“As grandes massas
cairão mais facilmente numa grande mentira do que numa mentirinha.” Adolf
Hitler
Um fato para é inegável, Hitler
apesar de ser o que foi e o que representou, mudou definitivamtne o século XX,
sua presença foi um marco divisor a política mundial daquele período; não estou
defendendo, pelo contrario, abomino suas atitudes, mas quero ressaltar o que
foi feito durante e depois de sua passagem do comando alemão e as conseqüências
para o dito mundo moderno. Na guerra tendemos a ser solidários com os
oprimidos, e o que se passava então na cabeça do Fuher? Por que tanto ódio? O
que motivou ele a ser tão desprezível pela vida humana? São perguntas que ele
tentou a sua medida responde-las com atitudes, não as mais corretas, mas sob
seu ponto de vista as necessárias para corrigir um passado amargurado e
desprezado para um futuro belo e glorioso.
Peter Cohen |
O trabalho mostra ao expectador como
seria a Alemanha ideal, a Alemanha forte, quem assiste ao filme segundo seus
realizadores deveria compreender que esforços são necessários para se atingir a
perfeição, e se necessário, medidas extremas devem ser tomadas para atingir os
objetivos almejados, portanto, o expectador que assistisse ao filma, sairia
deveras encantado com as belezas que são mostradas no filme, implicitamente ele
também deveria saber que toda a “sujeira” varrida deveria ir para algum lugar.
O que o diretor fez foi ajudar o
espectador a entender como foi formado o contexto da ideologia nazista, dando
particular atenção ao raciocínio alemão na sua jornada contra os judeus e a
Europa, Cohen argumentaria que o nazismo é uma ideologia ligada intrinsecamente
a estética, baseado nisso, ele foi além do objetivo desejado, pois, conseguiu
mostrar através do documentário o que um homem e sua personificação pode fazer
com o poder em mãos, Cohen mostrou através de sua capacidade ao produzir esta
obra a sagacidade de um sujeito disposto a tudo, malogrando ele que esse desejo
pode destruir quem o cerca bem como destruir a ele mesmo.
O texto trabalha o uso da arte e da
estética pela Alemanha nazista, sua intenção foi mostrar um homem com sonhos
ardilosos e como o faz para realizá-los, apoiado a uma máquina de propaganda
ideal e com outras mentes tão insanas quanto, ele conseguiu produzir efeitos
sobre as massas através de “verdades”, conquistando assim, a simpatia de uma
nação destroçada pela guerra e que se encontrava e se considerava injustiçada,
sedenta então de vingança, Hitler se mostrou condescendente com seu povo,
abraçou a causa e pode colocar seus planos em pratica se portando como um líder
braço de ferro, agora tudo o que fosse contra de encontro a sua ideologia seria
automaticamente eliminado.
Aos que assistirem o filme, a
reflexão é pertinente para que não deixem uma mente doentia fazer o que fez e
que não haja ninguém que o impeça, dever ser visto por pessoas com poder de
decisões sábias a respeito da vida para que não cometa os mesmos erros em
escalas menores, pois indiferente do ato cometido, não se deve eliminar o outro
como um animal em nome de um proveito maior ou beneficio a si somente.
É um filme que não dever ser visto
por pessoas com mentes pequenas que não enxerguem além de seu umbigo, visto
que, justamente por que são pessoas desprovidas de humanidade, são pessoas que
não respeitam as diferenças, as opções sexuais, não respeitam religiões,
culturas, etnias, gostos. Este filme não dever ser visto por gente
preconceituosa, racista, fundamentalista, radical, pois seria uma violação a
maneira deles pensarem sobre o que é certo e errado para eles. Como diria Mario
Quintana, são pessoas deficientes de alma e espírito.
Arquitetura da destruição.
Em 1941 quando dominou a capital
grega, proibiu qualquer tipo de ataque sobre a cidade para não destruir as
obras de artes naturais de Atenas que concentrava naturalmente o belo e o
clássico em suas construções milenares. Para atingir tal perfeição, Hitler
negaria a arte moderna, desprezada por ele, para respaldar essa ojeriza ao
moderno, ele se utilizaria da beleza como sinônimo de saúde e perfeição, assim,
qualquer doença que deformasse o corpo deveria ser “curada”, como se cura uma
doença? Matando-a. A medicina nazista é então colocada em pratica, onde
valorizaria o sadio, puro e belo, e utilizaria todos os meios para erradicar os
males que pudessem afetar essa “obra de arte natural” o ariano puro.
Socialmente falando, esse
embelezamento era ligado à limpeza em todos os seus significados, assim a
medicina alemã garantiria a seu povo saúde e limpeza para trabalhar, assim, eles
sairiam da condição de proletários e se tornariam burgueses felizes,
eliminando, portanto a luta de classes. O grande mal para o Fuher na época eram
os judeus, pois para ele, os descendentes de Abraão eram mais unidos do que o
povo alemão, e por viverem do lucro dos negócios, a mãe alemã estava em crise,
pois eles haviam ser proliferado mais do ratos de esgotos, contaminando assim a
grande mãe Alemanha; a medida necessária para mudar essa realidade foi então a
perseguição inicialmente dos judeus e posteriormente a sua eliminação como
parte dessa limpeza étnica. A pátria alemã agora deveria se ver livre dessa
praga que tanto prejudicava o corpo e a alma do alemão.
Tratando-os verdadeiramente como
pragas, os alemães então usavam literalmente os mesmos produtos utilizados em
plantações e lavouras para matar essa “desgraça”, inicialmente começaram dar
sumiço a essa pessoas raptando-as e levando-as para praticar a eutanásia, foi
“bom no começo”, mas era uma medida paliativa para resolver o problema depois o
morticídio passou para a fase dos fuzilamentos, também não resolveu, pois se
tinha custos com a munição “desperdiçada” tornando-se também ineficiente, era
considerada uma alternativa “suja”, pois o sangue dos fuzilados emporcalharia o
local onde eram executados, criou-se então para isto, um programa de
assassinatos por gás letal.
O Programa T4, essa seria uma
alternativas, em seguida vieram as câmeras de gás onde utilizavam o
desinsetizante zyclon-b, aparentemente pareceu ser um processo mais limpo, mas
também tinha problemas de logística, os judeus demoravam demais para morrer, a
solução final foi então a cremação dos corpos, pois esta desapareceria com
qualquer vestígio. O detalhe que como as fornalhas não davam conta da queima de
fornos, o pó dos corpos carbonizados começaram a produzir uma intensa “fuligem”
e os alemães das cercanias começaram a estranhar tanto pó, a solução final e a
mais eficiente foi então a construção de campos de extermínio em Auschwitz,
Treblinka, Subibor, entre dezenas de campos de extermínios, essa medidas
corretivas seriam necessárias para o fruto da necessidade de limpeza.
Posteriormente os nazistas usariam o
discurso da estética e da biologia para justificar suas ações, sendo os
hospícios os primeiros lugares de purificação, esses locais eram cheios de
gente “feia”, subversiva naturais, porém tinham todos os cuidados necessários
que os arianos puros não tinham; o que o nazismo passava para a população alemã
era de que esses loucos viviam cercadas de luxo e beleza sem capacidade de
administração ou de contemplação, já os alemães propriamente ditos viviam em
condições miseráveis, de pobreza extrema, assim iniciar se iam as perseguições
nos diversos grupos da sociedade contra esses “desprovidos de beleza”, a
limpeza começou principalmente as pessoas deficiêntes depois os judeus,
tratando-os como se fossem bactérias ou vírus, o verdadeiro mal a ser
erradicado da Alemanha.
Os judeus eram associados aos ratos,
pois, além de transmitir doenças, neste caso eles adoeceriam a alma alemã), eles
se multiplicavam rapidamente e só trariam prejuízos e não trariam nada de bom.
Sob o respaldo de uma nação sã, foi colocado em pratica teorias médicas
responsáveis pelas políticas raciais, cujo objetivo era a higiene racial,
inicialmente foi autorizado sem a população saber o uso da eugenia nazista,
ocorriam as primeiras esterilizaçoes de doentes mentais, depois foi a morte de
crianças que apresentassem defeitos de má formação, com o advento da Segunda
Guerra Mundial isso tudo foi banalizado e tiveram que adotar medidas mais
eficientes. O médico nazista a partir do momento que passou a se utilizar dos
método de extermínio, não fazia mais parte da classe responsável pela
preservação da vida, mas de alguém que, para preservar a beleza, eliminaria os
fracos e deformados.
O inicio desta caçada desencadeou
uma insanidade coletiva de gente “apta” contra os “defeituosos”, a ponto da
matança se tornar tão usual quanto dar um “guten morgen”, isso era visto
diariamente, enquanto guerra, com o exterminio dos judeus na chamada “solução
final”. O detalhe desta limpeza que ela não ocorria somente com os desafetos
nazistas, ou seja, os judeus, ela ocorria agora também com crianças e soldados
alemães considerados inaptos para defender a grande nação germânica, essa prática
foi vista como forma de domínio alternativo. Para Hitler ter êxito em sua nova
“empreitada”, era necessário ele se tornar popular para ter o apoio do povo
para embelezar sua administração, para isso ele contou com uma eficiente
maquina de propaganda, sendo a responsavel pelo sucesso nazista em todo
territorio alemão.
Paul Joseph Goebbel |
Por isso a importância dele conquistar um Estado belo através da
arte que seria imposta, expurgando de uma vez por toda o lixo da arte moderna,
que tinha o intuito de degenerar, depravar o espírito da sociedade alemã, bem
como o resto do mundo. Na propaganda nazista a meta era
criar uma mentalidade anti-semita, logrando assim, a grande nação superior, a
nação ariana sem mistura, constituída ela 100% de puro sangue alemão, mas para
isso, antes era preciso dar exemplos deste projeto, e nada melhor do que o
controle do Estado sobre a opera, por exemplo, que compreenderia o controle do
Estado sob todas as formas de arte.
O Partido Nacional Socialista Alemão tinha
como intenção ainda, dentro da estrutura da propaganda nazista dar exemplos
dessa arte classica atraves das pinturas de Hitler quando morava em Viena
atraves das inspiraçoes de Richard Wagner. Essa nova estética seria possível
através da Antigüidade Clássica tida para o Führer como o ápice da manifestação
artística humana. Esta forma de propaganda foi
influenciada fortemente pelo romantismo alemão da segunda metade do século XIX
baseado em questões de ordem médica. A arte propagandista idealizada por Hitler
tinha como ícones a antiguidade greco-romana onde os corpos nus perfeitos
mostrariam como deveria ser a nova nação alemã, baseada em princípios
familiares com paisagens ao fundo onde as famílias celebrariam a vida felizes.
O “pacote vendido por Hitler” era de uma
Berlim remodelada e esta faria da capital alemã "uma sombra" de Paris. A idolatria pelos povos antigos era
tanta que a propaganda de guerra era moderna com objetivos antigos, pois, como
os romanos dizimaram por completo a cidade de Cartago, Hitler faria o mesmo com
a capital russa, em sua megalomania ele pretendia construir uma represa que
inundasse a cidade toda. Sua obsessão pela antiguidade greco-romana era tamanha
que ele inseriria a escravização e a submeteria aos povos eslavos. Na verdade a
propaganda nazista tinha objetivos políticos e estéticos, e em nome desta visão
de mundo, ele não mediria esforços para eliminadas quem não se enquadrasse no
ideal de beleza nazista.
Seu desejo era buscar a perfeição racial como uma
condição indispensável para a sobrevivência de sua gente, por isso a negação da
cultura bolchevique e judia através da propaganda culminaria no Know how do
aperfeiçoamento de planos para eliminar com os judeus da face da terra. Em suma, o filme mostrou de maneira
inteligente e simples o papel da mídia e seu poderio, bem como o que ela é
capaz de fazer quando bem aplicada e combinada com técnicas adequadas. O Füher
sabia disso e se utilizou desse mecanismo midiático de forma genial, pois sabia
como fazê-lo, fato esse comprovado na “quase realização de seus objetivos”.
Por
causa de seu assessoramento técnico e de persuasão, ele mudou a mentalidade de
uma época onde convenceu quase a nação toda de que os judeus não poderiam ter o
controle de suas finanças em terra alemãs, não poderiam residir em casas belas,
enquanto a maioria dos alemães puros, de raça superior ficavam por baixo,
morando em casebres, a solução: terminar inicialmente com seu poder de
dominação, tirando-lhes o motivo deles viverem na Alemanha, seu poder
financeiro, depois a liberdade e finalmente a vida.
A maneira como ele o fez foi
brilhante, pois conseguiu mudar a mentalidade de seus compatriotas fazendo com
que pensassem através de sua teatralidade que os judeus eram através da mistura
de raças uma mutação genética e isso estava contaminando o país, a mídia foi a
grande responsável pelo seu sucesso propagandístico, pois, os influenciados só
o foram por causa das técnicas de comunicação bem empregadas; a publicidade
nazista foi utilizada como ferramenta para vender uma idéia, um estilo de vida,
um ideal.
Referência:
COHEN, Peter. Arquitetura da
Destruição. Titulo Original: Undergångens arkitektur. Direção: Peter Cohen.
Suécia 1992 - 121 minutos.
Senhor leitor, todas as imagens
foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por
ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar
didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.
TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RECONHECIDOS.
Mr.
reader, all images were taken from the Google search site, do not feel offended
if perchance, one of the images posted are your, the blog´s intentions is to
illustrate didactically the text and not plagiarize images. Thank you for
understanding. ALL RECOGNIZED COPYRIGHT.
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