de pessoas que “sacaneiam” outro grupo, um chefe de uma tribo tupi não nos manda outros, a propriedade é comunal, exceto objetos de uso pessoal, não há uma injustiça social sistemática. A sociedade indígena era muito mais avançada do que a nossa, por que não havia injustiça social, os elementos das tribos guarani, tupinambás prevalecia a sociedade comunal, todos dividiam tudo. Numa sociedade onde existem classes sociais onde há a separação de homens e mulheres por si só se caracterizam como uma sociedade de classe propriamente dita. A sociedade atual é de classe.

Sociedade senhorial (ordem social senhorial) é baseada na propriedade das condições da existência, é a somatória de tudo o que me cerca, são as fronteiras do meu ser, são as praticas de minha vida, se eu não me domino, alguém esta fazendo isso por mim, qualquer lugar onde essa sociedade existiu, o que define o senhor é que onde ele descreve a sua feudalidade:
Ex: se eu possuo uma ponte, para passar nela tem que pagar.

Características do poder senhorial: a pessoa é dona do que precisa para tocar a sua vida, o senhor é dono da vida e da morte, ele é dono de tudo.
Justiniano
Ex¹: Justiniano era considerado o representante do poder de Deus, todos deviam obediência a dela, inclusive o papa, era ele quem decidia se iriam destruir a imagem dos santos. Tudo isso faz parte do poder interno, os senhores não admitem concorrência, não há como servir dois senhores, a religião tem muito haver com ordem senhorial, ela construirá as características que construirão as ordens senhoriais. Essa sociedade senhorial criava tendências:


Ex²: branqueamento do negro, não é uma técnica para acabar com o negro e sim para dominar o negro. A sociedade senhorial vive dessa desigualdade, elas são o próprio critério dessas classes sociais. Para entender a sociedade senhorial tem-se que entender a burguesia, quando um senhor é mais “forte” do que o outro? Isso ocorre por existir varias sociedades, eram diferentes uma das outras, essa variação não poderia ser hegemônica em todas elas:

Ex³: a sociedade senhorial é diferente da sociedade ibérica, a formula para se dar bem era ter prestigio, sendo proprietário das condições existentes, favorecendo as pessoas que quer favorecer e ajuda quem não quer ajudar, criando uma tendência a si mesmo.



A sociedade tupinambá
O império bizantino foi tão consciente de sua existência, que foi isso o responsável por durar tanto tempo diante do inimigo.  A religião é um dos mais legitimadores na produção de sua superioridade. A sociedade tupinambá era muito melhor do que a sociedade portuguesa, mas os índios acabaram e os portugueses continuaram? Isso ocorreu por um dos motivos, por exemplo, além do extermínio, o índio adotar a cultura branca.

Cidade do Salvador
A cidade do Salvador já nasceu seis vezes maior do que a maior sociedade tupinambá que existia. O senhor português inicialmente foi aberto a cidade para a cidade fazer as suas feiras. A feira era o momento mais eficiente no sentido de contato com os outros, como os índios; era necessário ter uma perspectiva total da sociedade, iniciava assim a dinâmica do privilegio no caso do comercio, religião, esse movimento muda a maneira de como a aldeia vivia antes, ocorrendo na sua dominação, mas isso ele não sabia, por sua vez o índio que aceitava ser submisso ao branco recebia regalias e era recompensado. O índio passaria a ser visto como um branco bem visto pelos olhos da igreja, onde o transformaria num líder de comunidade, com isso construiriam a igreja e o poder senhorial se faria presente.

Sociedade senhorial
O senhor era dono da vida e da morte, a colonização trará o senhor através da carta de donataria, automaticamente havia legitimação de terras que os senhores nunca haviam visto. O próprio convívio entre uma sociedade e outra desestruturava a sociedade indígena e não a sociedade senhorial; ela era mais eficaz, não sendo a melhor, ela sustentava mais gente do que com sociedade indígena, em média, eles não eram mais ricos do que os índios, mas isso não contava na expansão de uma sociedade sobre a outra.

A sociedade de classe tinha muitas formas de se fazer com que se interessasse sobre ela, a forma societária havia sumido; o sistema beneficiava somente alguns feitores, o resto amargava os desmandos da sociedade, não entendendo mais o processo social de classes. A sociedade senhorial não era tão mais forte do que o capitalismo, mas tinha seu poder tão importante quanto; as pessoas nasciam em uma ordem senhorial, hoje estão vivendo a sociedade capitalista.

Uma sociedade se impõe sobre a outra não por que ela é melhor do que a outra, mas por que ela das oportunidades melhores do que a outra. A sociedade senhorial não é dicotômica com o capital, na verdade ela convive com ele, o processo histórico lhe envolve nele. O senhor era proprietário das condições de sua existência, todos dependiam dele, sendo que não é possível ter dois senhores, é uma sociedade fechada; se houver uma ligação entre dois senhores, essa ligação deve partir deles, se ocorresse o contrário, o senhor estava sendo desafiado, com isso o opositor caia, pois somente ele tinha domínio da situação.

Teoria dos lucros decrescentes: quanto mais o tempo passa, o pensamento dialético nunca quer a verdade. O capitalismo surgiu no seio da sociedade, dentro dela, a sociedade senhorial era fechada, tudo era controlado pelo poder centralizador, isso serviu para o surgimento do capital; o comércio puro e simples não mexe na economia, afinal foi o mercado quem criou essas práticas mercantis. O processo de fabricação só terá lucro se no meio do processo ele souber exatamente o quanto esta usando, se esse processo for burlado, haverá desvio do processo original, essa diferença caracteriza-se como o inicio do capitalismo, com isso quem saia ganhando era o artesão e não o patrão. A renda acontece pelo resultado regular de um determinado padrão, o lucro (acumulo primitivo do capital) não acontece, ele é produzido a partir da forma que se produz.

O patrão é proprietário das condições, o capitalismo é dono do lucro da situação. O artesão passara a ser a única pessoa em que a posição social será móvel, com isso ele ganhara prestigio através do lucro e acumulo. Ele não será proprietário da existência de ninguém, ele será proprietário de alguma existência. A sociedade senhorial era fechada, nela quem ficava rico era por renda ≠ lucro, a sociedade senhorial desconhecia o lucro, o lucro era o que rendia sem trabalhar (uso fruto). O senhor de um reduto ganhava de todas as pessoas que o cercava, nesse interim ele ainda era eleito e escolhido como o representante legítimo de deus:
Ex¹: corvéia
Ex²: direito de pescar, mas de cada quatro peixes pescados, dois seriam meus.

O senhor não controla o processo e sim que é dono do capital, sem que o senhor perceba, assim cria o lucro, renda não é um ganho capital. A principal estratégia do capitalista é retirar a idéia do processo; a Nova História retira dos elementos dos símbolos o seu significado, é algo estático, é uma mudança simbólica, sendo um estudo do processo. O capitalismo comercial não criava riqueza, pois o principal era consumido, como sobrava muito, o capitalismo comercial vendia as sobras gerando lucros, era a forma de produzir que gerava capital. Como a Holanda refinava o açúcar, era ela quem acumulava o capital. O que da lucro é a produção, não a venda.

Fredrick Jamenson
Fredrick Jamenson - pensador da contemporaneidade.
Riqueza sempre existiu, era uma forma de acumular riqueza através da terra por exemplo. Toda sociedade senhorial fazia isso através de casamentos também, detinham o status de ricos. O lucro é quando se tem o insumo, produz-se 12 sapatos, sendo que 10 eram planejados, os outros dois sim são o lucro. Os senhores eram proprietários da dos meios, mas não da produção, por mais que ele tinha os meios de produção, ele não controlava o processo, pois a terra por natureza é rica. O lucro é o meio de trabalho sobre a produção. 

Marx
A riqueza poderia ser "entesourada", quanto mais se guardaria, mais se enriqueceria; o capital era acumulativo, por isso Marx chama isso de acumulo primitivo do capital, o capital tem a capacidade de acumular, fortalece-e e enfraquecendo-O. O lucro é o fim e o início do processo capitalista; com o crescimento do capital, ele mina qualquer sociedade.  O capitalismo surgiu na Europa Feudal, Europa Não feudal: Portugal, Espanha e Itália não eram estados feudais, o capital surgiu nas proximidades da liga Hanseática, Norte da França, Bélgica,...


Joana D´Arc
Joana D´Arc, reuniu os franceses inclusive o rei, pois ela era de uma família nobre "terciária", as forças inglesas e francesas eram parecidas, Paris era um burgo autônomo e rico, cheio de propriedades. Com os soldados na porta, ela pede para que o país pague os armamentos para guerrear, o rei pagaria, mas com duas condições, a capital da França seria Paris, e as mercadorias francesas deveriam ser negociadas na França. Esse episódio acabaria dando na Guerra dos 100 anos, depois de um século, os produtos foram aceitos ser negociados em Paris, dando início ao Estado autônomo francês.

O capital sempre elimina as barreiras e adversidades, acabando com os limites, no momento em que o capitalismo parar de crescer, a sociedade em torno dele quebrará, pelo menos é isso o pregado.

O desafio e o fardo do tempo (2007)
Istvam Meszaro
Tudo isso fez surgir o capital onde não havia nada, ele surge nessa região feudal entre os séculos IX, X, XI. Depois ele começa a se expandir e crescer, no Brasil, ele não nasce capitalista, embora ele seja controlado pelo capitalismo, sendo controlado pela Inglaterra, Holanda. O Brasil nasce senhorial próximo ao feudalismo ibérico, a ordem social ibérica era parecida com os países islâmicos, com a forma do poder e a crença religiosa ser parecida, o Brasil era baseado em uma sociedade senhorial urbana. O capitalismo é uma sociedade de mercado, pois ele possibilita o acumulo de capital: Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Ouro Preto, Belém, nestas sociedades o que interessava eram as bases do século XVIII por que isso repercutiria no século XX.

Tapuias 
O materialismo histórico é deveras complexo, por outro lado, para entendê-lo é necessário ir a fundo ao contexto para entendê-lo e compreende-lo melhor. A ordem social brasileira era uma espécie de comunismo original no período dos índios (Marx chamaria o comunismo primitivo), uma aldeia Tupinambá era maior do que uma aldeia Tapuia, eles viviam em clãs e tendas móveis. Os Tapuias eram o comunismo puro, não havia classe no sentido de não ter um grupo de pessoas no sentido de identificar privilégios entre eles.

Bantos africanos
Estudos indicam que até 1000 índios o grupo ainda podia ser controlado, fora disso não mais, o chefe indígena não era superior na ninguém, pelo contrario, tinha mais responsabilidades do que os outros, embora tivesse o mesmo estilo de vida. Isso ocorre também em povos dos esquimós, povos das estepes, os lapões da Finlândia, os bantos africanos.


Yorubás
Quando os portugueses chegaram, encontraram essa ordem social, por que após a chegada deles a sociedade Tupinambá acabou então? Os indígenas aos poucos foram se aproximando das cidades portuguesas, aos poucos acabam “branqueando” sua cultura antiga. Nos quilombos a maioria era formada de Bantos, muito mais do que o dos Yorubás, a tradição era banto, eles eram mais eficazes em seus quilombos.  

A competição entre um núcleo Tupinambá e uma cidade branca é extraordinariamente desigual, os brancos criaram as feiras, os índios iam nessas feiras, mas os brancos não penetravam nas aldeias deles. Salvador mesmo com menos de 3000 habitantes, já era cinco vezes maior do que a maior das aldeias Tupinambás, isso atraia os índios, mas não desconfigurava a sua ordem social.

O português observava os índios e depois usaria isso contra eles no sentido de negociações, os indos que trabalhariam com os brancos, quebrariam a ordem social indígena, ele agora era considerado não mais como índio.  O projeto de expansão português atropelaria qualquer ideologia indígena. A ordem social patrimonialista percorre o Brasil de norte a sul, através de cartas de posses, onde os senhores eram donos de tudo, eram donos de todo o material e do espiritual, ele era dono da condição da existência do outro, a vida dependia do que ele, o senhor absoluto determinava.

É necessário entender o contexto para analize.

A disputa brasileira baseava-se em duas ordens societárias:
A capitalista – para eles a sociedade deve ser isonomia, assim o sistema facilita a expansão do capitalista. O capital tende a uniformização, os capitalistas do mundo todo são uniformes, parecidos, esse conceito é fabricado para os dominados.



A senhorial – nunca foi uma só, Marx analisou o feudalismo europeu (Europa Centro Ocidental, não o Mediterrâneo), as outras sociedades seriam patrimonialistas tendo o seu centro em cidades, enquanto isso não ocorria no feudalismo.  A sociedade feudal foi destronada pela sociedade capitalista tida como mais eficaz do que as outras; no pós estruturalismo diz que todos são iguais, então nem uma sociedade não seria igual a outra, negando a dominação européia, era uma questão de afirmação, o modelo social não poderia ser questionado.

As valorizações das características étnicas são impostas as pessoas, é o novo padrão contemporâneo defendido pela sociedade, essa é a historia oficial mostrada; não se trata de um símbolo, mas é a forma ideológica que o sistema produz, dizendo eu o problema é social e ainda reproduz essas mazelas. O progresso técnico não é avanço social, a abordagem ideológica diz que não é, mas é a opressão não questiona problemas sociais, mas sim, a diferença entre gêneros, por exemplo.


Historia da Bahia
Divisão da república em 5 momentos: gradativa hegemonia capitalista sobre a senhorial, como essa  ordem social age sobre os temas a serem estudados, por exemplo, se for trabalhar com religião, sexualidade, como essa ordem senhorial agia sobre esses temas, não na forma simbólica, nem em forma de discurso.



Os contextos a serem construídos são fundamentais para entender essa sociedade senhorial e como ela determina o contexto sobre tudo, elas estão no mesmo ambiente, fazendo a mediação para ambas. Tem que entender o ambiente, no caso a sociedade baiana, passa do senhorial para o burguês, deve-se analisá-la sobre essas transformações através desses focos e suas transformações. A sociedade senhorial brasileira no século XIX já tinha aproximadamente 300 anos, esse processo é recebido de fora, no caso da Bahia nos Tupinambás, foram influenciados muito pouco. A guerra de estrutura social foi protagonizada entre índios e europeus, com o passar dos tempos, os índios acabam vivendo mais com os brancos do que com sua gente.

A sociedade senhorial é desmontada, quem acumulou capital no Brasil? O tráfico de escravos acumulou, os pernambucanos e baianos, mas esses movimentos foram massacrados no Brasil, por se tratar de um ato conservador. O eixo político do Brasil é deslocado do nordeste para o sudeste.  Dois centros acumulavam o capital de escravos: Salvador e Nova Iorque, a Inglaterra percebeu tardamente quando já havia perdido os EUA, no Brasil, isso estava ocorrendo com a Revolução dos Alfaiates, a Inglaterra tentou bloquear isso, mas não conseguiu, então resolveu apoiar Portugal para frear esse processo de acumulo de capital nordestino que estava ligado a independência.

Eles queriam acabar com essas alternativas, mesmo em movimentos menores, mas eles acabaram prevalecendo, o NE não conseguiu acumular capital por causa da Inglaterra, o capital surgiu então com a cultura do café e cana de açúcar. No caso do açúcar, a terra tem que ser trabalhada, tratada, e o trabalho então se dá no inicio e no fim, sabe-se então o quanto se produzirá, sabendo exatamente quando será a colheita. Essa cultura canavieira não representava acumulo de capital e sim no trafico de escravos.

No caso do café é diferente, é uma espécie de arbusto, por isso é necessário tratar suas mudas, depois de alguns meses, deve-se preparar muito bem a terra, totalmente limpa, em um terreno onde não possa ter nem uma erva daninha, depois de anos é que começa a sua colheita, depois de aproximadamente 5 anos. O investimento só aparecerá depois de 10 anos; nem uma irmandade investia nesse tipo de plantio, isso não era renda, acumulava capital, o açúcar acumulava lucro.

Em torno de 1880, o café na província de São Paulo passou a acumular café de maneira extraordinária. Isso não foi pensado pelos ingleses, não deixaram o NE do Brasil acumular capital, mas não imaginavam que no SE se iria acumular tanto capital. O lucro se da pela otimização do processo dele, na sociedade senhorial não existe isso, existe o excedente previsto pelo senhor, no café, demorou-se 10 anos para se obter esses lucros. Sendo o dono das condições, essa diferença se dá pela diferença do processo.

São Paulo entra na ordem do progresso capitalista que trabalhava com o processo acumulativo, na Bahia isso ocorreu posteriormente com o cacau. São Paulo no inicio da republica era maior que Salvador e depois de 30 anos, maior do que o Rio de Janeiro, a capital paulista foi que mais cresceu em 100 anos, passou de 20.000 para 18 milhões. Não há mais um controle senhorial, e sim dos produtores, o senhor só descobria quando recebia, posteriormente alguns senhores se transformam em capitalistas, eles se mantiveram senhores, depois utilizaram o capital investido em outras formas de riqueza como frigoríficos, couros,...

Sistema senhorial: não acumula riqueza, enriquece, mas ela é sempre a mesma.
Sistema capital: acumula riqueza através do lucro.

O império foi uma ordem senhorial que segurava a sociedade que segurava a renda e prestigio dono dos meios de produção e da vida dos outros. Como o burguês ganhava no processo, por isso o capitalismo tinha que crescer, esse acumulo de capital exigia mais e mais acumulo no mercado, chega um momento que essa expansão começa a atingir outras províncias, então elas começam a brigar entre elas. O senhor só terá poder sobre o reduto se ele tiver controle total deste reduto, o capital precisa quebrar esse reduto, na medida em que a sociedade senhorial reduz o capital em seu reduto, ele quebra esse capital, o senhor e o burguês começam duelar, seus poderes deveriam destruir o oponente, por isso, os paulistas criaram o movimento republicano brasileiro.

As camadas urbanas preferem a ordem burguesa à ordem senhorial, a república foi o primeiro projeto burguês no Brasil, existiam então três classes:
- os profissionais liberais, eram uma classe média da sociedade de mercado
- pequenos comerciantes
- os operários

A sociedade burguesa tem como ideal a soberania ideológica, por isso a burguesia tinha como lema a sociedade moderna baseada no direito, progresso. São Paulo, Rio de Janeiro e posteriormente no Rio Grande do Sul isso começava ocorrer essa dita modernidade, depois a Bahia sofreria esse processo, na verdade o que ocorre é a desobediência total contra a republica, a ordem que imperava era o poder baseado no prestigio. O mercado interno em São Paulo começa no século XIX e na Bahia em torno de 1960, segundo a perspectiva marxista.

Durante sete anos a Bahia teve sete governadores, nesse período, durante três anos a sociedade baiana resistiu a essa pratica de resistência, posteriormente ocorreu o chamado “encilhamento”, São Paulo passava a apoiar então os poderes senhoriais em troca de acordos comerciais com essas regiões. Até 1912 a Bahia é a mesma Bahia do império, os senhores proprietários das condições da existência, controle total, nada de lucro, conchavos, nada de modernidade, em 1912 ocorre uma mudança entre os paulistas e o resto do Brasil, havia uma categoria burguesa paulista, os cafeicultores, considerados agro burgueses.

Na primeira fase, a sociedade foi hegemônica senhorial em todos os redutos, se for trabalhar gênero, tem que se trabalhar todo o contexto, “ir para trás”, se for trabalhar as mulheres, por exemplo, na sociedade senhorial, as mulheres tinham tais características, por isso a situação em que elas se encontravam. Nem tudo pode ser narrativa, nem tudo é verdade, é uma verdade construída comum a todos, mesmo discordando muitas vezes.

Seja qual for o tema, tem-se que ver como a sociedade senhorial, entendia esse contexto, a republica foi o primeiro projeto da burguesia brasileira e depois com o positivismo, teve a europeização da sociedade, mas acima de tudo combater o poder regional para um poder central. A Bahia tinha muitos redutos contra o estado republicano em 1889, essa modernidade recebia uma resistência local, somente na capital havia concordância com o governo central por ser capital, fora de Salvador, a resistência era muito forte. As classes senhoriais voltam ao poder depois de aproximadamente 7 anos (±1892), somente três estados brasileiros tinham a modernidade na época: Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, essa sociedade senhorial resistia, havia ainda muito apadrinhamento, encilhamento (café com leite).

Hermes da Fonseca
A segunda fase da republica vem por causa do capitalismo precisava se expandir (não a riqueza e sim o mercado), com o crescimento do mercado e a modernidade, o mundo se torna mais burguês e os senhores mais acuados. Hermes da Fonseca trabalhou o que considerava ir de encontro a sociedade, em 1905, tudo girava em torno do apadrinhamento, o mercado assim, não funcionava.  Era preciso fazer parte da elite e por sua vez faziam parte dessa rede de proteção aristocrática, a sociedade senhorial funcionava com todo vigor em 1905.


JJ Seabra
Em 1912, a burguesia brasileira utiliza JJ Seabra (baiano) e transforma-o em candidato ao governo, ele perde a eleição, ele falou que isso seria “roubo”, o governo federal concorda e tira o governador com um golpe, bombardeando a capital baiana. Seabra deu duas “porradas” nos senhores, foi apoiado pelo governo federal: cria o diário oficial do Estado da Bahia, tudo o que estivesse publicado no diário valia, se não fosse publicado no diário oficial, não valeria, isso valia para toda a sociedade baiana. Ele centralizou o poder que antes estava dividido, quem passaria a mandar agora era o “capital” através dele.

A segunda coisa criada por ele era de que só seria governante se fosse publicado no diário oficial baiano, pela primeira vez em 400 de historia na Bahia, os senhores agora teriam que se curvar ao poder central tomada pela centralização da burguesia. A reação a Seabra foi iminente, mas os coronéis interioranos tiveram que obedecê-lo. A partir de 1912 a 1922, Seabra perde o poder, foi uma  brida dos senhores contra a modernidade, por sua vez, fez muitas melhorias a Bahia, criando estradas, colocando veículos para circular, com essa modernidade, a burguesia invadia a Bahia.

Horacio de Matos
Seabra aumenta sua força em 1914, com a eclosão da primeira guerra mundial enfraquece a burguesia, com o termino da primeira guerra mundial, a burguesia recupera seu poder e vai de encontro a Seabra; quando o ultimo presidente hermista perde  o poder, o governo carioca não apóia mais Seabra e sim Horacio de Matos, que por sua vez ataca Seabra, como  não tinha muito poder de influencia, a política café com leite tinha voltado ao poder, a burguesia industrial paulista e os coronéis também estavam sendo prejudicados. A segunda fase não é a fase da tomada de poder, é a fase onde a burguesia disputa entre o senhorial e o burguês, foi uma disputa entre duas ordens senhoriais.

Em 1929 o capitalismo entra em crise, a primeira grande crise de excesso de produção, o PIB brasileiro passa a ser industrial, Getulio Vargas toma o poder em 1930, eliminou o encilhamento, e o país se torna oficialmente burguês, a capacidade de sua eficácia era maior do que a da sociedade senhorial, o poder dos coronéis haviam sumido:
Vital Soares
Bahia - Vital Soares era um dos estados que mais apoiava a política café com leite. A classe social da Bahia não conseguiu se impor perante Getulio Vargas, e outros estados como Minas Gerais,  São Paulo e Rio de JaneiroQuando o Rio de Janeiro foi invadido por Getulio, foi a primeira vez que ocorreu o militarismo motorizado, na Bahia, ocorria o fenômeno do cangaço, com Lampião através das volantes. Os princípios senhoriais: honra, conchavo, conluios, através disso, Lampião foi delatado e morto; os coronéis utilizavam Lampião para agir uns contra os outros.

Juracy Magalhães
A terceira fase é quando o capitalismo invade a Bahia com o governo do Tenente Juracy Magalhães, quando Getulio colocou os seus governadores aqui, tirou toda a classe dominante desde 1550, àqueles coronéis que tinham o poder, foram expulsos da Bahia, os coronéis secundários foram chamados por Getulio para negociar, ou eles ficavam a favor dele ou seriam eliminados. Nascia aqui o poder nacionalista, com o poder nacional, assim, Getulio procura parcerias com Juan Carlos Perón, esses dois países se industrializam se modernizar, Getulio cria o nacionalismo, ele cria o Brasil moderno. 


Getulio Vargas “inventou” o Brasil, a Bahia ganha então dois grupos de coronéis atrelados a Getulio e o grupo dos opositores, ganhando um inimigo mortal, os EUA, pois era aliados a Alemanha, Japão e Itália, ele ficou no muro o Maximo que pode, mas simpatizava com a Alemanha, nesse ínterim, ele cria a siderurgia Vale do Rio Doce, com isso dá um passo gigantesco para o país crescer. Os coronéis expulsos por Getulio agora estavam aliado dos EUA, a Bahia agora então contava com esses dois grupos, agora o que imperava era a burguesia nacional ou internacional, ocorre agora a nova republica quando Getulio cai, e em 1950, a Bahia se consolida como estado periférico de São Paulo.

Otavio Mangabeira
Em 1950, na Bahia Valdir Pires cresce e ACM ganha apoio com Otavio Mangabeira, o golpe de 1930 determinou as duas grandes correntes no Brasil a nacionalista e a multinacional, mas as raízes remontam ao coronelismo anterior. A quarta fase foi a descoberta de petróleo na Bahia (1939), isso foi desmentido, pois São Paulo perderia o poder da economia do país (60%) logo após a noticia foi para 40%, Getulio então cria a Petrobras para fazer frente ao petróleo multinacional, em seguida foi criada a refinaria Landulfo Alves, com isso Salvador se moderniza.

A quarta fase acontece aproximadamente em 1950 com o que seria a Bahia de hoje, ocorre um crescente cada vez mais moderno e menos cabresto, os coronéis mandam menos e a burguesia manda mais. É nessa fase que os elementos senhoriais definham, é a modernidade que faz a ética vir à tona, todas as discussões que conhecemos hoje emergem nesse período.

Em 1979 ocorre a quinta fase, onde o PIB baiano passa a ser dominado pela burguesia baiana, é um período de hegemonia baiana e a partir de 1980 é o que perdura até hoje, o estado deixa de ser agrário para ser industrial, essa transição ocorre entre 1950 a 1981 e de 1981 até hoje é a dominação da burguesia. Esses elementos senhorias contem raízes da republica com o projeto modernizador, depois Seabra tenta na Bahia mas é vencido, depois Getulio tenta mas não muda o processo do Estado, depois a industrialização e  por fim a hegemonia moderna, assim, perde-se a noção da sociedade senhoria.

A pesquisa amadurece com o tempo, através do seu envolvimento, através do dialogo com o processo, tem que haver dedicação sobre o tema a ser pesquisado. O materialismo histórico parte de uma realidade construída sobre quem existe no contexto de ir e vir dentro do contexto dentro do coletivo. A historia é uma ciência com causa e efeito, nada acontece por ingenuidade, tudo tem existência por causa da referencia;

QUAL É A CAUSA? Os acontecimentos são produzidos por tensão social, tudo depende da maneira como foi produzida, são pressões feitos sobre os pontos de cada historia com sua causa, pois somos produtos dela, são pontos de pressão de cada historia de vida. Deve-se considerar tudo em nossa historia, pois somos o resultado único da combinação das infinitas forças sociais. Nada do que acontece por que alguém falou, quais foram as principais tensões que geraram essa historia, para que isso acontecesse, para essa produção.

Exemplos de pesquisas:

Quebra bonde:
Modernização.
Transporte.
Política.
Estudar especificamente esse movimento.


Cangaço:
sociedade sertaneja
sociedade senhorial tradicional do Brasil.
identificar o momento que surge, quando surge.
é um movimento social que vem da península ibérica
lampião ganhou titulo de capitão.
entender esses bandos armados.
na República, entender o processo desses bandos.
entender a modernidade do Estado Moderno com o cangaço.

A intervenção de Arthur Neiva e a lei de reorganização municipal
A sociedade senhorial e suas relações na Bahia
O patrimonialismo
 A chegada da modernidade em suas fases (ater-se a 3º fase)
Entender o espírito da cidade (a cidade senhorial não tem especialização, é uma ocupação desordenada)





Incêndio de Águas de Meninos
Entender o comercio das quitandas tradicionais
Entender o trapiche
Entender a feira (cidade senhorial e não da cidade burguesa
 Entender o conflito do comércio  especializado moderno
Entender o comércio não especializado tradicional
Conflito de quem trabalha com esse comercio das Águas de Meninos
Entender a pressão que esse tipo de comercio enfrenta até a década de 60

Loucura
Entender o que significava  ficar doente
Como ele participa da sociedade senhorial?
Quem é essa sociedade senhorial e como ela trata esses pessoas “anormais” e como elas são tratadas com o progresso do Estado.
Como ele se relacionava com essa sociedade




Primeira greve geral dos supermercados 1987
Entender o comércio burguês de alimento (o grande comércio)
Fazer um levantamento das pessoas que fazem parte desse trabalho
 Origem de sindicato e movimentos
Amadurecimento dos sindicato
Entender o sindicado de privilégios (pelego)
 Transição do sindicato
O racismo se combate  com praticas sociais
Construção do sindicato na modernidade

Mudança do nome do aeroporto
Estudar a mudança das sociedade
Entender a pessoa do ACM
Entender o paralelo do poder do projeto burguês com o poder senhorial


Implementação do sistema ferroviário na Bahia: crise de 1909.
- começar trabalhando o estudo da região sertaneja no São Francisco
- como as terras da casa da Torre serviram para  implantar as ferrovias.
- Livro A casa da Torre.
- como foi a ocupação desses territórios na colonização?
- como o patrimonialismo senhorial ocupou essa região?
- essa ocupação começou desde o século XVI
- onde a ferrovia se instala?
- falar sobre o transporte colonial do rio São Francisco até Salvador
- como se da a penetração da ferrovia no Brasil politicamente?
- as ferrovias no inicio da republica entra em crise por que não havia demanda para esse tipo de transporte.
- o que mudou na republica até 1909?
- quem foram os senhores que estimularam isso?
- ver qual a ordem senhorial estabelecida
- falar que ordem social foi construída na Bahia ? Ela trabalha com a  propriedade com as condições da existência em volta do senhor, e uma dessas condições é que ele não seja questionado dentro dessa sua supremacia.
- o poder senhorial era afrontado não por que tiravam pedaços de sua terra, mas entender o que a ferrovia afronta esses senhores.
- o verdadeiro  problema era de que quando essa ferrovia entrasse em sua terra, ele não controlaria mais os que estavam sob seu comando, as pessoas que trabalhariam com ele fugiriam com a ferrovia, ele com certeza seria morto léguas depois, afinal o senhor teria gente ligada a ele dentro desses trens.
- qual era o tempo que o trem levava  para seguir seu trajeto?
- qual era o reduto ameaçado pelo trem?
- essa ordem senhorial era questionado em relação a resistência com o surgimento desse tipo de transporte
- qual era o elemento que tornava isso favorável que trabalhava com dominância nesse tipo de redundância.
- os senhores no sertão também não gostavam dessas ferrovias dentro de seu reduto, nesse momento ocorre a dominância da sociedade burguesa sobre a sociedade senhorial.
- qual era a ligação dessa gente com os ingleses?
- os americanos para dominar, colocavam um entre posto nos locais para ter representatividade.
- a Inglaterra lucrava não com a ferrovia, mas com a venda de bitola dos trens para fazer os trilhos.
- o lucro da ferrovia só ganhou quem construiu, ou seja, os ingleses.

O bombardeio da cidade do Salvador em 1912
- 10 de janeiro de 1912 foi o bombardeio, dias depois Seabra toma posse do governo baiano.
- a modernidade vem da  própria crise da republica
- a crise do império de 1889 e a tentativa dos paulistas e a burguesia agro exportadora do café que fazem uma proposta de modernidade e como a Bahia reagiu a ela, não aceitando e prossegue numa nova ordem baseada no passado.
- por que em 1912 houve um retorno dessa modernidade?
- a classe burguesa capitalista “aceitou” esse novo discurso, com isso fizeram uma espécie de acordo com a política do café com leite, esse fato aumentou o crescimento da burguesia paulista, explicando o hermismo e o seu retorno.
- como os militares auxiliaram as classes burguesas que defendem uma nova ordem mundial.
- Seabra deu  um golpe de estado na Bahia, foi o primeiro testa de ferro da Bahia, como isso mandou a “bomba” moderna encima do Estado baiano.

Cangaço
- origem do termo: cangaço subordinado independente (jagunço)
- constituição social sertaneja
- guerras entre as famílias (parentelas)
- conflitos com interesses pessoas (conservadores e liberais- a diferença entre eles era  para dizer como se existissem dois times)
- esses conflitos remontam as passado dessas famílias, por serem proprietários dessas existências, eles tinham que ter regras.
- dentro de cada grupo há essas diferenças, por isso a rivalidade entre as famílias detentoras do poder.
- A crise da ordem senhorial sertaneja
- o sertão começa a ter muita gente, com  isso o senhor não conseguiria mais  proteger seus protegidos, perderia assim o poder sobre essas pessoas.
- entender a crise do sertão nesse período.
- entender o caminho desse fortalecimento com a crise de1930.
- não é a republica velha que mata Lampião, foi a modernidade, o Brasil de Vargas
- a crise da sociedade senhorial nordestina acontece com a vinda da família real ao Brasil, isso ameaçava o poder senhorial a duvida que eles tinham do  poder, com um  metrópole ficaria mais perto, mas a ordem senhorial não perderia o poder totalmente.
- a principal crise da sociedade senhorial era a  idéia de que o senhor apadrinhava todo mundo, com isso ela entraria em crise, como isso não acontecia, de uma forma geral,enquanto o senhor conseguia controlar a ordem senhorial não era quebrada nem  pelos opositores.
- era a  ordem senhorial e o prestigio que ele tinha sobre os terreiros
- com a não satisfação das pessoas, elas montam bandos de cangaceiros, montando resistências, aumentando muito o numero de romeiros contra esses senhores, pois eles se tornam independentes
- o excesso de população desestabiliza a ordem do senhor no interior.
- o escravo era favorecido as vezes pelo seu senhor de forma diferenciado, assim ele falava bem  de seu senhor, assim isso seria bom para esse senhor.
- o sentido de apadrinhamento era o elemento da crise do sistema senhorial, era a crise do apadrinhamento.
- o fator chave da crise foi o crescimento da população
-  como a classe dominante trabalha as verdades?
- incapacidade da ordem social em manter e sustentar a sua hegemonia sobre a sociedade.

Quebra bondes
- o grande elemento que parte a sociedade é a
- estudar o que é uma cidade senhorial (Roma, Lisboa, Maraquesh)
- essa sociedade agora é burguesa, com elementos de senhorial através de suas casas se junta, como se da os meios de transporte.



Política de Artur Lima
- na republica a ordem social antiga tinha o formato do “voto do cabresto”, na republica isso continuou sendo adotado pelos antigos senhores donos de tudo.
- falar da organização dessa ordem social com redutos de poder (familiar, estético, religioso).
- traçar os grupos de poder antes das câmaras municipais
- como esses grupos surgiram? identificá-los.
- identificar o reduto, a formação dessas famílias com poder e como classe social
- com a republica recebe esses novos ataques?
- a forma de poder da burguesia é o lobby e não o conchavo
- Seabra era o preferido da burguesia, mas Artur Neiva passa a ser o representante dessa burguesia.
- para um senhor que queria atacar o outro, a melhor maneira era através de bandos armados sem  identificação.
- na republica esse tipo de ato começa a criar problemas
- os coronéis não eram planos coronelistas que apoiaram Seabra, eram menos poderosos do que os outros grupos por que a burguesia paulista os apoiou, apoiando através dos interesses senhoriais.
- os coronéis aliados a Seabra passaram a ganhar prestígios, assim a burguesia sobrava  poder sobre esse grupo, era a burguesia comprando um projeto social, invadindo a Bahia.
- estratégia senhorial: sustenta por conchavo
- estratégia burguesa: era o projeto de reduzir quem indica a força do coronel nos redutos, ela faz lobby, ela pressiona as pessoas.

Imigração japonesa na Bahia - 1953 (nove anos)
- Teixeira de Freitas:
- Mata de São João: era a região da casa da Torre, entender essa organização fundiária, como se deu o reduto dessas terras. Trabalhar a Casa da Torre, entender como essa região se formou através desse reduto senhorial.
- Catú:
- na sociedade senhorial o pião paga tributo para existir como um favor poderoso, pode não ser aceito, mas é o que esta no ar, ele só existe se o patrão quiser.

1969 – Quem eram os loucos?
- como a sociedade senhorial trata esse tipo de pessoas?
- o que era essa sociedade senhorial?
- o contexto da época
- estudar os próprios loucos
- pesquisar o que a loucura proporcionou a essa nova dinâmica
- pesquisar o louco tradicional e o louco moderno
- eram os alcoólatras
- os “fumadores de maconha”

Desafricanização
- é no período senhorial que o que legitima o negro por que é escravo por que é pior por que é negro
- é uma desafricanizaçao que não é a extinção, pois a sociedade branca perderia argumento.
- encontrar na sociedade senhorial nos redutos como era construída a desvalorização do elemento africano?
- a modernização tem 4 etapas da republica e na Bahia a desafricanizaçao continua forte no sentido de que ser negro era pior para justificar a “negritude”
- antes da modernidade chegar na Bahia, os negros eram perseguidos indiscriminadamente
- o que ocorria era a separação do “povão” e os fidalgos.
- a sociedade senhorial vivia de alguém que tinha a legitimidade de ser proprietário de tudo o que os outros precisavam para viver: a classe dominante – dono dos processos sociais: religião, economia, produção.
- uma sociedade senhorial senhorial precisava legitimar o senhor, a desafricanizaçao do africano se fazia pela legitimização do escravo.
- a diferença religiosa também era usada, embora não fosse muito usual.
- a cor da pele e tudo o que era africano distinguia tudo o que era africano: quem era branco era senhor e quem era escravo era negro.
- o africano era caracterizado como primitivo, os que não “eram “ primitivos”, eram “hereges”, pois eles eram islâmicos.
- apesar de tudo isso, a cultura africana jamais seria extinta.
- a ordem burguesa não fazia diferença cor de pele, religião.
- a ciência é burguesa, a modernidade é cientificista, onde o negro é submisso, a burguesia procura reproduzir isso, o conceito de branqueamento é moderno, por  isso a vinda de imigrantes.
- a modernidade da Bahia é branca, isso explica o conceito de racismo por muito tempo aqui.
- os brancos teimavam em existir com conchavos, maracutaias, os negros foram acumulando capital nos bairros, eram eles que ficavam ricos.
- essa modernidade negra enfrenta o branqueamento dos senhores, isso cria os grupos de negros que enfrentam os senhores, impondo outros valores, que os brancos mostravam como ruim.
- o processo de acumulo de capital começa pelo topo dos morros.

Incêndio na feira de São Joaquim - 1964
- focar o comercio que vai se modernizar, ela é sobrevivente de um comercio senhorial que eram sociedades que não eram de mercado.
- trabalhar a  modernização da cidade e sim no caso do comercio ambulante, nas unidades comerciais.
- trabalhar a sociedade senhorial e como o comercio girava em torno dela, como funcionavam as férias, os comércios.
- depois chegam as propostas de modernização urbana.
- apontar os pequenos avanços do comercio da cidade até chegar a Água de Meninos.
- o trabalho marxista se dará em como ele será trabalhado.
- é uma feira do tipo antigo da sociedade senhorial, ela obedecia as regras da época e depois começou a enfrentar dificuldades, pois a sociedade agora demandava um outro tipo de comercio, o incêndio foi o fator que alertou para um efeito de ação para dizer que alguma coisa estava incoerente.
- falar das fases da republica na Bahia

Fases da república – matta
- comércio de quitanda, cabotagem, feira da Água de meninos
- não existia mercado interno, o comércio era as feiras, pois eram centros onde convergiam todo o centro da produção.
- numa sociedade senhorial não se ganhava na produção, pois não era o mercado interno, ele podia ganhar por que plantava e vendia.
- o comércio de  pequena monta era o típico comércio do século XIX
- como a modernidade ameaçava esse tipo de feira?
- como a feira de Água de meninos atrapalhava esse tipo de comércio?
- a feira é diferente do supermercado por que é uma maquina de vender, a feira vende.
- na sociedade senhorial o comércio era secundário, na sociedade capitalista o comércio era o centro de tudo.
- não existia mercado interno no século XVIII segundo os marxistas.

A mulher na política na década de 80 
- trabalhar a participação da mulher na política
- estudar a sociedade senhorial e o papel da mulher nessa sociedade e como ele exercia essa política.
- apesar da mulher estar submissa ao homem
- a republica tem uma nova ordem social, com um novo propósito dessa mulher na política.
- analise materialista histórica da mulher.
- qual a situação da relação de propriedade e poder na sociedade senhoria
- entender como o senhor dono do poder e neste contexto tentar entender o papel da mulher do século XIX.
- as mulheres na ordem senhorial tinha o seu papel, por exemplo, Maria Quitéria.
- o poder da mulher na sociedade senhorial era baseado no prestigio.
- como as viúvas construíram essa rede de poder masculino em relação ao apoio a ela?
- esse tipo de ordem senhorial tem que mudar no século XX, tem se que fazer o cruzamento de modernidade e gênero, baseado na mudança do que era a mulher.
- abordar o social feminino.

Lavagem do Bonfim em 1970
- trabalhar a sociedade senhorial e quais as propriedades das condições da existência dos outros e a apartir dessa sociedade com a relação de privilégios e prestígios com as alianças dos quem tinham poder.
- dentro da igreja era a festa cristã, do lado de fora ficavam as negras que lavavam as escadas.
- essa festa mostrava os rituais que mostrasse esse estilo, ou seja, quem entrava na igreja tinha prestigio, quem ficasse fora tinha menos.
- era um jogo de prestigio e não prestigio
- a modernidade chega com uma nova proposta sócia, como ela mexe com essas relações, problematizando a historia.

UFBA
A transformação das universidades transformadas autarquias
- a primeira universidade surgiu em Bologna, no século XIII
- trabalhar sobre a educação superior, estudando a sociedade senhorial e sua relação com o ensino superior.
- na sociedade senhorial só existia para quem tinha prestígio, na universidade senhorial trabalhava quem tinha prestigio baseado no poder divino.
- qual foi a proposta do ensino superior e o surgimento das universidades brasileiras?
- a universidade burguês quer autonomia para não se influenciar pelo poder na busca do conhecimento livre das pressões das empresas e do governo.
- trabalhar a autonomia das universidades.
- a universidade brasileira é positivista, por isso do seu aparecimento tardio
- em parte a autonomia universitária acontece pois assim ela enfrentaria essa sociedade senhorial detentora do poder, a universidade brasileira foi atrasada pelas universidades americanas e européias.
- pesquisar a reforma militar e a reformulação da universidade

Greve geral
 - trabalhar as resistências
- as instituições que compravam os escravos e que futuramente se transforma em sindicatos.
- como era a sociedade dos amigos que protegia os desvalidos
- a sociedade protetora dos desvalidos e a sociedade protetora de Monte Pio, tinham prestigio, não eram exatamente sociedade de oposição ao sistema.
- como surgiram os verdadeiros sindicatos e os movimentos no decorrer da sociedade.
- essas sociedades de proteção tinham como “cabeças” uma sociedade burguesa.
- a solidariedade de Monte Pio era de apoio.
- a sociedade protetora dos desvalidados, por exemplo, tinha seu respaldo social
- era um grupo que não se opunha o explorador, ele assumia as regras do senhor para conseguir “prestigio” para dar continuidade ao projeto deles.
- depois desse apoio, eles agiam contra o  opressor por “debaixo dos  panos”
- a associação era de apoio ao sindicato, a diferença era o elemento da oposição.
- os estivadores tinham os cantos e eram associações de prestigio, posteriormente passaram a fazer o  papel de sindicatos.
- perceber os que se dizem sindicatos, mas que na pratica continuam funcionando como associações de solidariedade.
- qual a predominância da hegemonia desse movimento é de  uma ordem operaria de oposição ao capital.
- qual a percepção do sindicato de 1990 se ele não atrapalhou a greve de 1990.

Greve de 1990 do Pólo
- entender a trajetória dos movimentos da greve dos sindicatos
- como foi a industrialização dessa sociedade até os movimentos grevistas como a do Pólo
- estudar até a metade do século XX para compreender como esses movimentos agiam para que chegassem a este movimento
- estudar também as falhas dos sindicatos e das greves
- falar de Monte Pio
- falar dos elementos senhoriais desses sindicatos
- o que esses sindicatos tem em comum com as associações dessa solidariedade
- trabalhar conceito de associação na Bahia
- sindicato do comércio

Mudança do nome do aeroporto 2 de Julho para Luiz Edurdo Magalhaes.
- resquício da sociedade senhorial na Bahia.




Paraguaçu: as mudanças que ocorreram do rio até 2004
- falar a relação da sociedade senhorial com o meio ambiente
- falar do “mato” que não é espaço de ninguém
- a modernidade chega e começa trabalhar com insumos.
- a sociedade senhorial sabe que depende da natureza, ela não consegue agredir a natureza ao ponto de dobrar a preservação geral.
- entender a relação de modernidade, progresso e natureza.
- sustentabilidade, posse e uso do rio

Varig
- industrialização em salvador
- trabalhar o que era salvador e suas companhias senhorias tradicionais,
- coronéis de prestígios
- modernidade da Bahia
- primeiras empresas na Bahia
- atrelar a chegada da empresa ao testa de ferro aqui e sua existência.

A oligarquia continua tomando o poder na Bahia depois de 1930, a política dos coronéis da continuidade a política desenvolvimentista; com Juscelino aparece a política do desenvolvimentismo. Nos anos 89 surge a política que impera até a atualidade. A historia causal é defendida. A modernidade na Bahia é uma modernidade alternativa, são ícones de prestígios, a  modernidade chega na Bahia de forma senhorial, o moderno na Bahia é negro, é um elemento pouco explorado por causa do preconceito do branco, do negro, do sul. O branco quando se moderniza, pega carona nos anos 70, 80.

DICAS DE LEITURA: O terreiro e a cidade
BRODEL
LE GOFF

Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RECONHECIDOS.

Mr. reader, all images were taken from the Google search site, do not feel offended if perchance, one of the images posted are your, the blog´s intentions is to illustrate didactically the text and not plagiarize images.
Thank you for understanding. ALL RECOGNIZED COPYRIGHT.

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