A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos
(CEMDP) criada em 1995 tem como função primordial elucidar os casos de
desaparecidos e mortos pela autocracia do país durante o período de 1961 a
1988. A confecção para este documento sofreu todo tipo de dificuldade por
tratar de um assunto delicado, mas conseguiu atingir seu objetivo, concluindo o
exame da maioria dos casos apresentados, e, por conseguinte, assegurou as
devidas indenizações reparatórias as famílias das vitimas, resgatando um
período do Brasil fundamental a sua historia.
Em 2006 foi concluído as partes iniciais do trabalho citado
e depois de longa analise, as investigações apontaram mais de 300 casos de
mortos e desaparecidos e mais de 130 outros nomes reconhecidos para novas
investigações. A árdua tarefa iniciou-se em setembro de 2006 com a comparação
de amostra de DNA dos mortos e desaparecidos. Posteriormente sistematizou-se as informações de possíveis
locais onde eles teriam sido enterrados em covas clandestinas nas principais
capitais e áreas rurais do conhecimento dos militares. No ano de 1995 foi
institucionalizado que o Estado Brasileiro se responsabilizaria pelos
assassinatos dos opositores políticos da ditadura no período vigente a essas
atrocidades e torturas. Essas informações foram obtidas através de depoimentos e
relatos dos familiares, ex presos, agentes do Estado e pessoas envolvidas nesse
processo de repressão sob analise comparativa com as reportagens da imprensa na
época e os documentos encontrados e nos arquivos públicos abertos para consulta.
As investigações seguiam um rumo referente as prisões,
torturas e mortes onde o estado brasileiro assumiria sua responsabilidade
histórica e administrativa ao tratamento dado a essas vitimas, restando como
penalidade a indenização pecuniar como conseqüência natural ao tratamento dado
aos torturados. Através da redemocratização, o estado antes tirano agora tinha
como responsabilidade reparar esses atos agindo como juiz histórico para
resgatar a memoria desse período nefasto. Não tinha como existir duas versões sobre esse período, era inconcebível o estado apresentar
uma versão sendo que o povo inteiro vivia sob as fugas, atropelamentos e
suicídios a mando dos agentes nos sombrios órgãos de “segurança”, sendo que a
todo o momento havia denuncias de violação dos Direitos Humanos. Este dossiê relata o registro da memoria de nosso país,
reconhecendo os porões e as atrocidades cometidas nesses lugares, tudo
ocorrendo num período tido como republicano, mas que saberia construir muito
bem os aparatos de violação dos direitos de cada cidadão.
Contexto histórico.
A ditadura brasileira no período em que ocorreu na America
latina não foi um fato isolado, a maioria dos países estavam passando por
regimes semelhantes, nascidos da ordem constitucional de outros países do
subcontinente tendo as forças armadas como porta voz baseadas na Guerra Fria.
Nesse contexto bélico social – capitalista, o Brasil ficou
ao lado dos americanos como todos os países latinos; em 1959 Cuba se cansou das
políticas mandatórias americanas e a partir desse momento ficou do lado comunista
soviético, por causa desse episodio, os EUA, garantiriam aos governos que
ficassem de seu lado patrocínio aos golpes militares contra os comunistas.
Essa divisão ideológica atingiu os cinco continentes, na
América latina entre os anos de 1960 e 1970 o subcontinente fortaleceu-se
graças ao poder político e econômico oferecido pelos americanos na Argentina,
Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Guatemala tudo em nome da “segurança
nacional”.
A ditadura no sul do continente abrangeu países como o
Brasil em 1964, Argentina - 1966, Uruguai – 1973, Chile – 1973, Paraguai –
1954; a classe operaria e seus sindicatos foram os primeiros a sentirem a força
dos militares por intervenções diretas, prisões e assassinatos de lideres e
trabalhadores, os partidos políticos foram extintos e a maioria dos parlamentos
foram fechados.
A Argentina iniciou o seu golpe em 1966, mas foi três anos
depois que o país sentiu o poderio militar atuando violentamente contra sua
gente atingindo níveis de crueldade nunca visto antes na historia do país
“hermano”; a situação deu sinais de mudança a partir de 1983 quando o governo
militar por causa da Guerra das Malvinas aumentou os seqüestros, torturas e
assassinatos dos membros da maquina militar contra os cidadãos daquele país,
estimando em 30.000 os mortos durante o regime.
O Uruguai que apesar de se considerar democrático teve sua
historia assumida pelos militares no final dos anos 60, posteriormente elegeram
um presidente de fachada enquanto os militares ditavam as regras a partir de
1973, a democracia deu inícios de restabelecimento nos idos de 1985, no Brasil,
iniciava-se a eleição para ter novamente um presidente civil comandando o país.
Os hermanos uruguaios contabilizaram cerca de 400 mortos, sendo que muito deles
foram mortos no exílio na argentina.
A ditadura chilena autorizou a violência no estado por
Pinochet desde o inicio do golpe, começando com a execução do presidente
Salvador Allende em pleno palácio La Moneda em 1973; no período anterior ao
golpe chileno, o país havia fortalecido a esquerda se aproximando dos cubanos e
russos. Esse período de trevas militar durou até 1988 quando
iniciaram o processo de eleições presidenciais, a partir desse momento
iniciou-se uma complicada e delicada engenharia de transição política que
duraria muitos anos depois. Existem números desencontrados das vitimas desse
golpe, estima-se que foram mortos entre 3.000 e 10.000 chilenos.
O Paraguai com Strossner em 1954 iniciou seu regime
ditatorial prendendo, torturando e executando rotineiramente opositores em suas
prisões tendo como vitimas preferidas os
adversários políticos; esse inferno teria durado até 1984 e a realidade atual
paraguaia é de que até hoje o país se destoa dos países vizinhos por não
conseguir se recuperar daquele período. Nos anos de 1970 esses países articulariam uma operação
internacional baseada na repressão e tortura através de prisões chamada Operação
Condor; essa organização atuava explodindo, executando, seqüestrando até mesmo
militares que se opunham ao regime estabelecido. A operação chegaria ainda a
países como a Bolívia e Equador, o objetivo era assassinar os lideres políticos
desses países. Na atualidade os países antes algozes, agora lutam para
processar e responsabilizar os torturadores desse período, com exceção até
então do Brasil, que ainda não trilhou os procedimentos semelhantes de examinar
as atrocidades cometidas, mesmo sendo acusado de reconhecer a responsabilidade
das mortes ocorridas no período.
Em nosso país o pesadelo começou em 1964 e durou até 1985,
passando por três fases distintas uma das
outras, a primeira foi o golpe de 1964 que consolidou o novo regime, a
segunda ocorreu em 1968 com a instituição do AI 5 mais conhecido como anos de chumbo;
a terceira aconteceria em 1974 quando se tornou rotina o desaparecimento dos
opositores e iniciou-se a lenta abertura política que terminaria com o fim
desse período de execução.
Para operar essa logística era necessário que as Forças
Armadas comandassem esse aparato estatal, na Escola Superior de Guerra (ESG) se
criaria o projeto nacional para essa nova administração sob a tutela do
marechal Castello Branco. O primeiro AI (09/04/1964) foi caracterizado pela
cassação de mandatos, suspensão de direitos políticos, demissão de servidores públicos, expurgo de militares, intervenção
de sindicatos e prisão do povo brasileiro. Na ESG o que imperava era o sentimento anticomunista, que
para a Doutrina da Segurança Nacional, deveria controlar toda vida
política e formar agentes para que
ocupassem esses postos a favor do novo governo. A escola criou ainda o SNI
(Serviço Nacional de Informações) como fundamental para implantar a defesa do
governo em execução.
O SNI fundamentou a suspensão das garantias constitucionais
e a censura dos meios de comunicação, limitou a liberdade individual, e a
repressão a todos que se opusessem ao sistema sob formas de atividades
clandestinas. Para o SNI o novo inimigo da pátria não estava mais no
estrangeiro e sim dentro do país, “ele” poderia estar em qualquer lugar, e para
enfrentá-lo era necessário criar dispositivos para combatê-lo.
Foi criado um aparato de repressão eficiente pelos militares
baseados em conceitos de guerra psicológicos, adversos, contra os “subversivos”
tendo agora que responder aos julgamentos militares arbitrários. A partir de
1969 esse aparato foi “legalizado” pelo governo militar atuando agora como
poder paralelo, onde seus agentes poderiam utilizar todos os meios mais
sórdidos sob o respaldo do AI 5. Segundo o AI 5, suspenderam o habeas corpus, introduziram a
prisão perpetua e pena de morte aos opositores envolvidos em ações armadas
contra a instituição militar. Os empresários contribuiriam financeiramente para
patrocinar o governo militar e para a reestruturação do aparato repressivo de
forma clandestina.
As forças armadas adotariam o enfrentamento de
guerrilha guiada pelo SNI que se
utilizaria dos interrogatórios baseados na tortura, em investigações sigilosas,
escutas telefônicas e o que eles considerassem afronta contra o estado, seriam
enquadrados como subversivos. As prisões aconteciam desde o pedido de aumento salarial, as
pregações religiosas e até mesmo aos militares de oposição ao golpe; o SNI
demonstrou-se ineficaz as expectativas do governo e para melhorar a eficácia,
integrou as três forças armadas do país, interligando-as ainda a Policia
Federal e Estadual.
Em São Paulo no ano de 1969 criou-se a OBAN (Operação
Bandeirantes) como coordenadora dessa nova ordem, não era ligada ao exercito
mas devia obediência aos militares verde-oliva, era composta ainda pela
Aeronáutica, Policia Política Estadual, Departamento de Policia Federal, Civil,
Força Pública, Guarda Civil e de civis paramilitares. A OBAN centralizava suas ações em São Paulo que posteriormente o regime aprovou para
todo o país, criariam assim o
Destacamento de Operações de Informação / Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-CODI) onde formalizaria o exercito como o comando das três armas.
As repressões agora tinham nome: DOI – CODI, auxiliados pelo
DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), bem como a CISA (Centro de
Informações da Aeronáutica) e da CIMA (Centro de Informações da Marinha), onde
o principal objetivo era a tortura, repressão e extermínio de opositores. O
Brasil exportou esse aparato torturador para seus países latinos, sendo o
sucesso absoluto para os governos militares que adotassem essas práticas.
Nos 21 anos de ditadura no Brasil, a sociedade brasileira
não era unanime ao golpe e aos poucos começou a demonstrar sentimentos de
oposição, sendo que em 1965 os adversários do regime nas eleições venceram seus
opositores militares, por causa disso
foi institucionalizado o AI 2 que eliminaria os partido políticos partidários,
inserindo o bipartidarismo.
Entre 1966 a 1979 o Movimento Democrático Brasileiro (MDB)
atuava como frente de oposição, mas sua presença foi fraca por causa do
pragmatismo e conformismo em momentos de enfrentamento; sofreu cassações de
seus integrantes, além de intervenções do governo em minar sua área de atuação,
o partido governamentista era formado pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA)
que só aceitava os resultados das eleições se resultado fosse favorável a eles.
A UNE (União Nacional dos Estudantes) sofreu duros golpes
nesses anos de chumbo, tendo sua sede na praia do Flamengo no Rio de Janeiro
incendiada, por causa disso o movimento começou a atuar energicamente a partir
de 1965 em todo o país desafiando as autoridades abertamente as leis impostas
pelo ministro da educação da época. Os movimentos aumentavam até que em 1968 por causa de suas
repercussões o governo institui o AI 5, o movimento ficaria dois anos
enfraquecido mas retornaria em 1967. Em fevereiro de 1969 Costa e Silva criaria
um dispositivo especifico onde proibiria qualquer movimento ou critica em
universidades, afastando professores, alunos e funcionários considerados
subversivos.
A batalha contra os estudantes pioraria em 28 de março de
1968 quando os policiais disparariam contra uma passeata de estudantes matando
um deles, como forma de protesto 50.000 pessoas compareceram ao funeral, a
policia mais uma vez aturaria contra essa afronta prendendo centenas de jovens
estudantes, dias depois a cavalaria da policia invadiria a igreja da Candelária
onde se realizava a missa de sétimo dia com a presença de milhares de estudantes.
Em 21 de junho do mesmo ano, o campo de batalha atingiria
proporções maiores ainda quando as forças policiais reprimiriam estudantes em
uma passeata por reivindicação de mais verbas para o ensino, nesse dia,
mais quatro estudantes morreram; a opinião publica ficou contra a repressão, no
dia 26 artistas, intelectuais, estudantes, centenas de mães e a população
de modo geral realizaram a caminhada dos
100 mil, piorando ainda mais a relação de ódio do governo aos opositores do
regime. O país era tomado por passeatas de protestos contra os
militares, em São Paulo as universidades da USP e Mackenzie enfrentariam a
policia dentro de seus campus, dias depois o prédio da Mackenzie foi quase todo
destruído. Essa primeira fase se encerra com esse episódio. Por causa desses
eventos o governo processaria deputados que falavam das atrocidades e violência
do governo na tribuna da Câmara contra os estudantes, o parlamento não deu
ouvidos e por causa desse fato o AI 5
seria autorizado em 13 de dezembro do mesmo ano.
Essa diretriz AI 5 foi considerado o “golpe dentro do golpe”
pois ela autorizaria o fechamento do Congresso, cassaria mandatos, censuraria a
imprensa, suspenderia todos os direitos civis; o CNS (Conselho Nacional de
Segurança) ampliaria seu poderes arbitrários e a Linha Dura do exercito
assumiria o controle no interior do país. Por causa desses eventos, as guerrilhas tomariam corpo mais
do que já tinham, até que ganhou nome em 1969 quando seqüestraram o embaixador
americano Charles Burke Elbrick, para os
militares isso representou uma afronta e ao mesmo tempo foram
desmoralizados por cauda de sua atuação repressora no país, mas não se abalaram
e continuaram a praticar o que estavam fazendo agora com atenção redobrada.
Costa e Sila & Medici |
Com o Brasil “desgastado”, os castelistas retornaram ao poderem 1793 impondo Geisel ao comando em
1974, nesse período as guerrilhas estavam praticamente dominadas, eliminando
praticamente toda a direção do PCB, na imprensa nada saiu, mas começava a
apresentar sinais de pequenas brechas contra a censura.
A distensão.
O novo presidente anunciaria o processo de transição lenta e
gradual, Figueiredo em 1979 assumiria o cargo com a repressão em decadência,
mas não eliminada; neste ano seria extinta o AI 5, a imprensa não seria mais
censurada, as propostas de anistia eram debatidas. Era fato as torturas e
eliminação dos opositores e interrogatórios no governo Geisel, o
desaparecimento de preso políticos havia virado rotina, tudo isso fazia parte
do itinerário deste governo que se defendia das acusações dizendo em notas
oficias que as mortes ocorreram por acidentes de carro, atropelamentos,
tentativas de fuga ou suicídios.
Vladimir Herzog, jornalista em 1975 foi assassinado do DOI /
CODI, esse episodio foi o estopim para colocar a opinião publica contra o
regime que noticiou o fato como uma tentativa de suicídio na prisão, tentando
encobrir a tortura nos porões das prisões; o presidente sentido o poder da
opinião publica resolve “sacrificar’ o comandante do II Exército, tirando-o de
seu cargo. Em 1977 o governo fecha novamente o Congresso por medidas
que internamente tinha como intuito enfraquecer o MDB, por causa de seu
fortalecimento nas eleições de 1974, como uma forma de represaria repete-se o
regime antidemocrático com o intuito de prejudicar as leis eleitorais das
eleições municipais daquele ano. Por causa desse fato, o governo institucionaliza a figura do
senador biônico, como recurso de impedir o crescimento do MDB; mesmo com essas medidas arbitrárias, o governo
continuaria a perder espaço, assim o MDB assumiria
o posto de porta voz autentico do povo denunciando as violações aos Direitos
Humanos e as intransigências do partido governamental.
Anistia e fim do
regime militar.
Em 1979 foi o ano da anistia, onde envolve questões polêmicas
retratadas como o conceitos de crimes que beneficiavam agentes do Estado na
prática de torturas e assassinatos; a anistia possibilitou o retorno das
alianças políticas e os passos para a redemocratização do país, foi aprovado
ainda a reformulação política vigente até hoje. Em 1978 estavam ocorrendo atentados a bomba, invasões e
depredações de entidades oposicionistas ao governo como bancas de jornal, era
notório a participação de membros do aparato de repressão. Mesmo sobre essa
onda de mudança, haviam muitas incertezas sobre a transição.
Em 1982 surgiram novos partidos políticos: PMDB, PDS, PTB,
PDT e PT, eram partidos de oposição clara contra o governo militar, se
fortalecendo cada vez mais nas capitais; o povo brasileiro desejava ainda e em
1984 realizaram uma grande mobilização na praça da Sé com a presença de milhares de pessoas para a campanha das
Diretas JÁ, não conseguiram aprovar a votação, mas apressaram o fim do regime
militar. Em 1985 Tancredo Neves havia sido eleito, como faleceu
no mesmo ano, seu vice José Sarney
assumiu o posto, mesmo tendo pertencido a ARENA, em maio do mesmo ano, partidos
comunistas foram legalizados, analfabetos poderiam votar, o Brasil começava
caminha para a sua constituição democrática.
Na data de 05 de outubro de 1988 foi promulgada a nova
Constituição Brasileira, onde no primeiro artigo dizia que o Brasil era um
estado democrático e representativo, tendo como fundamentos a dignidade humana;
em 1989 o brasileiro voltaria as urnas para eleger novamente um presidente
civil, quase 30 anos depois. No período dos 10 anos seguintes o país demonstrou
maturidade com a convivência dos três poderes legislando, superando crises
econômicas e políticas e até mesmo o impeachment do presidente Collor em 1992.
O Brasil é visto hoje como um país verdadeiramente democrático, com condições
de superar seu próprios desafios como nação e principalmente quando o assunto é
Direitos Humanos, tendo como premissa aprender com seu passado histórico e
respeitando quem os fez.
Referência:
Direito a verdade e a memória: Comissão Especial sobre
Mortos e Desaparecidos Políticos - - Brasília: Secretaria Especial dos Direitos
Humanos, 2007 500p. : Il.(algumas color.); 23 x 30 cm.
Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão. TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RECONHECIDOS.
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