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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Península Ibérica.

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" Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentilmentalmente, somos habitados por uma memória". José Saramago.


Península Ibérica: Gênese do Ocidente

A Península Ibérica nos remete aos primórdios através dos primeiros povos na região que hoje conhecemos como Europa e como esses acontecimentos mudaram a realidade de todo um modo de vida, cultura, religião e quem eram esses personagens com características tão singulares transformariam através de impérios e comandos baseados em lutas campais e às mesmas organizadas com logística utilizadas até hoje. A importância destas cidades milenares e estratégicas foram os principais motivos de discórdias e disputas entre cartagineses, romanos, fenícios e gregos e o resultado desses fatos sociais mudaria todo o sistema político, religioso, e por causa disso, nós somos o resultado dessa realidade tão conturbada a nossa realidade “organizada”. 


Toda formação cultural com suas características espelham as fisionomias do povo europeu e do mundo novo, com seus traços faciais, sua forma de falar e seus costumes ordinários na alimentação, vestuário e festas através do povo negro de regiões que compreendem o norte africano. Até mesmo no Brasil e na Bahia isso se fez presente, prova viva de que somos parte desse processo civilizatório; desde o apogeu romano aos impérios bizantinos, franceses e britânicos, a posição da Península Ibérica sempre foi a “perola”, pois ela refletiria o que de mais moderno existia nos tempos das idades antiga, média e moderna por tudo o que poderia oferecer desde herança cultural as riquezas propriamente ditas, ora por pilhagens e saques como os visigodos, suevos, vândalos até as marchas das legiões romanas organizadas justificando seus atos através da ponta da espada ou da ponta da pena nos seus fóruns e câmaras municipais a ponto de mudarem o nome de cidades como foi o caso de Lisboa. 


O conteúdo narra um período da humanidade, considerado como um dos mais importantes, pois nesse momento estavam sendo desenhado o novo mapa político mundial no sentido das artes, cultura, divisão geográfica, histórica e principalmente o mais importantes do legado humano: o homem com suas características em outros locais antes jamais imaginados por qualquer mente.

A formação das sociedades nas populações ibéricas: a história se inicia com a escrita da Península Ibérica ± 1000 a. C. com os fenícios e cartagineses, Cartágo era uma colônia, a diferença era que os cartagineses eram africanos e os fenícios eram semitas, quando Cartagena e Fenícia se aproximaram por causa dos povos do norte da África, os tuaregues eram o povo mais velho da região, situavam-se na fronteira da África com a Península Ibérica, fundando assim a maioria de suas cidade. Os fenícios e cartagineses tomaram essa posição como sendo um caldeirão de povos, ± 250 a. C. com as Guerras Púnicas, os gregos, porém estavam perdendo essa guerra. 

Os tuaregues são um povo de apoio que habitam até hoje o norte do Marrocos, o Saara e o sul da Espanha até a Mauritânia, sendo basicamente os fundadores destas cidades ibéricas junto com os cartagineses, a sua cultura data aproximadamente 3.000 anos e essas cidades funcionavam como protetorados, por isso eram “civilizadas”, ± 700 a. C. as tribos eram brancas e as tribos das cidades eram negras. A Península Ibérica não era branca e foi influenciada pela cor negra, sua formação era na maioria de bárbaros, Lisboa, Sevilla, Cadis, Malága, Cartagena, Setubal foram fundadas com pontes de influências cartaginesas, pois haviam descoberto as minas de cobre na Península Ibérica, os cartagineses criaram uma rede de comunicação de estradas entre o norte e o sul. 

Os gregos começaram a disputar com a Fenícia e Cartagena as colônias na: França: Marsella, Itália: Siracusa, Nápoles e na Espanha: Barcelona e Segundo, todo o norte da região da Catalúnia era formado pela civilização grega. Havia uma divisão da Península Ibérica entre a Fenícia, esta estava aos pés de Cartagena; a primeira vitória romana foi nas cidades da Sardenha e Córsega. A Segunda Guerra Púnica estabeleceria o domínio romano sobre a Espanha, Aníbal Barca e seu fantástico exercito, eram conhecidos como o “inferno de Roma”, uma inesquecível derrota ensinaria aos romanos que a inteligência era uma grande arma contra a força bruta, essa vitória dos cartagineses de humilhar o grande exército romano custaria caro a longo prazo, Barca porém arrasou a Itália, atravessando os Alpes, os italianos então iriam para a Espanha e atacariam Cartagena, cortando as linhas de suprimentos de Aníbal, derrotando assim o seu exército em Cartagena. 

Nas cidades fundadas pelos cartagineses havia o domínio latino indú-europeu e em torno de ± 200 a. C. o sul da Espanha estava dominado pelos romanos. A região de Andaluzia era profundamente africanizada, e o controle dos romanos na Espanha ocorreu do norte ao sul desse reinado, influenciando Marrocos e as cidades tuaregues do norte ao sul do Mediterrâneo, a conquista dos romanos na Península Ibérica demorou aproximadamente 100 anos; o rio Lima separaria a Galícia dos lusitanos. Lisboa havia sido fundada pelos cartagineses em torno de 700 / 800 a C., sendo que os países da península ibérica nunca foram compostos totalmente por brancos, a província hispânica terminava nas regiões do Marrocos, pois não tinha como separar a região do Magreb com os países ibéricos. 

Argel foi fundada pelos cartagineses que fundaram também Lisboa, ou seja, tinha a mesma origem, a romanização foi o “começo” do mundo, pois ela era administrativa, na Bahia ainda encontram-se elementos fenícios, gauleses, ceutas, porém sua influencia foi pequena, por exemplo, a comida. A palavra município é de origem italiana, Inglaterra, Portugal e Espanha tinham suas estruturas romanas, a França foi à única que teve influencia romana e germânica; a principal característica de Roma não era a guerra e sim a paz e por causa dessa premissa o Estado romano durou mais de 1.000 anos, enquanto que os egípcios: ± 2.400 anos, porém sua realidade era diferente e o babilônios: ± 2.500 anos, sua realidade também era diferente do contexto romano. 

Esse império romano era gigante, e quanto maior era mais complicado ficava a cidade romana, sendo que a sua principal característica é composta principalmente por povos indo-europeu, a principal característica deste povo era a formação de um conselho de anciões e se diferenciava da Ágora por conter a Câmara Municipal que era um órgão eletivo com caráter de prefeitura (junto com o direito) e deveria representar a população urbanizada. A cada lugar conquistado, os romanos instalavam a Câmara Municipal com seu sistema eletivo dando a sensação de que estavam criando o elemento romano, transformando os inimigos em amigos. 

O sistema escravista romano só existia para quem não era escravo, criavam assim uma rede de apadrinhamento; o Estado criava uma série de pagamentos em forma de tributos e os efeitos seriam a construção de estradas, pontes, portos, pedágios, tudo isso gerava uma relação de poder. A Península Ibérica foi dividida em três partes: a Baética que era urbanizada pelos cartagineses e era a mais urbanizada da Espanha oriental e africana, a Emérita Augusta era uma cidade totalmente fenícia e a terceira: Cadis considerada a cidade mais antiga e se rendeu aos romanos sem enfrentá-los ou guerreando-os. Cartagena significava uma nova cartada e foi destruída por dois motivos: 1°- foi fiél a Aníbal e 2°- resolveu resistir aos romanos. 

Roma entraria em guerra com Cartago por que os gregos pediriam isso a eles, eles haviam colonizado o norte da Espanha,   Barcelona havia sido a primeira colônia grega. Sevilla, Cadis, Málaga eram colônias fenícias e cartaginesas; Cartago viraria a grande cidade, sendo que a cidade mais francesa seria Marsella. Os romanos faziam o que seria melhor para eles nem que para isso Cartagena tivesse que ser totalmente eliminada, Cadis era estratégico para os gregos por causa de seu exército e suas riquezas, além deles transformarem os inimigos históricos agora em cidadãos romanos e, por conseguinte amigos. Andaluzia é a cidade mais africana que existe na Europa até hoje, Lusitânia é hoje o país de Portugal, essa região se livrou da guerra contra os mouros mais cedo do que as outras regiões. 

O exército mais poderoso que existiu até hoje foi o espanhol, (o estado espanhol matou aproximadamente 18 milhões de índios mexicanos astecas), o Império Romano seria mais sólido e o que menos teve inimigos internos, sendo ele composto por negros, latinos, semitas e em 150 a. C. Cartago já era a capital do norte africano. A solidez do Império Romano só foi abalada pelo seu gigantismo, pois eles escravizavam quem não se tornasse cidadão romano, por esse motivo eles cresciam a cada conquista, destacava-se ainda por ser o maior em extensão até hoje. Os inimigos espanhóis eram os franceses e ingleses, sendo que o império espanhol é herdeiro da guerra santa medieval, a ideia de conde, monarca  e o rex romano é o cônsul de toda uma província, rex era o rei e acima dele existia somente o imperador e a única entidade acima do imperador era o papa que restituiria o papel do imperador, antes disso só havia o rei ditado pela igreja. 


Ela optaria pela não existência de um imperador e o rei seria mais fácil de manipular, mas quando o islamismo encostou na cristandade o imperador retornou; Portugal tinha um rex, a Espanha tinha um imperador, por isso não era autônomo, a Espanha sim. O povo ibérico é 30% africano no sentido de sangue, a grande migração foi à conquista do povo romano, isso branquearia a Espanha, com a conquista romana houve a perseguição a tudo, principalmente o que era fenício, cartaginês ou africano, os romanos acabaram com tudo e colocariam suas colônias italianas para povoar a Espanha com uma colonização indo européia na Península Ibérica ou propriamente na Espanha, a colonização nessa região era considerada uma “bagunça étnica”, no Brasil, na Bahia o nosso paladar é prova disso, o azeite doce; as oliveiras não eram originárias dos italianos e sim da Península Ibérica, e era oriunda do norte africano na região de Marrocos. 

Os fatores da urbanização se faziam presente no contexto romano que criariam um sistema senhorial não baseado em deuses, mas em elementos humanos, pela dependência que se criava e pelo apadrinhamento ao dono da casa grande; as vias romanas se espalharam graças aos romanos em toda Península Ibérica, eles investiram também: bombas d’água, candeeiros, fogões a lenha. A romanização acontecia nas chamadas vilas romanas surgindo como um elemento feudal, a vila romana era composta por romanos que se tornavam “amigos locais” dos antigos inimigos que agora seriam romanos por conveniência, esse tipo de relação fazia surgir então a casa grande. A Península Ibérica criaria varias regiões, cidades, vilas criando todo tipo de romanização. Até a que ponto a romanização apagou o que existia antes? 

Toda a palavra carregava um processo histórico da romanização e começariam com políticas de branqueamento, a palavra OLISIBO é uma palavra de origem africana, os romanos apagaram o seu significado e mudaram para o nome LEX BONA que era uma palavra de origem latina e significava “lei boa” que posteriormente se chamaria LISBOA. Os romanos estavam esquecendo o sentido anterior do propósito, na Idade Média foi reforçada com os portugueses, a idéia da catequese portuguesa ao negro que tinha essa intenção, os portugueses não diziam que eles não tinham salvação, como no caso dos índios que eram usados para se apropriar de suas terras, a cultura nem sempre era agressivo fisicamente, mas era agressiva quando dizia que os outros eram maus, era a cultura deles que deviam prevalecer. 

Em torno do ano 30 a. C. até o ano 400 d. C. ocorreu a maior romanização intensa, as vilas estenderam-se por todo o território da Península Ibérica, as religiões também dominariam o mito de tudo nessas localidades, por exemplo, o apostolo Tiago fundaria três igrejas na Espanha: 1ª igreja em Toledo: catedral primaz da Espanha, 2ª igreja em Bracara Augusta: conhecida hoje como Braga e a 3ª igreja em S. Tiago de Compostela. Paulo de Tarso havia sido considerado o responsável pela romanização do cristianismo, a igreja romana havia se tornado masculina e proprietária com as igrejas romanas interiores. Pedro aceitou essa romanização e as três cidades viriam a se tornar resistência na Península Ibérica contra os árabes e a concepção de mundo conhecida. 

Teodósio
Em 200 a. C as igrejas começaram a reunir seguidores passando pelas vilas que agora todas tinham seus santos e suas igrejas locais, iniciando assim redutos senhoriais, caudilhos e o coronelismo, sendo que cada lugar tinha seu brasão da correspondente corporação. A nossa cultura era extremamente romana, em 411 d. C houve um imperador romano que não deixou herdeiros, por isso os exércitos elegiam o imperador através de suas tropas, nesse caso apareceram dois grupos germânicos invasores: os vândalos e os suevos, eram dois grupos germânicos que não fariam outra coisa a não ser “incomodar”, eles concordariam em apoiar Teodósio em troca da Espanha, ele virou imperador e toda a Espanha sairia do império sessenta anos antes, havia a ocupação dos dois reinos bárbaros e depois surgiriam os visigodos e os alanos. 

Os visigodos invadiriam a Península Ibérica e atravessariam o Estreito de Gibraltar, fazendo a mesma coisa com o norte da África, esse modo de viver mudou a maneira das pessoas agirem e refletiu diretamente no seu modo rude de viver, começando a miscigenação dos povos iberos e celtas originando os mestiços, a história das vilas romanas, haja visto que as famílias importantes protegiam os agregados e eram subordinados a eles, ficando assim nesse circulo de poder, isso era a romanização e não o medievalismo. Depois de conquistar as muralhas romanas, os “bárbaros” eles destruíram-nas e essas mudanças se faziam presente o tempo todo, os anglo-saxões dominariam o mundo por 5 séculos, isso, porém não deixaria herança alguma por que eles eram guerreiros desorganizados, não tinham relação alguma, apenas confiscavam as riquezas dos conquistados através do pilhamento. 

Os germanos detinham o poder militar e se sustentariam baseados nisso, eles só perturbariam a ordem estabelecida (romana) na Espanha. O exército romano era expansionista nas fronteiras e só enfraqueceu por que faltou soldados, eles precisavam cada vez mais de escravos nobres ao mesmo tempo em que precisavam expandir as fronteiras, tinham que conquistar o tempo todo, sua função era manter essas organizações funcionando. Havia o poder local (as vilas começariam crescer) e o próprio vilão (senhor da vila) exerceria cada vez mais influência e posição de prestígio na vida dos outros, surgiria assim o fidalgo; outro elemento importante nesse contexto era a igreja romana que nunca deixou de existir, a verdadeira pressão sobre a igreja foi à igreja pentecostal, pois almejava desagregar a identidade do poder administrativo da igreja no séc. IV e isso facilitariam o domínio via igreja na medida em que os germanos eram verdadeiros parasitas do sistema, muitas vezes usando uns contra os outros. 

As cidades espanholas continuavam comerciais e as muralhas voltariam a ser reerguidas novamente, o feudalismo corroia as cidades e as suas organizações na Península Ibérica, mesmo assim, suas cidades continuariam firmes, mas sempre lutando na vida urbana contra todo tipo de berberes e visigodos, eles continuariam a pilhar as cidades por muito tempo. As raízes africanas da Península Ibérica eram enormes, pois mesmo falando latim eles sabiam o que tinham em Cartago e Tanger ao passo que essas cidades ao sul se organizaram e atraíram os suevos e visigodos, permitindo a invasão dos romanos nessas localidades, depois os visigodos expulsaram o Império Bizantino e por causa disso continuou a desordem por muitos anos depois. 

O islamismo entraria na Península Ibérica pelo mar, pois os árabes eram mais civilizados e cultos, houve a volta da africanização e um clamor a Península, os berberes seriam islamizados, os árabes fariam assim uma parte do exército inverso, a revanche do islamismo seria a própria bandeira do islã.


Conclusão: a idéia proposta mostrou o universo da Península Ibérica, o que ela produziu e quais foram os benefícios que até hoje nos são úteis. A epopéia que foi as batalhas entre Cartago, Roma, Fenícia e até mesmo as colônias gregas, em todo o contexto histórico foi procurado mostrar as principais conquistas, cidades e mudanças no ambiente social, econômico, cultural e estrutural. A herança deixada por esses povos romanos, bárbaros e de todas as partes do velho continente foram primordiais para a construção do que somos hoje, e temos muito a agradecer por esses fatos. 


Adicionar legenda
A romanização na Península Ibérica foi algo extraordinária que deu uma nova “repaginada” no cenário mundial mesmo que para isso tivessem destruir e reconstruir tudo no mesmo lugar. Nosso legado cultural deve muito a gênese dos tuaregues nas cidades ibéricas e cartaginesas, apontando para suas cidades colonizadas e povoadas não por brancos, mas por negros detentores de verdadeiras façanhas como derrotar o “invencível” exército romano através das artimanhas de Aníbal. As cidades espanholas foram o berço dessa magnitude e povoamento e isso é prova de que deram tão certo, que existem cidades milenares que funcionam até hoje. 
Devemos tudo o que temos a essa gênese ibérica e somos prova de que esse legado deu certo e cabe a nós os contemporâneos dar continuidade e inteligência, pois eles provaram a 3.000 atrás que isso era possível, cabendo unicamente ao homem do século XXI ser uma extensão dessa maravilha que foi a Península Ibérica. 

Península Ibérica é o termo utilizado para designar península; no passado a mesma possuía outras designações, dadas pelos diversos povos que a habitaram como: Ibéria para península em grego, hispania para o romano, Al Andalus para os árabes dos território muçulmanos e Sefarad  para os hebreus.

Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.

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