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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Conquistadores do mundo

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“A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material. O maior prazer está na contemplação.” Leonardo da Vinci

Conquistadores do mundo: romanos, budistas, judeus e cristãos dos séculos I a IV d. C.

Pompéia deu um bom exemplo de como a arte helênica foi importante para o embelezamento da cidade, e continuou assim por muito tempo mesmo depois das conquistas romanas; grande parte da mão de obra era grega e os principais patrocinadores e colecionadores tinham seus próprios artesãos vindos de lá; a arte seguia seu curso natural enquanto Roma expandia seu poderio.

A engenharia civil foi a que mais despertou no mundo romano com estradas, aquedutos e espaços públicos, as ruínas eram algo impressionantes para a época, justamente para mostrar ao mundo o tamanho de seu poderio.

O Coliseu é sem sombra de dúvidas o seu maior legado, por conter várias representações de culturas diferentes no sentido de estilo, pois utilizava colunas dóricas, jônicas e coríntia, além de arcos sobre postos formando uma espécie de cortina, conservando suas peças retangulares e suas colunas com todos os trabalhos ornamentais; os arcos triunfais também merecem um destaque especial, pois eles eram os representantes de Roma pelo mundo afora, a arquitetura grega de destacava pela sua simetria com seus arcos magníficos que enfeitavam os ambientes mais famosos.

De maneira a combinar harmonicamente com qualquer ambiente; o arco pouco ou nada importava para os gregos, mas para os romanos ele tinha uma relevância muito grande e os romanos dominavam essa arte construindo obras até então impensáveis, como pode ser visto nos aquedutos e suas cúpulas colossais.

O romano especializou-se em obras além do seu tempo, onde a principal obra destacada era o Panteão legítimo legado para os verdadeiros deuses, a ponto de continuar sendo uma representatividade religiosa mesmo depois da era dos deuses, é uma obra “faraônica” com a beleza dos gregos, por ser perfeito em sua engenharia interior e exterior, as arquiteturas usadas no teto e sua estrutura perduraram ao longo dos tempos, sobrevivendo as intempéries da natureza, dos ditadores e de tudo que pudesse lhe destruir.

O bom gosto dos gregos na arte romana se fazia presente em tudo, passando a incorporar a vida diária do país. Roma floresce ainda mais e começa a era dos imperadores e junto deles a imagem eternizada através do busto, símbolo máximo do poderio romano, tanto quanto a perseguição a quem fosse contra suas leis, incluindo o contexto religioso contra os cristãos; a mascara mortuária aparece nas cerimônias fúnebres com características naturais da cabeça humana.

O romano não se apossou só da cultura grega, mas dos outros povos também, os orientais tiveram suas colunas copiadas com seus adornos contando as histórias das batalhas com seus estilos diferentes ilustrando as guerras e conquistas; a arte bélica aparece muito nas representações romanas. Era um povo corriqueiro e pouco religioso a divindades imaginárias, porém a maneira como ilustravam suas histórias era de uma bravura impressionante, acirrando ainda mais o “namoro” com a religião.

A bela arte romana atingiu as fronteiras além de seus reinos orientais, a mascara egípcia fora acrescentada ao rosto de seus mortos, em Roma a face do ente partido era desenhada pelos artistas gregos representando todo seu realismo; essa arte mortuária transpassaria as fronteiras da Muralha de Adriano, remontando a distante Índia com a árdua tarefa de trabalhar a história de um dos maiores pacificadores: Buda.

A arte hindu a é antecessora aos gregos e se fez presente na região próxima de Gandhara onde o líder espiritual foi retratado pelos artistas; sua história é parecida com a de muitos mártires que abandonaram tudo para se dedicar a espiritualidade, influenciando assim os povos subseqüentes simpatizantes de seus ensinamentos. A forma e a perfeição como Buda foi retratado revela já naquela época um domínio perfeito na escultura, retratando perfeitamente as expressões faciais.

A espiritualidade hindu era tão expressiva que outro povo aproveitou sua matriz para edificar uma nova religião: o judaísmo nascera dessa filosofia, porém sem a adoração de imagens, lembrando que suas colônias já haviam iniciado a arte de decorar as paredes das sinagogas com imagens bíblicas, como a figura de Moisés recendo o menorah e distribuindo a água sagrada em riachos, mesmo sendo obras singelas, elas já apresentavam seus teores religiosos, porém a perfeição significava pecado, então eram retratadas da maneira mais simples possível, motivo para que fosse proibidas suas representações.

A intenção não era mostrar um Deus opulento e sim simples. A arte cristã por sua vez se utilizava dessas imagens para chamar os fiéis analfabetos para contar a saga espiritual de Jesus com todo o luxo possível, ao contrario dos judeus, quanto mais ostentosa melhor. As representações de Jesus eram completamente diferentes daquelas pintadas pelos artistas renascentistas, com traços de um homem jovem entre seus apóstolos e o estilo das pinturas eram realistas pré-católicos, pois Cristo aparece descalço com os pés sobre a cabeça de um antigo deus.

Era uma arte muito antiga e se deu primeiramente em lugares considerado sagrado pelos seus seguidores, nas catacumbas; sua arte de pinturas se fazia presente em vários lugares, até mesmo em Pompéia, apesar de não ser ainda uma arte rebuscada, mais uma vez influenciados pela religião relembrando o singelismo de Deus; histórias como a dos funcionários de Nabucodinossor que se recusaram a adorar sua imagem e por isso foram castigados já revelam um monoteísmo velado.

As pinturas catacumbricas tinham que mostrar a representação da salvação pelo santo salvador, implicitando o divino, fora desse contesto era considerado exagero. É óbvio que todo artista quer impressionar o público com o teor de sua beleza e começavam fazer isso sem deixar de serem terrenos, afinal a obra não representaria somente a religião, mas um modo de vida. Mesmo com a queda do império romano, as artes religiosas seguiram seu rumo, seja por interesses, seja por fé mesmo.

A arte helênica já não era a maioral nas representações das catacumbas, agora eram feitas não mais para o belo, mas para o prático, dispensando as técnicas gregas e criando outras menos delicadas e mais toscas, com esses métodos grande parte da beleza foi perdida. Felizmente nem toda história foi assim e mesmo com guerras, lutas e invasões os artistas trabalhavam para melhorar seus projetos e tanto um arte fina quanto uma simples apresentavam suas complexidades, fosse o busto de Vespaziano, fosse uma simples cabeça poderia despertar admiração ou desprezo, para os ocidentais isso representavam um outro mundo de beleza e vida, com expressões muito além do nosso tempo.



Referência.

GOMBRICH, E. H. A História da Arte; Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 1999 Rio de Janeiro. 14ª edição. PP: 116 - 131

2 comentários:

  1. citação ótima e curta...

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    1. Obrigado pelo comentário caro leitor, espero que continues a apreciar o blog. Forte abc

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