A história Presente

A história Presente
História na veia

Seguidores

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A América (pré colombiana) em sala de aula

Para ouvir a música, aperte o play. To listen to music, press play. Para escuchar a jugar prensa musical. Um Musik zu hören, drücken Sie spielen. Pour écouter jouer de la musique de presse. Per ascoltare la musica, premere playPer ascoltare la musica, premere play.


"A propriedade da terra, monopolizada pelos ricos, fora por muito tempo um símbolo de status social na América Latina. Resulta daí ser esta uma área de terras sem homens e de homens sem terra.”  Donald Marquand Dozer


Para visualizar melhor os mapas e detalhes dos desenhos, clique sobre a foto.


AZTECAS: América indigenista ≠ pré-colombiana, pré-cabralina. A tipologia baseia-se em sua situação histórica antes dos europeus: América colonizada: espanhóis de nascimento, crioulos e mestiços. O projeto econômico espanhol era os metais preciosos: extração mineral, pecuária, atividades comerciais e sociedade (dinamismo).



Estrutura política administrativa: era órgão que disciplinavam as colônias.


 
 
Conselho das Índias – Espanha: era o controle da coroa espanhola sobre as colônias.


Pacto Colonial – Portugal: era o controle da coroa portuguesa sobre suas colônias. Metrópole X Colônias
Vice-reinos: Nova Espanha, Peru, Nova Granada, Rio da Prata, Cuba e Chile eram capitanias gerais.

Religiosidade: a América portuguesa o Estado possuía o Tribunal de Relações, mas não houve a inquisição propriamente dita, no caso do Estado, o apoio do tribunal partia da igreja. As incomiendas eram repartimentos dos índios num expediente para manter a nobreza indígena que por isso não pagava tributos para a coroa.

Tupac Amaru foi um líder indígena que lutou contra os espanhóis; a luta pela terra sempre esteve ligada as questões indígenas.


Mitra : era um imposto pago pelos incas. O grande mito do povo inca é que inca não era o nome do povo e sim o nome do líder representativo deles, inca era o equivalente a um cargo como o de um faraó no antigo Egito, o povo “inca” na verdade se chamava: Puriq que significa de língua inferior (quixua aímara), a língua superior era personificada pelo líder/chefe Inca. A língua sempre foi um instrumento de poder para qualquer povo.

O Estado Nacional se faz presente principalmente pela língua, com os mesmos costumes, as mesmas culturas, os aspectos sociais, etc..., nesse sentido todo sujeito tem uma responsabilidade histórica.

Os modos indígenas: as categorias usadas para definir os povos na America foram: Sedentários, semi-sedentarios, não sedentários e sedentário imperial.

Semi-sedentarios: tinham experiência agrícola, mas ela era itinerante, a terra não era mais produtiva, não tinham Estado, mas tinha chefias, era um povo coivara, queimavam a terra para torná-la produtiva, faziam isso em pequena escala, diferente da America portuguesa que fazia em larga escala, desequilibrando o sistema ecológico, quando a terra esgotava sua capacidade de produção, eles a abandonavam e iniciavam a procura por outras terras produtivas, sua sociedade não era estatal, mas isso não queria dizer que eram anárquicos e não possuíam classes sociais.

Não sedentários: não tinham experiências com agricultura, não produziam excedentes, utilizavam o sistema de coleta e apresentavam forte resistência aos espanhóis.

Sedentário imperial: possuíam agricultura intensiva, eram grandes produtores, apresentavam alta densidade demográfica, na América portuguesa eram poucos, por isso não usavam a mão de obra africana, a relação do camponês com a terra pertencia ao Estado, à relação era interpessoal entre senhores e servos, a posse era feita pelo Calpulli, eram regulados pelas relações de parentescos.

Calpulli era a comunidade aldeã, era como se fosse um conjunto e esse conjunto formaria uma província e esses conjuntos de províncias formariam o Estado no processo de centralização, a posse da terra era usufruaria, se a terra não fosse produzida, o dono dela perdia-as para o Estado, o Estado era detentor absoluto das terras, a relação do camponês com o aldeão era feita pelo calpulli, à agricultura era a principal atividade econômica, as sociedades eram centralizadas com auto grau de centralização política.

Tlatoani: era o chefe supremo que governava Tenachtilan a capital dos Astecas.   Em cada comunidade aldeã havia o chefe calpulli que era o chefe de calpullec, que seria o divisor de terras, a religião, essas comunidades aldeãs detinham grandes poderes que eram expropriados e acumulariam tudo no centro do poder.
Sesmarias: eram grandes extensões territoriais, na America portuguesa os colonos eram representados pelas Câmaras Municipais, na America espanhola essa representação ocorria através dos cabidos pelos “adelantados” que recebiam o poder da coroa que posteriormente reduziria esse poder dos cabidos igualmente como nas câmaras municipais, com essas medidas eles criavam resistências dos aldeãos contra o Estado.

A metrópole firmaria o Pacto colonial: com os agentes da coroa, os colonos e com o Atlântico que era a rota de comercio da burguesia mercantil, essa era a representação da coroa nas terras da Américas que agora eram considerados patrimônios régio do Estado, a coroa porem era proprietária, mas não tinha dinheiro. O uso indiscriminado da mão de obra indígena era usado como mão de obra reprodutora e repositora. 

Tecuhtli
Cada província calpulli era governada por um governador tecuhtli e acima de todas as províncias encontrava-se a figura maior do platoan. A relação de trabalho no calpulli não apresentava distinção a não ser em caso de guerra, era uma sociedade endogamica, pois o relacionamento era interno, dentro do próprio clã.

Sedentário não-imperial: eram formados pelos povos Arauaques chibcha que possuíam as mesmas características dos povos sedentários imperiais, só não tinham poder militar, eram definidos pela sua natureza tecnológica usada e se distinguiam por serem imperiais ou não imperiais, suas conquistas de reproduziam nas condições políticas, sociais, econômicas e pelas táticas usadas em tempos de guerra quando anexavam os povos conquistados.

Civilizações hidráulicas: Egito, Mesopotâmia, estabeleciam suas sociedades com trabalhadores e não trabalhadores, não havia a separação dos trabalhadores dos meios de produção. Os povos conquistados pagavam tributos alem de terem suas terras muitas vezes expropriadas.

Civilização Asteca: era caracterizada pela unidade provincial, pelas relações tributarias que constituíam o poder cãs comunidades aldeãs que era obrigada a pagar os tributos, esse pagamento era feito não pelo individuo e sim pela comunidade, nem todo tributo era pago em dinheiro, ele poderia ser pago em mercadorias, isso foi bastante evidente pelos camponeses macehulli que pagavam os tributos no México através de produtos como: abacate, chilli e peles, alguns trabalhadores pagavam esses tributos com trabalhos mesmo através da construção de estradas, palácios, na agricultura, etc.
Mezoamerica: a América andina foi uma importante cultura anterior a civilização azteca, resultando disso as “altas civilizações”. A região da Mezoamerica situava-se nos Andes e era equivalente as altas culturas, de certa maneira era uma forma de preconceito esse tipo de mentalidade, por que as demais civilizações passariam por inferiores. Quando se estuda um povo, deve-se evitar as comparações, devendo estudar cada cultura separadamente uma da outra.

A Mezoamerica é uma das primeiras geografias e um dos primeiros fatos a relatar a sua cultura, nesse ínterim somente os Incas poderiam ter as orelhas compridas, isso era sinal de superioridade quando elas alcançavam os ombros; nesse período ocorreria o desenvolvimento da agricultura, passando a representar o sedentarismo e forneceriam assim técnicas e técnicos agrícolas além de ferramentas para se trabalhar a terra. 

Toda essa tecnologia baseava-se no desenvolvimento fornecido apelo Estado, o “poder da função” era dado pela necessidade de aumentar a área cultivada e assim aumentar a produção agrícola; fizeram então aquedutos, e todo esse aparato necessitava de engenheiros, matemáticos, geógrafos, além do desenvolvimento de outras ciências, existia agora uma obstinação social. Com o progresso o poder foi legalizado e legitimizado, formando assim o Estado no seu estagio inicial.

Dom: era uma dádiva
Contra dom: era a contra dádiva propriamente dita.

Teopochticalli
Com o poder legitimizado, o regente possuiria o dom sobre a vida e os camponeses teriam que dar a contra divindade em forma de pagamento ao Estado, pois o soberano alem de representar o Estado, ele era a representação do deus deles. A riqueza não estava separada do Estado, o individuo por sua vez só possuía a terra em que trabalhava, por isso, ele estava ligado ao Estado de todas as maneiras. A relação do poder estava ligado a simbologia e a religião havia a educação que era ministrada pelos Teopochticalli para que eles crescessem sabendo de suas atribuições. 

Calmecace

O Calmecace era uma espécie de ministério de ensino superior nos nobres, onde eles aprenderiam ser sacerdotes ou assumiriam cargos burocráticos.


 AZTECAS  AZTLAN (sul dos EUA) → a situação agora era tributaria → migraram para o sul do México. 



Tríplice aliança: Excoco, Traclopam e Tenochtitlan venceram Azcapetizalco, todos faziam parte da Confederação. Embora houvesse uma união, as civilizações eram independentes, não havendo ainda o poder centralizado, eles estavam caminhando para isso quando os espanhóis chegaram e assim não puderam dar mais continuidade a união de poder. O império azteca nunca chegou a acontecer de fato, por causa desses eventos modernos dos espanhóis. 

calmecas
O Modo de Produção se dava através dos pagamentos de tributos através do aumento mão de obra: calmecas – eram os nobres e os pochtiecas – eram os comerciantes, que começaram seus negócios através de longas distancias e por causa disso se tornaram poliglotas e espiões, sempre objetivando a terra, onde seus filhos poderiam ficar com elas se fizessem jus ao titulo de produtores, com isso poderiam dominar novas áreas.

Tlacopan
Convencer o povo era uma das maneiras de tentar conquistá-los pacificamente, então mandavam uma comitiva em Tlacopan que era uma unidade mais fraca, para convencer o povo das vantagens que eles teriam se se associassem a confederação azteca, eles continuariam ser submissos aos aztecas, mas teriam somente os impostos para recolher, caso o povo não aceitasse, eles deixariam armas e dariam uma nova chance.

Formariam assim uma segunda comitiva que sairia de Texcoco e fariam as mesmas propostas de recolhimento de tributos com direito a vida como levavam antes, só que desta vez seriam submetidos ao Calpixe que era uma espécie de cobrador de impostos só que desta vez não era mais um cobrador local e sim um tesoureiro direto do império azteca, a autonomia, o culto, o teculli seriam mantidos, mas esse povo agora era submetido a humilhação de se submeter a tributação calpixe, caso também não aceitassem, seria deixado mais armas para poder mostrar o seu poderio bélico e o tempo de retorno diminuiria ainda mais.

Na terceira comitiva, os cobradores eram mais diretos ainda do poder tanto que eles viriam desta vez de Tenochitlan, e assim declarariam guerra se a proposta fosse novamente recusada, a população seria escravizada quando não morta, essa localidade perderia as terras que seriam distribuídas para as elites e ou os soldados que se sobressairiam na guerra. A Revolução Agrícola desses povos mezoamericanos era feita encima de uma cultura mais elaborada: eles tinham o domínio do plantio principalmente de: abobora, pimenta, feijão e milho, este era o mais representativo e importante da dieta básica das classes populares.

Chocolate (choco latle) é oriundo dos aztecas. Entre os maias, eram questionados assuntos como a origem do homem, e todo o tipo de questionamento pode gerar: o dilúvio também se fazia presente nessa cultura e falava da origem do homem – ele teria sido feito na primeira versão de lama, não teria dado certo, na segunda versão: barro, também não teria dado certo e na terceira versão: milho, essa versão teria dado certo tamanha o respeito que tinham por esse alimento.

Proto: é algo que esta em caminhando para algo, mas que não esta efetivado.
Olmecas: nessa civilização, havia a ramificação de sua cultura: La venta era considerada a 
Veneza mexicana e urbanização, por exemplo, a escrita era o resultado da Revolução agrícola, o excedente estabelecia uma relação de tributação, onde a sociedade precisava criar uma forma de contabilizar esse progresso econômico. 

O historiador só afirmara se houver evidencias do fato, por isso que ele dara a idéia de algo, mas não poderá afirmar, pois não estava no momento do acontecimento, assim ele daria a ideia de parecer e não de indicar, ele não afirmaria, mas poderia chegar a uma conclusão. A religião não estava desassociada a sociedade como as festas religiosas.

A praça era a expressão de religiosidade, era feita por espaços de pedras resultantes de erupções vulcânicas onde poderiam dar formas as pedras da maneira que quisessem como no caso das espadas, a lança era moldada em forma de ponta e o cabo era de madeira. 

A maioria da população estava ligada a agricultura, mas havia também outras categorias de trabalho como os ourives e tecelões. Na medida que a sociedade se formava em direção ao Estado, essas sociedades formavam também as forças armadas. O comércio era feito in natura e a longa distancia, no culto aos deuses formavam-se os sacerdotes especializados em fazer os cultos e rituais. As guerras eram entendidas como cósmicas, e não entre eles, mas para os deuses.

antropozoomorfica
homem animal forma

A civilização Tolteca
A civilização Tolteca era à base da cultura para as futuras civilizações, a roda não era utilizada pelo fato de não haverem animais de grande porte, a metalurgia era simples, além de ser um povo autóctone, tudo era oriundo dos Andes.







Civilização Mexica
A migração azteca e a população se reportavam a uma nova realidade: mexica → México, agora o índio reverenciaria o diferente, o europeu. Sua historia começa a ser contada, onde a cidade seria fundada simbolicamente no lugar em que uma águia estivesse comendo uma serpente, ocorreria assim a fundação de Tenochtitlan as vésperas da conquista espanhola, o México passaria a ser uma confederação de Estados. 


A Espanha dividiria a América em vice-reinados: Vice reinado do Peru, Vice reinado de Nova Granada e Vice reinado do Prata.
Criolo na América portuguesa: era o filho de africana nascido no Brasil
Criolo na América espanhola: era o filho de um espanhol nascido na America espanhola.

A centralização do poder se dava de cima para baixo, e a America espanhola no período pós independência, fragmentaria todos os vice reinos de Espanha. Os aztecas na região do México, falavam a língua nahuatle, Azcapotzalco era o tributo as outras cidades, as resistências que ocorriam era na sua maioria individuais. Os incas constituíam o império antes da chegada dos espanhóis.

Força de Produção: era a força de trabalho mais a mão de obra juntas. Com as guerras de conquistas, novas terras foram incorporadas através da relação tributaria, os camponeses continuavam livres, mas eram obrigados a pagar tributos.

Carta Mítica: era o que regulamentava a vida, os sacerdotes, a sociedade, eram essas cartas que legitimavam a relação de poder, como uma espécie de estatuto ligado ao direito positivo que eram formas de controlar a sociedade. Isso ocorria conforme o mito e para os aztecas isso era inquestionável, não era uma carta direta.




Quetzacotle
Os mexicas eram um povo altamente militar, eles chegariam às regiões e dominavam tudo, como aconteceu com o povo tolteca, “Quetzacotle” não teria morrido na guerra e sim migrado para o leste. Havia a crença de que a cada 52 anos haveria uma circularidade mística em que Quetzacotle voltaria ao poder, fato que coincidiu com a chegada dos espanhóis que foram tido então como deuses e nada fizeram para se proteger. 

Os aztecas começaram a ficar inóspitos aos espanhóis a partir do momento em que tiveram que pagar impostos a eles; uma personagem histórica importante para esses povos foi Malina (Maliche), era uma índia que odiava os aztecas, sendo ela uma das responsáveis por delatar tudo o que sabia dos aztecas para os espanhóis, com isso ocorriam tensões e guerras entre os índios, os europeus obtiveram as vitorias por que se uniram aos índios inimigos dos aztecas graças a traição de Malina que pertencia ao povo malixe, por isso dizia-se que quando alguém traia outra pessoa esse cidadão fazia o “malixismo”, o traidor.

Callpuletc
A imagem simbólica era construída e elaborada pelo simbolismo de condição do dominado, não podendo usar assim o tempo todo a força. Com o chefe supremo, a tributação era feita pelas sociedades e não pelos indivíduos, a cobrança era geralmente feita pelos espólios da guerra no caso de guerra, o callpuletc estava a frente do calpulli.

Mayeque eram os servos que perderiam a herança étnica e passariam a ter uma relação interpessoal de nobreza, as terras dos calpulli agora seriam tributadas.
Maceoautin era o camponês.





Tenochitlan
O deus Itzilacloque foi utilizado quando os aztecas chegaram à região do México e fundariam a cidade de Tenochitlan, essa composição era feita de nobres e essa condição social mudaria sendo justificada pela carta mítica. De dominados eles passaram a ser dominadores no México, eram uma sociedade voltada para a terra e por isso demandavam de uma mão de obra especializada tal como pedreiros, marceneiros, oleiros, artesãos, tecelãos. Na sociedade havia uma categoria especifica para fazer o comercio a distancia: os pochtecas, na medida em que os outros pesquisadores estudavam a sociedade azteca, perceberam que havia uma relação de poder com o pagamento tributário.

Segundo o marxismo algumas sociedades usavam o modo de produção tributaria acentuando as contribuições para a hierarquização e a exploração na forma de tributos. A base econômica dessas sociedades eram as aldeias, pois eles não possuíam o poder da terra e sim a posse da terra, o poder pertencia unicamente exclusivamente ao Estado. Classes sociais são típico de uma sociedade capitalista. O excedente era apropriado pelo modo de produção capitalista, por exemplo, a guerra de conquistas, as desigualdades e as posse de terras começava a expansão territorial a partir das guerras de conquistas através das pessoas agora pagando impostos.

No capitalismo surgiria a sociedade de classe, Na Idade Media surgiria a sociedade estamental: o que definia o lugar social das pessoas era o nascimento e elas com isso nunca ascenderiam socialmente. O individuo que se sobressairia da guerra, poderia ser agraciado com o que era posse dos vencidos, estimulando inclusive o instinto bélico. A religião era um elemento fundamental e construtivo para toda a sociedade como ogum, xangô, Iansã na America portuguesa.

Pipitilzin
A cultura Olmeca era o berço das demais civilizações, como se fosse uma cultura matriz, era mais elaborada, a civilização Tolteca teve então um regente reformador Pipitilzin que viria a ser o Quetzacoatle; os Xichimecas era considerados um povo bárbaro, as Aztecas chegariam e dominariam os Toltecas, conforme a tradição esse deus não teria morrido e havia ido para o leste, a expedição de Cortez coincidiria com essa chegada e seria confundida com o deus Quetzacoatle.

Peninsula de yucatan.
A fundação de Tenochitlan e a queda dos Aztecas fez com que a população migrasse para o que hoje é a Península de Yucatán onde estavam os maias e eles passariam a ser dominados. A religião era definida com o antrozoomorfismo, onde os deuses possuíam formas de homem misturados com animais, e animais com animais, além de serem politeístas, isso seria explorado e conseqüentemente passariam a ser escravizados.

Pochtecas
Os Toltecas eram especializados na arte do artesanato e os tributos não eram pagos em espécie, mas sim em gêneros de produtos manufaturados. Os Pochtecas se constituiriam então como uma confraria e por causa desse comércio eles teriam vantagens em relação aos outros povos por que falariam vários idiomas que não o seu e por causa disso se tornariam poliglotas e espiões do Estado.

Força produtiva e´ a força de trabalho mais os meios do trabalho, o capital seria tudo o que era usado para dar lucro. Quando a força de produção para de avançar, as elites reproduzem a economia a partir da expansão militar e essas conquistas trariam mais pessoas para pagarem mais impostos. O processo de dominação de classes não era exclusivo dos europeus, os Aztecas gostavam que as pessoas os temessem e por causa disso eles dominariam através do medo como forma de intimidação através da imagem desse poder que eles possuíam.

Quando eles chegaram à região onde hoje é o México, eles se deparariam com uma cultura letrada e para combatê-los, eles apagariam todo o tipo de memória deles, queimando seus livros e todo tipo de registro antigo e reproduziriam o seu modo de viver e sua cultura, havia em todos os segmentos da sociedade azteca a negação do outro pela auteridade, com isso eles desapareceriam com todo tipo de memória que não a sua de tempos interiores a esse povo e escreveriam agora a sua história na região do México. Eles negariam o outro de qualquer tipo de direito ao conhecimento através da censura negando toda a liberdade de expressão.

A religião era utilizada como uma forma do processo de coesão, ela e a política sempre andaram lado a lado, dividindo com o chefe supremo o poder, essa associação ditaria as normas das políticas sociais e religiosas. O equivoco de Morgan foi o de pensar que todos os povos eram parecidos em tudo por causa de sua pesquisa com os índios iroquês, ele por essa experiência em campo pensava que todos apresentavam semelhanças parecidas ou iguais, ignorando que haveria outros povos mais desenvolvidos e etnias mais avançadas.

Tlatoani
Um dos critérios usados para eleger o individuo a ser um tlatoani era ele ser eleito por um colegiado onde alguns nobres se reuniriam para ver qual candidato era o mais qualificado para esse cargo, ele teria que ser o mais corajoso, não bastava ele ser filho de um tlatoani, ele tinha que ser superior a todos em tudo. Quando fosse finalmente escolhido, ele seria o futuro representante dessa nação. O Cihuacoatl era o mais próximo do Tlatoani, havia no processo da evolução religiosa e cultural desses dois povos quase que uma fusão das formas de pensar, eliminando o processo de seleção.

Roger Barta
Tributo e posse da terra na Sociedade Azteca – Roger Barta. O autor critica as idéias de Engels, Morgan e Baudellert sobre as idéias que eles tinham a respeito de que todas as sociedades das Américas eram primitivas e homogêneas, Engels dizia que essas sociedades eram ahistóricas, Morgen dizia que essas sociedades eram parecidas por causa de seus estudos com os índios iroquees americanos onde ele considerava essas sociedades serem simples e não apresentavam um grau de hierarquização, eram com uma organização social aparentemente sem avanços técnicos e sociais, ele considerava isso por elas não atingirem o estágio de civitas como os gregos, onde o poder político era definido. 

Modo de produção asiático
Essas idéias foram sendo desconstruídas pelos estudiosos materialistas com a estrutura de que o presente nestas sociedades eram constituídos pelo modo de produção tributário. Marx defendia o modo de produção asiático nas Américas e o modo de produção tributário na Ásia e na África em Mali.
Modo de produção asiático: ocorria nas sociedades estatais.
Modo de produção tributário: ocorria nas sociedades (comunidades ou aldeias) onde a população eram exploradas.

As sociedades azteca, inca e maia sempre utilizaram o modo de produção tributário. As grandes contradições do modo de produção era o Estado versus as Comunidades aldeãs onde o Estado se apropriava de seus excedentes. Este modo de produção se caracterizava pelo desequilíbrio entre a força de trabalho, os fatores de produção e os meios de trabalho. Nas localidades onde não havia o avanço de meios técnicos, explorava-se a energia humana, nas sociedades azteca e incas o que aumentaria eram as guerras de conquistas para angariar mais pessoas para pagarem impostos. 

O que antes eram aldeias espaçosas, agora eram grupos centralizados pela mão de ferro militar e caso isso não acontecesse, o Estado assumiria cada vez mais essa função centralizadora. Isoladamente os meios técnicos eram rudimentares, mas com o Estado intercedendo, essa realidade mudaria e esses meios seriam aprimorados e conseqüentemente o detentor do poder no caso o Estado ficaria com a produção excedente onde enriqueceria as elites, havia também uma super exploração do trabalho humano, as civilizações hidráulicas construiriam diques, canais sempre com a intervenção do Estado que por sua vez fazia o que quisesse. 

Código Mendonza
As fontes de informação eram muitas, de maneira geral existem bibliotecas só para esses estudos, as fontes escritas eram todas de origem européia, onde descreviam essas sociedades como ágrafas, sendo que os aztecas possuíam registros com assuntos como os registros do Estado, sobre assunto religioso, etc. os Códices (Mendonza) eram fundamentados em recuperar o passado azteca, onde seriam trabalhadas as relações de tributação. A preocupação do autor se baseava nas relações sociais (tributação). Os pagantes de tributos eram os aztecas, pois a forma de pagar impostos não era homogênea.

As fontes tributarias - Qual segmento da sociedade pagava impostos?

 



Macehualtin: era o camponês.
 
Calpulli: era a vila de aldeões, ele pagava tributos ao Estado, mas era livre, essa dependência pessoal como se fosse uma relação do servo na Idade Média feudal.




Pipiltin: era a nobreza, a elite, sua função era recolher impostos, construir estradas, eram burocratas.
Meyeques: eram os trabalhadores que atuavam em terras que não as suas e sim na dos outros. A diferença deles para os macehualtin era de que eles haviam perdido a herança étnica, ou seja, eles perderiam a herança dos calpulli.

 

Tlatoani: era o deus supremo, na língua nahuatle significa homem verdadeiro, representava o Estado.

      

Calpulli

      

Calpulec era o chefe da comunidade, representava a população das aldeias que pagavam tributos diretos para o Tlatoani.







 
Montezuma
Montezuma estava no poder quando chegaram os espanhóis, o poderio azteca, porém estava em pleno avanço.

Alguns produtos eram pagos em espécie, por exemplo, o milho, feijão, cacau (seria igual a moeda= chocolate), pão de milho, sal, pimenta, abacate. Os produtos não eram só em espécies, variavam em produtos manufaturados como a resma de papel maguey (espécie de planta), vasilha de cerâmica, copo de cerâmica, banco de pedra e madeira, vasilha para guardar cachaça, cestos, sinos e machados de cobre. Cada sociedade elaborava suas riquezas, sendo que a primordial era a terra, essa riqueza nesse caso era considerada imóvel e posteriormente os metais preciosos.



Alteptl era o equivalente ao calpulli, só que eram mais urbanos, embora a situação tributaria fosse a mesma.




Todas as terminações em Tlali significam terra.
Todas as teminações em Tlotli significam flor ou nomes femininos.



Tlatocatlalli: eram as terras publicas.






Teopantlalli: era a terra destinada a construção de tempos religiosos.





Milchimalli: eram as terras destinadas aos gastos de guerra.










Embora a propriedade fosse coletiva (posse da terra) no sentido de posse usufrutuaria, todo o aparato era estatal. O Uey tlatoani era a representação e encarnação do Estado. Os aztecas eram letrados, mas isso não era um privilegio pra toda a população, era somente para as elites.

INCAS
No clima das regiões andinas as famílias trabalhavam de acordo com a fauna e a flora, assim se aprendia muito a respeito dessa região, com os mapas pluviométricos o povo se baseava para aprender a sobreviver, pois a região era inóspita, por isso da importância dos alimentos nessas altitudes eram fatores determinantes para viver ou morrer, bem como a importância da água e das terras por serem raras, por isso ocorria muitos conflitos étnicos pela disputa dessa região.

Kypus
Os incas faziam suas plantações em declive, pois o terreno apresentava erosão, e isso dificultaria para o plantio dos alimentos, por isso dele ser plantado em escalonamento; as terras disponíveis eram poucas, por isso havia o aumento da demografia e a demanda de outras regiões para sobreviver, embora eles não perdessem o vinculo com sua etnia, esse tipo de informação se encontrava nos Kypus: era um instrumento de cordas onde um funcionário, o kypumaioc que era um especialista na feitura e leitura dos kypus e através desses nós era definida as regiões, as famílias, quais eram os serviços prestados, e para a distinção dessa corda era utilizado nós de varias corres. 

O povo inca era uma sociedade ágrafa, mas seu aparato governamental era bastante desenvolvido em relação ao poder de expropriação do excedente, e para isso ocorrer necessitavam de registros. Os solteiros não pagavam tributos e sim os casados e esses tributos eram pagos em forma de serviços como abrir estradas, fazer construções, etc. as fontes de informações sobre a região andina eram majoritariamente orais, sendo registrados por soldados espanhóis, funcionários da coroa, como todo relato feito por estrangeiros, deve-se ter o cuidado de estudar esses registros, pois eles apresentam a realidade de quem os escreveu sob seu ponto de visto e não necessariamente da realidade vigente.

Cuzco
O europeu nesse sentido fazia um filtro cultural sobre o que estava escrevendo. As fontes eram também baseadas na arqueologia, a região andina apresentava poucos trabalhos, principalmente em Cuzco, esse tipo de dificuldade foi repassado como o tempo até os dias atuais onde os descendentes desses povos e mesmo as autoridades pouca importância dão ao passado. Os estados atuais não dão a devida importância que mereceria esse assunto e não investem o suficiente para aprender com esse passado. A natureza, as riquezas e o Estado compunham uma organização política recente, quando Pizzaro chegou nessa região, não havia ainda a representação da organização do Estado incaico, por isso não puderam fazer nada em relação à dominação espanhola.

Puna
Puna – é a natureza própria do local, era o equivalente as estepes, a savana africana, era parecida, mas não iguais; o processo de sedentarização proporcionou domesticação de animais e o cultivo de plantas como os tubérculos, batatas, onde eram estocados e através dos recursos de chuiu onde desidratavam a batata, além da manufatura do charque produzido especialmente pela lhama e pela alpaca e de cereais. O império inca nomeava a representação de chefias a essas regiões conquistadas, há relatos de resistências que se iniciaram com a chegada dos espanhóis que para destruí-los se aliavam a grupos rivais do inca. 

A representatividade inca era deveras complexa, pois eles apresentavam um sistema social parecido com o dos aztecas em relação à administração social, eles não destituíam o chefe da região agora dominada, desde que ele respeitasse os representantes incas. Os deslocamentos populacionais originavam novas colônias, sendo sempre a principal característica dessas etnias não perder os vínculos com o passado nas novas regiões a ser dominadas e por isso essas relações eram reproduzidas nesses locais; pelo fato do Estado inca ser militarista e pluriétnico, eles elaboravam varias técnicas de dominação com relações de poder local.

Mitmac: era o deslocamento de uma região para a outra, isso representava uma estratégia para o deslocamento de pessoas que simpatizam e se identificavam com os incas.
Mitmaes: a região que apresentasse resistência, a população era substituída pelos mitmacs e a população revoltosa seria redirecionada para outro lugar, pois assim perderiam seu referencial de identificação étnica e seriam mais facilmente dominados, pois tudo estava ligado a terra.






Acllas
Os tributos eram pagos em artefatos, artesanatos e objetos feitos da madeira; o Estado inca era centralizado, homogêneo, a língua, porém passaria a ser o espanhol, em outras regiões mais distantes a população de certa maneira ainda continuava falar sua língua original. O sujeito histórico era significativo para a reprodução dessas sociedades. As Acllas eram escolhidas para serem as esposas dos soldados e as que não se casassem viveriam reclusas o resto de suas vidas em lugares parecidos tipicamente como mosteiros parecido com as ordens religiosas para mulheres.

Cauansuyo
A água era um material raro e disputado, quando os incas centralizaram a região ocorreu uma relativa “paz”, pois agora tudo passava pela mão desse estado centralizador e rigoroso que punia devidamente que não obedecesse a essa nova ordem. Formaram-se os suyos que por sua vez formariam o cauansuyo e cada suyo formaria um governo denominado capae. A rede de estradas era grande por causa da extensão territorial, na America latina ocorria o processo de expropriação de terras, de índios que eram expulsos de suas posses e que agora faziam parte de um processo de prolietarizaçao do trabalho a partir da base agrária exportadora.


A Confederação Cuzquiana foi dividida em duas partes:
1ª . Haman: era a parte superior e o centro administrativo industrial da região.
2ª. Tluriu: era a parte inferior responsável por cobrar os impostos da região.

Os chefes militares incaicos eram os siuchis; o uaqcha era uma espécie de órfão; a construção do passado não era simbólica ou por hereditariedade e sim por conquistas, pois quando o chefe morria, instalava-se um estado de anarquia, sendo necessário que o mais forte provasse o seu valor e que poderia liderar o substituto a altura, esse vencedor se destacaria palas alianças que faria com os outros.







Cocar maskapachc
Quando os incas entravam em guerra, usavam uma espécie de cocar: a maskapachc; pelo fato de serem grandiosamente militares, o Estado criaria os chasquis, eram como ser fossem o correio, ao longo da estrada se montavam algo parecido com torres ou postos de observação, um soldado correria até o posto e passaria a mensagem, o soldado que recebesse a mensagem iniciava agora uma corrida até o outro posto mais adiante, assim eles não se cansariam o suficiente para entregara noticia correndo o risco de não recebê-la, e a noticia por sua vez chegaria ao destino que deveria.

A estrutura sócio economia era composta da seguinte maneira:
1 ayllu: era o equivalente a uma vila
1 conjunto de ayllu era o equivalente a um Kuraka            



1conjunto de Kuraka era o equivalente a um Tukarikuk.
O Suyo: era o governador, possuía capacidade acima de todos, ficando apenas atrás do filho do sol, o imperador Inca. 

As elites se distinguiam por serem de relações de parentesco, conhecidas como Pachacas – linhagens. Outra forma de denotar os cargos na sociedade inca eram as roupas, os tecidos usados revelavam o grau de poder que ocorria no cotidiano, afinal eles eram povos agrafos e tinham que se distinguir de alguma forma. O milho era raro, por isso era utilizado como uma espécie de produto mítico, dele se fazia a cerveja para depois em cerimônias ser distribuído para a população, sendo ela indispensável para os rituais sagrados. 

Nesse ínterim começava-se a diferenciação das cidades, elas começariam a ser administradas pelo governo e se legitimariam a partir desse processo, logo o Estado para eles seria visto como uma dádiva desde que fizessem tudo o que ele determinasse por isso o Estado era considerado em momentos de crise um poder necessário no combate à fome, crises, guerras, distribuição de alimentos e principalmente a cerveja.

Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de procura Google. Não se sinta ofendido se por ventura uma imagem postada  por você foi utilizada, a intenção do blog é ilustrar didaticamente e não plagiar. Obrigado pela compreensão.



Nenhum comentário:

Postar um comentário