Para ouvir a música, aperte o play. To listen to music, press play. Para escuchar a jugar prensa musical. Um Musik zu hören, drücken Sie spielen. Pour écouter jouer de la musique de presse. Per ascoltare la musica, premere play.
Toda a arte desenvolvida no Brasil colonial só foi possível por causa das ocupações, explorações e pela colonização, as terras de cá passaram de “paraíso terrestre” para “terra do demônio”, mas a coroa lusa tinha que se fazer presente, pois demandava um novo projeto mercantil que desse conta da logística de fazer a mais importante de suas colônias darem certo. O Brasil apresentava todas as condições para que essa empreitada desse certo, diferente do restante das colônias espalhadas pelo mundo todo. Aqui as explorações estavam voltadas para a exploração açucareira e mineral. Mandavam produtos in natura e recebia produtos manufaturados da metrópole, inicialmente os índios eram utilizados como mão de obra. Os novos habitantes “brasileiros” compunham a classe de portugueses nobres, aventureiros, degredados, clérigos, cristãos novos que fugiam da inquisição. A colônia brasileira havia se tornado o novo “eldorado” como ocorria nas colônias espanholas latinas.
Antes de sua expulsão,
os jesuítas empenharam-se o máximo para desenvolver as faculdades artísticas, e
delas foram criadas vilas, povoados, muitos colégios religiosos, missões,
seminários onde se aprendia o latim, ler e escrever, além de filosofia e
retórica. Dentre aos seminários, os que mais se destacaram foram os de Mariana
(MG) e o de Olinda (PE), sendo eles as primeiras instituições do Brasil a
ensinar o nível superior mesmo que não institucionalizado.
Após 1808, foram
criadas leis e instituições de incentivo a nova vida cultural como a venda e
produção de livros de leitura, embora se soubesse das impressões clandestinas,
agora era lei regia a publicação desses jornais, livros, revistas. Com a
implantação da impressão régia, houve a substituição da Real Oficina de Lisboa,
chegados no Rio de Janeiro pela nau Medusa. Ocorreram mudanças
ainda em relação à Real Biblioteca que substitui a de Lisboa, agora com o
acervo pessoal de D. João VI; esse fato foi relevante ainda mais por
proporcionar a vinda dos arquivos do Ministério dos Negócios Estrangeiros
português, sendo que depois do retorno da família real a Portugal, parte do
acervo permaneceu no Brasil. Outras implantações
foram feitas agora na capital d além mar, como o primeiro jornal diário,
primeira fabrica de papel, agora a colônia contava com a presença da Orquestra
da Capela Real, realçada por cantores italianos, portugueses e austríacos.
Foram construídos ainda
o Real Teatro São João, o Jardim Botânico, além dos primeiros cursos
superiores. Outro fato importantíssimo foi à negociação de uma delegação
francesa em 1816 composta por artistas, professores, arquitetos além de
pintores como Debret, apesar das negociações, a delegação de fato começou
trabalhar de fato a partir de 1826.
Suas contribuições
foram essenciais para a implantação do ensino artístico no Brasil para a
atualização de nossa arquitetura, agora com o estilo neoclássico, retratado por
Debret através de desenhos e pinturas a vida do cotidiano brasileiro. Houve
ainda a modernização dos projetos urbanos dos prédios cariocas, a Praça do
Comércio, a PUC e a Real Academia de Artes. Com o retorno da corte a Portugal,
o país passaria a condição de Reino Unido.
Como era de se esperar,
a colônia passaria a frente da antiga metrópole, e a independência da colônia
já se fazia presente há algum tempo no contexto brasileiro; depois da
independência, sua integridade nacional foi preservada, situação diferente das
ex colônias espanholas. Apesar de todas as
dificuldades que o Brasil enfrentou até o século XIX, foi inevitável o
florescimento da “cultura-artistica” brasileira, mesmo sem recursos, dinheiro,
financiadores e diferenças regionais, o país mostrou que aqui havia pessoas
talentosíssimas, de várias etnias, raças, cores, credos e mesmo o acesso as
artes ser restritos a um grupo, a sociedade nos deu provas de excelentes
artistas nas áreas da musica, teatro, artes plásticas, passando agora a ser uma
nova corrente imigratória de talentos.
"A arte diz o indizível, exprime o inexprimível e traduz o intraduzível". Leonardo da Vinci
Toda a arte desenvolvida no Brasil colonial só foi possível por causa das ocupações, explorações e pela colonização, as terras de cá passaram de “paraíso terrestre” para “terra do demônio”, mas a coroa lusa tinha que se fazer presente, pois demandava um novo projeto mercantil que desse conta da logística de fazer a mais importante de suas colônias darem certo. O Brasil apresentava todas as condições para que essa empreitada desse certo, diferente do restante das colônias espalhadas pelo mundo todo. Aqui as explorações estavam voltadas para a exploração açucareira e mineral. Mandavam produtos in natura e recebia produtos manufaturados da metrópole, inicialmente os índios eram utilizados como mão de obra. Os novos habitantes “brasileiros” compunham a classe de portugueses nobres, aventureiros, degredados, clérigos, cristãos novos que fugiam da inquisição. A colônia brasileira havia se tornado o novo “eldorado” como ocorria nas colônias espanholas latinas.
O nordeste brasileiro
do século XVI havia se tornado o novo celeiro para as artes, representadas
inicialmente pelas casas e capelas ornamentadas com cruzes trabalhadas e
entalhadas em madeira brasileira, bem como as abóbodas, em talhas e barro,
embora fossem bastante primitivas as técnicas. Nesse ínterim começava
a conversão dos índios ao cristianismo, afinal a coroa portuguesa necessitava
de novos fieis católicos que lhes devessem obediência, isso se fez presente
através da catequese, misturando a cultura tupi para facilitar esse
aprendizado.
Os jesuítas se
inteiraram do cotidiano indígena e assim se faziam entender e ao mesmo tempo
entendia-os, podendo posteriormente aplicar o seu catecismo, ensinando-lhes a
importância do novo Deus, embutindo-lhes a idéia de bem e mal, deus e diabo,
onde somente pela nova religião eles seriam salvos. As pinturas eram tidas
como algo blasfemo para eles, e deveriam parar essa tradição, bem como não
andarem mais nus, e comerem as pessoas em rituais antropofágicos; rapidamente a
população indígena foi se adequando a esses aprendizados em menos de 200 anos.
Mesmo trabalhando em nome da coroa lusa, os jesuítas contrariavam o uso da
força bruta utilizado na mão de obra escrava. Em torno de 1557 o teatro foi
introduzido no Brasil pelo padre José Anchieta através das artes
dramáticas.
Posteriormente vieram à
musica, as danças indígenas, o artesanato graças aos engenhos açucareiros que
se utilizavam de moveis, luminárias, tapetes, vasos, objetos de cozinha. Mas as
artes que se destacavam eram a religiosa empregada nas igrejas através de suas
esculturas, o colorido das imagens e santos se fazia presente o tempo todo,
logo seria aberto espaços para as pinturas sacras e posteriormente para a música.
Todo tipo de construção
dos quinhentos era feita com técnicas e materiais locais, onde as igrejas,
capelas e colégios jesuítas faziam o uso de barro cozido e pedras colocadas
para erguerem os prédios, complementava ainda essa massa restos de conchas e
esqueletos misturados como óleo de baleia para reforçar a estrutura das
paredes. Embora essas construções fossem feitas por muitos artistas de renome,
grande parte delas foram destruídas no período das guerras contra os
holandeses.
A arquitetura
brasileira da época era representava diferentes fases da arquitetura européia,
destacando-se a pintura, ourivesaria portuguesa influenciada pela arquitetura
espanhola, francesa e italiana.Todas as construções
feitas no século XVII eram simples, mas ostentava um gosto apurado em seus
detalhes, posterior a ocupação holandesa, isso ficou evidenciou-se nos templos e
monumentos que substituiriam as igrejas iniciais, apesar de algumas ainda
conservarem suas características em seu interior por causa da riqueza de suas
pinturas e esculturas.
Nos conventos
franciscanos imperava a arquitetura religiosa dos jesuítas por causa de sua
riqueza barroca caracterizada por arcadas dispostas por espaços livres e pelas
paredes revestidas de azulejos. A presença religiosa sempre foi forte e se
destacava pelos escultores beneditinos, mas o mudou esse cenário foi à vinda de
Mauricio de Nassau e sua comitiva de pintores para cá. A maioria desses
pintores era judia, portanto não obedeceriam ao padrão católico de pinturas,
podendo pintar temas tido como profanos pelos católicos, isso seria impensável
em tempos de inquisição na Europa cristã.
Franz
Prost e Albert Eckhout formam os mais notáveis a
documentar as paisagens, costumes, tipos étnicos, a fauna e a flora, tudo isso
através de desenhos e gravuras, com uma perspectiva romântica daquele período
quando tudo girava em torna da visão religiosa. Com o progresso da
mineração em MG, os latifúndios perderam espaço para a realidade aurífera, e a
terra já não tinha a mesma importância de antes, nesse ínterim a colônia
passaria a ser a maior produtora de ouro do mundo; novos tributos e formas de
exploração foram criados, piorando a já situação existente.
O ouro, porém
aumentaria o numero de comerciantes, empresários e artesãos; os músicos agora
apareceriam com o destaque merecido interagindo com a aristocracia através de
festas e saraus. Toda essa prosperidade estreitou os laços de amizade com a
igreja, através das irmandades responsáveis pela introdução das praticas religiosas
nos setecentos. Eram entidades ricas e cada uma procurava ostentar sua riqueza
e “pomposidade” sobre a irmandade concorrente, quem sairia ganhando era o
patrimônio artístico da arquitetura barroca religiosa.
O progresso artístico
dos segmentos na sociedade mineira serviram para aperfeiçoar ainda mais a
originalidade expressiva da arte “verdadeiramente brasileira”, um desses
exemplos foi Aleijadinho-Antonio Francisco Lisboa, onde imperava o
barroco-rococó. Em seus trabalhos denotava-se a exuberância do ouro e das cores
imortalizados no conjunto de obras expressivas caracterizadas pela arquitetura
religiosa barroca.
Igreja de Mariana |
A arquitetura de Olinda
destacava-se pela sua arquitetura religiosa, pois no interior de seus templos
as esculturas brilhavam bem como a pintura no foro das igrejas, todas no estilo
barroco-rococó; na Bahia José Joaquim da Rocha se destacou pela pintura do foro
da igreja de Nsa Sra da Conceição da Praia. João de Deus Sepúlveda
deixaria suas marcas em Pernambuco, através de suas pinturas sacras a maioria
feita nos tetos das igrejas; em Olinda mais precisamente no mosteiro de São
Bento, o altar e a capela mor destacar-se-iam por todo o século XVIII.
As artes populares
teriam como representação o lundu, uma espécie de ritmo descendente do fandango
espanhol, sua coreografia era um escândalo para os padrões da época, sendo
refutada pelas autoridades e bispos portugueses. Independente do ritmo, a
musica sempre esteve presente nos acontecimentos culturais, nas igrejas e em
festas sociais e militares. Era notória a presença
de destaques brasileiros na arquitetura, escultura e pintura, principalmente no
setecentista mineiro, destacados pelas obras de alto nível estético se for
levado em conta a distancia dos segmentos sociais.
Quem soubesse tocar ou
possuísse mais do que um instrumento musical era tido como algo realmente
espetacular, onde se tocava desde Haydn, Pleyel e outros compositores europeus
que serviam de inspiração para os músicos brasileiros. No Rio de Janeiro, a
situação melhorou circunstancialmente depois da vinda da família real, onde as
peças musicais religiosas e profanas teriam seus destaques. Em São Paulo , esse
movimento se faria presente com os mestres das capelas, compositores e
professores.
Na capital carioca o
que florescia eram os homens influentes, negociantes, imigrantes, tudo era
novidade e progresso na cidade, como por exemplo, a construção do primeiro
Aqueduto da Carioca (1719), este supriria a cidade de água. Mesmo antes de a
cidade passar a ser capital da colônia, já contava com suas magnificências
religiosas, como os mosteiros de São Bento, os Conventos de Santo Antonio,
Santa Tereza, as igrejas de São Francisco da Penitencia, Nossa Senhora da
Gloria do Outeiro, Nossa Senhora de Bom Sucesso e São Pedro dos Clérigos, todas
essas construções baseavam-se em plantas retangulares de padrão racionalizador.
Todas essas melhorias urbanas e arquitetônicas foram essências para se tornar a capital do Vice Reinado português. Essas mudanças arquitetônicas denotavam certa “simpatia’ iluminista, agora uma tendência urbana. Esse estilo era visto em obras como o Passeio Público com seus jardins e esculturas, chafarizes, etc. esses projetos obedeciam diretamente o estilo europeu empírico, sem o uso do estilo neoclássico exigido. Antes da vinda da corte real ao Brasil, a cidade fluminense já sofria influencia da capital lusa, ora pelo Ateliê de Mafra, ora pelo urbanismo arquitetônico e urbanísticos desde o grande terremoto que arrasou Lisboa em 1755, quando o iluminismo influenciou fortemente a capital portuguesa. Surgiram então os mecenas, confrarias, artistas leigos e principalmente pintores mulatos ou escravos.
Todas essas melhorias urbanas e arquitetônicas foram essências para se tornar a capital do Vice Reinado português. Essas mudanças arquitetônicas denotavam certa “simpatia’ iluminista, agora uma tendência urbana. Esse estilo era visto em obras como o Passeio Público com seus jardins e esculturas, chafarizes, etc. esses projetos obedeciam diretamente o estilo europeu empírico, sem o uso do estilo neoclássico exigido. Antes da vinda da corte real ao Brasil, a cidade fluminense já sofria influencia da capital lusa, ora pelo Ateliê de Mafra, ora pelo urbanismo arquitetônico e urbanísticos desde o grande terremoto que arrasou Lisboa em 1755, quando o iluminismo influenciou fortemente a capital portuguesa. Surgiram então os mecenas, confrarias, artistas leigos e principalmente pintores mulatos ou escravos.
Diferente dos artistas
nordestinos, os cariocas não se utilizaram do estilo barroco-rococó em suas
obras; mesmo com a influencia religiosa sobre os temas das pinturas, ela já
sofria mudanças tendendo ao profano, essa pintura não mais aparecia como um
elemento puramente ilustrativo, agora ela tinha consistência.
Nau Medusa |
Real Teatro São João |
Real Academia de Artes |
Referências
D´ARAUJO, A. Luiz. A arte no Brasil colonial. Rio de
Janeiro: Ed. Revan, 2000.
Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.
Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário