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terça-feira, 9 de agosto de 2016

A TIRANIA CONDUZ A DEMOCRACIA?



A democracia fundada sobre a igualdade absoluta é a mais absoluta tirania”. Cesare Cantù

Da questão de se fazer objeto - Tirania e Democracia entre os gregos do século VII ao VI a C.

A historiadora Neyde Theml, da UFRJ conduziu o tema: “Tirania e Democracia” entre os gregos do século VII ao VI a C., onde seu objetivo de pesquisas foi fazer uma análise historiográfica, pela qual pretendia distinguir como funcionava o discurso da verdade e onde ela se entrelaçaria no fato histórico, no caso, a tirania e a democracia em questão. Ela questiona à constituição democrática defendida por alguns historiadores como fenômenos políticos justificam a tirania, construindo uma análise sobre a realidade e consequentemente o seu peso sobre a polis o estudo em questão é envoltos sob o ponto de vista aristotélico e questionava-se se a tirania leva ao encontro da democracia ou vice-versa, tentando revelar quais as semelhanças em comum e se essas diferenças eram tão diferentes assim. As ferramentas de que o historiador dispõe se encontram no universo das idéias, elas fortalecem os campos da dúvida e do saber, mesmo que para isso fossem guiados pelas teorias e tivessem que se fundamentar nos elementos que só faziam parte do meio. A ligação com o fato existe desde que não seja dominado e influenciado por ele, estreitando ainda mais a ligação com o fato trabalhado e o que ele definir como crítico valer-lhe-á como opinião ao plano relacionando elementos suficientes para justificar os atos do tirano e sua praticidade.

A tirania é tida como uma insurgência do fato, uma detentora do conhecimento da história: “A história se faz com documento e idéias com fontes e imaginação” Lê Goff

Ou com Koestler onde cita o texto de Keats: “Não tenho certeza de nada, a não ser da santidade das afeições do coração e da verdade da imaginação”. Keats

A intenção da autora foi mostrar uma essência em seus vários significados e em que campos eles atuaram, sem perder a sensibilidade e a objetividade.

Estado Polis: em torno do século VIII a C existiam duas formas de convivência nas proximidades dos Bálcãs, a formação do Estado polis e o povo grego em colônias, o Estado polis surgiu da fragmentação da realeza miscênica, onde a organização gentílica era o centro organizacional dos centros urbanos e os povoados da Basiléia¹ representados por homens ricos e poderosos donos do poder, eram aristocratas e possuíam experiências de batalhas além de serem agricultores e suas riquezas já falavam por si, possuíam um elo os antigos e “eram” pelos deuses e suas divindades.

Tinham habilidades para fazer uso da arkhé²; a religiosidade social e a superioridade econômica nesta região da Basiléia transformavam seus cidadãos em membros isônomos e o modelo de governabilidade se estendeu até 900 a C garantindo uma política de igualdade, retardando o poder nas mãos de um único homem, e o pensamento que imperava entre eles era o de equilíbrio social; esses direitos igualitários favoreceram a ocorrência pela procura da aletheia³ na sua perfeição plena, onde existiria uma harmonização simétrica e em partes se chegaria a um todo perfeito; a explicação da vida se fazia através de esquemas baseados na geometria e as respostas eram encontradas, se fazendo necessária a vida.

A estrutura dos gene e o povo basileu começaram a desarticularem-se e suas políticas entraram em crise junto com seus soberanos, o povo objetivava uma nova sociedade que os atendessem, não mais ao Estado privado, mas sim ao Estado público, uma nova organização erguida sob o jugo de Diké4. As cidades gregas eram uma aglomerações de vários povos agrícolas e centros urbanos, havia também o grupo da sociedade gentílica, eram eles que mandavam e isso fez surgir um sentimento de desilusão e com o tempo o povo restante foi enfraquecendo, as regiões de Tessália e Arcania5 eram comandadas por tribos descendentes dos reis de Ehrenberg6 onde eram formados os grupos étnicos ou Estado Ethnos. O Estado Polis na região da Basiléia iniciou um novo tipo de convivência social entre os centros urbanos e os centros agrícolas e o resultado disso foi o sinecismo7onde a responsabilidade passou a exercer seu peso como a que deu origem a Polis, pois foram reunidos nesse espaço político à administração e a religião, colocadas lado a lado, respeitando suas culturas, ideologias e espaços individuais, mantendo suas posturas determinantes, este fato foi de extrema importância, pois era composto pela consciência comum tendo suas principais metas as diretrizes sociais e éticas de um governo próprio.

Uma nova associação política, social e religiosa surgia graças a polis era o resultado de uma visão da união de vários povos, onde todos tinham o mesmo em comum, esse novo espaço se fixava como uma constituição sólida num corpo cívico e cidadão, onde o bem comum era promovido por todos e ao agruparem-se, se tornavam unidos e inseparáveis, formavam um elemento coeso, movidos pela fé da nova irmandade; esse progresso foi amadurecendo nos campos políticos e assim foram aperfeiçoando o direito de posse nas propriedades, logo como donos das terras era natural à preocupação em defendê-las e nessa nova etapa, transformando-se em uma multipluralidade social, política e guerreira. Como o Estado Polis foi erguido sobre o que era justo e correto, seu tempo de duração passaram de dois séculos, entre 800 a 600 a C, logo depois começaram novamente a surgir divergências como: Eunomia8, Eleutheria9 e Isonomia10.

Esta mistura de comportamentos criou nas cidades novas instituições aristocráticas, oligárquicas e democráticas, tudo em nome da Polis e regidas por uma constituição e por princípios políticos morais-éticos onde cada grupo protegiam suas histórias e leis, todos no seu tempo histórico e ideal correspondentes as suas realidades. Eram núcleos onde tudo acontecia e as ações dependiam de ações baseadas na política da boa vizinhança entre seus habitantes, e nesse entrosamento criou-se o universo políade11 na qual a palavra era a chave para tudo, servia como instrumento de poder para quem a dominasse e era sinônimo de sabedoria e conhecimento, ela criou novas tendências e mudou a maneira de se pensar e nesse momento os acontecimentos giravam em torno dos debates no novo espaço surgido, a praça pública onde se conversava se discutia os argumentos para se chegar a possíveis soluções para os problemas que surgiam, essa palavra passou a tomar todas as esferas do poder grego, das ciências, religião e a sua cultura, todas as cidades gregas passaram a ter um novo significado com esse advento, pela qual os seus séculos de história agora faziam parte do seu cotidiano e, por conseguinte seus olhos estavam voltados para o poder e a força, nas práticas que os fortaleceriam.

Toda essa associação cívica era praticamente uniforme entre os povos diferentes tão diferentes e isso só era possível por causa da Phylia12, pois esse era o grande legado cívico responsável pela união ao espírito pátrio de cada um; esse entrosamento político dispensava a figura do poder autoritário de cumprir tais funções do homem forte sobre o homem fraco, todos os componentes dessa organização agora eram fortes e capazes, pois eles estavam sob os cuidados dos deuses. O soldado seria outro personagem que surgiria com mais força a partir desse momento, pois além de ele ser formado militarmente na guerra e na arte da defesa, ele também era um cidadão cívico nas suas horas de folga, o hoplita 13 surge para mudar um pouco essa realidade do século VIII a C com um aparato militar novo, além de técnicas bélicas avançadas e com uma nova formação militar nas frentes de batalhas, lutando de forma que ninguém ou quase ninguém penetrasse em sua formação criada para garantir essa paz política da instituição do Estado, animando e empolgando não só o exército, mas as demais camadas sociais de diferentes áreas, sempre com a intenção de garantir esse bem tão precioso que é o direito cívico e a liberdade, dessa nova formação de defensores surgem a falange14 e passaram a ser uma força poderosíssima, os hippeis15 onde gozavam privilégios aos postos recém criados, ou seja, a maioria achava que podiam fazer o que quisessem por pertencerem a esse novo cargo criado. Os elementos: religião, liberdade, lei e civismo eram os “propulsores” que a polis dispunha para o seu perfeito funcionamento.

A Colonização do VIII ao VII séculos a C e as transformações sócio econômicas: essa onda migratória se fez necessária  pois era a ligação da polis e a civilização, a nova organização apresentava problemas incômodos no que dizia respeito a questão das propriedades e qual seria o papel deles como cidadãos. Ocorreram novas formações políticas e o desmembramento das pessoas por interesses ou imposição desses povos e consequentemente outros campos sócio-políticos denominados mercados independentes. Toda essa mobilização de pessoas trouxe um problema até então quase incomum, a falta ou a má distribuição de terras causadas pela partilha aos representantes para a formação das propriedades gentílicas ou aristocráticas, esses estatutos em que se baseavam a estrutura dos genos foram assegurados há eles, e foi-lhes dado a garantia de que não perderiam suas terras nem por divisão nem por qualquer outra tentativa de posse alheia a vontade deles, esse impasse foi fundamental para o aparecimento de insurgentes, sinal claro de que a propriedade privada estava fadada ao desaparecimento, isso fez as estruturas da polis estremecerem. A saída encontrada foi organizar novamente grupos de pessoas para procurar terras mais distantes ainda para acalmar os ânimos do povo descontente, só assim teriam um poço de paz, a situação estava se tornando crítica para todo, só assim seriam donos de suas terras e manteriam a sua cidadania no novo local achado.

“Uma coisa sempre leva a outra”, essa expressão pode ser usada para descrever a maneira como a colonização acontecia, ao se deslocarem por mar ou terra, surgiam a necessidade de utilizar novas ferramentas e artefatos, pelo mar se tornaram exímios navegadores, além de darem suporte a logística marinha, e por terra criaram muitos outras modalidades de empregos como: carpintaria, artesãos, oleiros, tecelão e metalúrgicos, toda essa gama de produtividade enriqueceu a economia financeira com trabalhos nas diversas frentes criadas, principalmente na atividade agrícola, pois além de lucrativa, sobravam trabalhadores para as outras áreas. A nova estrutura mostrava sinais de que as regras sofreriam mudanças, para a Polis, as regiões de Chalcias, Corinto e Esparta eram as “cidades celeiro” por garantirem o abastecimento as principais cidades gregas, além de produzirem a matéria prima, a soma dessas atividades aumentavam ainda mais a economia grega. Os mercados se fixaram como independentes, ocasionando algo que começava incomodar, como fazer para garantir essa tranqüilidade nas novas rotas mercantis através do monopólio marítimo e comercial, já que os locais em que isso acontecia eram estratégicos? A solução foi colonizar a costa grega para garantir essas ligações com o mundo, consequentemente essas cidades prosperaram e se tornaram ricas com o tempo, consagrando a Polis ainda mais como estado Institucionalizado, essas mudanças mexeram com o alicerce da aristocracia clássica desestabilizando-os, perderam o poder libertando os gentios e fortalecendo as cidades.

Os novos produtores agrícolas, donos de seu orgulho começaram a exigir os mesmos direitos antes exclusivos aos comerciantes, esse impasse fez surgir uma mova classe: a oligarquia15 , regime usado pela aristocracia em tempos anteriores e agora corria um sério risco dessa forma de poder voltar, pela ganância de se tornarem ricos e se fosse o caso, até exércitos criariam ou financiariam e deles faria parte para conseguir o que desejasse. Ameaçada por esse novo movimento, a Polis ainda que tentasse através de suas qualidades embora meio confusas, ampliar o poder dos políticos e do conselho e seus membros para que essa nova ameaça não acontecesse.

A Tirania no mundo grego do século VIII ao VI a C: o fortalecimento comercial de algumas Polis sugeriram a necessidade de manter o controle por elas das rotas marítimas e isso não foi bem recebido por algumas cidades e entraram em conflitos e começaram a lutar entre si, inerente a essas disputas, suas riquezas continuavam aumentar, porém suas estruturas sociais continuavam em crise, isso era compreensível num processo econômico, à crise fez a classe camponesa de estrutura pacífica abraçar a causa e lutar também e nesse ínterim era inevitável o aparecimento de vários aproveitadores, e dentre eles a figura do tirano, que em nome de uma ordem e de estabilidade faria qualquer coisa para tomar o poder e restaura o equilíbrio social perdido nessas batalhas, usaria isso como desculpa e levantaria essa bandeira para o “bem geral do povo”, a estrutura social dom estado, a Polis se fazia presente, representado pelo Colégio de Magistrados e pelo Conselho, responsável por impedir o retorno deste homem tão temido pela realeza, sedento de poder, pois a sociedade era baseada na igualdade e os trabalhos dessa igualdade fizeram surgir à estrutura do sinecismo onde todos teriam direito a atos públicos e políticos sem perseguições; com o tirano isso não existiria mais, esse direito seria banido sumariamente. 




Atenas estava sob o comando agora de Sólon17 e sob sua administração as reformas às leis vigentes prosperaram junto com o povo que aumentou sua população e não seria correto afirmar que Sólon seria um Aisymnêtês18. pois ele não configuraria a idéia de um tirano.






Reformas de Sólon: Esquema político figurativo da Nova Estrutura:




O tirano se utiliza de ferramentas ardilosas ou pela força ou pela mentira para justificar sua causa, na verdade ele representa um desequilíbrio natural da ordem, ele é o desejo contido do povo em alguém que lute e defenda-os, pois o povo é honesto e trabalhador, desejando apenas paz e segurança e se houvesse alguém com brio e aceitasse tal cargo, com certeza eles não hesitariam em colocá-lo no poder,e assim ele faria como uma práxis política. Ele era apresentado como um chefe de família preocupado com o bem estar dos outros, porém era dominante e perigoso e faria qualquer coisa para chegar ao poder, ele era mais complexo do que se imagina, pois fora “forjado” em prol de vários interesses e fatores, ele representava a incapacidade de organização das autoridades e era o trunfo que os oprimidos precisavam, o progresso também contribuiu para solidificá-lo ainda mais por causa das inovações e de fatores que estavam a seu favor, como o surgimento do poderio militar que se estruturava palatinamente, com inúmeras pessoas sedentas de justiça e que agora usariam o posto militar como trunfo, aumentando significativamente sua presença no contexto da época.

Outros fatores também contribuiriam para sua ascensão e paralelamente o enfraquecimento do sistema gentílico, as dívidas impagáveis dos camponeses e a não-adaptação desses no campo, mais o acúmulo das terras inativas e a má distribuição das mesmas, mais o interesse de algumas famílias em proteger o que era seu, contribuíam para esses fatores em não deixar que outros povos tomassem o que era seu. A capital grega estava feliz e prosperando com seu comércio marítimo e sua expansão comercial se estendia até a costa de Corinto. Para alguns estudiosos o tirano era controverso idealizador político necessário para a funcionabilidade da Polis e isso era garantido pela sua “mão de ferro” a davam garantias ao comércio disso acontecer, e o povo pela qual sairia beneficiado, com certeza aprovaria sua conduta do novo “comandante in chefe” e isso não seria tão ruim assim a ponto de ser rotulado como tirano.

A vida dos produtores marginalizados e comerciantes começaria mudar significativamente, pois o mercado interno enfraquecendo sob o comando das famílias dominantes, essa classe subiria rapidamente ao poder, uma vez que eram desfavorecidos, mas ao unirem-se, formaram uma nova tendência especializada ainda mais em suas profissões e técnicas, escondidas eles se organizavam na calada da noite em grupos políticos, porém fora desse meio, isolados em sua força, eles nada significavam. O tirano era o representante dos demiurgos19 e agricultores, com a política militar se sobre saindo, ajudou enormemente mais uma vez o povo, pois pelas campanhas bem trabalhadas do novo representante, soube trabalhar direito a mentalidade do povo a ponto de eles mesmos defenderem sua pátria como pudessem, sendo infinitamente pior se o inimigo se apoderasse deles, assim, o povo se precaveu e se estruturou em uma nova frente de defesa da nação e ao seu chefe, pois eles representavam à honra e a gloria do povo grego. Uma nova logística de guerra foi desenvolvida aliada a esse exército patriótico fortemente unido, a defesa estaria mais do que garantida e ainda comporiam a artilharia de frente, desestabilizando o inimigo; a ordem e o amor pela nação eram a força motriz para garantir o sucesso dessa nova empreitada com as armas e ferramentas que dispusessem, enquanto a defesa montada garantiria a proteção à comunidade que vivia ao redor do palácio; quanto mais unido e maior o número de soldados, maiores seriam as chances de avanço ao inimigo sobre suas Polis.

Era importante manter esse ânimo aos defensores, por que o enfraquecimento de um grupo colocaria em risco todo o trabalho armamentista de defesa, se isso acontecesse seria o mesmo que dizer que os seus representantes demonstravam incapacidade e fraqueza para o cargo assumido e consequentemente ele refletiria a economia e o controle marítimo sucumbiria junto com ele. O tirano representava essa classe guerreira e sua glória estaria nas mãos do povo que lutaria por ele: “o tirano é o chefe dos hoplitas e um combate vitorioso pode oferecer a oportunidade de tomar o poder”. Claude Mossé.

Ele destruiria ou se apropriaria do que era considerado mais precioso e importante para a aristocracia, os seus bens, sua religião, defesa e principalmente o comando político, ou simplesmente faria com que essa cultura desaparecesse, os novos povos foram organizados pelos mestres que iam de encontro a antiga estrutura gentílica, ficando imponentes a polis e nessa nova ordem o a multidão estaria lutando lado a lado com as antigas divindades, sendo o acesso permitido a toda comunidade. A vida mudou significativamente aos que antes eram explorados e com a aquisição de bens e expropriação das terras dos antigos proprietários, fizeram reformas em suas cidades, em sua estrutura básica e sanitária, aumentando ainda mais as possibilidades de trabalho junto com as que já existiam com os outros mercados; fora proibido o comércio escravista evitando assim deslealdade com a mão de obra livre, aos filhos eram ensinado os males que a ociosidade causaria, profissionalizando-os para o futuro, tudo isso graças à prosperidade econômica dos grandes centros.

Essa dinâmica toda relembra o início dos trabalhos onde velhas questões se fazem presentes o tempo todo, “o que causa o que”? Era a tirania responsável pelo surgimento da democracia ou a falta ou excesso de democracia levariam inevitavelmente a tirania? O resultado satisfatório e econômico dos comerciantes e artesãos eram o poder do tirano e quem estava lucrando com essa administração financeira em troca do poder, não admitiriam que o depusessem de seu posto por discordarem de sua política, mesmo que o povo saísse perdendo, (o que não era o caso), motivo pelo qual ele era forte dentro da esfera política e administrativa da assembléia grega, ela era ainda forte por existir resquícios da estrutura gentílica e não permitiriam que essa classe insurgente se juntasse a eles, porém com o apoio do tirano, os fatos mudariam.

Esse conselho quase nunca representava o povo ou a Polis somente aos seus interesses, a classe que surgia economicamente começava fazer frente a eles; a matéria prima e “celeira” produzida pela região do regime não atendia as necessidades do povo, isso fortaleceria mais ainda o mercado de manutenção ao novo regime, a divisão das terras seria desastrosa para a aristocracia, porém para o povo seria a melhor coisa que poderia acontecer, as terras eram improdutivas e o povo continuava estagnado por falta de oportunidades, isso futuramente seria o cerne de uma nova comunidade, pois a famílias ricas deixariam de existir e se tornariam desgarradas, obrigadas a optar pela conformidade das outras ou que começassem a produzir seu sustento, transformando-se de mandatários a mandados.

O sucesso agro-mercantil era agora o responsável pela manutenção do poder tirânico, aprovados pela nova aliança política dos mercadores deixando claro a aceitação do público com esse modelo de se fazer política e seu poderio se fortaleceria ainda mais na Assembléia Popular, só que isso contradiria a idéia de democracia e sua forma de governar. Existiam os que afirmavam que a tirania foi um processo de substituição política pela oligarquia, existiam regiões denominadas monárquicas que só prosperaram graças à perpetuação dos antigos tiranos.



  1. Basiléia: foi fundada pelos romanos com o nome original de Basília, hoje é território Suíço.
  2. Arkhé: prestação de serviços com um padrão de qualidade que primava pelo conhecimento.
  3. Aletheia: era a verdade que de fato estava na realidade.
  4. Diké: filha de Zeus na mitologia grega, era deusa da justiça e a vingadora das violações das leis.
  5. Tessália e Arcania: periferias da Grécia Antiga.
  6. Ehrenberg: hoje é uma cidade alemã, pertence ao estado da Turíngia.
  7. Sinecismo: foi uma fusão de pequenas comunidades numa maior que as substituísse totalmente.
  8. Eunomia: era a igualdade de todos perante a lei.
  9. Eleutheria: era a personificação de liberdade.
  10. Isonomia: era algo semelhante ao equilíbrio.
  11. Políade:era composta por comunidades que viviam em harmonia e equilíbrio
  12. Phylia: é a dimensão da convivência humana onde há boa educação.
  13. Hoplita: era um soldado espartano de infantaria pesada.
  14. Falange: era um regimento ou uma linha de defesa altamente organizada.
  15. Hippeis: cavaleiros que podiam exercer cargos de alta magistratura.
  16. Oligarquia: forma de poder que estava centralizado nas mãos de poucas pessoas ou famílias.
  17. Aisymnêtês: era uma espécie de grego arbitrário.
  18. Demiurgos: era o artesão, um trabalhador especializado que trabalhava para o povo.
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