“ A democracia fundada sobre a igualdade
absoluta é a mais absoluta tirania”. Cesare Cantù
Da questão de se fazer objeto - Tirania e Democracia entre os gregos do século VII ao VI a C.
A historiadora Neyde Theml, da UFRJ
conduziu o tema: “Tirania e Democracia” entre os gregos do século VII ao VI
a C., onde seu objetivo de pesquisas foi fazer uma análise historiográfica,
pela qual pretendia distinguir como funcionava o discurso da verdade e onde ela
se entrelaçaria no fato histórico, no caso, a tirania e a democracia em questão. Ela
questiona à constituição democrática defendida por alguns historiadores como
fenômenos políticos justificam a tirania, construindo uma análise sobre a
realidade e consequentemente o seu peso sobre a polis o estudo em questão é
envoltos sob o ponto de vista aristotélico e questionava-se se a tirania leva
ao encontro da democracia ou vice-versa, tentando revelar quais as semelhanças
em comum e se essas diferenças eram tão diferentes assim. As ferramentas de que
o historiador dispõe se encontram no universo das idéias, elas fortalecem os
campos da dúvida e do saber, mesmo que para isso fossem guiados pelas teorias e
tivessem que se fundamentar nos elementos que só faziam parte do meio. A
ligação com o fato existe desde que não seja dominado e influenciado por ele,
estreitando ainda mais a ligação com o fato trabalhado e o que ele definir como
crítico valer-lhe-á como opinião ao plano relacionando elementos suficientes
para justificar os atos do tirano e sua praticidade.
A tirania é tida
como uma insurgência do fato, uma detentora do conhecimento da história: “A história se faz com documento e idéias com
fontes e imaginação” Lê Goff
Ou com Koestler
onde cita o texto de Keats: “Não tenho
certeza de nada, a não ser da santidade das afeições do coração e da verdade da
imaginação”. Keats
A intenção da
autora foi mostrar uma essência em seus vários significados e em que campos
eles atuaram, sem perder a sensibilidade e a objetividade.
Estado Polis: em torno do século VIII a
C existiam duas formas de convivência nas proximidades dos Bálcãs, a formação
do Estado polis e o povo grego em colônias, o Estado polis surgiu da
fragmentação da realeza miscênica, onde a organização gentílica era o centro
organizacional dos centros urbanos e os povoados da Basiléia¹ representados por
homens ricos e poderosos donos do poder, eram aristocratas e possuíam
experiências de batalhas além de serem agricultores e suas riquezas já falavam por
si, possuíam um elo os antigos e “eram” pelos deuses e suas divindades.
Tinham
habilidades para fazer uso da arkhé²; a religiosidade social e a superioridade
econômica nesta região
da Basiléia transformavam seus cidadãos em membros isônomos e o modelo de
governabilidade se estendeu até 900
a C garantindo uma política de igualdade, retardando o
poder nas mãos de um único homem, e o pensamento que imperava entre eles era o
de equilíbrio social; esses direitos igualitários favoreceram a ocorrência pela
procura da aletheia³ na sua perfeição plena, onde existiria uma harmonização
simétrica e em partes se chegaria a um todo perfeito; a explicação da vida se
fazia através de esquemas baseados na geometria e as respostas eram
encontradas, se fazendo necessária a vida.
A estrutura dos
gene e o povo basileu começaram a desarticularem-se e suas políticas entraram
em crise junto com seus soberanos, o povo objetivava uma nova sociedade que os
atendessem, não mais ao Estado privado, mas sim ao Estado público, uma nova
organização erguida sob o jugo de Diké4. As cidades gregas eram uma
aglomerações de vários povos agrícolas e centros urbanos, havia também o grupo
da sociedade gentílica, eram eles que mandavam e isso fez surgir um sentimento
de desilusão e com o tempo o povo restante foi enfraquecendo, as regiões de
Tessália e Arcania5 eram comandadas por tribos descendentes dos reis
de Ehrenberg6 onde eram formados os grupos étnicos ou Estado Ethnos.
O Estado Polis na região da Basiléia iniciou um novo tipo de convivência social
entre os centros urbanos e os centros agrícolas e o resultado disso foi o
sinecismo7onde a responsabilidade passou a exercer seu peso como a
que deu origem a Polis, pois foram reunidos nesse espaço político à
administração e a religião, colocadas lado a lado, respeitando suas culturas,
ideologias e espaços individuais, mantendo suas posturas determinantes, este
fato foi de extrema importância, pois era composto pela consciência comum tendo
suas principais metas as diretrizes sociais e éticas de um governo próprio.
Uma nova
associação política, social e religiosa surgia graças a polis era o resultado
de uma visão da união de vários povos, onde todos tinham o mesmo em comum, esse
novo espaço se fixava como uma constituição sólida num corpo cívico e cidadão,
onde o bem comum era promovido por todos e ao agruparem-se, se tornavam unidos
e inseparáveis, formavam um elemento coeso, movidos pela fé da nova irmandade;
esse progresso foi amadurecendo nos campos políticos e assim foram
aperfeiçoando o direito de posse nas propriedades, logo como donos das terras
era natural à preocupação em defendê-las e nessa nova etapa, transformando-se
em uma multipluralidade social, política e guerreira. Como o Estado Polis foi
erguido sobre o que era justo e correto, seu tempo de duração passaram de dois
séculos, entre 800 a
600 a C,
logo depois começaram novamente a surgir divergências como: Eunomia8,
Eleutheria9 e Isonomia10.
Esta
mistura de comportamentos criou nas cidades novas instituições aristocráticas,
oligárquicas e democráticas, tudo em nome da Polis e regidas por uma
constituição e por princípios políticos morais-éticos onde cada grupo protegiam
suas histórias e leis, todos no seu tempo histórico e ideal correspondentes as
suas realidades. Eram núcleos onde tudo acontecia e as ações dependiam de ações
baseadas na política da boa vizinhança entre seus habitantes, e nesse
entrosamento criou-se o universo políade11 na qual a palavra era a
chave para tudo, servia como instrumento de poder para quem a dominasse e era
sinônimo de sabedoria e conhecimento, ela criou novas tendências e mudou a
maneira de se pensar e nesse momento os acontecimentos giravam em torno dos debates
no novo espaço surgido, a praça pública onde se conversava se discutia os
argumentos para se chegar a possíveis soluções para os problemas que surgiam,
essa palavra passou a tomar todas as esferas do poder grego, das ciências,
religião e a sua cultura, todas as cidades gregas passaram a ter um novo
significado com esse advento, pela qual os seus séculos de história agora
faziam parte do seu cotidiano e, por conseguinte seus olhos estavam voltados
para o poder e a força, nas práticas que os fortaleceriam.
Toda
essa associação cívica era praticamente uniforme entre os povos diferentes tão
diferentes e isso só era possível por causa da Phylia12, pois esse
era o grande legado cívico responsável pela união ao espírito pátrio de cada
um; esse entrosamento político dispensava a figura do poder autoritário de
cumprir tais funções do homem forte sobre o homem fraco, todos os componentes
dessa organização agora eram fortes e capazes, pois eles estavam sob os
cuidados dos deuses. O soldado seria outro personagem que surgiria com mais
força a partir desse momento, pois além de ele ser formado militarmente na
guerra e na arte da defesa, ele também era um cidadão cívico nas suas horas de
folga, o hoplita 13 surge para mudar um pouco essa realidade do
século VIII a C com um aparato militar novo, além de técnicas bélicas avançadas
e com uma nova formação militar nas frentes de batalhas, lutando de forma que
ninguém ou quase ninguém penetrasse em sua formação criada para garantir essa
paz política da instituição do Estado, animando e empolgando não só o exército,
mas as demais camadas sociais de diferentes áreas, sempre com a intenção de
garantir esse bem tão precioso que é o direito cívico e a liberdade, dessa nova
formação de defensores surgem a falange14 e passaram a ser uma força
poderosíssima, os hippeis15 onde gozavam privilégios aos postos
recém criados, ou seja, a maioria achava que podiam fazer o que quisessem por
pertencerem a esse novo cargo criado. Os elementos: religião, liberdade, lei e
civismo eram os “propulsores” que a polis dispunha para o seu perfeito
funcionamento.
A Colonização do VIII ao VII séculos a C e
as transformações sócio econômicas: essa onda migratória se fez
necessária pois era a ligação da polis e
a civilização, a nova organização apresentava problemas incômodos no que dizia
respeito a questão das propriedades e qual seria o papel deles como cidadãos. Ocorreram
novas formações políticas e o desmembramento das pessoas por interesses ou
imposição desses povos e consequentemente outros campos sócio-políticos
denominados mercados independentes. Toda essa mobilização de pessoas trouxe um
problema até então quase incomum, a falta ou a má distribuição de terras
causadas pela partilha aos representantes para a formação das propriedades
gentílicas ou aristocráticas, esses estatutos em que se baseavam a estrutura
dos genos foram assegurados há eles, e foi-lhes dado a garantia de que não
perderiam suas terras nem por divisão nem por qualquer outra tentativa de posse
alheia a vontade deles, esse impasse foi fundamental para o aparecimento de
insurgentes, sinal claro de que a propriedade privada estava fadada ao
desaparecimento, isso fez as estruturas da polis estremecerem. A saída
encontrada foi organizar novamente grupos de pessoas para procurar terras mais
distantes ainda para acalmar os ânimos do povo descontente, só assim teriam um
poço de paz, a situação estava se tornando crítica para todo, só assim seriam
donos de suas terras e manteriam a sua cidadania no novo local achado.
“Uma
coisa sempre leva a outra”, essa expressão pode ser usada para descrever a
maneira como a colonização acontecia, ao se deslocarem por mar ou terra,
surgiam a necessidade de utilizar novas ferramentas e artefatos, pelo mar se
tornaram exímios navegadores, além de darem suporte a logística marinha, e por
terra criaram muitos outras modalidades de empregos como: carpintaria,
artesãos, oleiros, tecelão e metalúrgicos, toda essa gama de produtividade
enriqueceu a economia financeira com trabalhos nas diversas frentes criadas,
principalmente na atividade agrícola, pois além de lucrativa, sobravam
trabalhadores para as outras áreas. A nova estrutura mostrava sinais de que as
regras sofreriam mudanças, para a Polis, as regiões de Chalcias, Corinto e
Esparta eram as “cidades celeiro” por garantirem o abastecimento as principais
cidades gregas, além de produzirem a matéria prima, a soma dessas atividades
aumentavam ainda mais a economia grega. Os mercados se fixaram como
independentes, ocasionando algo que começava incomodar, como fazer para
garantir essa tranqüilidade nas novas rotas mercantis através do monopólio
marítimo e comercial, já que os locais em que isso acontecia eram estratégicos?
A solução foi colonizar a costa grega para garantir essas ligações com o mundo,
consequentemente essas cidades prosperaram e se tornaram ricas com o tempo,
consagrando a Polis ainda mais como estado Institucionalizado, essas mudanças
mexeram com o alicerce da aristocracia clássica desestabilizando-os, perderam o
poder libertando os gentios e fortalecendo as cidades.
Os novos
produtores agrícolas, donos de seu orgulho começaram a exigir os mesmos
direitos antes exclusivos aos comerciantes, esse impasse fez surgir uma mova
classe: a oligarquia15 , regime usado pela aristocracia em tempos
anteriores e agora corria um sério risco dessa forma de poder voltar, pela
ganância de se tornarem ricos e se fosse o caso, até exércitos criariam ou
financiariam e deles faria parte para conseguir o que desejasse. Ameaçada por
esse novo movimento, a Polis ainda que tentasse através de suas qualidades
embora meio confusas, ampliar o poder dos políticos e do conselho e seus
membros para que essa nova ameaça não acontecesse.
A Tirania no mundo grego do século VIII ao
VI a C: o fortalecimento comercial de algumas Polis sugeriram a necessidade
de manter o controle por elas das rotas marítimas e isso não foi bem recebido
por algumas cidades e entraram em conflitos e começaram a lutar entre si, inerente
a essas disputas, suas riquezas continuavam aumentar, porém suas estruturas
sociais continuavam em crise, isso era compreensível num processo econômico, à
crise fez a classe camponesa de estrutura pacífica abraçar a causa e lutar
também e nesse ínterim era inevitável o aparecimento de vários aproveitadores,
e dentre eles a figura do tirano, que em nome de uma ordem e de estabilidade
faria qualquer coisa para tomar o poder e restaura o equilíbrio social perdido
nessas batalhas, usaria isso como desculpa e levantaria essa bandeira para o
“bem geral do povo”, a estrutura social dom estado, a Polis se fazia presente,
representado pelo Colégio de Magistrados e pelo Conselho, responsável por
impedir o retorno deste homem tão temido pela realeza, sedento de poder, pois a
sociedade era baseada na igualdade e os trabalhos dessa igualdade fizeram
surgir à estrutura do sinecismo onde todos teriam direito a atos públicos e
políticos sem perseguições; com o tirano isso não existiria mais, esse direito
seria banido sumariamente.
Atenas estava sob o comando agora de Sólon17 e sob sua administração as reformas às leis vigentes prosperaram junto com o povo que aumentou sua população e não seria correto afirmar que Sólon seria um Aisymnêtês18. pois ele não configuraria a idéia de um tirano.
Atenas estava sob o comando agora de Sólon17 e sob sua administração as reformas às leis vigentes prosperaram junto com o povo que aumentou sua população e não seria correto afirmar que Sólon seria um Aisymnêtês18. pois ele não configuraria a idéia de um tirano.
Reformas de Sólon: Esquema político
figurativo da Nova Estrutura:
O tirano se
utiliza de ferramentas ardilosas ou pela força ou pela mentira para justificar
sua causa, na verdade ele representa um desequilíbrio natural da ordem, ele é o
desejo contido do povo em alguém que lute e defenda-os, pois o povo é honesto e
trabalhador, desejando apenas paz e segurança e se houvesse alguém com brio e
aceitasse tal cargo, com certeza eles não hesitariam em colocá-lo no poder,e
assim ele faria como uma práxis política. Ele era apresentado como um chefe de
família preocupado com o bem estar dos outros, porém era dominante e perigoso e
faria qualquer coisa para chegar ao poder, ele era mais complexo do que se
imagina, pois fora “forjado” em prol de vários interesses e fatores, ele
representava a incapacidade de organização das autoridades e era o trunfo que
os oprimidos precisavam, o progresso também contribuiu para solidificá-lo ainda
mais por causa das inovações e de fatores que estavam a seu favor, como o
surgimento do poderio militar que se estruturava palatinamente, com inúmeras
pessoas sedentas de justiça e que agora usariam o posto militar como trunfo,
aumentando significativamente sua presença no contexto da época.
Outros
fatores também contribuiriam para sua ascensão e paralelamente o
enfraquecimento do sistema gentílico, as dívidas impagáveis dos camponeses e a
não-adaptação desses no campo, mais o acúmulo das terras inativas e a má
distribuição das mesmas, mais o interesse de algumas famílias em proteger o que
era seu, contribuíam para esses fatores em não deixar que outros povos tomassem
o que era seu. A capital grega estava feliz e prosperando com seu comércio
marítimo e sua expansão comercial se estendia até a costa de Corinto. Para
alguns estudiosos o tirano era controverso idealizador político necessário para
a funcionabilidade da Polis e isso era garantido pela sua “mão de ferro” a
davam garantias ao comércio disso acontecer, e o povo pela qual sairia
beneficiado, com certeza aprovaria sua conduta do novo “comandante in chefe” e
isso não seria tão ruim assim a ponto de ser rotulado como tirano.
A vida dos
produtores marginalizados e comerciantes começaria mudar significativamente,
pois o mercado interno enfraquecendo sob o comando das famílias dominantes,
essa classe subiria rapidamente ao poder, uma vez que eram desfavorecidos, mas
ao unirem-se, formaram uma nova tendência especializada ainda mais em suas
profissões e técnicas, escondidas eles se organizavam na calada da noite em
grupos políticos, porém fora desse meio, isolados em sua força, eles nada
significavam. O tirano era o representante dos demiurgos19 e
agricultores, com a política militar se sobre saindo, ajudou enormemente mais
uma vez o povo, pois pelas campanhas bem trabalhadas do novo representante,
soube trabalhar direito a mentalidade do povo a ponto de eles mesmos defenderem
sua pátria como pudessem, sendo infinitamente pior se o inimigo se apoderasse
deles, assim, o povo se precaveu e se estruturou em uma nova frente de defesa
da nação e ao seu chefe, pois eles representavam à honra e a gloria do povo
grego. Uma nova logística de guerra foi desenvolvida aliada a esse exército
patriótico fortemente unido, a defesa estaria mais do que garantida e ainda
comporiam a artilharia de frente, desestabilizando o inimigo; a ordem e o amor
pela nação eram a força motriz para garantir o sucesso dessa nova empreitada
com as armas e ferramentas que dispusessem, enquanto a defesa montada
garantiria a proteção à comunidade que vivia ao redor do palácio; quanto mais
unido e maior o número de soldados, maiores seriam as chances de avanço ao
inimigo sobre suas Polis.
Era importante
manter esse ânimo aos defensores, por que o enfraquecimento de um grupo
colocaria em risco todo o trabalho armamentista de defesa, se isso acontecesse
seria o mesmo que dizer que os seus representantes demonstravam incapacidade e
fraqueza para o cargo assumido e consequentemente ele refletiria a economia e o
controle marítimo sucumbiria junto com ele. O tirano representava essa classe
guerreira e sua glória estaria nas mãos do povo que lutaria por ele: “o tirano é o chefe dos hoplitas e um
combate vitorioso pode oferecer a oportunidade de tomar o poder”. Claude
Mossé.
Ele
destruiria ou se apropriaria do que era considerado mais precioso e importante
para a aristocracia, os seus bens, sua religião, defesa e principalmente o
comando político, ou simplesmente faria com que essa cultura desaparecesse, os
novos povos foram organizados pelos mestres que iam de encontro a antiga
estrutura gentílica, ficando imponentes a polis e nessa nova ordem o a multidão
estaria lutando lado a lado com as antigas divindades, sendo o acesso permitido
a toda comunidade. A vida mudou significativamente aos que antes eram
explorados e com a aquisição de bens e expropriação das terras dos antigos
proprietários, fizeram reformas em suas cidades, em sua estrutura básica e
sanitária, aumentando ainda mais as possibilidades de trabalho junto com as que
já existiam com os outros mercados; fora proibido o comércio escravista
evitando assim deslealdade com a mão de obra livre, aos filhos eram ensinado os
males que a ociosidade causaria, profissionalizando-os para o futuro, tudo isso
graças à prosperidade econômica dos grandes centros.
Essa
dinâmica toda relembra o início dos trabalhos onde velhas questões se fazem
presentes o tempo todo, “o que causa o que”? Era a tirania responsável pelo
surgimento da democracia ou a falta ou excesso de democracia levariam
inevitavelmente a tirania? O resultado satisfatório e econômico dos
comerciantes e artesãos eram o poder do tirano e quem estava lucrando com essa
administração financeira em troca do poder, não admitiriam que o depusessem de
seu posto por discordarem de sua política, mesmo que o povo saísse perdendo, (o
que não era o caso), motivo pelo qual ele era forte dentro da esfera política e
administrativa da assembléia grega, ela era ainda forte por existir resquícios
da estrutura gentílica e não permitiriam que essa classe insurgente se juntasse
a eles, porém com o apoio do tirano, os fatos mudariam.
Esse
conselho quase nunca representava o povo ou a Polis somente aos seus
interesses, a classe que surgia economicamente começava fazer frente a eles; a
matéria prima e “celeira” produzida pela região do regime não atendia as
necessidades do povo, isso fortaleceria mais ainda o mercado de manutenção ao
novo regime, a divisão das terras seria desastrosa para a aristocracia, porém
para o povo seria a melhor coisa que poderia acontecer, as terras eram
improdutivas e o povo continuava estagnado por falta de oportunidades, isso
futuramente seria o cerne de uma nova comunidade, pois a famílias ricas
deixariam de existir e se tornariam desgarradas, obrigadas a optar pela
conformidade das outras ou que começassem a produzir seu sustento, transformando-se
de mandatários a mandados.
O
sucesso agro-mercantil era agora o responsável pela manutenção do poder
tirânico, aprovados pela nova aliança política dos mercadores deixando claro a
aceitação do público com esse modelo de se fazer política e seu poderio se
fortaleceria ainda mais na Assembléia Popular, só que isso contradiria a idéia
de democracia e sua forma de governar. Existiam os que afirmavam que a tirania foi
um processo de substituição política pela oligarquia, existiam regiões
denominadas monárquicas que só prosperaram graças à perpetuação dos antigos tiranos.
- Basiléia: foi fundada pelos romanos com o nome original de Basília, hoje é território Suíço.
- Arkhé:
prestação de serviços com um padrão de qualidade que primava pelo
conhecimento.
- Aletheia:
era a verdade que de fato estava na realidade.
- Diké:
filha de Zeus na mitologia grega, era deusa da justiça e a vingadora das
violações das leis.
- Tessália
e Arcania: periferias da Grécia Antiga.
- Ehrenberg:
hoje é uma cidade alemã, pertence ao estado da Turíngia.
- Sinecismo:
foi uma fusão de pequenas comunidades numa maior que as substituísse
totalmente.
- Eunomia:
era a igualdade de todos perante a lei.
- Eleutheria:
era a personificação de liberdade.
- Isonomia:
era algo semelhante ao equilíbrio.
- Políade:era
composta por comunidades que viviam em harmonia e equilíbrio
- Phylia:
é a dimensão da convivência humana onde há boa
educação.
- Hoplita: era um soldado espartano de infantaria pesada.
- Falange: era um regimento ou uma linha de defesa altamente
organizada.
- Hippeis: cavaleiros que podiam exercer cargos de alta
magistratura.
- Oligarquia: forma de poder que estava centralizado nas mãos de poucas pessoas ou famílias.
- Aisymnêtês: era uma espécie de grego arbitrário.
- Demiurgos: era o artesão, um trabalhador especializado que trabalhava para o povo.
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