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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Antropologia



"Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo."

................................................................................................. Confúcio



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Antropologia: é a ciência que estuda o homem na sociedade, compreende um estudo social e sempre o mais próximo do senso comum, é voltado para a vida cotidiana, através de seu modo de viver e como os conhecimentos do lugar interferem na sabedoria popular. É uma ciência de tradição anglo americana, ela estuda sua cultura bem como a sociedade,bem como o comportamento significativo porém não em um todo, onde a antropologia cultural seria a mais importante.


A antropologia linearista procura entender e mantém contatos: a antropologia da comunicação, não possuíam a escrita, mas suas comunicações eram múltiplas, ela busca as questões sociais e religiosas, pois são focos com olhares diferentes. A sociologia não estudava a cultura e sim as instituições sociais que faziam a manutenção dessa sociedade; hoje ela se mistura com a história, sociologia e antropologia nos aspectos formais versus os dogmas da religião.
X: o candamblé não existia na África.


As sociedades sendo primitivas, recebiam vários nomes como selvagens, bárbaros, etc..., as condições ambientais interferiam na formação do indivíduo e o desenvolvimento começava pelas crianças que eram iguais em todo mundo, tanto na África, como na Ásia, Oceania, Américas ou Europa. Nesse ínterim a arqueologia passou a fazer parte dos estudos pré históricos, as características comportamentais marcariam cada sociedade estudada onde os comportamentos sociais sofreriam interferência do espaço e do tempo.

A história esta para os franceses como a sociologia esta para os brasileiros, a antropologia começou com critérios bastante duvidosos e seus grandes representantes foram:

Malinovsky........Tayler........ Morgan.............. Fraser








Como não conheciam os índios, eles estudavam-nos por anotações e escritas, só depois se chegou a pensar que a antropologia deveria fazer o trabalho de campo com as comunidades, mudando o objeto empírico considerando não mais como um selvagem e sim como “homem rural”, assim tentariam chegar ao pensamento do que a antropologia queria com isso.


Epistemiologia: é um discurso filosófico do que outras ciências sociais, não é uma ciência e sim um conhecimento filosófico que tenta entender as ciências. A epistemologia da parâmetros para esses estudos.




Alteridade: é a maneira de como se lida com comportamentos que não o seu inferior ou superior a mim, e por sua vez tem que ser imparcial.



Etnologia: é uma ciência que estuda a cultura e é definida como uma melhoria para a antropologia.
Por que buscar a cientificidade?
O que significa ser cientifico?


Ser científico é encontrar a realidade, ter objetivo e objetividade, afinal não existe subjetividade, é necessário a existência de fatos.
As ciências humanas e sociais podem ser consideradas como ciências?

Na segunda metade do séc. XX criaram-se:
critérios de cientificidade
metodologia do conhecimento cientifico



Vivemos aquilo que conhecemos como senso comum ou conhecimento vulgar, a ideologia se relacionava ao poder (dar poder ao conhecimento), religião, ética e moral, para cada ideologia adotada existe um poder por trás disso, afinal a ideologia esta em todos os conhecimentos.


Conhecimento cientifico esta ligado as regras dos fatos
Ciências Humanas e Sociais subjetividade / efêmeros
A fala nunca será do cientista e sim da fonte através de documentos, arquivos, quadros...


Critérios


Toda pesquisa tem que ter caráter e algo pessoal, além de objetividade, caso contrário vira subjetividade. É necessário usar o olhar e a teoria para discutir as fontes e caminhos e sobre qual assunto a historiografia irá trabalhar; a teoria não explica a realidade e sim tenta ajudar a entendê-la no conjunto teórico cientifico e metodológico: história quantitativa, qualitativa e saber qual o método usar para entender o pensamento metodológico do cientificismo, qual o método, os caminhos de pesquisas, a fonte, qual o uso correto da metodologia, saber qual o lugar correto do cientificismo social e cuidar principalmente do uso correto do sujeito e da cultura.



O empirismo: não é conhecimento, porém é palpável para a pesquisa, é uma questão de historia oral (base empírica). A ciência comum e o conhecimento cientifico necessitam de uma base concreta para se ter certeza da questão em si estudada. As ciências humanas não tem obrigação de aprovar nem comprovar nada e sim aprender com a antropologia.
X: Narradores de Javé.





Quando o homem começou a conduzir a ciência antropológica, ele definiu as coisas e esse rigor científico foi buscado no revolucionarismo. As espécies evoluíram e a sociedade passou pelo mesmo processo evolutivo. A filosofia não é uma ciência, pois é o resultado da análise filosófica, não sendo formal e, portanto não contando como método, é responsável por todo o conhecimento cientifico, sendo usada inclusive como tempo cronológico. A sociologia estava interessada na sociedade européia e estudava o sujeito fora de seu território europeu, com isso foi iniciada a nova ciência que estudaria os povos abnegados, começando seus estudos com cartas e anotações. Os principais personagens das pesquisas eram as fontes e as questões; discordava-se da maneira como se pensava antigamente onde o sujeito e objeto eram sujeito e objeto ao mesmo tempo.

As pesquisas geralmente possuiam três fases:

1.
Como criar palavras chaves?


2. Como criar chamadas temáticas (autores teóricos)?


3. Como trabalhar essas temáticas para achar a teoria e a metodologia como se fosse um flerte do pesquisador com seu tema de pesquisa:
X: Qual a fonte dos livros?

- Qual a diferença entre essas fontes?


- Qual a bibliografia?


X: Na cidade do Salvador em 1920:
- buscavam-se mapas
- qual era a postura municipal?
- como era o planejamento urbano?


Gilberto Freyre foi o maior antropólogo brasileiro e costumava dividir a pesquisa em três partes:

Fase: olhar para a pesquisa no campo empírico; é a fase em que se busca em si mesmo aquilo que me interessa, chamando a atenção para o mundo acadêmico, estudando somente a matéria que lhe for conveniente.
X: como as mulheres baianas passaram pelo processo de aprendizagem educacional e o que as fazia pensar assim:
X: a professora de história medieval das mulheres.

Fase: ouvir as pesquisas em seus respectivos campos, busca nas fontes produzidas pelo próprio pesquisador, algumas fontes estão em arquivos, no centro da memória; é preciso juntar o maior numero possível de fontes para reproduzir a obra.


X: a medicalização de Salvador na segunda metade do séc.XIX , quais eram as fontes?
Gazeta Médica: dirigida para o público em geral.
Tese Médica: era a linguagem utilizada pelos médicos na medicalização.
Jornais e revistas: falavam dos tratamentos ministrados.
Fatos: como se dava o desenrolar dos trabalhos no cotidiano.
Depoimentos: dizia como os médicos trabalhavam.

Fase: escrever o texto, sendo esta a fase mais complicada para o pesquisador e também a mais rica para a história e a historiografia; é a sua fase mais solitária, ele só conta com ele mesmo a nada mais, pois o trabalho é orientado por um interlocutor e sobre a obra que terá uma fisionomia com aparência cientifica.


Fonte: é o básico, é onde eu começo a trabalhar nas minhas questões propostas.
Bibliografia: fala da cidade, o que eu posso aprender como será feito o que eu posso corrigir, se há subsídios da forma como o autor trabalhou a questão e se já existem questões respondidas.


No campo o trabalho deve ser evitado de ser feito de maneira solitária, tudo deve ser religiosamente anotado, mesmo que sendo gravado, não esquecendo de anotar tudo, quem foi entrevistado, quem era o que fazia. É de extrema importância que o pesquisador faça seu trabalho com o líder comunitário por ser geralmente a pessoa mais sábia e descobrir como funciona a logística da localidade para com isso se adaptar a realidade da comunidade, ultrapassando o senso comum para atingir ao senso crítico científico, porém essa postura nem sempre deve ser tão rígida.


Em antropologia a pesquisa é feita pelo próprio pesquisador, onde ele estuda e produz as fontes, é o momento de ir a campo para fazer e trabalhar a pesquisa. O antropólogo tem que ser responsável quando for trabalhar em campo pelo seu alimento, vestimentas, material de gravação, papéis, lápis, maquinas de fotografar, e quando em campo, manter contato com os outros pesquisadores, deve ouvir mais do que falar.



Antigamente falava-se de imediatismo e que tudo era uma cópia de outras cópias:
X¹: havia uma tradição dos historiadores baianos sobre a escravidão e outros tantos temas.
X²: a história da Bahia nas décadas de vinte e trinta e depois na metade do século, o que teria acontecido com a economia, as ciências e a sociologia?
Existe o mito de que ao se fazer as pesquisas com um olhar pessoal, a pesquisa adquire um outro aspecto, o resultado das conclusões é um olhar sobre o outro de um mesmo tema, pois não se da conta de falar sobre todos os assuntos.


No filme Blade Runner os historiadores, sociólogos, antropólogos e estudantes farão um estudo para falar a maneira de seu desfecho e no filme Narradores de Javé será feito uma analise sócio-histórica sobre a forma de narrar os moradores da localidade, seus personagens e como eram tratados e definidos os personagens históricos. Buena Vista Social Clube conta a história de músicos cubanos sob uma forma de narrativa. Outro personagem trabalhado foi os contos de Jorge Amado, pois ele descreve os personagens típicos da região, afinal suas obras são vistas como memoralistas. Tropa de Elite é um filme que fala da sociedade em forma de história na maneira de nossa modernidade contemporânea.




As obras podem ser em forma de arte, filmes, livros, fatos passando depois a fontes de pesquisas, os fatos trabalhados:
X: IPTU, catálogos telefônicos, inventário de mudanças, de ruas.




Outras fontes também são possíveis acha-las no Arquivo Público Municipal, em livros da prefeitura e nos próprios carnês de impostos cobrados pela prefeitura, bem como processos civis, registros de funcionários do arquivo e o mais importante, a maneira como nos dirigimos e a esses profissionais a ajuda poderá ser mais valiosa ainda, pois esses sim são as verdadeiras fontes o saber, afinal os processos podem se perder e se tornar percalços nas pesquisas.

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