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quarta-feira, 17 de maio de 2023

Formação da cultura brasileira

 

O branco, o índio e o negro são produtos de uma construção cultural e social.







Cultura: são sentidos e significados e pelo fato dela ser dinâmica, os comportamentos sociais mudam com o tempo. São os antropólogos que primeiro falam em cultura, é ela que formula o conceito de cultura, os historiadores fazem isso muito tempo depois, é um fenômeno que se refere a um corpo social, não existe cultura individualmente, mas em um grupo social. A cultura tem mais de um significado: uns pensam como cultivo, outros como acumulo de conhecimento; todos os sujeitos tem cultura, por que a cultura são os sentidos e significados que todos nós damos aos nossos comportamentos sociais.

Sendo assim a cultura esta em todo lugar, em casas, casamentos, fenômenos religiosos, no que comemos nos papeis de gênero, esta no conhecimento de espaço. A cultura também nos da identidade, nos pertencemos a um grupo, no caso, no meu; o fenômeno cultural me aproxima do sujeito do meu grupo e nos afasta do sujeito do outro grupo.

Etnocentrismo: ao olhar a cultura do outro, a nossa cultura será sempre o parâmetro do outro: preconceito racial, genocídio, etnocidio, é olhar com desprezo. Aculturação não se usa mais, pois isso é negação, há sim uma ressignificação, no sentido religioso, não é o sincretismo. Usa-se mais a palavra “dupla pertença”.

 

 

 

 



A cultura é social e dinâmica , por exemplo, a certidão de batismo até a república era o documento oficial, através desse documento é que ele tiraria os outros documentos. Com a república, surgiram novas oportunidades para emitir novos documentos, mas eram extremamente caros. Muitas crianças não tinham sobrenome, o registro civil era registrado com o prenome somente, nem nome nem sobrenome. As repartições públicas exibem símbolos cristãos, mas como Estado laico não deveriam proceder dessa maneira. A igreja hoje ainda está atrelada ao Estado brasileiro.

História da cultura de Peter Bourke: a academia francesa é antropofágica, ela trabalha somente os autores locais, diferente dos brasileiros, temos os clássicos, por exemplo: “eu lhe cito porque tu me citas”.

 

 

 


Construir casa não é cultural, a maneira como se constrói é que é cultural cultura é um fenômeno que só pode ser entendido socialmente, toda cultura se modifica, o processo histórico é que o modifica, são os processos que fazem essas mudanças, por exemplo, os conflitos sociais. A cultura também é modificada, não é pelo contato que a cultura se dinamiza, o que faz a mudança não é o contato, mas sim a mudança interna do grupo.

O processo histórico independe do processo histórico de cada grupo, são aspectos forjados, construídos dentro da ciência antropológica, para discutir isso, o primeiro passo deve ser multidisciplinar, é preciso ter a visão da trabalhar a categoria cultura, essa atividade é multidisciplinar, porém é preciso pensar na historia como idéia de cultura.

A memória só pode ser pensada a partir da idéia de cultura, pois memória é construída dentro dos sentidos e significados, por exemplo, se for trabalhar a greve dos professores, deve-se trabalhar a greve dos professores, por que é memória, é a construção de como se vê a greve e esse acontecimento. A definição de cultura quem forjou foi à antropologia, as outras áreas da ciências foram entendendo e se apropriando desse conceito como se fosse pequenas gavetas:



 

 


Para a historia trabalhar com a categoria cultura, ela teve que se modificar, teve trabalhar com novos sujeitos, novas temáticas (não as tradicionais do materialismo). Independente de algumas características históricas pode-se trabalhar a cultura, a partir de determinadas características teóricas, como existem algumas características que me impedem de trabalhá-las, pois ela não está em tudo.

O que é verdade? Não existem duas verdades de duas realidades, não se trabalha a verdade e sim o que é verdade, pois na história fez-se erros e acertos; a história da cultura não trabalha com fatos. A história não faz toda a mudança e sim os sujeitos, é possível fazer a crítica sobre a ideologia do trabalho do historiador; o historiador pode trabalhar com qualquer corrente histórica, a ciência esta baseada no pensamento positivista.

Os historiadores se baseiam em duas questões para construir seu objeto de estudo, o recorte espacial e temporal, deve-se ter o cuidado quando se faz alguma crítica, muitas vezes por puro preconceito.

O que é cultura e qual o lugar da história da cultura? Quando se estuda a história da cultura não se estuda e sim a história do sujeito, a revolução não está na ciência histórica e sim em quem faz a revolução histórica; a historia trabalha com o tempo passado, a antropologia trabalha o tempo presente.

Qual o olhar a se aplicar ao objeto de pesquisa? Não existem temas e sim o olhar sobre o tema, para construir o objeto de pesquisa é preciso saber qual o campo cientifico para trabalhar o recorte; a teoria não explica a realidade, ela aponta métodos e técnicas. Estuda-se a teoria para buscar caminhos. Entende-se métodos como um caminho para trilhar, pensar teórica e tecnicamente um conjunto de dados.

 A escolha: o autor fala de um sujeito que faz determinadas escolhas acadêmicas, ele fala dele mesmo, falando que vem da área da geografia, mas tratava de relações espaço tempo. Em geografia não havia muitos autores discutindo isso, em historia isso era diferente, pois a maioria dos estudos eram voltados para a economia, comércio, relações econômicas e sociais, voltado para aquilo que conhecemos como infra estrutura, por isso faz leituras e estuda sistematicamente outro grupo de estudiosos voltados para a vida cotidiana, fora das relações econômicas.

A escolha na verdade são escolhas na área acadêmica com determinada visão teórica, por determinada temática, por atores, trabalhando as escolhas, todos esses trabalhos são assim; por que se chegou a esse tema? Onde está e onde quer chegar?

A história cultural para Duby faz-se sobre diversas escolhas, principalmente quando há a relação orientador-orientando, o orientando trabalhará a sua idéia, o orientador por ter mais experiência, terá uma idéia diferente do orientando, nesse ínterim é necessário ter um respeito mútuo para o orientador resgatar o sujeito para o caminho acadêmico, nem sempre será o caminho certo, por isso a relação será complicada, por isso a sensibilidade. A escolha do orientador tem que ter a proximidade com o tema, muitas vezes as escolhas são feitas por simpatia, quase nunca dá certo, o tema sim tem que ser próximo ao orientador bem como a escolha teórica; existem dois parâmetros, o tema e a teoria, o caminho dará o caminho teórico metodológico.

 A história continua. Duby no meio acadêmico destaca-se por ser um dos principais medievalistas da era contemporânea. Ele aponta para algumas questões como:

1º O que ele define como material? Provavelmente seriam os dados da pesquisa empírica e formal, na direção mais exata, na busca intensa de arquivos, atentando-se para as novas possibilidades de fontes; é o historiador da cultura trabalhando as fontes do período medieval, as fontes eclesiásticas ao passo que trabalha as fontes tradicionais com novas fontes e sujeitos.

Tem-se que olhar diferente sobre as ações, cabendo ao historiador da cultura buscando novas definições sociais; trabalhar arquivos que fazem parte das agruras do contexto, isso faz parte do oficio do historiador. Faz–se várias manobras para tentar descobrir informações sobre o período temporal da pesquisa, a escolha de estudar a história da cultura tem essas problemáticas no que refere a documentação.

Não se usa mais dados de fontes primarias (mais importantes) e secundarias (fontes menos importantes), todas as fontes tem o mesmo grau de importância, todas elas são importantes sobre todos os tipos de parâmetros. Quando se trabalha um tema, se possível, deve-se ir ao lugar da pesquisa para estudá-la, isso se chama marco de referência, trabalhando, por exemplo, uma rua de 100 anos atrás.

Ao ler um documento da vida cotidiana do mosteiro, nem tudo nos parece verdadeiro, real, afinal isto faz parte da vida interna de um sujeito, que para nós nos parece distante, todo registro é ideológico, o registro é a memória do sujeito, guardamos somente o que nos é interessante, senão é descartado. O historiador não precisa estar treinado para fazer a crítica, para o historiador a busca de dados é imprescindível através do documento, as evidencias vem das leituras teóricas, tudo está baseado de algo que a fonte, o dado e a pesquisa proporcionam.

O tratamento do material é a análise do documento, havia a preocupação da veracidade do documento, se ele era verdadeiro ou falso, com isso criticava-se a fonte, fazendo a biografia da fonte, quem produziu? Qual era sua finalidade? Por que e para que o documento foi produzido? Em um jornal, por exemplo, busca-se o editorial, quem assina esse jornal? O que o documento do jornal queria dizer? Quais as disputas de poder que estão por trás disso? É preciso criticar a fonte para fazer um bom trabalho, por isso é necessário conhecer o documento; a objetividade esta no pesquisador e no pesquisado.

Para que período, qual a nomenclatura, se chamou escravo, por exemplo, no Brasil? Africanos são escravos nascidos na África, negros são escravos nascidos no Brasil, negro da terra era como se chamavam os índios. Não basta ter o documento, é preciso entender o documento, tem-se que entender o documento através da caligrafia, deve-se identificar o sentido da frase através das palavras, para entender o sentido do documento. Não basta transcrever o documento, deve-se fazer a leitura analítica do documento para a compreensão da sociedade, entende-la no documento.

Sevicias: em processo família, processo crime, alguém é acusado de mau trato, são condenadas a pratica do vício. Estar a própria sorte é ser levado ao vício.

Comparação (esta em desuso) ou associação (possível)?

 

 

 



“O senhor tem cultura, mas é muito democrático”. Ter cultura não significa ter conhecimento formal para nos ocidentais, ter cultura neste caso é acumular conhecimento formal, isso significa sinônimo de democracia. Ser democrático é se colocar na mesma situação do sujeito.

Tradição: é um costume que dura no tempo e passado de alguém para alguém, é um aspecto de uma cultura dentro de um determinado grupo que se mantém com o tempo, é um aspecto de identidade de um dado conjunto social, que se identifica com esse aspecto e mantém por um longo tempo, não necessariamente intacto, ele está o tempo todo se modificando. O sentido com o tempo vai mudando, mesmo tendo a essência duradoura no início de seu sentido.

A história da África pode ser contada a partir dos mitos do candomblé, a partir da historia africana, essa história reflete a história de um determinado lugar, é a história do lugar, o que muda é o sujeito, podendo ser Deus ou semí Deus, a diferença se dará não a partir da crença, mas da maneira que o sujeito pensará. No judaísmo não há santos, mas heróis são personagens diferentes com sentidos parecidos, o Buda, por exemplo, esta encarnado em vários lugares, mas cada lugar conta a sua história de reencarnação de sua história. Não se fala das qualidades dele, mas em contra posição dele em relação aos outros.

A tradição pode ser objetiva ou subjetiva, onde o sujeito fala de si na sociedade, a pessoa se identifica a partir de um objeto, essa tradição pode ser identificada a partir do seu patrimônio ou do patrimônio; o caboclo, por exemplo, é uma figura misteriosa. A identidade da tradição fica em um grupo e posteriormente ela é dada a outro grupo com sentido totalmente diferente, esse é um padrão, mas com sentido diferente.

Não é pelo fato de que a tradição muda que a cultura também muda, busca-se uma memória que não é nossa, mas não se pode dizer que isso não faz parte dessa sociedade; a tradição sofre mudança, mas sem as pessoas perderem a identidade em relação à cultura, por exemplo, vatapá: três tipos de feijão-branco, preto, fradinho.

Quando não se entende a cultura, ocorre uma visão cristalizada, as tradições das cidades também acompanham essas mudanças, o sujeito muda a realidade da cidade de acordo com os movimentos naturais; o comércio tende a se adaptar a realidade vigente. A tradição esta na cultura, é uma forma de identificar o aspecto da realidade, é o que dá aspecto a vida da gente de maneira cultural.

Toda relação social estão relacionadas com a cultura: nascer, estudar, construir a visão de mundo, adotar uma perspectiva religiosa, são ações pensadas, são escolhas do sujeito, pois a cultura não nos dá uma possibilidade de viver e sim multiplicidades; o indivíduo tem múltiplas disciplinaridades, ela não é o único fator de dizer o sujeito como ele deverá ser ele faz escolhas multiculturais dentro do corpo social, ele por sua vez é sempre disputa social de poder.

A alteridade é o oposto ao etnocentrismo, a sociedade se olha sempre “olhando” o bem e o mal, a realidade não é tão dicotômica assim, se nos identificamos com nossa cultura, a outra será ruim, todas as outras formas de viver não prestam. Em alguns momentos o etnocentrismo se exacerba, nesse momento ele vira preconceito, ocorre então o problema de rejeição da cultura dos outros culminando em crimes, genocídios, etnocidio, etc.

Alteridade é um exercício, precisamos olhar para os outros e reconhecer as diferenças, ninguém é mais ou menos ignorantes do que os outros é preciso se colocar no lugar do outro para perceber essa diferença. Discurso da negação é quase como uma afirmação, é fazer uma afirmação de um estado social diferente do seu.

Cultura como ruptura – José Américo Peçanha. Para o autor existe dois momentos: antes e depois com sentidos produzidos pela produção humana a partir da Grécia antiga baseada na filosofia centrada no ser dotado de razão.

Doxo: esta relativo a idéia de Deus.

Episteme: é a idéia de ciências, por exemplo, Descartes.

Hoje se pensa a partir do pluralismo, não se olha a cultura como unificada: não existe uma cultura baiana, uma cultura do ocidente e sim os vários aspectos que forma a cultura, pois ela é mutável por conta dos processos históricos que uma sociedade vive. É a cultura que nos dá a diferença de outras sociedades e sujeitos, não sendo melhores, e sim diferentes, nem melhores do que nossa cultura, assim fazemos um exercício constante de alteridade, vivem de forma diferente, mas não melhor nem pior do que a nossa.

Essa visão não significa um olhar atemporal ou intemporal, são diferentes, pois passam por processos históricos sociais diferentes, pois a relação de poder da sociedade são diferentes, podendo ou não coincidindo os olhares sobre o mesmo objeto: os conceitos de família, sociedade, religião são diferentes.

É preciso entender a sociedade em todas as suas bases estruturais, é preciso se colocar no lugar do trabalho de quem faz esse trabalho; isso é enquadrado em teoria, metodologia e técnica. É necessário ainda os parâmetros de cientificidade para a história? O que torna a historia um senso comum? No recorte, por exemplo, trabalha-se o espaço temporal, geográfico e o sujeito, baseado nisso, o que me torna um historiador? O que torna a história uma ciência?

1º É preciso criar um objeto cientifico, por exemplo, trabalhar o samba de roda, o que o historiador quer saber sobre o samba de roda?

2º Como se analisa esse objeto? Qual o meu recorte teórico de análise? Quais as categoria de análise da história social? Como fazer essa teoria com a fonte que se está usando?

A idéia hoje de cultura é de ruptura no sentido de dialética (materialismo histórico). 

A ciência não está para arrumar conhecimento, mas para desarrumá-la, para compreendê-la. A cultura se modifica tal qual todos os processos de mudança da sociedade o tempo todo, por exemplo, as diversas formas de resistências, são estratégias de poder na relação de poder.

Cria-se então estratégias de ruptura, isso também acontece em relações de gênero, houve a mudança pelas lutas e rupturas nas diversas sociedades, isso se construiu em diferentes sociedades. Os processos históricos empurram os marcos históricos, as ações sociais tem a manifestação dos sujeitos sociais, a composição imprime a sua marca.

Em sala de aula vê-se essas mudanças com componentes contemporâneos com mudanças que imprimem marcas em todo o lugar que a gente vá tudo é feito pela ação, ruptura provocada por todos nós. Na verdade a unidade ocorre na ruptura, há a confusão, o conflito que as temáticas aparecem, a cultura nos dá um rol de possibilidades, por exemplo, as culturas alimentares, os aspectos que se vive dentro dessa sociedade.

São significados diferentes, são rebeldias possíveis com rupturas que nos fazem andar sempre pra frente, são as transformações, as evoluções do pensar cientifico: sujeitos primitivos e civilizados, nesse sentido é necessário evoluir no pensar cientifico. Não existem termos para dizer se a cultura é mais ou menos evoluída, que termos usa-se para fazer essas comparações? São culturas diferentes, nem melhores nem piores, diferentes com certeza.

Multiverso cultural: antropologia e materialismo histórico (marxismo) através das dialética.

Dialética: é um envolvimento dentro do corpo social (sociedade) que representa a contestação, os conflitos, as disputas, as relações nos vários aspectos nas relações sociais. O materialismo histórico fala das lutas de classe, a dialética não é um movimento uniforma, pelo contrário, é um movimento disforme, com significados, maneiras, comportamentos diferentes, não há um processo de dialética e sim os processos de dialética.

A dialética nunca será de uma espiral, mas um movimento que vai para todos os sentidos, sem revés, sem centro de gravidade, o processo dialético é justamente aquele que provoca as rupturas, por exemplo, é possível entender o processo de escravidão sobre a relação de cultura. É uma dialética que transforma a vida social. São disputas inerentes dos que vivem em sociedade.

Negros da terra: indígenas.

Negros: são os nasceram no Brasil ou na África.

Verdade: cada vez que se aproxima do sujeito humano, menos verdade o fato se torna, o que ocorre na verdade são verdades em construção.

Por que as religiões cristãs imputaram ao orixá a figura do diabo? Para os orixás africanos essa dicotomia não existe, um deus especificamente foi tomado como o representante do diabo, pois ele menos tem a idéia do bem ou do mal, na mitologia ele não se apresenta bem definido como Deus ou Diabo.

Na sociedade ocidental se baseou nas idéias judaico cristas essa idéia, foi uma dicotomização que não conseguimos resolver na sociedade ocidental, por exemplo, o branco e preto, o bom e o mal, o querido e o odiado. Por que o moderno não pode conviver como o antigo?

Teoria do evolucionismo cultural: a sociedade se constituiu a partir do pensamento ocidental, toda a América tem esse pensamento judaico cristão, hegemonicamente a América como um todo pensa assim, bem como na África e Ásia.



Tempo: é um marco cronológico, são marcos universalizadores, por exemplo, 4 de julho de 1776...

Temporalidade: são construções feitas dentro das relações culturais e sociais, por exemplo, houve várias lutas antes do dia 4 de julho, cada acontecimento marcou o seu tempo e as temporalidades e as relações de tempo dos sujeitos que viveram aqueles acontecimentos. A esses eventos é dado uma marca de tempo, a temporalidade é a luta, a logística, o desejo de vencer e lutar.

O tempo é uma dinâmica construída diferentemente, na sua construção social e cultura, por exemplo, os escravos enganavam os seus senhores com o tempo; a noção de tempo é uma construção cultural, por exemplo, qual o tempo de lazer, de trabalhar, de dormir? Quando se reconhece a temporalidade, por exemplo, no meu tempo ... Qual a idéia de tempo? Ela ocorre através da ruptura da temporalidade, trabalhando as múltiplas historias, divergindo o tempo todo resultado das diferenças dos sujeitos entre embates, valores, argumentos, ...

A história natural do trabalho deve ser pensado naturalmente com as bases materialistas, pois o historiador esta se especializando em objetos específicos, é preciso ampliar esse olhar, pois é preciso ampliar o olhar histórico, pois existem aspectos de subjetividades: experiência vivencia e cotidiano.

A história progressista não é a positivista, ela sai do materialismo histórico provocando outra idéia. A história social não abandona as características que dão face ao materialismo histórico para a história, baseada em algumas categorias do materialismo histórico, mas não se trata a história somente a existência do material, pois o materialista busca sua manutenção da infraestrutura: economia e manutenção social do sujeito.

A idéia da manutenção do sujeito trabalha-se a objetividade, esse sujeito diz que falta subjetividade; as condições materiais da subsistência movem a sociedade, nós adquirirmos necessidades matérias desde que nascemos impostas socialmente através do sistema social e econômico em que vivemos; o materialista histórico trabalha buscando essa materialidade.

Quais os significados dos trabalhos em conjunto?

Quais as relações interpessoais utilizadas para essa construção?

A história social da às condições sociais ao sujeito. História social não é a mesma coisa que história cultural, a história social traz para si a idéia de cultura.


A política das relações de poder e sua ideologia (toda e qualquer idéia coletiva que coage os sujeitos sociais), a ideologia é sempre uma disputa de poder: o Estado nos impõe vários discursos, idéias e nos coage, nos obriga a fazer. O próprio Estado se omite em muitas coisas que deveria fazer e não faz, a história social parte do princípio da dialética enquanto a história cultural parte da perspectiva do consenso.

Enquanto a questão no Oriente Médio se baseava no petróleo, na América Latina era baseada no mercado próximo; as disputas étnicas são culturais para que vire material, por isso a dominação de um grupo sobre o outro, há uma disputa cultural, étnica. Num regime comunista não existia a superestrutura cultural.

A representação é uma categoria dentro da história cultural, não se usa ela dentro da história social, não se deve confundir aspectos teóricos com aspectos sociológicos; as fontes e os problemas criados conduzem a um problema teórico. Quando trabalhamos materialismo histórico trabalha-se somente o objetivo traçado. Deve-se ter o cuidado de questionar corretamente as fontes, saber trabalhá-las não em hipóteses e sim em questionamentos; o documento da igreja contém o ideário da igreja somente. 

Dedico essa postagem a brilhante antropóloga e professora Neivalda Oliveira, ao qual eu muito aprendi sobre a construção e o papel do homem na sociedade enquanto indivíduo cultural.

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