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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Humanidade e lutas sociais – Neolítico

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" O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan



Humanidade e Lutas Sociais

Gênese da Formação familiar

Uma das características das tribos do Neolítico foram às formações de pequenos núcleos familiares em torno de rios, ocupando-se de atividades como à pesca e à caça, posteriormente começaram ás construções das primeiras aldeias e clãs, originando lentamente os círculos familiares. Com o agrupamento desses novos núcleos de pessoas convivendo juntas, houve a necessidade de se desenvolver um idioma em comum para uma perfeita compreensão, criar instituições sociais reguladoras da vida familiar e da comunidade aumentando a união e confiança ao seu próximo. Isso propiciou um acúmulo de conhecimentos e ditos populares que guiariam suas vidas futuramente seriam as respostas para muitas perguntas que surgiriam com o tempo, bem como questões espirituais.

Esses fatores contribuiriam para cada família uma unidade de produção e de consumo, todos trabalhavam igualmente para o sustento de todos, não existindo ainda um acúmulo de bens particulares, essa harmonia era possível pelas palavras sábias dos mais antigos e quando esses morriam, seus conhecimentos eram passados para os seguintes sucessores, em forma de hereditariedade, o parentesco era o responsável pela ordem social familiar, e nas comunidades próximas, tendendo a operar em grupos em que poderiam confiar. Todos trabalhavam, desde os mais velhos até os mais novos com tarefas simples para ajudar no sustento da família, como a preparação do campo, até a proteção contra animais perigosos, motivo esse que contribuiu para o aumento da comunidade em rápida escala. Esta é uma das probabilidades que explica a ocupação das terras áridas por povos que antes eram coletores e dispersos.

Os núcleos familiares começaram surgir pela prudência de se ter um lugar para morar perto do local de onde poderiam extrair facilmente a alimentação. No Neolítico, isso não foi diferente, pois trabalhavam em torno da cultura de cereais e estocavam para as necessidades futuras. Para isso acontecer, era prudente se ter uma organização familiar como símbolo permanente e materializado como centro das atividades comerciais, intelectuais, garantindo o sustento ano após ano. Toda propriedade tinha um centro familiar, caracterizada pelas mudanças da sociedade ao saírem do estado da coleta, para o estado agrícola. Quanto mais primitivo o homem era, mais ignorante era em relação a adquirir bens, para fixação na terra, através do trabalho ao cultivo e posteriormente fixar-se em um local. O homem demonstrou interesse em agrupar-se com descendentes em comum parentesco por parte de mãe, porém outras formas de comunidade já existiam, mas começaram a se destacar com o crescimento de comunidades agrícolas.

Ao sujeitarem-se ao convívio da sociedade, regras sociais familiares, tais como a redução de liberdade do matrimônio, restringindo as escolhas, autorizando casamentos de clãs de famílias diferentes, com predominância materna, o homem ao casar pertenceria à família da mulher e consequentemente seus filhos. Com o advento do trabalho em grupo houve. Uma inversão na estrutura familiar, agora a mulher pertenceria à família do marido; Tudo leva a crer que isso aconteceu com o início da utilização dos metais e o crescimento populacional aliado ao crescimento da capacidade humana, lembrando um sistema que surgiria centenas de anos depois, o feudal.


Novas Técnicas e produção de alimentos

Muitas maneiras foram desenvolvidas na produtividade dos alimentos pelos antigos povos, dentre elas destacam-se os sulcos na terra feitos com enxada de pederneira, o arado de madeira, inicialmente de força tratora humana e depois animal, propiciando uma área maior de cultivo ás terras, utilizando também ceifadores, foices de metal, para aprimorar o cultivo de grãos (trigo, cevada, temporão, etc...) destacando-se o modo de trabalho composto por um coletor, um enfeixador e um auxiliar. Era natural a preocupação com novos métodos para a agricultura, exigindo uma demanda de cuidados nos campos. Com esses avanços o homem aprendeu novas técnicas também com a agricultura, através da plantação de horticulturas de frutos e tubérculos em regiões quentes, amenas e frias com o cultivo de cereais.

O homem entendeu como funcionava pela experiência na natureza o plantio e sua produção de alimentos, aprendeu a podar, enxertar, desenvolveu novos métodos de fertilização artificiais, aprendeu técnicas de semeadura, proporcionando somente uma colheita ao ano para poupar a terra, produzindo uma quantidade grande de frutos e alimentos por décadas, forçando mais ainda a presença do homem ao pomar, junto de suas preciosas árvores. Todo esse processo é muito antigo, data-se do inicio da Pré-História, e os resultados foram melhorando progressivamente nas plantações. Muitas técnicas desenvolvidas pelo homem na produção de alimentos vieram acompanhadas de um aumento da mão de obra sobressalente, essa força produtiva permitiu ao homem colonizar lugares não imaginados para extração de alimentos, deixando para trás a necessidade de trocar o local o tempo todo.

A agricultura particularmente transformou o homem em senhor absoluto e poderoso, trabalhando a natureza da maneira que bem quisesse, proporcionando uma evolução em todos os campos do conhecimento, acelerando a escala evolutiva com as novas maneiras alimentícias desenvolvidas. Às plantas foram trabalhadas no processo reprodutivo criando o roçado originalmente para as frutas silvestres. Essas técnicas foram perpetuadas pelos descendentes e pelo contato com outros povos, além de vários outros instrumentos criados para aumentar a produtividade dos alimentos; A partir do Neolítico, destacaram-se alguns como a faca, lança, anzol, enxada, pedra de moer, além da domesticação de animais.      

             
 A Idade dos Metais

Foi o período compreendido entre 3200 a 1200 a. C mais conhecido como Idade do Bronze. Foi uma época de revoluções históricas importantes baseadas na agricultura, iniciando as irrigações nas grandes bacias fluviais. O homem aprendeu a manusear o bronze, formado por cobre e estanho, com esse advento foram iniciadas inúmeras melhorias no modo de trabalhar a agricultura irrigada, metalurgia, e o início dos povoados. Com o advento dos metais inúmeras atividades passaram a utilizar artefatos metálicos no seu dia-a-dia, como a carpintaria, fermentaria, navegações, etc...Iniciou-se o que poderíamos chamar de o início do Estado, com classes dominantes, através dos excedentes. Surgiram novos impérios, outros caíram, apareceram novas rotas de comércio marítimo e terrestre.

Junto com o uso dos metais, surgiram métodos “inteligentes” melhorando progressivamente o manuseio de artefatos feitos com o cobre e o bronze. Sua história ninguém sabe ao certo, mas especula-se que foi acidental, quando jogado acidentalmente em uma fogueira algumas pedras esquentaram e começou escorrer um líquido viscoso, ao esfriar o líquido se solidificou em um pedaço resistente. O homem deu um salto gigantesco para sua época ao iniciar a fusão dos metais, antes disso não passava de pura ignorância. Foram aprimorando as técnicas e surgiram novas ferramentas “tecnológicas” para á época. Com a maleabilidade dos metais foram aparecendo outras maneiras de se trabalhá-lo, quente assumiria a forma que os moldadores desejassem, ao esfriar-se era resistente como um metal e mais forte que uma rocha. Os pré-colombianos, egípcios, persas e assírios eram peritos com esses materiais, lembrando muito as técnicas do manuseio da cerâmica; Quando á peça começava desgastar-se, era feito uma nova forja e voltava ser novo, muito usado isso com machados, facas por exemplo. Junto com essas novas maneiras de se trabalhar os metais, houve a necessidade de uma mão de obra especializada, propiciando o surgimento de especialistas em metalurgia como os ferreiros.

Tudo isso não poderia ter acontecido se o homem não tivesse domínio absoluto do fogo, fazendo sabiamente o seu uso na história, no princípio foram às pedras essenciais para sua produtividade, mas apresentavam problemas e havia uma necessidade de substituí-las e isso ficou claro com o surgimento dos minérios; O uso do cobre é datado por volta de 4000 a. C logo depois o ouro, prata e estanho, aprendeu-se com a fusão novas ligas , estas usadas em larga escala. Outro metal aparece em cena, o ferro, ultrapassando o bronze, ainda mais resistente. Houve a necessidade de se criar um ambiente para trabalhar esses metais, para apresentar uma produção satisfatória, assim foram criados áreas com fornos e foles para novas forjas e moldes. Posteriormente vieram o chumbo e o zinco, contribuindo para uma das maiores descobertas do homem na história: a roda. A utilização desses metais era usada por vários povos, dentre eles os egípcios que usavam-no como adornos, moldados com martelos, não passavam de enfeites, seu uso inicial foi para esse tipo uso, ou seja, não passava de um simples enfeite feminino.
        
Posteriormente o cobre foi usado na construção das grandes pirâmides, isso influenciou a escrita pictográfica que mais tarde se transformaria em cuneiforme. O homem aprendia rapidamente como manuseá-lo e foram criando objetos como arpões, lâminas, facas, buris e navalhas. O Egito e a Mesopotâmia foram os responsáveis pela passagem da Pré-história para a Proto-história. Foi o metal que fez da Europa, um povo ignorante, uma nação próspera.   


 A Engenharia Hidráulica

Com o aumento da demanda de alimentos novas técnicas necessitavam ser aperfeiçoado ou criar novos métodos hídricos, o processo seria da seguinte forma: o rio inundaria os novos canais construídos, como diques, depois o canal era fechado e o excedente de água era direcionado para o rio, por outro canal mais abaixo, criou um sistema para escoar a água dos pântanos, construiu plataformas para se proteger de enchentes junto com seus animais domesticados, construiu ainda comportas e pontes, máquinas levadiças de água para depósitos de todos os tamanhos. A região era ratificada em compartimentos ou reservatórios construídos perpendicularmente ao rio. Um canal principal direcionava á água para um reservatório onde uma rede de canais menores distribuiria a água que sobrara para um segundo compartimento. A irrigação do reservatório era utilizada no plantio uma única vez ao ano sendo suficiente pela riqueza do solo, era utilizado também canais curtos de fácil manutenção, mas era necessária uma atenção, pois a drenagem era fundamental como a drenagem.
      
Os canais tinham largura de 25 metros, dividindo a água, filtrando-a e eliminando o sal do sedimento aluvial.  A necessidade de água perto de suas habitações forçava o homem estabelecer suas moradias sempre perto de rios e lagos, forçando-o a desenvolver técnicas para seu uso e bem-estar. Cobriam por um emaranhado de juncos entremeados em matos, interrompidos por pequenos recifes, aumentando o tempo de vida útil dos animais.          Baseados nisso os proto-sumérianos iniciaram as primeiras formas de trabalho no delta do Tigre-Eufrates e Nilo habitáveis. Nesses locais, a engenharia tinha que ser avançada, pois á sobrevivência dos povos dependiam dos esforços aí desempenhados. À água era o que fazia o sistema funcionar e para garantir isso, os engenheiros técnicos desenvolviam métodos de retenção de água dos vales inundados pelas cheias, favorecendo as irrigações para as plantações e garantindo a soberania do Estado em qualquer emergência que ameaçasse a região.
       
Para tal sucesso acontecer, o solo de aluvião que era rico e fértil para as colheitas tinha que ser cuidadosamente trabalhado, como resolver o problema de desgaste. Mas nem sempre foi assim, por diversas vezes a força da água destruíam as plantações e o terreno permanecia um lamaçal. A saída encontrada foi preparar e trabalhar o vale de maneira sábia de maneira que isso beneficiasse a localidade e o povo existente. As aldeias eram interligadas por grandes canais de irrigação, saindo do canal principal, responsável pelo envio de água para canais menores e em maiores quantidades até os vales para o preparo das terras.       


A Difusão do progresso a partir da Invenção da Roda

Pela necessidade do homem de locomover-se, no Neolítico, foram abertos trilhas pelos montes e vales para passagem e transporte de suas mercadorias por animais domesticados. Uma das soluções para esse problema foi à construção de um artefato grande e circular denominado roda, constituindo os primeiros veículos primitivos de transporte de produtos em longas distâncias; O fardo carregado pelo homem era pesado e era necessário puxar á carga sobre galhos, parecido com um trenó, ao observar como era fácil transportar troncos deslizando sobre outros troncos o homem percebeu como seria fácil inventar algo parecido: pronto, estava inventada á roda, sendo o torno de oleiro utilizado pelos Sumérios que adaptaram a idéia do trenó as primeiras charruas.Uma vez disponível a roda transformou-se em transporte, sendo necessário um eixo para fixar as extremidades em um arado. Seu uso foi evoluindo e surgiu um problema: o problema agora era qual animal puxaria o carro. Foram os povos da Idade Média, que inventáramos freios e incorporaram o cavalo, o carro era puxado pelos cavalos por tiras de couro, logo adaptado para ser usado como arma de guerra, surgia o carro de guerra.
       
Era formada por um par de paus onde foram aperfeiçoados e chegaram-se a Zorra (uma espécie de carro muito baixo de quatro rodas, para transportar cargas muito pesadas). Tudo isso acontecia rapidamente, esse invento ajudaria literalmente á História andar mais rápido. A roda ajudou os homens no transporte de suas mercadorias bem como contribuiu com as ondas migratórias. Foi considerado o grande invento da carpintaria pré-histórica originando o maquinário moderno transformando o trenó em um carro ou vagão e posteriormente no trem e no automóvel. Seu surgimento foi lento e com informações imprecisas, algo em torno de 3000 a 2500 a. C; Estudos indicam que as primeiras rodas eram compostas de três pedaços de madeira unidas por tiras de couro em seu diâmetro e presas por pregos de cobre. Seu uso foi também muito difundido inicialmente em olarias e por ceramicistas. Foi uma revolução no transporte e na indústria manufatureira. Seu uso ajudou os homens no transporte de suas mercadorias bem como contribuiu com as ondas migratórias.
         
Seu uso foi também muito difundido inicialmente em olarias e por ceramicistas. Foi uma revolução no transporte e na indústria manufatureira. Depois da Mesopotâmia, no Egito, os Hicsos invadiram o país e provocaram o exército do faraó, ao perderem, foram expulsos e os egípcios se beneficiaram com a novidade, pois seus carros eram puxados por bois. Os Assírios transformaram o carro em potencial máquina de guerra, adaptando pesados aríetes sobre rodas, mas foram só de cavalos que eles receberiam o seu mais novo conquistador: Alexandre o grande. A roda hoje pode não ser nada e até trivial hoje, mas, não existe nada mais fantástico que a invenção desse artefato.


 A Formação do Poder

Para um sistema, é preciso existir leis e normas para sua funcionalidade, e não seria diferente em questões econômicas, política em regiões de cercanias de rios. Quem detinha essa responsabilidade de garantir o processo de maneira harmoniosa, do funcionamento do complexo sistema de distribuição das águas, tinha ao mesmo tempo poder sobre os outros, sendo a água o poder determinante sobre todos. Várias culturas se utilizavam desta vantagem em seu benefício, dentre elas á egípcia, as dinastias formadas mantinham a tradição onde o Faraó era deus absoluto, senhor das terras, do povo, e de todos; A unificação do Egito feita por Menes,coincide com a segunda revolução, admitindo assim os reis, fatos anteriores do início das comunidades. È notório afirmar que a agricultura foi a responsável pelo início da propriedade e criação de classes sociais, embrião esta do Estado. Para isso acontecer, é preciso uma logística do sistema de águas e demandava muita mão de obra, para isso acontecer, era preciso organização familiar; Para ter esse controle os feudos travavam verdadeiras lutas entre si, pelo controle das águas, os vencedores exigiam dos demais impostos e tudo o que pudessem receber.
         
Os feudos mais fortes se transformavam em reinos e novamente passavam a digladiar-se entre si por mais terras, quem vencesse teria o domínio das terras e de seu povo, nascendo assim os impérios gigantes agrícolas. Com esses novos reinos começava a se formar o que mais tarde chamaríamos de Estado, coroado pela velha assembleia tribal, num processo longo e demorado, onde uma minoria seria imperativa sobre todas as outras. O crescimento populacional preocupava a assembleia, pois a demanda de alimentos aumentava, fazendo-a ineficaz, surgindo à necessidade de ser trocada por um conselho “cabeças-de-clã”; Como todos eram consideradas uma grande família, o chefe local, fazia os magistrados parecerem fantoches, diante do aumento crescente de representantes, foi eleito o chefe-supremo e o representante militar, logo após sua formação, os cargos começaram ser de pais para filhos, tornando á máquina mais complexo ainda, surgiam os impérios e reinos, anterior a tudo isso a chefia-suprema havia tomado suas medidas para garantir o poder, elegendo o chefe mais forte do clã e do povo, agora membro deste, transformado em dinastia.
          
Podemos dizer que o Estado surgiu do parentesco regulador das condições igualitárias sociais, estabelecendo uma nova ordem social nos vínculos cívicos para fortalecer a estrutura de poder. O Estado criaria ferramentas burocráticas que acentuariam o controle das leis e políticas. Isso aumentou o contingente de escravos, pois teriam mais homens para lutar em guerras, aumentando suas conquistas e expandindo seu domínio terrestre. Era natural que p poder se concentrava cada vez mais nas mãos de poucos e a pobreza aumentava progressivamente, distanciando sempre mais a nobreza dos plebeus, favorecendo uma nova forma de poder, o despótico e opressor. Para conter o povo revolto, o Estado aumentava seu controle sobre as pessoas através de controle social, repressor e administrativo, impondo-lhes como saída, à guerra, pois seria uma maneira de controlar o sucessivo aumento da população em atividades que não produziam nada.

A Crescente Fértil como Núcleo de difusão de Técnicas

Muitas técnicas foram utilizadas no Neolítico, seja na difusão do crescimento fértil, na abertura de canais mudando o curso dor rios, na construção de diques, na divisão da terra em compartimentos ou diques. Surgiram novas técnicas de tear, se locomover, foram aperfeiçoados artefatos para sua subsistência, melhorando suas condições de vida.         Isso mudou a forma de homem em relação ao habitat, fixando-se em lugares convenientes para ele, e auto proclamou-se dono dela, denominando-a Terra-Mãe, agregando todo tipo de camponês com diminutas comunidades agro pastoris, mudando a paisagem e fazendo um extraordinário avanço das técnicas produtivas humanas; Nestes locais, apareceram novos contatos, aumentando a circulação de agricultores e sucessivamente a troca de mercadorias, podia-se dizer que o ar cheirava inventos fresquinhos a todo o momento, sendo que cada um respondia de maneira diferente a essa onda de ideias. Esse aumento de tudo, naturalmente só fazia ter a necessidade de se produzir mais alimentos, onde o homem sabiamente começou a domesticar animais até então tidos como selvagens, e desenvolveu também novas experiências com a nova cultura do milho, cereais e tantos outros produtos agrícolas.
       

Racionalização do Uso do Solo

A economia Neolítica destacou-se pela produção do plantio da terra em escala menor. Após a colheita, a terra trabalhada era poupada de novos cultivos e eram escolhidas novas áreas sendo trabalhada em ciclos, ao mesmo tempo em que o homem procurava novas terras virgens para o plantio, recorrendo à cultura de rotatividade do solo, para fortalecê-lo. Para isso, as terras foram divididas em lotes de 100 X 45 metros, exigiam um controle rígido de seus usuários no trato do solo, muitos não obedeciam a essas ordens de cuidar do solo e saíam para outras localidades entre eles estavam alguns jovens e suas esposas ou famílias procurando um espaço só para eles, procurando ter liberdade para trabalhar da maneira que quisessem no seu novo espaço, saindo dos olhos repressores dos mais velhos. Com essas facilidades as plantações ficaram mais pertos, o uso da terra não era tão constante como em outras aldeias mais populosas, onde o solo estava enfraquecido pelo excesso de uso indiscriminado por existirem muitas pessoas para alimentar. Esta separação vem em boa hora, pois as terras eram muitas, afastando o fantasma da escassez de comida. Com esses avanços de técnicas que aumentavam a todo o momento, o aumento da economia agrícola era bastante favorável para todos, fosse pela irrigação artificial seja pela utilização de animais para puxar arados e qualquer outro equipamento que necessitasse de força motora. 


Nascimento da Técnica

O surgimento de técnicas surgiu com o avanço do homem e sua maturidade sobre a natureza e o tempo, a todo o momento surgiam ideias na qual algumas mereciam uma atenção especial e toda matéria prima possível foi utilizada, entre elas, estão às pedras, sendo substituídas posteriormente por ossos, chifres de veado, pontas aceradas e talhadas em buril, lamparinas formadas por pedras côncavas cheias de uma substância gordurosa excelente para pegar fogo, confeccionou vasilhas de pedras e madeira, cestos, esteiras, fiação e tecelagem, extração de fibras de vegetais e a moenda. Era fundamental para continuar sobrevivendo pesquisar novas maneiras que ajudassem a facilitar sua vida, inicialmente começou-se pelo manuseio do polimento das pedras o que resultou as primeiras facas, foices, lanças, machados, a enxada e posteriormente o arado, foram criados processos de moagem para os grãos e cereais, e ao passar a usar fertilizantes.

Todos esses instrumentos eram proporcionalmente criados, baseados no desenvolvimento e avanço da agricultura; No mar surgiram os primeiros barcos, botes e jangadas e houve mais uma vez à importância de criar novos aparatos para pesca, como anzóis, arpões, ferramentas propícias para esse tipo de ambiente, seja no mar, lago, rios ou até mesmo em palafitas. Animais passaram a ser domesticado, aumentando seu sustento, eram eles: cabras, porcos, ovelhas, gado, cavalos, camelos, forçando o homem a iniciar migrações constantes, criando desconfiança das outras tribos que se achavam donas das terras que e a presença de estranhos nas cercanias ameaçavam sua soberania, ocasionando choques e lutas entre elas, pela disputa de uma mesma área; O clima foi outro fator que mereceu certa importância, pois eles se preocupavam em desenvolver novos meios para proteger o plantio, motivo esse muitas vezes causador das migrações.
      
Os clãs também dificultavam o acesso de gente estranha; Quando passou a assentar-se em um determinado lugar iniciou a construção de abrigos, estes inexistentes pelo fato das terras serem boas para se trabalhar, deu-se então o início das formas de organizacionais para se morar, utilizando o que de mais abundante existia na natureza, que eram pedras, madeira, barro sempre dependendo do lugar tinha mais ou menos material desse tipo; Com isso apareceram os primeiros agrupamentos de aldeias. Iniciou-se o ciclo de trabalhar a terra de dia e a noite voltar para casa, essas moradias prendiam o homem a região, isso contribuiu para o desenvolvimento de transportes, conservação de alimentos e líquidos, olarias foram construídas, surgiu à tecelagem, manuseio com vimes para cestos, e as técnicas com a cerâmica; A arte de se trabalhar com fibras deu-lhes o domínio de fiar e tecer, abandonando antigas vestimentas feitas de pele de couro de animais, substituindo-os por linho e outros panos. O homem foi responsável por inventos maravilhosos e em que somos gratos por isso até a contemporaneidade, criações como a fabricação do tijolo, a arte de vitrais, o avanço na metalurgia de metais bem como as escrituras ideográficas, os números, o calendário e a mais maravilhosa de todas as heranças, a arquitetura.

                
Tempo no Neolítico comparado ao Tempo do Paleolítico

O período do Neolítico, também é conhecido como Idade da Pedra Nova e, o paleolítico como Pedra Antiga, ambos apresentam comparações significativas; O Paleolítico e o Neolítico são divididos em Inferior e Superior. O Paleolítico Inferior correu em quase todas as regiões do mundo na época, inicia-se no Pleistoceno até a terceira glaciação (RISS) entorno de menos de um milhão de anos. O Paleolítico Superior ocorreu no período de 40 mil a 12mil A.C. O Neolítico Inferior vai de 6 a 4 mil a.C e o Superior de 4 a 3 mil a.C; As grandes transformações sempre foram importantes em qualquer era da história para à humanidade, e não foram diferentes para o homem, na transição destes dois períodos. Passamos por profundas reflexões na maneira como víamos a realidade, observando como á natureza nos respondia silenciosa e lentamente nossas perguntas e observações, com isso tivemos êxito e fracassamos com menos frequência no aprendizado.
        
O homem foi beneficiado principalmente no mundo das ideias, dos deuses misericordiosos como ele pensava, sempre disposto a ajudá-lo nas colheitas, bem como na evolução de própria existência de sua vida em comum. Podemos dizer que o Neolítico é uma consequência do Paleolítico, sendo que sua existência é pouca comparada a este último, fez surgir o polimento das rochas até a agricultura, começou criar animais, iniciou o trabalho com a cerâmica e desenvolveu hábitos de convivência social, fatores esses insignificantes que poderiam passar despercebidos, porém foram de importância fundamental, sendo eles os responsáveis pela passagem de uma era para outra. Apareceram ferramentas usadas para caçar, matar e se proteger, animais foram domados e passaram a fazer parte de sua vida diária, com o manuseio dos grãos aprendeu a trabalhar com a farinha e posteriormente a fazer pão, aprendeu a produzir utensílios para o dia-a-dia, tudo isso fazia parte de um processo não imaginado pelo homem, relevantes o suficiente para alterar bruscamente a curvatura de progressão aritmética na história.         


Processo de Sedentarização

Caracteriza-se por um período que vai do fim da caça até a era do uso do cobre. Iniciando-se desde o momento que o homem deixou de ser nômade e passou a ser sedentário, surgindo um novo modo de vida, geralmente fixava-se em locais que lhes fosse útil, facilitando sua sobrevivência; Esses lugares geralmente margeavam rios, essa revolução social foi denominada como as primeiras formações comunitárias de aldeias, constituindo um novo tipo de organização, maneira essa inexistente anteriormente, e isso foi usado como símbolo certo para isso. Junto com a sedentarizarão apareceram novos hábitos e um deles foi à domesticação de animais, maneira essa que começou sutilmente através de filhotes de animais pequenos que os caçadores levavam para seus filhos como se fossem brinquedos, sem querer ele começou essa atividade que com o passar dos tempos tornou-se uma maneira de garantir um sustento a mais para a família com a domesticação dos pequenos animais. A fome foi umas das principais causas na mudança do comportamento do homem, obrigando-o a parar de se locomover constantemente, pois para isso havia um gasto enorme de energia e a demanda por alimentos era grande, com isso segurava sempre perto dele animais usados para seu consumo, mas estavam fadados o tempo todo à subalimentação.

Ao descobrir que os animais podiam se reproduzir houve a garantia de sua subsistência; O porco foi o primeiro, depois venho gado, o gato, o cão e muitos outros depois, garantindo carne para seu sustento, depois disso estabeleceu-se nos campos férteis e em sítios, onde passou a criar o gado. Essa permanência foi fundamental para parar de trocar de lugar e se estabelecer. A partir desse momento as descobertas feitas pelo homem proporcionaram-lhe uma qualidade de vida um pouco menos difícil do que os seus antepassados, porém para isso acontecer, houve a necessidade de mudanças na maneira de como ele estava acostumado a viver; Primeiro ele teve que parar de se mudar e estabelecer uma moradia fixa, denominado a partir dai o sedentarismo. A probabilidade do indivíduo se multiplicar em larga escala era grande e isso passaria muito além dos campos de colheitas. Com a demanda de forças produtivas em um determinado lugar periodicamente era grande, foi fundamental que o homem trabalhasse no mesmo espaço onde poderia dormir, permitindo uma produção de alimentos para essa crescente população de contingentes demográficos de áreas isoladas, deixando a vontade de procurar um lugar novo a todo o momento. O homem sem saber mudaria todo um processo de viver mais uma vez por causa de suas necessidades e seria daquele momento em diante fixo.
            
                                                                                   
A base da Economia no Neolítico

O Período Neolítico baseia-se no surgimento de um novo processo: o econômico, tendo sua estrutura voltada para o cultivo da terra em pequenas propriedades, em locais próprios para seu cultivo, até a periferia. Foi iniciado o processo de trabalho da terra, utilizando novas ferramentas e conhecimentos agrários, mudando sistematicamente seu modo de produção. Podemos concluir que a economia era baseada nos cereais, trigo, e cevada na região da Bacia do Mediterrâneo e Ásia Menor, essa economia comparada com outros produtos da época, foi a melhor; Foram vários os fatores que influenciaram sua produção econômica, dentre eles se destacam os fatores climáticos, geográficos, sendo eles os grandes responsáveis por interferir diretamente na produtividade. Foi uma época rica na utilização de novos métodos, na alimentação e criação de animais. Destacam-se também o surgimento de pontos denominados comunidades, iniciando o giro de capital, foi o primitivismo igualitário responsável pela administração de costumes (consuetudinário).


Multiplicação das Forças Produtivas

Todas as novas descobertas, seu modo de trabalho e suas técnicas desde vasos, pratos, passaram de manuais para produtos manufaturados com ajuda de outras novas invenções, assim como o processo de se trabalhar a terra, desde o arado de força tratora humana, até aos animais, do arco e flecha até aqueles com propulsores, foram necessárias técnicas para aprimorar o desenvolvimento do homem como ser humano e perpetuar sua linhagem. As forças produtivas possuem toda uma estrutura que garante a funcionabilidade vital para o sistema, é de fundamental importância sua presença; Como a caça e a pesca, à agricultura necessitava de seus trabalhadores equipamentos para poder preparar a terra e depois cultivá-la, obrigando a construção de obras e sistemas hidráulicos; É a representação da multiplicação das forças produtivas criadas pelo homem para gerar produção. O desenvolvimento da agricultura foi lento e gradual, motivos esses causados por uma produção maior de produtos cultivados por materiais e instrumentos arcaicos, foram muito úteis os canais , mas demoraram demais para serem inventados e isso contribuiu para a demora do desenvolvimento pleno, mesmo assim, no geral, tudo contribuiu para o enriquecimento do capital social básico, sendo este o maior responsável pelo desenvolvimento da produção.   


A Mulher No Terceiro Milênio

Para podermos entender a posição da mulher nos dias de hoje, é necessário entendermos sua história desde os primórdios da humanidade, bem antes dos hominídeos, bem antes da aurora do homem, na criação da fêmea e no início do que poderíamos chamar de habitat natural. Temos que entender o porquê disso hoje, seu “status” perante o mecanismo complicado da sociedade, para se tiver idéia do que foi a epopeia da mulher num mundo completamente machista desde os animais irracionais, até os racionais. Não existiríamos se não fosse palas fêmeas, o centro de tudo, pois o homem pode ter sido senhor e dominador, mas sem elas, não passaríamos de simples animais irracionais; Sempre seguimos nossas mães em tudo, do nascimento, crescimento e muitas vezes depois de adultos, nossas ligações com a progenitora continuam fortes. O homem sempre foi o responsável pelo comando de nossas vidas, diga-se de passagem, até hoje, sendo típico do macho para mostrar seu poderio até hoje, direcionando nossa maneira de viver e pensar.
        
A relação de pais/ filhos sempre foi de garantir para a espécie sua longevidade e segurança; Através das lendas, aprendemos como a natureza se encarrega de manter esse equilíbrio em perfeita harmonia; Pensava-se que o leão, por ser o “rei da selva”, mas isso muda, ele pode mandar, mas é a fêmea á responsável pelo sustento das crias, isso sempre ficou claro em grupos grandes, pois sua ninhada sempre ficou a mercê dos perigos e predadores naturais e não dificilmente dos seus, do próprio bando. Era uma das características das fêmeas permanecerem no grupo enquanto o macho era de predominância móvel, isso garantia o controle dele no grupo com sua capacidade de caçar, procriar e garantir as melhores fêmeas do bando para si, com uma autoridade existente só no bando dos homens.
          
As mulheres tinham a dominância do grupo, mas eram os machos os dominantes deles; era importante que os machos garantissem segurança ao grupo, pois sem isso, a espécie desapareceria. Quando o macho é agressivo por natureza, e as fêmeas sentem sua prole ameaçada, elas por instinto, entram no cio, isso pode ser perigoso visto que esse comportamento desencadeia uma reação em série de stress nela, e ao longo do tempo poderia ser um fator que contribuiria para sua extinção lenta e gradual. É incerta a data em que o homem começou reproduzir para procriar, talvez em torno de dez mil anos atrás, onde as fêmeas humanas perderam o cio e começariam a menopausa ainda é motivo de estudos pelos cientistas; estudos feitos revelaram que a mulher desenvolveu a menopausa para evitar um acidente de percurso pela mulher, onde elas dariam a luz acerca da morte, e seus descendentes correriam o risco de ficarem pelo caminho.
          
Estudos revelaram que a coleta e a distribuição de alimentos eram quase sempre atividades de responsabilidade das mulheres, podendo ter sido as responsáveis pelo advento da pedra lascada para os afazeres domésticos e dar mais agilidade nas tarefas diárias, sendo considerado o primeiro processador de alimentos. Pode-se dizer o mesmo na manufatura de utensílios que utilizavam fibras e qualquer outro tipo de vegetação para fazer cestos. Com o avanço do tempo, era notória a mudança corporal, sua dentadura foi diminuindo, até aos estágios atuais, ideais para comer carne e vegetais, tudo isso fez aumentar á distancia do homem e a natureza, posteriormente seu controle era cada vez menor. Com o surgimento da fala, acredita-se que foi graças à mulher a grande influência dos ciclos astronômicos causados pelo período menstrual. A relação familiar era mais de cooperação do que de competição com os filhos e o macho. Era notória a mulher trabalhar mais que os homens, consequentemente foram elas que criaram a arte de plantar grãos e sementes em períodos cíclicos, trabalhando com ás próprias mãos quando necessário.
         
Na história vários registros foram encontrados no que diz respeito à divindade que as mulheres eram, representadas por pequenas esculturas de uma mulher gordinha com os seios enormes, representando a fertilidade da mulher, era conhecida como Deusa Mãe, cultuada em regiões diferentes do mundo ao mesmo tempo, sendo que o primeiro vestígio foi encontrado em uma cidade às margens do continente europeu (mar Cáspio), esse culto durou milhares de anos, transpassando uma era para outra. Outra característica das mulheres foi quando elas alcançaram um apogeu, quase igual ao dos homens, sendo eles divididos em quatro períodos: o primeiro, o mundo é criado por uma deusa sem ajuda de ninguém, no segundo, a deusa é associada a um companheiro, no terceiro, um deus macho cria o mundo em cima do corpo de uma deusa, e o quarto, um deus masculino cria o mundo sozinho. Na mitologia não faltam casos das mulheres serem mais poderosas do que os homens, como no caso dos Nagôs e da mitologia grega, em outros casos, como na mitologia sumeriana onde as deusas são destruídas por deuses masculinos, mais tarde na mitologia da mesopotâmia, ela não passava de uma criada.

Luzia, a "primeira mulher brasileira"
Na história só mudam os lugares, pois a barbaridade contra a mulher acontecia em qualquer lugar, no Brasil aconteciam fatos semelhantes, onde os homens abusam de suas forças sejam elas baseadas em cultos ou forma de viver, viviam o tempo todo atuando de maneira opressora contra a mulher, como no caso da cultura munducuru, onde eles roubavam seus supostos poderes em seus instrumentos mágicos ou em outras como o Kikuyu, onde as mulheres eram bravas guerreiras e não perdiam para os homens, mas estes se uniram para fazer sexo com todas elas, de modo que todas engravidaram e eles tomaram o poder à força. Todos esses fatos ao longo da história vão minando o poderio das mulheres e consequentemente diminuindo sua participação na sociedade, tornando-a fraca e perigosa ao mesmo tempo em que colocaria o homem nem posto de “salvador da pátria”, e ela uma cobra venenosa e submissa, o sinônimo do mal. Outro fator que colocava a mulher em posto inferior dava-se pelo fato de ela trabalhar em afazeres menos pesados como á culinária e o trabalho doméstico, enquanto o homem trabalhava com o pesado no caso do arado e caçavam animais para obter a carne, essa quase sempre escassa tornando-a sinal de muito esforço e de difícil acesso, e eram os homens os grandes caçadores e todo o trabalho das mulheres em casa era desprezado, apesar de o trabalho ser árduo para eles, sobrava mais tempo livre na qual se fortaleciam em grupos machistas e desenvolviam formas de excluir sempre mais as mulheres.

Foram criados cinco padrões para descrever a relação homem/mulher: Homens e mulheres coletam, homens caçam, Homens e mulheres coletam e caçam coletivamente, Homens caçam e mulheres coletam, Homens caçam e mulheres processam o produto da caça, e Mulheres coletam e caçam, homens caçam e pescam. Nos dois primeiros padrões os homens e mulheres se ajudam ou podem viver isolados, no terceiro, os homens caçam e isso da certo destaque no macho, despertando o interesse por parte das fêmeas, aparecendo às uniões interesseiras, no quarto e quinto, as mulheres são dependentes dos homens, são vistas como objeto de troca e são obrigadas a casarem forçadas. A predominância masculina sempre se deu de maneira quase violenta sobre as mulheres, e isto aparece em muitas tribos ou seja, quanto mais arcaicos, pior para elas, as mulheres sempre foram tratadas como fardos para eles, tanto no sexo como no trabalho, podendo ela ser humilhada, tornado-os verdadeiros covardes protegidos sob um código de ética, e inventam a todo o momento formas de puni-las, para garantir seu poder, raramente acontece o contrário.
         
Pela lógica, “quem pare, detém o poder”, mas isso nunca aconteceu, o papel da fêmea era produzir um contingente de mão de obra farta, tanto para a produção quanto para a guerra. O homem se deu conta que também era o responsável pela transcendência da espécie e começou controlar a sexualidade, exercendo mais poder sobre ela, iniciando ai o conceito de superioridade a ponto de transformar o mito em deus, e claro, o controle do que seria certo e errado. A mulher passou a ser vista como algo perigoso por causa de seu poder de procriar, a tal ponto de ser punida por isso, consideravam-na serpentes sedutoras e traidoras, podendo dizimar os homens. Em cima desse medo secular, os tabus foram tomando corpo, tornando o homem mais poderoso e inteligente, próprio para controlar o que desejasse e isso seria demonstrado nas guerras; Todo esse contexto foi mudando á cabeça das mulheres fazendo parecer que elas eram mesmo às responsáveis por tudo isso mesmo, e fez com que elas duelassem entre si para garantir os melhores machos e ao mesmo tempo sofriam tanta dor e desprezo que desencadeou outro sentimento entre elas, o prazer em ser humilhada e desprezada, enquanto isso acontecia com elas, os homens tiravam proveito desses fatos e se tornavam cada vez mais dominantes.
          
A religião também foi outra grande vilã pela interiorização da mulher, existem quatro tipos que explicam isso, o primeiro é a grande deusa criadora da natureza e dos homens, a segunda é um deus masculino que usurpa o trono e destrona a deusa, o terceiro um deus e uma deusa criam o mundo junto, e o quarto o mundo é criado por um único deus onipotente, onisciente e onipresente, nele a mulher mais uma vez faz o papel do mal na qual seduz o homem comer o fruto proibido e ambos caem em desgraça tudo por causa dela, mais uma vez ela é a força destrutiva que colocou o homem contra Deus, ambos são expulsos do paraíso e começam trabalhar a terra para garantir seu sustento, mais uma vez é o homem que trabalha na terra, começando por ai o controle de tudo. Outro fato que contribuiu para isso foi quando Deus fez Eva através da costela de Adão, sugerindo que ela foi “parida” dele, dando a entender que ela seria submissa a ele, simbolizando a inferioridade tanto religiosa quanto no mundo dos homens.

A história foi responsável também por criar grandes mulheres, sejam elas guerreiras, rainhas ou exemplos a serem seguidas, responsáveis pela ascensão e queda de seus impérios, foram elas: no Egito Cleópatra na qual teve imperadores a seus pés, Helena de Tróia na Grécia responsável não por uma guerra, mas por seguir seu coração, Messalina em Roma, mulher do imperador considerada uma devassa, morrera não por adultério, mas por se apaixonar por outro e finalmente para o cristianismo a virgem imaculada: Maria, “mãe do salvador”.









4 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigado pelo comentário caro leitor, espero que continues prestigiando o blog. Forte abc.

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  2. Olá Renato! Achei excelente o seu trabalho. Estou realizando pesquisas sobre o tema estratégia na história humana e seu material me ajudou a elucidar alguns pontos. Muito obrigado!

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  3. Obrigado Vancouver, espero ter lhe ajudado e lhe sou grato por divulgar o blog. Forte abc.

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