"Brasil, um país condenado à esperança" Millôr Fernandes
Resistência Operaria
Resistência Operaria
Como isso ocorreu no séc. XIX?
Como ocorreu a manufatura para a maquinofatura?
Que elementos o capital apresentou na relação do trabalho?
Quais foram as mudanças ocorridas nas relações do trabalho?
Qual foi a conduta para se estabelecer o contrato de trabalho?
A produção capitalista começou com o trabalho do artesão em oficinas que
eram subordinadas as atividades agrícolas, não existiam ainda as atividades
econômicas comerciais, ela existia única e exclusivamente e era desenvolvida
para a agricultura, sendo subordinada a produção agrícola feudal. Quando as
transformações começaram ocorrer no séc. XIV ao XV começou a vantagem de
se beneficiar do excedente crescente, os portugueses estabeleceriam assim o
comércio como troca e os camponeses começariam os movimentos de resistência diante da expropriação do senhor, por exemplo, o pagamento de taxas abusivos, a
banalidades que eram praticadas pelos senhores feudais e o pagamento para ter
que usar os moinhos.
Surgiriam com isso as guerras camponesas, na fase da transição com a
venda da produção do excedente, não se entregaria mais ao Sr o que era
produzido, surge assim o feudalismo. Começava também o comércio das
especiarias e os artesãos passariam a fazer o uso de encomendas como peças de
couro, barras de ouro e utensílios enquanto manufatura. O trabalhado
começa se desfazer e com isso começa surgir uma estrutura hierárquica e
subseqüente uma nova divisão do trabalho, o artesão passa a ser o chefe, agora
começara haver uma expropriação interna, ocorrendo outro tipo de produção.
O capital passa a ser comercial e inicia-se o uso da oficina com o
trabalho sendo expropriado cada vez mais pela nova forma da indústria; o
capital sempre se recupera, havendo retrocessos cíclicos, era um novo tipo de
processo de produção por encomenda. A expropriação do capital seria por
encomenda e não mais de forma direta, a micro empresa terceirizaria o trabalho,
a burguesia não produziria mais nada, ela se expropriaria das coisas, fazendo
com que as formas sociais se parecessem. O capital não tinha domínio sobre o
trabalho, na manufatura a produção se desenvolvia dentro de um regime, um
critério como o tempo e quantidade.
Antes da manufatura a produção era manual, por isso o capital era
amarrado a produção por que o capital não tinha meios técnicos para controlar o
tempo de produção, tal visto na a produção do prego. O ritmo de tempo era uma
arma de trabalho por isso poderia paralisar as forças de trabalho, havia o
poder de se controlar tudo para si, apreciado no filme tempos modernos. A
máquina ditaria o tempo e o ritmo, o trabalhador perderia muito tempo com a
produção e a produtividade, o capital na história do trabalho encontraria meios
técnicos na estrutura para erudir o trabalho no conhecimento e conceitos para
si e para a produção. Hoje não há mais Controle sobre o trabalho, na revolução
industrial do séc. XIX a sociedade capitalista se utilizava do tempo com o mais valia
absoluto predominante; era uma forma de produção de caráter extensivo e a
produção passaria a patamares desumanos, com isso os operários começariam a
dominar a própria fabrica, começaria assim uma nova fase sem limites. Era uma
mescla de manufatura e maquinofatura como na energia a vapor, carvão, petróleo,
etc...
Com as maquinas a força social do trabalho adquiriu um novo modelo de
resistência onde os trabalhadores se uniriam e lutaria por seus direitos,
surgiria assim a força da resistência contra as maquinas como no movimento
mutualista era uma associação de operários para atender os fundos operários,
além de dar assistência para quem trabalhava com as maquinas nas fabricas;
havia esse movimento de quebra de maquinas, com esses impasses o processo de
avanço do capitalismo encontraria a automação na produção e isso não
significaria a substituição completa do homem.
Porém com isso o capital eliminaria os postos de trabalho e criaria
mecanismos para se operar com o trabalho invisível visto por exemplo: o caixa
eletrônico do banco substitui o operário atrás do caixa – há um pretérito
passado, ou no o capital expropriando hoje somos nós e ainda antes era o homem
que atendia o cliente, agora é a máquina. O capital obriga a pessoa a se
especializar, quem não souber operar os novos maquinários, terá que aprender
senão se tornara obsoleto, a pessoa se tornara um operário de banco sem ser
operário, mas apesar de toda a tecnologia, a maquina ainda depende do homem
para a sua instalação e manutenção.
A
era das revoluções 1780 -1800: 20 anos do inicio do maquinário nas relações
trabalhistas.
Em 20 anos ocorreram as mudanças mais fabulosas que se pode imaginar no
mundo do capitalismo, essas transformações fizeram da época das revoluções algo
que mudaria todo o contexto mundial desses dias até hoje, todos os fatores
foram influenciados, isso energizou os anos de 1870 em durante, isso, porém
começaria muito antes, já no inicio dos anos setecentos com suas contradições
que se acentuariam e detonariam o conjunto de contradições em sua congruência e
explosão em 20 anos nos oitocentos.
Quais
as contradições que se agravaram?
Quais
as transformações e mudanças que isso acarretou?
1780 – séc. XVII foi a fase avançada do fim do feudalismo para o inicio
do capitalismo: séc. XVII –XVIII (a Inglaterra - Europa central norte); a
Península Ibérica (Portugal e Espanha) eram atrasadas e sua política econômica
era centrada na atividade mercantilista, baseada na acumulação de bens, ou
seja, era a forma do Estado ser absolutista no seu modo de reger a coroa, com
isso criaram os processos de expansão marinha e a exploração da colônias na
America do Sul – Incas nos Andes e Central – Maias e Astecas no México e o
centro das Américas.
O imperialismo espanhol avançava nas civilizações latinas, a exploração
portuguesa tinha outros objetivos com a intenção de expandir na Ásia, África e
Oriente – especiarias e nas Américas – todos os que falavam espanhol, foram
vitimas da expansão espanhola; tanto nas expedições marítimas espanholas e
portuguesas, a lógica era o mercantilismo e não a produção manufatureira. Portugal em 1500 a 1530 não fez nada para salvaguardar as novas terras
dos invasores, por isso eram um alvo fácil para invadir, por não ser explorado,
o Brasil não apresentava nem um empecilho para que quisesse fazer, a intenção
era a espoliação dos recursos naturais, por exemplo, ouro, pedras preciosas.
Pelo fato de ter suas dimensões gigantescas, não tinha como controlar todas
suas fronteiras ou faixas de terra, por isso ocorriam as invasões, por esses
fatos, o império português poderia perder soberania e por isso foi obrigado a
colonizar as terras descobertas, implementando um novo sistema produtivo visto
no caso da cana de açúcar.
Começou então a expropriação dos produtos naturais, como não havia um
mercado de consumo, era uma relação escravagista, pois não havia um mercado
interno; na America os impérios não desenvolveram a revolução industrial e sim
atividades mercantis sem desenvolver a atividade manufatureira e, por
conseguinte, acumulavam o capital em atividades comerciais. O norte europeu em
torno de 1700 -1750 desenvolveu-se com certa rapidez e aceleraram as forças
produtivas na França e Inglaterra, por causa das atividades econômicas e
manufatureiras além das transformações livres da mão de obra livre para serem
recrutados na indústria por não trabalharem mais na agricultura, houve um
declínio da produção e o aumento de desempregados nas grandes cidades, com isso
passou-se a usar a mão de obra barata para produzir, por exemplo, tecidos e
charutos.
A mão de obra liberaria e se disciplinaria na atividade manufatureira
numa forma de organização de trabalho num espaço de tempo para produzir teares,
isso não requeria uma organização de trabalho como o horário de entrada e saída ou no espaço
para produzir: Inglaterra. Os portugueses e espanhóis enviavam seus
produtos primários e recebiam produtos manufaturados, nesse ínterim, os
ingleses e franceses pressionavam Portugal para acabar com a escravidão, pois
os escravos eram futuros compradores em potenciais; Tratado para as Nações
Amigas. Isso criava uma defasagem em relação ao lucro e a população onde a
agricultura era primaria e a indústria começava a ser secundaria, os países
imperialistas dominariam a partir dessas dependências a importação de produtos,
primeiro pela expropriação do ouro, açúcar e café. Assim as colônias se
tornaram países independentes, sendo os ingleses os únicos a se beneficiarem, a
libertação do campo para a cidade dava-se de formas particulares onde era
possível a acumulação de bens de capitais primários, permitindo o investimento
em capitais privados na produção de maquinas. A Inglaterra temia um acumulo de
capitais desde 1750, afinal o acumulo já se fazia presente e a médio e longo
prazo desenvolvia novas descobertas cientificas, modificando os elementos das
forças produtivas: o trabalho começava a se profissionalizar e a se qualificar
cada vez mais, dando uma arrancada para um novo tipo de produção rural para a
produção industrial.
O séc. XVII representava a decadência dos grandes impérios e nos séculos
XVIII – XIX iniciava-se o período das industrializações aliadas ao conhecimento
dos fatores da revolução industrial, sendo agora com a implantação de novas
formas de automatização, era um novo conceito que trazia consigo novas formas
de produção e relações de trabalho aliado a novas tecnologias agora
independentes da força de trabalho, manufatura e maquinofatura, era um processo
de domínio sobre o processo produtivo que retirava do trabalho o trabalhador,
antes dominante da produção. Esse fenômeno automatizava a produção e
subordinava o trabalhador a uma lógica externa de expropriação do trabalho, a
revolução industrial combinava com várias mudanças com novas tecnologias e
novas ciências. Surgiam assim as maquinas de modificações sociais de produção,
no séc. XVIII ela requisitaria a completa eliminação das relações do trabalho
de servidão até então onde a produção era baseada na terra.
Adam Smith |
Mauricio Dobb |
Por
que o capitalismo na Europa não se assemelhava em nenhum outro lugar?
A história da Europa era uma invenção da produção européia, mas que
seria referenciada pela historiografia positiva referente aos grandes impérios.
A historia medieval era uma historia mundial para os paises desenvolvidos, isso
seria uma tentativa de impor ao mundo uma visão européia a partir do mundo
imperial. Na Europa não era unanimidade o processo industrial que
caracterizaria como medieval propriamente dito, isso seria imposto ao mundo a
visão do mundo e eram marcados com seus referenciais europeus. Sob essa ótica
foi construído e se desconsiderou a importância dos povos orientais, árabes e
latinos, esses povos não eram considerados pelos europeus. A produção
historiográfica era inglesa, francesa e americana, os novos marcos não poderiam
ser só marcos europeus ou americanos, agora seriam também brasileiros, latinos,
isso porem nunca aconteceu para a causa do colonialismo, pois esses paises
produziam o pensamento de produção e as colônias assimilariam isso, os
processos eram distintos entre um e o outro.
Toda a crise propicia idéias hegemônicas e as leis vigentes existentes
caem por terra, o capitalismo era caracterizado pela sociedade pela produção e
troca de mercadorias sobre o trabalho e não era uma obra livre, a produção
social das mercadorias não se realizavam para a sociedade e sim sobre uma
lógica externa, eram extremas as necessidades de suprir as carências humanas no
sentido de bens de mercadorias para atender a esses anseios. Nas sociedades
feudais a produção se dava por duas vias de necessidades como no caso do
pagamento do quinto ao senhor. Os camponeses eram subordinados ao consumo, o
senhor estocava todo o tipo de produção, pois a renda do senhor feudal era
baseada na terra, essa expropriação não viria a se converter em mercadoria para
a troca de outras mercadorias, os senhores tinham seus processos de
entesouramento dos tesouros e moedas. A nobreza comprava os produtos de fora,
era um comercio que só se construía como uma atividade dominante de mercado
eram atividades econômicas e os processos eram anteriores, na contemporaneidade
isso se faz de maneira regressiva, na idade media ocorria o inverso, isso era
essencial para serem dominantes.
As transformações com as estruturas feudais e a produção campesina
estavam pressionadas pelo padrão do mercado interno, com a abertura dos feudos,
a terra era trabalhada com a mão de obra livre, a produção começaria a ser o
padrão que ditaria o novo tipo a ser comercializado. Esse processo era
diferente, no Brasil, se pensava que nos anos 20 haveria uma mistura de
marxismo com a mecânica, isso, porém não deu certo por que ele pensava na
Europa e não no Brasil, a historiografia brasileira era comparada ao
medievalismo, por exemplo, as campanhas hereditárias. Era uma visão do
desenvolvimento do capital homogêneo, pois o positivismo estava associado ao
evolucionismo, a Revolução Industrial do séc. XVIII, se difunde por alguns
paises na Europa, eram processos que se combinavam para que essas mudanças
qualitativas do trabalho, ciências e pesquisas, propicias a formação de um
contingente de trabalho, foi um processo de colonização. A Inglaterra se
apropriaria das riquezas nas colônias e jogava seus produtos as colônias e
recebia em forma de lucro, isso serviria de base para a Revolução Industrial na
Inglaterra ao mundo capitalista.
Na Bahia existiam cidades que eram entrepostos comerciais no final do
séc. XIX, tínhamos pequenas indústrias têxteis e de manufatura, por exemplo, na
região de Valencia – parques industriais alemães produziam sacos e no Recôncavo
– situavam-se pequenas indústrias. A Bahia teve uma revolução industrial mais
cedo do que os outros estados, como Sergipe e a própria região sul, porém não
pode evoluir, não deu um salto em relação ao progresso e não tinha atividades
industriais de economia: agro exportadora de produtos primários e setores de
serviço, isso deveria mudar a realidade, mas não aconteceu. A estrutura de
classe no NE sempre foi de coronéis, onde a consciência de classe era dominante
e forte, o clientelismo a burguesia paulista e sulista eram diferentes; a
burguesia sulista nascia sob o ciclo do desenvolvimento industrial, a burguesia
nordestina se baseava no latifúndio e produtos primários. Getúlio Vargas não
mexeu na estrutura agrária, mas obrigava a oligarquia a se submeter a ele, no
Brasil não houve uma burguesia com o acumulo de capital o suficiente para pagar
uma força de melhoria para a indústria; a burguesia brasileira era fraca
perante o capital social, ideológico, ela não havia tomado corpo até 1930, era
se quer um corpo político capaz de tomar forma ou de apresentar alguma ameaça
para dirigir a sociedade ao poder, quase não houve uma mudança social razoável
no país.
A
burguesia não era homogênea, a fração era oligárquica:
A produção agrícola e militar dirigiam o Estado brasileiro. Toda a
produção Brasileira de café era para os americanos, com a crise de 29 houve uma
desestruturação do poder, e os setores começaram a se militarizar, perante essa
reação com o exercito, ao consentimento da burguesia não conseguiram ir adiante
como força para se impor. O exercito se transformou num partido, pois a
burguesia não tinha partido, quando o Getulio Vargas assumiu o poder entre 30 –
37, houve com esse fato o inicio do Estado Novo, onde começaram as perseguições
políticas e a partir de 37 começaram as modificações sociais, iniciando as
estruturas sociais brasileiras como os insumos, siderurgia, comunicação,
navegação, estradas de rodagem, isso aconteceu também com a passagem do estado
agrícola para o estado industrial.
Nos anos 40 iniciou-se a existência da força do trabalho reserva para
alimentar a indústria com mão de obra especializada, isso gerou uma legislação
capitalista, por que essas novas diretrizes criaram pactos de relação social de
trabalho com uma proteção social maior, onde o individuo era protegido por
garantias da sociedade ao novo padrão de relação com o trabalho, e dessas
mudanças apareceram a CLT, sob o ciclo da necessidade do trabalhador
brasileiro, sem isso, não haveria garantias e as transformações do Estado.
Criou-se então a filosofia nacionalista que ia de encontro aos interesses
nacionais e persuadiria os aliados à burguesia brasileira a pressionar e mudar
a política vigente, onde Getulio Vargas seria obrigado a mudar sua estratégia
política.
Manufatura:
Revolução Industrial → Capital → controle do trabalho.
O capital teve um processo histórico e buscava estabelecer um controle
sobre o tempo, introduzindo técnicas disciplinadoras com a finalidade de
produtividade onde o operário seria usado de forma intensiva ao trabalho, com
um sistema de exploração extensiva, onde os setores dinâmicos submeteriam o
trabalhador a isso. A exploração extensiva era a mais dominante e os
trabalhadores na fase pré capitalista doavam o tempo social de forma ilimitada,
sem legislações que estabelecessem o tempo de trabalho, por exemplo,
trabalhavam 14, 15 horas por dia; se construiriam vilas de operários em torno
das fabricas para não perderem tempo. A exploração extensiva era uma das mais
valia extensiva, isso ocorria por causa da ausência de tecnologias que
colocassem os trabalhadores a um ritmo menos exploratório, caso visto no filme
tempos modernos, há uma exploração intensiva por que o mundo muda o ritmo as
propriedades dos homens: físicas, mentais e psicológicas.
O processo de produção esta tão concentrada que o homem esqueceu de
viver, a redução vem acompanhada de forma extensiva do trabalho. O produtor não
realizaria mais a produção de um produto, sendo assim, desapareceria o torneiro
mecânico. Nesse processo, a divisão social aumentaria ainda mais as distancias
de classe em relação ao trabalho, o trabalhador se tornaria medíocre: o
trabalhador só colocaria parafusos ou o trabalhador só pintaria portas. Ao sair
dessa rotina, ele não saberia fazer mais nada, o conhecimento lhe havia ficado
restrito ao passo que o capitalismo limitaria ainda mais o conhecimento a
superficial; o homem seria submetido a um sistema extensivo de trabalho,
diminuindo seu tempo produtivo, aumentando a ligação e a pressão psicológica com
a concentração de tarefas maior do que ele estava acostumado a produzir. O
fordismo, taylorismo, toyoitismo, aumentaria ainda mais essas tarefas com
custos cada vez menores em relação a custos, tempo, materiais,...
Houve então o condensamento da produção, ritmo, produtividade tendo como
forma dominante a intensiva, hoje as pessoas trabalham em serviços
terceirizados, submetidos a um ritmo extensivo em relação ao trabalho. O que
ocorre é a mudança em mais uma função no setor libera: os médicos trabalham em
seus plantões; os professores dão aulas em vários locais: trabalho
extensivo. A mutação do trabalho trouxe um quadro de desconstrução da força
social do trabalho, além de mexer com as estruturas sindicais, levando a
terceirizações, quarteirização, diminuído a produção dos trabalhadores, esse
processo ocorreria no séc. XIX. A Revolução Industrial se consolidaria com o
capitalismo ao modelo econômico e social, já no final do séc. XIX - XX o mundo
capitalista internacional ingressaria numa nova fase do imperialismo.
Lênin dizia entre 1910 – 1917 havia um diagnostico do capital pelas
nações imperialistas dominantes, onde o capitalismo assumiria uma nova fase com
o capital financeiro, com risco zero avançando em suas especulações,
introduzindo a partir de uma nova forma parasitaria fictícia: o capital de
moeda não teria um suporte de valores; seriam operações financeiras a mercê do
mercado, impondo o controle sobre as outras nações, especulando o capital
financeiro sem investir num processo produtivo. Na primeira fase do séc. XX, o
imperialismo havia feito uma busca na URSS, procurando no imperialismo
sustentáculo no elo fraco. O capital fictício ou financeiro agiam como se
fossem vampiros, apenas sugavam e extraiam os lucros nas operações sem
aparecer, eram verdadeiros seres parasitas nas operações, impondo a nível
mundial uma regressão.
Imperialismo,
fase superior do capitalismo – Lênin (VLADIMIR
ILYICH LENIN)
Nesta obra, apresenta no seu conteúdo o prefacio de 1920, após três anos
depois da revolução russa, 1911 antes da revolução, e o prefacio em abril de
1912 em pleno processo revolucionário, o prefacio de 1920 é o mais completo
escrito por Lênin, ao afirmar que havia uma revolução e precisava entender o
que estava acontecendo no mundo capitalista e defender seus ideais políticos.
Em 1916 – 17 – 18 o mundo estava em guerra junto com o czarismo, a verdade era
saber o que estava por trás dos motivos da guerra e do capitalismo com a crise
do capital para entender esse tipo de lógica.
Marx |
1ª
Fase: 1860 – 1880: foi o período culminante do livre comercio, havia o deslocamento
do capitalismo, os monopólios eram pequenos embriões sendo a livre concorrência
a que predominava. No final do séc. XIX ocorria o desenvolvimento dos cartéis,
mas eles não tinham força, mesmo assim eles se colocavam como base da atividade
econômica e estabeleciam acordos e condições de venda e troca de mercadorias,
por exemplo, vendiam um produto em determinado local e avaliavam o preço pela
região da venda.
Os cartéis determinavam a quantidade e qualidade dos preços dos produtos
oferecidos além de fixarem seus preços no mercado de compra e venda. Lênin
fez um estudo de quantas empresas atuavam no mercado e o que elas produziam, no
inicio do séc. XX ele dizia que os bancos deixariam de ser intermediários dos
produtos consumidos pelas sociedades, havia no capital de economia os pequenos
bancos que eram obrigados a se submeter aos grandes bancos sendo o mercado
obrigado a sobreviver sob essas regras. O velho capitalismo começava a ser
substituído pelo capitalismo livre da livre concorrência com o novo
capitalismo, as oligarquias financeiras atuavam com investimentos nas
indústrias daquele contexto, por agirem assim, elas ficariam presas a essa
dependência, aumentado ainda mais as fusões das empresas ao monopólio
crescente.
Era um período onde começariam aparecer as sociedades anônimas que
seriam caracterizadas pelo capitalismo, a livre concorrência da exportação de
mercadorias, nos dias atuais a caracterização é feita nos monopólios com as
exportações dos cartéis de dinheiro com créditos e financiamentos no mercado
externo e interno. Essa tendência mundial se divide em uma partilha entre os
grandes capitais: o mercado do petróleo pertence a..., a região de urânio
pertence a .........: O mundo é dividido em partilhas políticas. A
partilha das grandes potencias do mundo no séc. XIX mostra as ocupações
territoriais nos países, a África tinha 10% do território em 1876 – 1900
controlada por estrangeiros, a Ásia em 1976 tinha 51.1% controlada por cartéis
europeus e americanos, a Austrália tinha 100% de seu território controlado por
ingleses, havia uma síntese do imperialismo com uma nova fase de dominação
construída sob o poder do capitalismo para um regime superior, onde
representavam o monopólio desse sistema que operava na sua fase de transição.
1ª Concentração de
produção do capital
2ª Fusão do
capital/lucro e o capital/industrial
3ª Exportação de
mercadorias em dinheiro (papel moeda, capitais
4ª Surgimento de formações
econômicas internacionais do capitalismo que compartilhavam o mundo entre si.
Eram processos de fusão de capitais como o monopólio referia-se aos
preços, onde o Estado estaria fora do jogo e quem controlaria esse jogo seriam
os cartéis, por exemplo, as faculdades particulares hoje são comandadas por
grandes empresas financeiras, essas vendendo a mesma educação, concentrando
assim o monopólio do ensino. A idéia de livre mercado concorria com
oportunidades que eram iguais para todos, pois não havia nenhuma possibilidade
de negociação e sim uma ideologia neoliberal. Eram acordos de conglomerados que
dominavam a área, e quem não participasse seria eliminado.
Esses agrupamentos econômicos determinavam os produtos e a discussão do
livre mercado inexistiria diante dessa realidade contestada, apontando para uma
direção oposta a do livre comercio, e essa situação ficaria pior com a crise do
sistema econômico ficando a mercê das forças políticas assustadoras; havia o
cartel do capital que montaria essas redes mundiais, até hoje os setores de
serviços pertencem aos grandes conglomerados financeiros, quase não há mais
separação dos capitais financiadores da produtividade; essa mobilidade do
capitalismo criaria a hegemonia sob o capital financeiro.
Os cartéis imporiam ao consumidor a necessidade de consumir tais
produtos como: filtro de papel, por isso não há mais filtro de pano, copo
descartável; tudo o que seria gerado fora dos cartéis seria considerado
marginal, ilegal, imoral. O capital começou a partir da primeira década do
século XIX, pois nesse período houve a separação do capital financeiro com o
capital industrial, no decorrer do capitalismo e o capital financeiro ocupavam
a esfera econômica nas atividades produtivas fundadas nas especulações
financeiras; começaram as articulações de cartelização e do monopolismo com a
política de imposição dos preços. Havia muitas discussões sobre o capital
financeiro e industrial com a lógica do capitalismo financeiro subordinado a
todas as atividades das oligarquias financeiras.
Nesse ínterim surgia o rentista, pois ele vivia de rendas do capital,
baseado no processo de acumulação de juros e créditos. O dinheiro era baseado
na especulação sendo algo parasitário a ele havia uma especulação do capital
sobre o valor real lançado indevidamente no mercado: crise
imobiliária americana. O tesouro público nacional passa pelas agencias
financeiras que por sua vez são distribuídos para a indústria imobiliária: abre
linhas de crédito para compras. Hipoteca é a divida dos títulos vendidos no
mercado, por exemplo, se a hipoteca valia 50,00, mo mercado ela era lançada no
mercado por 80,00, depois de vendido, o cliente não honrava as dividas,
aumentando a inadimplência das dividas sobre as linhas de credito, ou seja, o
dinheiro não valeria mais nada. O capitalismo se encontraria numa crise
sistêmica e no final do séc. XIX - XX a crise dos 29 seria diferente, pois essa
seria uma crise sistêmica, e traria o debate para a sociedade discutir esses
problemas afim dos recursos naturais e energéticos e das fontes hídricas, foi
uma crise jamais vista antes por causa de sua força destrutiva.
Quando o capitalismo aumentou sua produtividade, aumentou também o
processo de destruição dos recursos naturais. A concorrência aumentaria o
estimulo do consumo cada vez mais a população por causa do modelo social
urbano. O Estado tiraria dos fundos públicos o dinheiro para o capital
financeiro, havia uma realidade irreal em todas as esferas da sociedade por
causa do neoliberalismo, não havia mais uma realidade regulada pela lógica do
Estado, e depois toda a politicagem feita é quem ajudaria as empresas para sair
da crise; a causa dessa crise era o próprio capitalismo financeiro. Os
acontecimentos do séc. XX foram proporcionados pelo capital, pois antes não
havia a formação de mercadorias, isso passou a se concentrar no capital
financeiro, essa era a maior característica do capital financeiro, tudo o que
acontecia estava subordinado a esse circulo vicioso. A produção do capital
livre mundial com a partilha dos lucros era a divisão dos blocos econômicos
tendo como suporte os Estados, que só visavam vantagens, havia uma articulação
de interesses através dos controles, isso ocorreu por causa do agrupamento de
blocos e países com interesses entre si.
O estagio superior acontecia por que o capitalismo ingressara a uma
função superior ao capitalismo seqüencial do séc. XIX, os capitais não se
continham em se reproduzir nos seus limites, e tinha a necessidade de se
expandirem, eles precisavam estender o seu domínio a qualquer custo, isso tudo
eram causas oriundas do imperialismo com a reprodução do capital em terras além
das suas, quando essa variação não dava certo, era usado a força militar. Lênin
dizia que o capitalismo lutava contra sua própria atuação, por que o capital
não produziria novos valores e por isso se nutriria de outros processos de
riqueza, se aproveitando do trabalho que era produzido de outras fontes
produtivas, era o famoso capital de mesa de jogo: bancos e agiotas.
A
sociedade econômica brasileira a partir dos anos 30 com a revolução burguesa.
1930 – O silencio dos vencidos: Memória história e revolução.
A
história da classe operava no Brasil.
A revolução burguesa de 1930 foi o marco da revolução burguesa no Brasil
com suas particularidades, pois eles fizeram essa revolução praticamente
isolados sem o apoio de nenhum segmento da sociedade, foi uma revolução típica
e particular. Seu primeiro desempenho se deu pelo fato deles serem uma economia
rica e política enquanto agentes sociais, a classe burguesa não era hegemônica
na sua totalidade e sim em frações: industrial, rural, financeira, era uma
classe onde a maioria da sociedade nem sonhava chegar, eram eles que
controlavam o Estado brasileiro por serem uma burguesia agrária e oligárquica,
principalmente das fontes brasileiras e por dominarem a monocultura no interior
do país.
A burguesia cafeeira (SP/MG) era de exportação e era o
principal lucro brasileiro, pois toda a economia era baseada na agro
exportação, dependia das outras nações em relação aos produtos industrializados
e negociava-os com produtos primários, pois sua função era produzir a
monocultura somente esses produtos. O café brasileiro era exportado para os EUA
e com a crise financeira de 1929, essas exportações caem, todas as economias
que giravam em torno do mercado americano caíram juntas, pois todos os seu
negócios eram baseados nela, nesse contexto havia a necessidade de ser livre
desse tipo de dependência financeira e econômica do império americano, a
burguesia brasileira não tinha forças para empreender esse processo de
transformação na sociedade, pois nem um partido representante eles tinham tanto
na capital quanto em qualquer outro lugar que os representasse fossem eles
políticos ou militares, muito menos para conter os poderes locais.
Quando Getulio Vargas assumiu os interesses da nova classe social urbana
emergente, o exercito faria o papel de partido político; as políticas de base
levariam ao avanço da revolução comunista, porem não havia uma hegemonia, e
pouca que existia era feita influenciada por meia dúzia da elite dominante;
Getulio no período de 1930 – 1937 assumiu e desestabilizou a política
brasileira, comercial e social. Esse desmonte não trouxe a tão sonhada
estabilidade política, levando novamente a outras crises, visto que eles
contestavam e investigavam o Estado ao mesmo tempo; nesse período houve
estabilidade política depois começaram as revoluções e essa foi a primeira
forma de ruptura com o poder capitalista, em 1937 Getulio enfrenta uma grande
crise e aplicou o golpe militar para instalar o Estado Novo caçando os direitos
políticos e civis, com isso assumiu novas formas de produção, todas
centralizadas ao Estado, por que ele não dispunha de capital suficiente e tinha
a necessidade de ser dirigido pelas forças armadas para manter o controle,
nesse ínterim as forças produtivas sob as garantias do governo alavancaram para
o crescimento das indústrias e movimentos brasileiros. O Estado traria para si
toda a responsabilidade estratégica da nova estrutura brasileira com seus
insumos e derivados, assumindo uma nova política econômica. “Getulio Vargas
antes de ser o pai dos pobres, foi o pai e mãe do capital”.
Nova
ofensiva do capitalismo sobre o trabalho
O indicador maior dos anos 50 e 60 foi o capitalismo e no inicio dos
anos 70 as taxas começaram a baixar por causa do decréscimo do próprio sistema
e a saída para isso seria adotar o neo capitalismo para combater essa nova
crise mundial. A OMC, FMI, BID e ONU faziam as estratégias liberais se tornarem
viáveis sob a condição de serem obrigados a adotarem essas estratégias
econômicas sob o olhar da “ética econômica” neo liberal implicando numa pressão
para a inserção dessas relações para reformas políticas modificando
as relações do trabalho, livrando o ônus sem ser onerado, precarizando ainda
mais as relações do trabalho, desmontando os direitos trabalhistas, sindicatos
e operariado modificando o papel do Estado na interferência da economia.
A própria burguesia impulsionava esse tipo de crise, havia uma
dominância das idéias para construir esse novo tipo de ideologia trabalhista
iniciava-se uma nova hegemonia econômica e social do capital, pois era preciso
modernizar a sociedade “modernizando-a” e retirando do Estado a sua força de
atuação financeira, restaurando o capital nos setores de telecomunicações,
bancários, industriais, comerciais cedendo ao capitalismo privado. O
capitalismo tinha como finalidade atingir a racionalidade no processo produtivo
por duas estratégias:
1° Estratégia de
Estruturação organizacional técnica do trabalho.
2° Introdução,
inovação tecnológica no processo produtivo.
A reestruturação produtiva considera esses dois elementos como novos
processos técnicos aos processos do serviço, buscando a automação reduzindo
postos de trabalho possibilitando ao capital o domínio sobre o trabalho neste
processo trabalhista. Esses fatos eram partes do novo fenômeno, iniciado no
inicio do séc. XX, elaborando novas formas de trabalho produzindo a
rentabilidade, considerando o tempo “inútil” ou desperdício de tempo no
trabalho com a interação do trabalhador e o tempo de trabalho. Havia a intensidade
do crescimento no trabalho, onde o fordismo estabeleceria o controle sobre o
trabalhador, havia um envolvimento onde envolveria a criação da subjetividade
no operário, fazendo com que sua vida dependesse do sucesso da empresa e isso
estaria atrelado a isso, os trabalhadores eram então divididos em pequenos
grupos, onde cada um realizaria determinada produtividade baseada em planilhas,
criando uma falsa idéia de democratização de parcerias.
Essas opiniões não interfeririam na produtividade, pois o capital era a
negação do ser humano social, representado pela negação do homem na sociedade,
construída pela sua identidade com o capital, assegurando dentro de equipes na
produção em grupo. Havia uma nova identificação com o capitalismo, o inimigo passaria
a ser parceiro, desconstruindo o significado da relação, eliminando a idéia de
classe e construindo uma nova filosofia de colaboração, uma nova utopia de
criar uma comunidade dentro de uma construção ideológica social. A força
sindical se asseguraria desse tipo de movimento durante os anos 50 – 70
criar-se-ia então o Estado social como um chefe da economia aos mercados onde
era possível criar uma estrutura de estabilidade no contexto histórico
particular, possibilitando uma nova retomada onde o Estado cumpriria essa
tarefa a longo prazo retomando e investindo pesado em novas tecnologias. O
capital adere a essa perspectiva objetivando uma expansão e fazendo algumas
concepções e particularidades.
O processo histórico coloca essas teorias em crises cíclicas do capital
como controle e sua lógica nesse ponto é irracional, ela não vive, ela se
reproduz através de uma lógica que contemporaneizava o social e o econômico,
sua reprodução era imediatista e por causa disso havia uma destruição
desenfreada em relação a tudo, começariam as crises nos sistemas hídricos, a
devastação do meio ambiente, as mudanças dos fenômenos climáticos, as crises de
ordem urbana, o enfraquecimento dos modelos de sociedade urbana, a saturação de
qualquer perspectiva de progresso, havia o aumento da violência, da miséria,
sendo que a cada crise o capitalismo se fortaleceria visando apenas o lucro
encima do capital a curtíssimo prazo. Com todas essas crises, haveria uma mudança de comportamento em relação
a segurança por causa do colapso do sistema econômico e levaram as pessoas a
tomarem certas medidas como: o aumento da violência, o capitalismo lucraria
encima disso das seguintes maneiras: teriam que investir no aumento de
segurança, deveriam gastar para se protegerem dos bandidos e ladrões e deveriam
ampliar sua segurança privada contratando novas formas de se proteger.
Não havia uma racionalidade na lógica dessa reprodução capitalista,
enquanto as mercadorias e o dinheiro obedeciam apenas essa dinâmica
avalassadora. O capital era um fenômeno social que surgiria antes do
capitalismo como uma fase mercantil baseado na troca de mercadorias; eram lutas
de ordem social criadas pelo homem, não eram elementos de ordem natural e sim
artificiais, pois não havia o envolvimento da natureza na sua forma pura. O
capital se fazia presente nas suas varias formas sociais camufladas em medidas
que se diziam benfeitoras para a sociedade e essa socialização se dava através
de meios que controlavam o poder e não poderia ser feito a partir de um grupo
social dentro de um partido, por isso era necessário novas formas de atuação
para poder dar certo e acontecer, tinha que haver um processo de controle
de produção e indústria, sendo que os trabalhadores não tinham controle dos
processos sociais e produtivos que atingiam certas vantagens dentro desse novo
processo industrial e social.
Formou-se um novo regimento social de privilégios sobre quem era
responsável pela produção como forma de se salvaguardar, não havia nenhuma
garantia dessa pratica como controle por parte do povo no processo de produção
da riqueza. O mercado estabeleceria regras externas e internas como forma de
regular e controlar a especulação do capital financeiro do livre cambialismo,
isso poderia gerar crises nas comunidades internacionais onde o estado controlaria
os preços e estabeleceria parâmetros das políticas baseadas nos juros; o
keynisianismo pressupunha uma política de emprego através do estado com as
indústrias, impostos, compra e venda.
A política e o processo trabalhista andavam na premissa fordista onde o
capital faria expansões dentro dos salários havendo o interesse do estado que
se utilizava as conquistas, adquirindo as áreas da segurança, educação, social,
médica e educativa que permitam a sua expansão através do trabalho
regulamentado. O Brasil nos 70 teve um dos regimes mais repressivo contra os
trabalhadores e estudantes por parte da ditadura militar, todos os tipos de
movimentos democráticos haviam sido proibidos e freados por esse regime
ditatorial que era o Estado capitalista, que aplicaria nomes e leis frente aos
salários baixos ao passo que o funcionário publico passaria a ser visto como um
novo tipo de inimigo do estado burguês capitalista; o sujeito perderia a
referencia de classe por que a direita e a esquerda não assumiam a sua própria
posição política como deveria ser.
O próprio entendimento do Estado era clássico, pois era pressionado pela
burguesia para ganhar fundos enriquecendo cada vez mais essa categoria elitista
e dominante. A revolução de 1930 ocorreu num momento em que o Brasil e os
países latinos viviam com a crise da renda e da acumulação de
capital e da economia agro exportadora sustentada pelas oligarquias que se
baseavam na monocultura, pois todos os produtos produzidos no país
na sua maioria eram exportados para os Estados Unidos através dos produtos
primários, enquanto que nós importávamos quase todos os produtos manufaturados.
A expropriação do trabalho era violenta e a revolução de 1930 implementaria
uma nova tecnologia industrial a produção brasileira, o Estado era nesse
momento incipiente e frágil do ponto de vista de acumulo de capitais mexendo
com o poder central e os poderes regionais, por isso a estratégica de se criar
indústrias, telecomunicações, navegações, estradas. A produção industrial tinha por objetivos a transformação do trabalho,
por isso era necessário modernizar também a mão de obra, mudando o perfil
social onde deveriam ser preparados par os parques industriais em cursos de formações
técnicas como o SENAI, SESI, sendo uma nova necessidade do capitalismo sob o
ponto de vista do capital e do trabalho.
A massa de trabalhadores rural apoiava Getulio Vargas por que ele lhe
daria garantias e com o capital em alta para o governo não era interessante
fazer novos adversários, houve a transformação do capital em todo o país,
surgiram novas indústrias de insumo, novas áreas energéticas, telecomunicações,
indústrias de materiais “pesados” onde desencadearam o processo de
impulsionamento do Estado brasileiro que era financiado pelo BNDS. A situação
do Brasil na década de 80 passava por um momento de transição, e com a eleição
do colégio eleitoral em 86 com Tancredo Neves e Maluf e as Diretas
Já , além da eleição de José Sarney assumindo o controle da nação em 1986,
sendo uma das piores crises do Brasil; a burguesia ainda não sabia o caminho a
seguir do ponto de vista estratégica. Os países estavam em fase de expansão
econômica na América Latina e esse processo havia iniciando no Chile os
anos 70 e em 1976 – 1977 com as políticas neoliberais; o Brasil ainda seguia a
linha desenvolmentista como salvaguarda dos interesses nacionais.
- Mário Covas
- Leonel Brizola
- Ronaldo Caiado
- Lula
- Collor, ele se elegeu com um discurso moralista e direto,
manipulador e moderno.
Quando foram para a 2º turno: Lula X Collor com uma candidatura, eles
perderam a chance de ganhar o 1º turno e votaram em Collor mesmo desconfiando,
ele seria dos males o menor e por isso apoiariam a sua candidatura; ele adotava
a política neoliberal, assumindo seu apoio a eles e iniciando o seu plano de
reestruturação confiscando o dinheiro do povo e desregulamentou a economia
brasileira utilizando o “discurso único” por que o neoliberalismo estava em
crise, não dando alternativas para as criticas. O sistema capitalista não
garantia que isso fosse socialismo barbarizado e a produção social passaria por
um processo crescente destrutivo combinado com a alienação da natureza humana:
a hegemonia americana começa sofrer com as derrotas da economia mundial e os
países latinos passariam a comercializar com outros nações, criando
novas formas alternativas de progresso. Eram situações internacionais que
modificariam as políticas imediatistas, tentando compensar essas perdas através
do militarismo invalidando os paises e se utilizaria das falas de que não
convenceriam mais.
A
natureza da crise do capitalismo e seus impactos sobre a classe trabalhadora.
A crise recente do capital trata-se de uma crise conjunturada temporal
ou de longo prazo revestida de caráter estrutural?
A
crise do capitalismo
O capitalismo teve a sua história inicial num processo cíclico, desde o
final do séc. XIX com duas grandes crises no inicio do séc. XX, essa crise
tinha a todo o momento revolucionar as bases produtivas e técnica da produção
do trabalho, gerando processos destrutivo-criativo-construtivo. Nos sécs. XIX –
XX o capitalismo nesse processo mesmo com as crises ainda tinha elementos de
positividades ao modelo civilizatório e capitalista incorporando as massas no
processo evolutivo. Criou-se novas condições de vida social, política, cultural
e econômica nos anos 30, a lógica da crise cíclica da crise do capitalismo e de
cada crise predominava nos fatores destrutivos, ao passo que o pólo
de capitalismo se esvairia nas relações do capitalismo com o sistema de capital
com a força social do trabalho, essa relação cultural, o padrão moral e em
todos os aspectos o capitalismo passaria a ser mais predatório e o capital se
ocuparia através da expropriação de todos os recursos naturais, materiais e
hídricos, isso acontecia de forma generalizada com a responsabilidade de
ocultar os verdadeiros processos do caos.
Essas ações deixaram as condições materiais do homem e o eco sistema sem
disposição dos países capitalistas preocupados com os agentes poluidores, a
outra ação destrutiva era a do capital que vinha com as forças sociais do
trabalho por que o capitalismo tem uma série de padrões tecnológicos pelo
processo de trabalho. O capital conquistaria uma nacionalização dos grupos que
se relacionavam com o capitalismo, procurando relações destruindo os direitos
sociais, distanciando-se cada vez mais da situação de instabilidade, colocando
uma sensação de incertezas em relação a tudo no país, pois o trabalho estava
nas mãos do capital substancial. A nova relação trabalharia a relação do
trabalho X natura, trabalho X energia para o funcionamento da sociedade. A
forma de expropriação das fontes naturais e hídricas se esgotavam cada vez mais
frente as novas crises mundiais de alimentos por causa dos problemas que o
próprio sistema capitalista criou, as fontes energéticas como as
bio-combustiveis, destruindo as áreas de produção de alimentos e grãos. Havia
uma crise com a sociedade e sua relação com o trabalho, por causa disso, os
modelos neoliberais participavam junto com os patrões criando uma crise social
irrecuperável em todo o mundo capitalista, havia agora uma desagregação das
massas não vendo mais o Estado como referencia, agora era visto como uma
instituição a quem devia obediência.
O Estado por sua vez (classe social dominante) criminalizava o conjunto
da sociedade, dividindo-as em bairros, cidades, criando ao Estado
possibilidades de enfrentar essa criminalidade com a repressão e inibição;
quando a policia não daria mais conta, iniciava-se, iniciava-se a faxina social
e racial que era aplaudida pelo povo com medo, pois estavam acuados e assim o
Estado faria o papel de herói, livrando-se desse tipo de problema, legitimando
o extermínio. O Estado só se faria presente pela violência, não estando mais
presente nas outras esferas ou camadas sociais, eram entregues a própria sorte,
com essa crescente massa social abandonada, crescia outra atividade de mercado
qualitativo com as possibilidades de uma nova realidade de liberdade e
realidade, nada escaparia do capital.
Exclusão: era a definição do
viés político enquanto categoria política de análise a certos fenômenos, uma
sociedade de incluídos e excluídos significa partir do pressuposto de que
existe mais de um modelo ou modo civilizatório dentro dessa sociedade, por
exemplo, o sujeito é excluído do que? onde ele está? Esta em outro modo de
produção capitalista? Esta fora da produção social do sistema? O sujeito esta a
margem do sistema e não fora do sistema, ele não tem uma inserção ativa, não
existem dois sistemas, existe uma sociedade e a maneira como ela se reproduz, é
diferente desse conjunto de segmento aos que não tem acesso a habitação, saúde,
cultura, são outros problemas. Busca-se formas alternativas até de se adequar
as maneiras do processo de redução da sociedade. Nos anos 70 havia o desejo de se democratizar tudo, a saúde, as escolas,
eram maneiras universalizantes, hoje há o abandono desse tipo de idéia, tudo se
atém a falsas gestões atuais e reais que são chamadas políticas pontuais,
abandonado a perspectiva de acompanhar o povo.
As
problemáticas que norteiam a natureza da crise do capitalismo
Havia uma idéia do ciclo de desenvolvimento do capitalismo, esses novos
elementos articulariam essas novas discussões: crise conjuntural e crise a
longo prazo revertida de um caráter estrutural. Não havia crise estrutural sem
ter as relações com esses elementos estruturais, porém havia exceções no seu
desenvolvimento; a crise de 1929 ocorreu com a queda da bolsa, o mercado
brasileiro era baseado na exportação do café e por causa disso, com a quebra da
bolsa a subprodução e a quantidade de dinheiro emitidos eram fictícios, isso
ocorria nas mercadorias também. Essa crise do capitalismo em sua estrutura
ocorria por que era o resultado de crises muito anteriores que teriam atingido
um volume extensivo de contradições expressa nos elementos que circulavam esses
elementos estruturais e temporais, revelando a sua dificuldade de se
estabelecer como estrutura lógica na reprodução do capital na sua lógica
estrutural e orgânica. O capital apresenta limites de contradição que se produz
uma crise generalizada na sua forma de produzir e consequentemente ocorre
muitas problemáticas, por exemplo, a lógica primaria do capital tem seu
fundamento principal de reprodução através da produção de mercadorias que traz
consigo valores, nessa esfera de exploração o valor reflete no mercado.
Valor
de produção no mercado → principio do dinheiro da lógica da
mercadoria → capital → força de
trabalho → condição técnica → espaço físico.
Os novos padrões tecnológicos dos anos 70/80/90 empreenderam a pratica
acelerada de produção, revigorando as forças produtivas e acelerando o processo
da própria produção em si, se revolucionado de suas funções, pois eles tinham
que necessariamente fazer isso de forma teórica sobre o trabalho, esse
aceleramento impunha ao capital a obrigatoriedade de gerar mercadorias com
taxas de vida curta, como quando a geladeira durava 10 anos, agora ela dura 3
anos. A esfera financeira era acelerada por uma via em contato para aumentar e
encurtar o caminho com a possibilidade do lucro ser evidente e a base desse
lucro seria garantida pelo desempenho e estabilidade, nunca perderia; essa base
de administração financeira geraria mais crises financeiras devido à globalização
do capital com o mundo.
Efeitos
colaterais
Ø A instabilidade se
transformaria a longo prazo, assumindo um caráter destrutivo com a aceleração
das relações de expropriação dos recursos naturais.
Ø O meio ambiente
começaria a desaparecer.
Ø Não haveria mais
clima estável.
Ø As fontes energéticas
e alimentícias no mundo diminuiriam.
A busca de fontes de energia aumentaria nas áreas cultiváveis: por
exemplo, milho, soja e mamona.
Iniciava-se um retrocesso para a monocultura, diminuindo a quantidade de
grãos, alterando com a economia estrutural. A quebra do tecido social segundo
Durkheim faria todo e qualquer tipo de crise social aumentar. Iniciava-se uma
degradação funcional sistemática, era uma disfunção com uma contradição
absoluta, que mal funcionava e por isso mesmo poderia arrasar com tudo. Todas
as crises tinham uma relação com as estrutura sociais econômicas, em 1929 a
crise ainda era estrutural, não havia ainda sua hegemonia, hoje há; toda crise
tem uma dimensão cultural e espacial, com uma subjetividade material,
envolvendo manifestações em sua existência; cada vez mais ocorria o
aprimoramento, aumentando a resistência e mexendo com as estruturas de outros
órgãos. A grande crise ampliou a gravidade de sua estrutura, funcionando e
recorrendo a mecanismos auto destrutivos, autofágicos.
Iniciava-se uma marcha para frente, não havia mais retorno, essa era a
tendência oficial destrutiva do capital: a criação de um frango mudaria o
metabolismo para vender mais, a produção estéril destruiria os
pequenos e médios produtores por causa da produção na terra e na sua
exploração absoluta. A ocupação do capital ocorria em todas as
esferas, através de um complexo sistema atingindo o limite histórico
caracterizado por Marx no seu manifesto do capital, criando o mundo a sua
imagem e semelhança, sob os ditames da sua lógica de produção predatória.
A
crise contemporânea revestida de caráter estrutural.
Natureza
da crise do sistema capitalista:
Relação entre conjuntura: é um movimento especifico, é de
Curta duração; os elementos são provisórios, irregulares.
Estrutura: é um movimento estratégico, geral e é de longa
duração; os elementos são permanentes
Tem que haver um isolamento de um com o outro para ter uma melhor
compreensão, são estruturas ligadas através de uma relação dialética, a
conjuntura é uma manifestação de contradição da própria estrutura e pode
influenciar qualquer esfera; nem sempre a crise estrutural pode com a crise do
sistema e vice-versa, é uma combinação contraditória dialética, elas se aguçam
e se agrupam até a exaustão, gerando uma possibilidade de transformação. Existe
uma minimização das contradições do capital no momento histórico como se a
crise nunca tivesse ocorrido, existem iniciativas artificiais que criam uma
falsa normalidade econômica; quando a crise esta no seu auge, o Estado injeta
dinheiro nos fundos públicos, abrindo linhas de credito para que todo mundo se
endivide o máximo que puderem, tanto as pessoas físicas como as pessoas
jurídicas. A estratégia artificial estrutural é feita para a produção por que
aumenta ao mesmo tempo as linhas de credito, aumentando cada vez mais a dose de
dinheiro injetado no mercado, criando a ilusão de que essa mercadoria através
de seu endividamento generalizado criará um cenário hipotético de melhoria da
economia.
O remédio que o Estado dá não rompe com o modelo de especulação do
capital, muito pelo contrario, o Estado realimenta esse capital através de
financiamentos. O modelo econômico neoliberal já não é mais confiável além de
não conseguir mais se sustentar, pois a realidade revelou essas contradições
ideológicas e políticas, não é mais um modelo hegemônico, agora enfraquecido
revela a fase do esgotamento de suas modalidades enquanto modelo econômico,
esse tipo revela agora a sua desestabilização econômica.
O
colapso do neoliberalismo
Princípios
literários
Adam Smith foi no sentido informativo o responsável por esse pensamento com relação
ao pensamento neoclássico e ideológico. Ele fazia uma síntese dos tópicos de
cada capitulo do capitalismo que estava nascendo e dividiria isso em vários
capítulos: → a relação com o neoliberalismo. O processo liberal clássico se
desenvolvia a partir do pensamento político desses homens que formaram o
principio do pensamento liberal além de representarem os princípios econômicos
e jurídico fundamentando-se no direito natural: a economia era fundada na
sociedade civil. A política surgiria após o Contrato Social, era como se o
Estado nas suas esferas políticas e relações sociais aparecesse de agora em
diante de um lado formal aos indivíduos e antecederia a sociedade a partir do
Contrato Social fundamentado no pensamento neoliberal.
A propriedade era um principio individual e contribuía para a
fundamentação da sociedade pelo direito natural por causa do trabalho humano
era um direito natural do individuo, e partiam do principio de que a sociedade
humana sempre houve a propriedade agrária natural. O pensamento liberal partia
de uma premissa para a elaboração jurídica e política da sociedade dividida em
classe era o direito político, as leis eram configurações de realidades já dadas
de que eram relações sociais naturais legislando sobre essas relações não
partindo de um questionamento entre o Estado ou as classes onde o direito não
faria parte da origem e das relações sociais desiguais, tudo isso faria parte
da lei positivista. O direito formal se baseava na igualdade formal onde se
desassociaria da igualdade real que era construída formalmente no plano das
leis, eram direitos iguais nos planos formais num mundo desigual de produção,
na desigualdade das riquezas nos mercados pelos processos profundos de
desigualdade. A lei implícita expressava a injustiça de desigualdades causados
pelo capitalismo, isso partia da premissa em que a sociedade era para todos
como o pensamento, havendo oportunidades para todos no mercado quando se tentava
instruir no mercado eliminando a liberdade, começaria assim uma limitação, uma
escravidão e regulamentações sobre esse mercado.
O principio neoliberal no plano econômico dizia que o mercado era regido
por uma força invisível, o mercado tinha uma lógica autônoma do
desenvolvimento, ele se auto regulamentaria de forma natural; toda tentativa de
interação sobre o mercado restringiria o seu desenvolvimento, seria o mesmo que
ir de encontro ao fato natural, contrariando o desenvolvimento da economia, não
tinha como o desenvolvimento econômico se fazer presente se ele não se fizesse
de maneira natural. Era uma utopia que se expandiria no capital financeiro
pelos EUA e Inglaterra responsáveis por controlar os órgãos financeiros
mundiais políticos onde procurariam implementar o capital financeiro no mundo
sem restrições e cuidando para mantê-los, havia uma desregulamentação
financeira mundial, podendo destruir uma nação de uma hora para outra. O neo
liberalismo supunha algo novo e liberalismo como “novo liberalismo”
escamoteando fundamentos, pois eles começariam decair no inicio do séc. XIX com
crises econômicas sucessivas como a Primeira Guerra Mundial e o nazi-fascismo.
Tudo se iniciou com a crise do neoliberalismo, pois havia uma nova
característica desse fato: o capital e expandiria em grandes partes do mundo
pela monopolização da economia, a partir do capital financeiro, buscando
livremente a facilidade de estudo do capital, principalmente o especulativo. O
neoliberalismo começaria gerar uma super produção do capital fictício, era uma
produção real de valor como um processo de capital irreal, iniciando-se uma
tensão na economia mundial havendo a separação do neo liberalismo e o
capitalismo em relação do controle da economia.
Aos
estudantes de história, seguem algumas propostas a serem discutidas ou mesmo
trabalhadas:
Como se processa a concentração da construção do monopólio?
Como atuam os cartéis econômicos?
Qual é a nova função dos bancos nas atividades econômicas industriais?
Caracterize a mudança da passagem do velho capitalismo onde reinava a
livre concorrência por um modelo novo onde reina o monopólio:
Explique o conceito de capital financeiro e como ele atua na oligarquia
financeira:
O que caracteriza a exportação de capitais dos monopólios?
Explicar como se dá a partilha do mundo entre os países capitalistas:
Explicar o que Lênin entendia de imperialismo como fase particular do
capitalismo:
Explique pontualmente como Lênin define o parasitismo e a decomposição
do capitalismo:
Explicar/identificar a crítica de Lênin sobre o imperialismo:
Explicar qual é o lugar do imperialismo na história:
www.resistir.inf
Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.
Olá Leitores, tudo bem? Tenho certeza que sim; alguns leitores tem me questionado sobre o "modus operandis" da sistematica desse período conturbado de nossa história, a maioria das perguntas refere-se sobre o momento de transição do império para a república, na verdade, nossa história foi e continua sendo um engodo as classes trabalhadores, desde a “abolição até os dias atuais”, por quê? Se pensarmos a fundo, essa libertação nunca ocorreu, continuamos tão escravos quanto naquela época, continuamos trabalhar para uma nova modalidade de “senhores” não mais de engenho, mas de outros produtos modernizados, adaptados a nossa realidade (tecnologia, capitalismo, consumismo, etc.). Os “camponeses livres da República Velha” que trabalhavam nas fazendas desses coronéis, nada mais eram do que os “escravos libertos”, a nova mão de obra importada da Europa, no caso os italianos; os escravos de fato, sempre continuaram sendo oprimidos devido a sua posição social, cor, status, a ponto de alguns escravos continuarem trabalhando para seus ex-patrões, pois a nova realidade era tão ou mais cruel do que no período em que eram escravos, eles não estavam adaptados a nova realidade, o governo nada fazia para melhorar essa realidade, ou seja, eles continuavam iguais ou piores do que quando eram oprimidos pelo sistema escravagista.
Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.
Olá Leitores, tudo bem? Tenho certeza que sim; alguns leitores tem me questionado sobre o "modus operandis" da sistematica desse período conturbado de nossa história, a maioria das perguntas refere-se sobre o momento de transição do império para a república, na verdade, nossa história foi e continua sendo um engodo as classes trabalhadores, desde a “abolição até os dias atuais”, por quê? Se pensarmos a fundo, essa libertação nunca ocorreu, continuamos tão escravos quanto naquela época, continuamos trabalhar para uma nova modalidade de “senhores” não mais de engenho, mas de outros produtos modernizados, adaptados a nossa realidade (tecnologia, capitalismo, consumismo, etc.). Os “camponeses livres da República Velha” que trabalhavam nas fazendas desses coronéis, nada mais eram do que os “escravos libertos”, a nova mão de obra importada da Europa, no caso os italianos; os escravos de fato, sempre continuaram sendo oprimidos devido a sua posição social, cor, status, a ponto de alguns escravos continuarem trabalhando para seus ex-patrões, pois a nova realidade era tão ou mais cruel do que no período em que eram escravos, eles não estavam adaptados a nova realidade, o governo nada fazia para melhorar essa realidade, ou seja, eles continuavam iguais ou piores do que quando eram oprimidos pelo sistema escravagista.
Os imigrantes que supostamente substituiriam os escravos africanos eram na sua grande maioria, os italianos, haviam outras culturas como os japoneses, ucranianos, espanhóis, mas o grande número de trabalhadores foi mesmo os italianos; o governo brasileiro na época fazia grande propaganda “mundo afora” para que os estrangeiros junto com o novo sistema republicano adentrassem o Brasil adentro e desbravassem, em troca, seriam proprietários depois de alguns anos trabalhando nelas, como tudo no Brasil é um engodo como dito inicialmente, o governo brasileiro pouco fez para ajuda-los, saíram de uma situação de miséria na Itália para “passarem fome no Brasil”, a maioria não recebeu as tão sonhadas terras, se endividaram e não tinham como pagar as dívidas pelos seus exploradores, a situação ficava pior a cada momento, aumentando ainda mais a massa dos desvalidos compostas pelos negros libertos e pelos italianos enganados.
No bojo central dessa questão sobre essa mão de obra, resume-se aos negros que aqui já residiam, foi aumentada pelos imigrantes italianos e os habitantes que já viviam pelas terras brasileiras.
Mr. reader , all images were taken from the Google search site , do not feel offended if perchance , one of the images posted are your , the blog 's intention is to illustrate didactically the text and not plagiarize images . Thank you for understanding .
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http://ahistoriapresente.blogspot.com.br/2013/03/o-coronelismo-numa-interpretacao.html
ResponderExcluirOla Renato Silveira. eu tenho uma duvida sobre o tema do coronelismo, eu queria que
você me tirasse essa duvida, só que aconteceu uma coisa, um cara anônimo ja fez
essa pergunta, então eu gostaria que tirasse essa duvida, minha e dele, ela esta nesse
link acima, você me faz esse favor ?