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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Gênero e educação


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"A mais tola das mulheres pode governar um homem inteligente"   Rudyard Kipling

Gênero e educação trabalha o material ou estudo pesquisado, pensando na teoria em torno da edição e crê no projeto ao ser apresentado, informando a metodologia sobre os trabalhos que são desenvolvidos, por exemplo, a escola da escravidão projetou a Bahia. Valoriza o magistério e a pesquisa, estudando e somando conhecimentos para os trabalhos temáticos; na sua teoria discute-se o gênero e a prática de textos (históricas) abordados. Educação não é objeto e nem temática, ela faz parte do social, da História, são sistemas ligados pela experiência humana e social.

Os judeus foram os primeiros povos a reconhecer e começar a se preocupar com temáticas femininas quando nos referimos ao gênero e educação; as mulheres passaram a ser o sujeito interno da episteme como forma de produzir novos movimentos, as relações dos homens e mulheres são resultados de programas as estruturas maiores em qualquer aspecto em igual, por exemplo, a mulher na Bahia. Recorte: é uma parte do material a ser estudado, é uma questão específica de um todo sobre um estudo, uma pequena realidade que se tornará tema de objeto por que fala de gênero, classe social e etnia: a criminalidade tem cor? Rastros e indícios que o passado pode ter recuperado tal qual como aconteceu, porém o passado não se busca, se estuda sobre esse movimento, a verdade é trazida à tona sob uma perspectiva; são valores elementares da cultura que mudam de um dia para o outro, trabalhando elementos da cultura, simbolismo e valores (eles mudam lentamente).


Existe uma tradição cultural de descriminalização da mulher e isso são formas de conflitos; o homem é forte por que tem poder, esse é um conceito totalmente machista e esse tipo de mentalidade deve mudar, até a bíblia foi produzida para inferiorizar a mulher, sendo necessário críticas sobre a discussão religiosa, se a igreja não é a favor do aborto e do preservativo, por que não faz campanhas contra a discriminalização e contra a AIDS? Isto se deve por ser um pensamento conservador e reacionário, pois esta caminhando por um caminho diferente da evolução para as soluções práticas e de liberdade; são questões de sexualidade e com isso se tiram os direitos, afrontando a realidade, pois em qualquer grupo tem que se ter o direito de se fazer o que quiser e com quem quiser não cabendo a igreja o papel de moralista e se achar no poder de interferir.


MILITANCIA FEMINISTA


Começou no séc. XVIII e na constituição a mulher tem possui algum tipo de papel político, denunciando casos de inferioridade, pois ela era uma mera expectadora, porém se fazia presente o tempo todo, destacou-se pela luta do direito ao voto, a luta contra a descriminalização, pelo sufrágio e pela abolição da escravatura. Nísia Floresta foi uma mulher intelectualizada, era bem quista e traduziu o livro: Reinvidicação dos Direitos da Mulher, pois as mulheres não tinham direito a nada. Em 1879 foi à data em que as mulheres adquiriram o direito de freqüentar o curso superior, mas elas foram o tempo todo prejudicadas pela seleção natural e seus interesses foram colocados em jogo; tinham uma visão ampla da humanidade, eram abolicionistas políticas, muitas famílias foram beneficiadas com isso, através desses movimentos, pois não discriminavam só brancas nem mestiças, elas lutavam pelo sujeito e não pelo gênero, lutavam por etnia, respeito e valores humanos.


A ligação de a mulher ser tão ligada por questões culturais se dá pelas marcas de pobreza, pela sexualidade, pela miséria que são subjetivadas por um simbolismo; a característica feminina não é para ser usada como um trunfo para tirar vantagens, pois cada mulher apresenta-se de forma diferente. Virgínia Woolf foi uma inglesa no início do séc. XX e falava que o gênero é uma divisão na perspectiva lógica e não natural. O conceito de Gênero é abrangente e a história esta associada ao feminismo, denunciando crimes sobre as mulheres, existem ainda algumas feministas radicais que não aceitam de forma alguma dialogar ou manter contato com os homens, pois por terem chegado a esse ponto, é necessário que se entenda o pensamento que as mulheres desenvolveram durante todos esses anos de perseguição e preconceitos.

Objetivo da emergência da categoria do gênero

A participação do movimento não foi geral, pois a mulher sempre foi vitimizada, afinal algumas mulheres do séc. XIX se encontravam em desarranjo com o movimento.
Maio de 68 foi um processo de socialização.




Jules Michelet falava das mulheres considerarem que havia uma tradição entre os séculos, pois o mundo das mulheres era a natureza e o mundo dos homens era a cultura, a luta dos sexos sempre foi lembrada como uma luta na história, ligada à teologia; os estudos ocorreram esse erro de ligar à mulher a natureza. A grande desconstrução da mulher foi quando ela disse que ninguém nasce mulher, e sim a mulher se torna mulher. Aos valores e papéis foram atribuídos mais por fatores biológicos, pois a mulher será sempre mulher e negando isso, negará a sua reimposição de sexualidade, nascer homem é uma marca nata e o que definem o homem e mulher ser o que são depende só do indivíduo.

O que torna o homem HOMEM e a mulher MULHER?

Essa diferença ocorre no campo dos valores, o homem deve ser e fazer, atribuir-se á ele cargos, papéis, são as instituições socializando as pessoas, os valores e funções são atribuídos a cada sexo e o importante será como o caráter será definido. A educação é uma sensibilidade dentro de nossas vidas diárias; as crianças revelam o que elas gostariam de ser quando crescerem depende do que elas fazem quando pequenas, na infância a criança negocia o que quer ser quando crescer e ainda nesse período começa se formar o sentido de ética sexual; a mulher ainda hoje é contida por causa de sua sexualidade, ela ainda em partes não se aceitou, ainda tem problemas graves com a questão da sexualidade, pois é uma cultura que estereotipa uma série de valores e a mulher foi moldada em cima disso, pela submissão, a subjetividade pode ajudar ou atrapalhar na formação.

A informação hoje é um trunfo que as mulheres têm para ajudar a se protegerem e na prática isso acontece quando se protegem de homens ignorantes que tem medo delas e para se imporem, usam da violência para mostrar poder.


Identidade, história e Representação.


Trabalha a prática educativa com o GENERO E EDUCAÇÃO, toda prática relacionada a educação tem que ser pensada em questão de gênero, é uma prática dividida pela sociologia, pois não existe educação com viés sexualmente imposto; a escola é a importância da educação e aprendizagem, mas é também um lugar de divisão da sociedade com seus preconceitos, pois espelha uma tradição e contradição do gênero. Todas as sociedades a partir de suas colonizações privilegiaram as escolas, embora houvesse setores que se mobilizavam para a educação, no séc. XIX o escravo não poderia fazer isso, pois agora eram livres e o serviço que antes era feito por eles, agora não deveriam ser, então surgiram os aprendizes responsáveis por trabalhar os ofícios antes feitos pelos negros e agora pelos brancos, passou a ser uma disciplina do sujeito.



O Liceu incorporou as artes e os ofícios, pois havia uma necessidade de doutrinar os ex-escravos, afinal na virada do século ele era livre; as mulheres pobres tiveram uma ingressão na escola antes que os homens por que eles tinham obrigações para com as famílias e elas sustentariam uma escola anexa instruindo meninas para ensinar as mulheres, além de sustentar aquelas que não pagavam os estudos, eram estudantes marginalizadas pela sociedade, por exemplo, prostitutas, pobres, divorciadas), por isso elas tinham mais perspectivas que os homens, além das escolas serem todas públicas. A grande preocupação era anexar a educação como prática social , se retirassem a educação como prática social, a sociedade perderia todas as instituições, a educação estava entranhada nas estruturas do poder e a uma realidade política.

Existia em trazer a escola para uma análise social, era uma questão de metodologia; A escola normal foi a grande porta de entrada para as mulheres e mesmo assim não eram todas que poderiam participar.

Escola Normal: século XIX: magistério.
Escola Nova: século XIX.
Escola Mista: século XIX.


A postura da professora deveria ser dura e austera, porém maleável no primário, pois lidava com a estrutura de formação do aluno infantil. O contraditório era que as mulheres não se socializavam numa sociedade positivista, onde se falava que seu espaço era uma continuidade de sua casa.Existiam crianças que eram educadas pelas “preceptoras ou casa de mestres” na casa do aluno a professora ensinava com aulas particulares, e isso acabaria contribuindo para i capitalismo.


O caráter sacerdotal do magistério cria um modelo rígido, em determinadas regiões as mulheres tinham que ter autorização dos maridos para estudar ou lecionar e mesmo quando entrassem nas escolas eram “podadas” de certas coisas como fumar em suas próprias casas; a relação professor-aluno era uma reprodução do cotidiano, a separação era feita pela experiência de vida; tudo parecia ser complicado e emblemático, a figura da professora era vista com esse estereótipo em todos os lugares da sociedade, as pessoas não sabiam separar o sujeito do profissional, se apegando a vinculação afetiva, esse tipo de pensamento conduz ao preconceito, a preocupação pois é uma questão de educação. A relação dos professores com as alunas é menor do que as professoras com alunos.


A partir do novo século o magistério se profissionaliza, por causa de sua austeridade, tudo era controlado por um universo de caráter profissional, sisudo e existiam mulheres que gostavam de ter esse comportamento, para manter uma postura rígida perante a sociedade, dava até certo glamour agir assim, eram subjetividades sexuais complicadas a ponto da idéia de namorar ser complicado, pois isso seria uma estratégia matrimonial, um triunfo por ser a pauta das camadas médias e superiores sociais; a discussão terminaria com uma proposta normalista onde a identidade social seria a profissionalizante da educação, dos direitos e deveres dos trabalhadores.


OBJETIVOS DE PROCESSOS


Falta de processo na educação no Brasil, dos indígenas, colonos; o grande problema em relação à educação no Brasil é que ela não era formal, isso se explica pelo fato do homem colonizador no século XV não se interessar pelo país. O Estado não tinha interesse pela cultura da colônia.
Petição: a educação não tinha muita ênfase e a catequese era voltada para a fé educativa. Os sujeitos mais passíveis eram os indígenas e os agricultores, o Brasil saia do processo de atraso e chega aos grandes centros urbanos com uma preocupação do aumento das massas populares, as instituições do novo mundo vão aumentando e surgem o problema com a educação; a mulher não tinha espaço, só às famílias mais abastadas tinham acesso a ela.


A caridade e a assistência são assumidas por ordens religiosas junto com as irmandades, havia um limite de apoio em relação às mulheres que não conseguiam ingressar na escola, pois elas eram pobres e era uma dificuldade mudar essa educação publica a casa não era o lugar ideal para se ensinar esse tipo de ensino, mas para as negras pobres e mulheres da vida eram a melhor opção, ela não podiam abandonar seus filhos, pois a questão social era também uma questão moral por que elas além de tudo eram mães solteiras. Nesse contexto surgiam então as casa de transgressão domesticas de que as mulheres atuavam de forma mais ativas, elas passaram a assumir maior controle de certas posições no lugar dos maridos, elas não eram mais o mito de passividade e não passavam mais aquela imagem de eternas donzelas, donas de seus coronéis.



A experiência coma s mulheres forras: O mito da mulher ausente, as mulheres brancas estavam apenas reproduzindo o status nas colônias, assumindo novos papéis dominadores, as mulheres pobres e negras não eram aceitas ainda no contexto, isso era uma questão inter-racial, ela estava muito mais suscetível à violência urbana e a ataques, mas não era tanto uma questão de gênero, mas de violência e a probabilidade era maior para elas.


 A mulher dessa época era parada, ociosa, diferente da escrava que tinha que fazer tudo e ainda dava conta do marido e filhos, ela eram esbeltas enquanto suas donas eram gordinhas, motivo esse que os homens brancos procuravam as mulheres negras por que elas eram mais bonitas e esbeltas, mesmo comendo pior que suas damas. Na prática o relacionamento do patrão com a escrava nadas tinha a ver com dinheiro e sim com prazer da parte dele. As cidades açucareiras em SP e S.Vicente eram voltadas para o patriarcal do homem com poder, isso era algo para se pensar como o homem do patricialismo, como objetivo de violência sexual com duas mulheres, a mulher casada traída e a negra abusada, eram comum isso acontecer assim com os homens velhos se casarem com moças mais jovens.

A autora mostrava as mulheres que tinham a dificuldade de amar, quando eram procuradas somente para copular, mas elas tinham sentimentos; as mulheres iriam buscar sua produção de vida nas escrituras, tudo o que fosse registro de que elas estiveram se empenhando para mostrar que estavam aptas para as mudanças da sociedade, através da herança escrita. O corpo físico demarcado da mulher utiliza e faz usos das características femininas e utiliza como processo de comportamento a praxe, a mulher é feita naturalmente por alguns elementos quando se trabalha a natureza e a cultura, traz valores usuais de como se vestir, se comportar, e essa subjetividade é ruim para ela, quando outro comportamento nas relações se tornaria transgressor nas suas relações.

O lesbianismo/homossexualismo enquanto praticas não cabem dentro de uma sociedade normativa, as pessoas se produzem no embate cultural por causa das marcas fisiológicas. O que torna o homem não são valores, ou os papéis que ele assina enquanto homem, mas todo o conjunto de instituições que dizem como se portar, colocando os valores e atitudes cheios de emblemas e sigmas. A criança não tem uma marca de identidade psíquica formada, a fase adulta é uma faze de complementação, quando as pessoas se descartam, fazem da estrutura humana.

O acumulo de aprendizagem fez com que a pessoa crescesse e aprendesse com os fatos e tudo o que foi aprendido fora do contexto provavelmente causará problemas; existe uma abertura feminina, mas ela é paradoxal e tradicional, a pedagogia produz uma socialização, mas para a mulher essa vanguarda só aconteceu no século XX. A escola, o Estado, a igreja são instituições produtoras do saber ideológico e com formações diferentes para cada cidadão.

O movimento da mulher se une no início século com suas lutas pela inserção na sociedade pelo novo currículo, onde era necessário falar as três línguas da época, pois a educação era uma educação ornamental, tinham que saber também costurar, bordar e se portar com distinção; as mulheres foram precursoras no processo feminista nas causas sociais, porém a pobreza ainda era a pior causa social, ela era igual entre as outras, mas no gênero isso não acontecia. A vulnerabilidade sempre esteve presente em todos os campos para a mulher.

O exercício do magistério colocou a mulher numa posição ”melhor” da qual ela se encontrava, com isso houve a possibilidade de renda, assim ela passou a gozar de certo privilégio; na Velha República existem casos de reclamação de aumento por salários, batendo de frente com os machistas, por que para fundar uma escola para meninas e exigirem novos salários, ia de encontro aos ideais masculinos da época, e com isso elas usavam o apostolado, escrevendo em jornais; alguns valores eram repetidos e reproduzidos numa série de elementos de nosso cotidiano.

As escolas profissionais eram predominantemente masculinas e a mulher professora teria que manter uma postura perante o alunado sobre suas atividades na qual estava exercendo; a solteira e a viúva eram bem vindas, pois eram figuras típicas emblemáticas por não possuírem família e as que saiam “fora da linha” eram criticadas. A viúva-alegre era uma concepção negativa, era como se ela saísse de seu estado de viuvez. O mais importante era como se comportavam em sua cidadania, pois era um processo de construção para suas vidas, a profissão desvincularia a mulher de várias áreas, se assumindo como trabalhadora em classe, gênero e identidade, pois são sempre negociáveis e o sujeito pode ter uma múltipla escolha.

Toda identidade é uma construção.

A importância do Gênero na educação:

Existe pouco compartilhamento político, o gênero desconstrói os esquemas da natureza, seu conceito é emergente, porém não são binários, é uma construção virtual ligado a valores, que não são só sexo, mas liberdades. Não há relação sobre o que se é e o que se pensa, o corpo aparentemente é neutro e sua simetria é utilizada na linguagem do gênero; o conceito é um produto estereotipado construído e desconstruido do conhecimento, pois a assimilação estética em um senso comum é a marca do corpo. O binômio de homem e mulher é atribuído à produção do conhecimento essencialmente masculino, por um determinismo biológico do séc. XIX; a perspectiva do homem antecede a história do gênero, pois:

1ª momento: denuncia a perseguição

2ª momento: nos anos 80 o gênero se torna uma categoria analítica para explicar o gênero homem e mulher.


Marc Bloch ajudam a mulher nos seus estudos, Perrot auto identifica o sujeito no campo dos estudos da mulher, fato que já acontece na academia; nos anos 60 e 70 as universidades eram obrigadas a admitir à presença feminina em seu campus, no Brasil a luta se fazia ainda nos campos do ceticismo, contra os militares e o machismo; a mulher não pode ser colocada nem utilizada como rebelde individualista, pois elas sofriam pela perseguição histórica de dominação.

Michellet diz que a história da mulher não é uma história de gueto, pois o feminismo era uma luta de classe para se buscar uma identidade e até metade do séc. XX não se falava da mulher, mas das mulheres, a feminismo que se apresenta depois já apresentava um outro contesto e não buscava mais uma identidade.

O feminismo elimina as diferenças étnicas junto com a demanda da época, sempre considerando sua historicidade; o feminismo dos anos 80 é chamado de feminismo da diferença e ele era anterior ao sujeito rejeitado, era o trabalho do gênero transformador pelos historiadores, paralelo ao abuso da sociedade em relação à mulher. A história é uma luta de classes, não se pode falar de um simbolismo separado.

A história dos Annales já fazia esse tipo de observação onde buscavam dar um sentido ao sujeito feminino junto com os problemas que apareceriam; por haver uma grande imposição masculina, muitas mulheres se travestiam de homens para poder participar do cotidiano, e do espaço público, a historia sempre procurou fazer denuncias nas discussões de gênero para dar uma idéia das relações e o mecanismo da opressão e como ele se fazia presente, embora fosse uma discussão que revelava submissão. Gênero não é moda, não é estudo e não este ligado a nada.

Todas as modalidades sexuais têm o Gênero como opção de identidade; o magistério e a literatura foram profissões que facilitaram a entrada das mulheres no mundo masculino e nas atividades comerciais e industriais, seriam os discursos mais lidos, comprovando sua autenticidade e empirismo e qualificação antecipando um conhecimento sobre o real, pois o poder de transgressão da palavra escrita torna a idéia de que a política só se expressa através da violência, sendo esse um dos maiores vieses do preconceito.

Machado de Assis participou das transformações dos séculos XIX para o XX, respectivamente com a Semana da Arte Moderna e a Nova República, ele tinha um conceito irônico das coisas, pois era uma época das mazelas do racismo e as amarguras de viver numa época pós escravista, ele manteve uma literatura e antecipou a literatura onde usamos até hoje no contexto contemporâneo pelo tipo de análise fazendo quase que um trabalho de historiador; alguns de seus postulados estão em nossa literatura diária, como as cartas, romances e crônicas.

Nísia Floresta foi também jornalista, literária e trabalhou no magistério.

ESCRITA DO EU

É uma escrita produzida pelo recôncavo do subjetivismo feminino, é uma literatura fechada onde há uma denuncia através da escrita. A pena foi à arma mais poderosa que as mulheres tinham para lutar e era mais poderosa do que qualquer arma de fogo. A história nasceu da Antropologia e tinha como objetivo a cultura do séc. XIX, ela nasceu e continuou com vários de políticas, pois a mulher foi como um apêndice para a antropologia, ela não era usada só no contexto doméstico, privado e familiar, agora ela era vista pela instituição como um dos núcleos da sociedade, algumas mulheres se desagregaram desse núcleo e mesmo assim elas continuaram ganhando autonomia e status passando assim a ser objetos de estudo, sua produção se dava no ramo histórico.

A autora se interessou pelo gênero quando fazia estudos da escravidão em MG, o encontro dela com o gênero foi “acidental”; uma característica dela era incorporar o gênero do universo masculino e feminino sem afirmar o masculino por conta da luta das mulheres nos anos 60. A história das mulheres continua abordando o gênero; no movimento feminista o homem ficou fora desta discussão, não se permitindo discutir a sua questão. Os autores que falavam do feminismo o fizeram a partir de uma nova idéia, um novo conceito com seus significados, tendo a mulher no centro das conversas. O voto é uma demanda e uma bandeira quando o objetivo é angariarem mais direitos e começar a viver num mundo de conquistas; essa luta criou a profissão do magistério e se tornou uma realidade, pois é uma percepção do papel da mulher como mãe e ao mesmo tempo não deixando de ser mulher. O magistério ou escrita são atividades que colocaram a mulher entre outros espaços, dando assistencialismo e fundamentando a profissão para a escolarização.

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