A história Presente

A história Presente
História na veia

Seguidores

sábado, 23 de julho de 2011

História economica e geral do Brasil




Para ouvir a música, aperte o play. To listen to music, press play. Para escuchar a jugar prensa musical. Um Musik zu hören, drücken Sie spielen. Pour écouter jouer de la musique de presse. Per ascoltare la musica, premere play.



"Aconselhar economia ao pobre é grotesco e insultante, é como aconselhar que coma menos quem está morrendo de fome." Oscar Wilde






Capitalismo
O capitalismo acontece com o acumulo do capital, isso ocorre por que o acumulação primitiva iniciou-se antes do capitalismo (modo de produção pré capitalista), Marx trabalhava no cenário britânico, por isso era criticado, afinal o modelo que ele havia criado era inglês e os outros paises adotaram esse modelo as suas realidades; a acumulação primitiva do capital ocorreu antes do capitalismo propriamente dito, porém trabalhava com a idéia do conceito que definia a idéia da acumulação que distanciava o trabalhador com os meios de produção.

Gleba
A terra tinha um significado fundamental para a sociedade feudal e para a gleba, pois no feudalismo havia uma ligação entre o homem e a terra, por isso ela tinha um sentido social, afinal ela era um instrumento para a produção de alimentos, se isso não ocorresse, ela estaria se desviando de sua função social original. 


A história da acumulação primitiva do capital foi uma tentativa dos poderosos de separar o homem de sua terra, por isso começou o surgimento do trabalho do homem livre associado ao pecado original, que era uma idéia penosa de se conseguir o sustento para sobreviver, o trabalho passou a ser algo digno sob essa perspectiva, o homem sem trabalho começava a se deprimir, pois ele dependia do trabalho, e era sua força produtiva que dignificava ele e disso ele retirava o seu sustento.

O pecado original era comparava com a cumulação primitiva, a experiência do camponês sem a sua terra era a pior coisa que poderia acontecer, quando o homem perdeu suas terras, o capitalismo substituiu-o por ovelhas, e depois por animais de caça. A acumulação primitiva desassociava o trabalhador de seus meios de produção,  e sem a terra, ele nada produzia, sendo assim, ele não teria como sobreviver.

A expropriação acontecia da maneira mais brutal, pois o camponês não tinha nada, tudo pertencia ao senhor feudal e trabalhando para ele, o trabalhador tinha uma série de obrigações, e o senhor feudal por sua vez quanto mais servos possuísse, mais rico ele ficaria, pois ele recolheria mais impostos e a gleba retiraria a sua parte para a sua sobrevivência; a expropriação aconteceria pela legalização que transformaria essas terras em terras do governo, o rei criaria a privatização (estatal) e as terras em coletivas e depois doaria ou venderia elas para as elites.

Havia um grande roubo de terras por parte do Estado, esse o faria nas propriedades da igreja e através da reforma protestante, que tomaria a maioria das terras pelo rei, o interesse estava concentrado mas mãos de poucas pessoas, deixando a propriedade de ser comunal para ser estatal e depois privada.

A expropriação deixava o homem do campo sem ferramentas para trabalhar e sem elas, ele ficaria fragilizado bem como a produção de bens e alimentos. A grande polemica de Marx era de que o homem não apareceria nesse contexto, dando a impressão de que o modo de produção não existisse, essa critica partia dos historiadores contemporâneos.

Todo conhecimento era feito encima de seu tempo, havia uma limpeza da terra para uma nova finalidade: transformar esse modelo num novo tipo de pastagens, criar-se-ia então as cercas para as ovelhas não escaparem e para que muitas que não fossem as suas, entrassem, esse tipo de modelo separava o homem do trabalho.

As legislações foram criadas para insurgirem-se contra os expropriados, sem os mecanismos de produção o homem ficaria a margem da marginalidade, da criminalidade, ele ficaria sem saber o que fazer, pois com as suas ferramentas retiradas, não haveria mais postos de trabalho e assim a população não se incorporaria mais no mercado de trabalho.

Sem essa massa produtiva, o homem se viu obrigado e forcado a trabalhar, humilhando-se ao sistema de trabalho imposto pelo patrão, onde a pressão  das leis faziam com que  o homem trabalhasse sob qualquer situação para sobreviver.

O escravo nesse contexto era o branco e não mais o escravo negro.  As leis forçavam o homem a uma nova idéia de trabalho e esse seria transformado totalmente, criando-se novas maneiras de modo e conceitos de trabalho como punição para dar a idéia de como era importante para ele produzir, isso era o papel do Estado como agente de purificação para o homem. Estava acontecendo uma guerra dentro do ser humano, o trabalho purificaria tudo isso, a reforma protestante criaria possibilidades do trabalho com aquilo que dignificaria e justificaria essas praticas desumanas de produzir, tudo sob o aspecto de uma visão positiva, tendo a preguiça como o mal que deveria ser exterminado da face da terra e do homem, para isso o castigo era o mais indicado, por causa desses disparates, foram criadas as leis do trabalho que assegurariam aos trabalhadores um pouco mais de dignidade.

Com o surgimento do arrendatário, a posse da terra é colocada exclusivamente  para o homem trabalhar para ele; ele era um servo que ganhou destaque e com o sucesso criou um sistema de parceria com a terra, fazendo acordos com os donos onde ele exploraria a pessoa a trabalhar para ele e assim pagaria suas dividas através do mais valia. O modelo clássico burguês era o comerciante, depois surgiria o modelo do arrendatário capitalista que alugaria a terra e a expropriaria dos camponeses dando-as aos burgueses que acumulariam capital para sustentar o novo modelo que estava surgindo: o mercantilismo. Essas relações comerciais do velho mundo com o novo mundo utilizariam o protecionismo econômico para o pagamento das dividas publicas (para quem tivesse dinheiro isso era um ótimo negocio), o governo precisava de dinheiro para utilizar nas navegações marítimas, pagando assim com títulos da divida criando uma série de acordos com esses credores, beneficiando-os.

Usura
O banco da Inglaterra lucrava muitos papéis do governo, que se utilizava da usura e da expropriação da mão de obra barata criando assim uma outra ação fundamental: o mercado de interesse com a massa sendo a consumidora dessa produção. O homem nada produzia para ele, por isso tinha que comprar tudo, pagando então o que havia produzido, tudo era feito para enfeitiçar o trabalhador. O protecionismo seria uma fonte de acumulação primitiva do capital, pois era uma ação do governo que transitava entre o Estado Absolutista e que mantinha a balança comercial favorável para o seu mercado interno e externo, mais importando do que exportando, por isso criaria barreiras alfandegárias para encarecer o produto dos outros paises, por exemplo, ao comprar o feijão de outro país, ele aumentava o preço em seu estado ou forçaria a nação financiando ou produzindo mais feijão.

Mercantilismo
O governo tinha uma forma de interferir sempre na economia e isso enriqueceria a burguesia, este modelo de interferir era a representatividade e elo da colônia com a metrópole, que transformaria a matéria prima em lucro para o consumo na própria colônia, tudo voltado para a expansão do comércio marítimo comercial.


Transição

O capitalismo se desenvolvia com o feudalismo na Europa, sendo essa uma característica única desse continente, criou-se um modelo de esquema fundamental do panorama geral para se desenvolver e superar esses limites. Fragoso falava dos modelos explicativos da economia colonial utilizando-se da mudança de uma idéia de Novaes, por exemplo, o trabalho do Rio de Janeiro na época das exportações coloniais.


Feudalismo europeu
A economia colonial só apareceria no cenário internacional graças ao comercio interno, pois o trabalho ressurgindo nas cidades, afinal ele já existia, nesse sentido ele aparece na sua forma econômica, por exemplo, com o ressurgimento das cidades por que o modo do renascimento feudal dava a impressão de que só existiam feudos por toda a Europa central e oriental: França, Alemanha, Espanha, Portugal,  Itália só saindo para o oriente (Itália), pois o feudalismo era diferente por que o império romano era urbano, porém suas cidades continuaram existindo, por isso a dificuldade de se penetrar com o feudalismo nesse tipo de cidade e no caso do segundo exemplo, por questões culturais


Liga Hanseática
Percebia-se a síntese integrada que subsidiava esse tipo de modelo, a Itália (Gênova e Veneza) eram cidades mercantis, o comercio dessas cidades sempre existiu, principalmente com o norte da França (Champagne), por causa disso, surgiu a Liga Hanseática (ligas comerciais) que comercializavam com o oriente principalmente as especiarias. Surge então uma nova classe social, a burguesia (a clássica e não a nobre), mas com o  tempo eles se tornaram nobres. Os comerciantes compravam títulos de nobreza, era a chamada “nobreza de toga” – torgada, nesse ínterim surge outro tipo de especulador, o arrendatário, como um novo tipo de burguês que emprestaria dinheiro. As cidades com isso se emancipariam dos fundos através dos acordos comerciais, ao passo que a liga pagaria os impostos aos senhores feudais: surgem os comunas.

ÁREAS ALÓGENAS

A agiotagem contemporânea são os lucros, na antiguidade eram os usurários (usura), Voucher trabalha a idéia de um feudalismo entre as crises do século, o modo de produção feudal trabalhava com a terra, assim a economia se reduziria a alimentação junto com a peste negra, dificultando sua reprodução por causa das guerras.

As crises só foram superadas pelo desenvolvimento das invenções, do ponto de vista agrícola isso beneficiaria enormemente a produção de alimentos, pois poder-se-ia retirar mais da terra muito mais do que o modelo apresentado, por exemplo: o arrado puxado pelo boi, ou a rotatividade da terra para não exauri-la junto com as invenções de manufaturas, bem como as ferramentas e máquinas. 

Expansão comercial marítima
Para Voucher sair da crise viria com a expansão marítima e comercial da Europa pelas conquistas da África, China, Índia, América, nesse contexto havia muitos locais para se produzir, por exemplo, a França era menor que muitos paises vizinhos, por isso utilizavam as terras de outros paises para a sua produção; as terras eram produzidas para as iniciativas metropolitanas, da oferta e procura, isso era importantíssimo para a cumulação primitiva do capital, onde vários mercados apresentavam grandes margens de lucro, reproduzindo dessa maneira o capitalismo, por exemplo, o lucro da captação se reproduzia no capitalismo de outra forma.

 
Encomienda espanhola
Os países exploradores eram os que mais enriqueciam nessa época, por exemplo, a encomienda na América Central (espanhola) utilizava-se da escravidão, o trabalho nativo foi utilizado de outra maneira. Tudo isso era parecido com o comercio contemporâneo, quanto mais o homem produziria, mais ele consumiria; por isso a acumulação bens, mercadorias e capitais se basearia em suas funções fundamentais.

Escasses especulação comercial  e economia moral da multidão não roubava e sim forçava os comerciantes a baixarem os preços dos artigos de alimentação, como o trigo para o pão e cobrar desses produtos preços mais baratos. O preço que em teoria seria o necessário, se transformaria no preço que se relacionaria com as outras funções.

Porto de Nova Iorque
Essas especulações apresentavam um limite, já que não havia mais lucro por que não se tinha mais quem comprasse, por causa disso o preço desse produto cairia e não se reproduziria; nesse período surgiria o fator da mutação do mercado, haveria uma integração do mercado com o globo,por exemplo, a América estava formando conhecimentos comerciais em todas as áreas e partes da Europa e intermediando esses capitais, aumentando assim a concorrência dos preços africanos, asiáticos, indús.

Controle dos comerciantes
As etapas finais das transformações se davam pelo capital mercantil controlando a indústria que produziria o que tivesse em condições de ser produzido e controlado como a matéria prima pelos comerciantes, começava uma transformação no processo mercantil, com uma interferência cada vez maior do Estado em todas as áreas dos processos expansionistas.

Estados Nacionais
Por causa dos Estados Nacionais o feudalismo não poderia ser mais centralizado, nesse contexto surge o Estado Absolutista, que desejava a expansão, formando uma aliança com o Estado Nacional; no séc. XVIII surge a revolução industrial na Inglaterra homogeneizando o capitalismo. Os modelos explicativos da economia colonial referem-se ao panorama comercial e geral da expansão comercial do mercantilismo, atuando no seu modo explicativo pela sua relevância para a acumulação primitiva do capital.

Mercantilismo
O mercantilismo era uma forma de comportar riquezas, era uma aliança entre a política e a economia, sendo essas as que definiriam o seu futuro como modelo mercantilista para conseguir mais riquezas e poder, trabalhando a idéia de que existiam elementos que se auto influenciavam, era uma relação dialética que formava o mercantilismo colonial:

Patamar Político: Absolutismo – era a marca do poder centralizador:


Sistema feudal descentralizado


Exemplo 1: o feudalismo era um sistema político descentralizado, cada monarca mandava em seu feudo.




Absolutismo 
Exemplo 2: o absolutismo era o sinônimo da acumulação primitiva do capital, com isso surgia outras diferenças na sua forma em cada país, pois era o Estado absolutista na figura de um monarca que estava acima de tudo e de todos e que criava os elementos de unificação da política a auxiliar na atividade mercantil.

Estado absolutista
Exemplo 3: a prática comercial era estimulada como medidas padrão em forma de uma moeda única, um pesagem única, a padronização era o elo importante para a manutenção desse tipo de atividade comercial, sendo de estrema relevância para o burguês. O Estado absolutista criava as próprias regras fundamentais para a expansão marítima, sendo ele o principal protagonizador de tudo isso. 


"o sol nunca se põe no império espanhol"
Os metais passaram a ser de extrema importância na fundamentação do estado mercantil comercial, por exemplo, na Espanha usava se a expressão: “o sol nunca se põe no império espanhol”, pois a vastidão de seu império ia das terras americanas espanholas, até a Europa e ao oriente até a África e a Ásia.  


A corrida pela navegação passou por Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda; o mercantilismo era uma política econômica absolutista:
                                                                                 
             Política econômica mercantilista:
1.      metalismo
2.      balança comercial favorável
3.      controle do estoque



1- Metalismo: a riqueza de um  país era em teoria medida pela quantidade de ouro que esta nação possuía. Existia um motivo então para expandir a procura  para o acúmulo de ouro e poder então enriquecer, o metalismo explicava o mercantilismo.




2Balança Comercial Favorável: para quem não tinha ouro, era preciso manter uma balança comercial favorável: no momento em que mais se exportava do que importava mais se beneficiariam. Esse sistema se baseava nas legislações que fazia seus julgamentos sempre a seu favor, a lei dizia uma coisa e a pratica dizia outra. A história do trabalhador sempre se baseou em fontes, existindo exclusividade ou não, a fonte passava a ser a ditadora do que estava certo ou errado, baseada em modelos explicativos. 


Para um país manter a sua balança  comercial favorável, era preciso criar medidas protecionistas, nem que para isso ele interferisse o tempo todo na economia, por exemplo, se não existia um produto nesse país, ou o governo comprava no mercado externo ou criava uma serie de leis protecionistas alfandegárias desfavorável a esse produto, era uma forma política achada para se proteger da especulação do mercado e com isso a balança comercial estaria sempre a favor da nação. 

Portugal acumulava muito ouro e metais preciosos, as colônias se encarregavam dessa produção, nesse ínterim foi seguido pela Espanha e Inglaterra que se utilizaria de corsários para piratear os outros navios; através de alguns acordos comerciais entre Inglaterra e Portugal, foram feitos alguns tratados comerciais e dentre eles se destacavam o de Methuen, a diferença desse tratado era paga em ouro ao ingleses pelos portugueses, ou seja, era uma transferência de certa forma legal na maneira como eles conseguiam esse ouro.

3Controle do Estoque: o país constituía estoques para se tornar auto suficiente, para  isso era preciso um estoque e isso só era possível graças as colônias que produziam tudo, as relações entre as colônias e a metrópole inglesa eram de caráter exclusivo metropolitano, sendo assim, se  constituía um monopólio comercial que exigia cobranças para os seus colonos onde eles não poderiam comercializar com ninguém, por isso criou se o pacto colonial que consistia nesse tipo de relação comercial exclusiva forçando a uma relação comercial exclusiva. 

O índio também foi usado nessa transação comercial, onde trocava suas mercadorias com o homem branco originando o escambo; no Brasil esse pacto quase nunca chegou a existir, por exemplo, a exploração do pau brasil era um monopólio pertencente somente a uma pessoa, ele detinha todo o poder da madeira que saia da colônia para a Europa. 

A colônia como era monopólio da metrópole e nada podia fazer, isso gerava uma relação bipolar, sendo a colônia a responsável para garantir esse equilíbrio  da balança comercial favorável. A colônia enviava para a metrópole a matéria prima e metais brutos e recebia produtos manufaturados com o impedimento de se produzir na colônia. Havia algumas exceções onde se podiam produzir alguns itens como o tecido bruto para a produção das calças dos negros.


1. Caio Prado Jr: faz uma tentativa do rompimento da explicação dos “ciclos econômicos” que considera a linha mestra dos acontecimentos; para ele a expansão marítima gera os descobrimentos e a exploração de produtos tropicais através da estrutura exploradora:







 
Os modelos explicativos do colonialismo brasileiro aconteceram de forma diferenciada com mudanças especificas de cada momento, Caio Prado Jr rompe com essa ideia de ciclos, por exemplo o ciclo do pau brasil , o ciclo do açúcar, ciclo do ouro e o ciclo do café. Sempre existiu a idéia de um produto rei, e isso não se encontravam registrado em nem um tipo de documento, os registros passaram a ser uma espécie de documento chave para as  novas questões didáticas.

Ciclos brasileiros
O conceito era desconstruir o que havia sido ensinado ao longo do tempo; no Brasil não tinha como existir um ciclo, não se pensava algo que começava e terminava, porém nunca nunca aconteceu, por que nem chegou a acontecer, se não era aprofundado não se explicava o que realmente significava, por exemplo, o ciclo do açúcar não pode se reproduzir, pois a economia não era só açúcar, e não se comia só açúcar e se bebia cachaça.  O que o índio produziu também era incorporado na produção; era traçado uma linha mestra de acontecimentos e nada escapava dela, por isso Caio Prado Jr era criticado:



Pombal
O monopólio era exclusivo e comercial da metrópole, a colônia enviava produtos coloniais e a metrópole, que por sua vez retornava esses produtos manufaturados, a extração exploratória trabalhou a idéia do plantation, que era um conjunto infalível, onde se trabalharia duas questões fundamentais:


Monocultura açucareira



Monocultura: trabalhava-se um só produto, por exemplo, o açúcar, era o principal produto no inicio da escravatura e o pau brasil, era o principal produto no inicio do descobrimento




Mão de obra escrava
Latifúndio: eram grandes quantidades de terra, por exemplo, o açúcar. A mão de obra escolhida foi a escrava (escravidão vermelha: índio), eram os “negros da terra”, os índios foram substituídos pela  mão de obra negra; tudo isso era influenciado pelo mercado externo, pois havia uma preponderância do capital mercantil, sobre a mercadoria externa.

Portugal influenciava e dizia que o plantation funcionando ou não, seria uma vontade forte de que se produziria ao seu aval, para a colônia havia uma idéia de rompimento forte, porque isso se canalizava nas áreas urbanas; a exceção deu-se com o gado que se encontrava disponível para as metrópoles.

2. Celso Furtado: seguia a linha de Caio Prado Jr, ele trabalhava a idéia de que existia uma flutuação da mercadoria interna pela mercadoria externa, influenciado pelo mercado externo, sendo assim, a economia era um desenvolvimento que criava um modelo explicativo que se colocava com as outras relações macro, por exemplo, a acumulação primitiva do capital e o mercantilismo.



Para     Celso Furtado o plantation não funcionaria e trabalhava-se a explicação da subsistência, por exemplo, se o preço do açúcar estivesse em baixa na Europa, não haveria necessidade de  produzir açúcar no Brasil. O produto seria inteiramente barateado e assim se gastaria menos dinheiro, excetuando-se o que seria comercializado como o abastecimento interno. 


Não se utilizaria o trabalho escravo, supõe-se que se utilizaria o mercado livre, a produção seria destinada a sua auto-subsistencia, mas não dependeria do mercado externo, isso não geraria uma economia local, e subentender-se-ia que ela não dependeria da metrópole, isso impediria a circulação de moedas por que elas ficariam onde estavam sendo produzidas.   Se o plantation estivesse em crise, quem produziria também não poderia comprar, se isso não funcionasse, o mercado seria reduzido e ainda dependeria das flutuações do mercado externo.

3. Fernando Novaes: todos os autores trabalhavam a idéia de existir um antigo sistema colonial, isso explicaria a finalidade da acumulação primitiva do capital e garantiria assim a exclusividade pra a Europa através do Pacto Colonial. Portugal do séc. XVII –XVIII dependia da Inglaterra (tratado de Methuem), e havia uma transferência de vantagens para a Inglaterra, logo Portugal extrairia mais riquezas do Brasil, essa relação era tido como vantajosa somente para os ingleses. 

Fernando Novais trabalhou algumas questões fundamentais: a escravidão era um meio de mão de obra mais adequada por que garantiria a acumulação primitiva do capital do Estado, excluindo a escravidão indígena para a inclusão da escravidão africana e por causa dos acordos do pacto colonial havia muitos ataques indígenas aos colonizadores.


Tudo o que acontecia de fato era que o índio  não produzia, logo, a escravidão africana transformar-se-ia em um mercado promissor onde Portugal sairia ganhando mais dinheiro e o escravo passaria a ser uma mercadoria muito valiosa; o escravo era uma ferramenta fundamental para a acumulação primitiva do capital a metrópole e para que isso acontecesse, a hegemonia da produção se basearia no plantation. A economia colonial era dividida em setores:   
a)      Plantation
b)      Subsistência (não era a mais forte)
c)      A flutuação interna dependia do comércio externo.

A exportação impedia o crescimento do mercado interno e o capitalismo mercantil deixaria de existir para o capitalismo industrial; quanto a essas questões os indivíduos formaram modelos, onde Fragoso formava modelos que não se aplicavam ao Brasil, ele trabalharia a idéia de que o sistema colonial brasileiro era influenciado pela conjuntura internacional e no caso do Brasil seria com a produção do açúcar, que faria com que a produção de alimentos declinasse com essa flutuação do mercado externo e interno ao modelo da agroexportaçao.

Jacob Gorender

Ciro Flamarion Cardoso e Jacob Gorender criaram um modelo de produção escravista colonial, não havia sido esse o modelo de produção criado por Marx, além de ser muito rejeitado; no Brasil os historiadores com sua tradição marxista se baseavam no escravagismo e nas relações exclusivas comerciais (colônia-metrópole).



Ciro Flamarion Cardoso
Ciro mostra como se deveria fazer uma pesquisa histórica, através de tabelas, de modelos historiográficos, para ele era necessário entender a economia colonial como uma economia complementar, era um anexo da economia metropolitana, a colônia era quem dependia da metrópole e não o contrario, sem muita diferença do que estava acontecendo lá fora.

Existia uma lógica mercantilista interna, apesar de ela ser complementar, existia a lógica mercantil externa que não reduziria o impacto de dependência, Ciro Flamarion Cardoso rompe com o modelo explicativo ao qual dava sentido a colonização que não gerava riquezas, onde dizia que o excedente não era absorvido na colônia e sim na metrópole, onde ninguém acumularia capital e não se desenvolveria nada, dependendo só do mercado.

Na lógica mercantil externa havia um novo modelo de produção, onde seria distribuído em dois setores da economia, eram dois setores agrícolas: o de agroexportaçao (plantation) que criava o sistema interno de abastecimento e o setor ligado ao plantation, onde os escravos teriam um lugar para plantar e disso tirar sua sobrevivência: brecha camponesa, Ciro mostrava que isso não existia e que não haveria separação a nível macroeconômico.


Jacob Gorender seguia a mesma fonte de CFC, continuando com sua idéia sobre o modo de produção, ele baseando-se nesse tipo de metodologia dizia que o que se produzia não circulava, havia sim uma acumulação interna no Brasil, onde parte da renda ficaria nas mãos dos escravos e seria possível existir um comércio interno e que não teria muita importância, isso serviria para alimentar a mão de obra, e o que sobrasse, geraria uma pequena riqueza para o senhor do escravo.

Havia uma economia voltada para o mercado externo com a troca de gêneros, essa relação comercial era entre a colônia (que não tinha controle sobre esse mercado) e a metrópole (onde havia o produtor agropecuário ou o mineiro). Fragoso trabalhava o mercado interno com os traços internos e externos da economia colonial, para o mercado interno não haveria muita diferença entre esses modelos, embora existisse a economia interna, agora estava a margem do mercado, não geraria a acumulação primitiva, afinal se produzia mas não se chegava ao mercado, então o país dependia da metrópole.

O autor trabalha a idéia de que Portugal era diferente das outras nações européias no modelo político, por isso que não dava certo, o Estado lusitano não acumulava as riquezas primitivas em forma de capital, por conseguinte não haveria o capitalismo europeu, logo não existiria a capitalização, e se não se acumulasse as riquezas, a burguesia seria pequena e rural.


O fidalgo mercador português não mudaria muito a figura desse contexto, afinal ele era representado pelo modelo do antigo regime (absolutismo, mercantilismo), ele precisaria do comercio ultramarino para sobreviver, mesmo que comprassem títulos de riquezas e acumulassem dinheiro, isso não geraria o desenvolvimento capitalista, embora fosse uma pratica do modelo político da época representado pela sociedade portuguesa.


Esse mercantilismo de destacava por ser diferente dos outros, a acumulação primitiva do capital não produzia o capitalismo e sim o absolutismo que sustentaria o mercantilismo, logo se Portugal não mandasse manufaturas para o Brasil, no lugar do açúcar por exemplo eles começariam então a produzir artigos para sua subsistência. 


O Rio de Janeiro foi estudado num recorte de 1750 – 1830, e a definição espacial e temporal eram definidas por que esse local era o maior porto de entrada e saída da época, sendo que o Brasil era o maior mercador de escravos do mundo.

O Estado fluminense era todo baseado na mão de obra escravista e necessitava mais e mais escravos para produzir ainda mais açúcar se destacando como sendo o maior produtor do planeta na época e pelo plantation que de destacava por se utilizar de técnicas de monocultura, grandes latifúndios e pela escravidão.


Mesmo existindo estudos que diziam que nada se produziria se fosse plantado, eles produziam, e Fragoso afirmava que se não fossem produzidos, eles comprariam do mercado externo, por exemplo na alfândega do Rio de Janeiro ao importar trigo e bacalhau, logo se deduziria que haveria um comércio externo de alimentos independente do plantation da colonização, isso estava próximo a produção de açúcar e do plantation que produzia outros gêneros circulares dentro da colônia.

As fontes diziam que isso era o contrário, se havia um comércio, existiria alguém que produziria riqueza e se beneficiaria com comércio interno, sendo que nos não produziríamos apenas para exportar. O texto de Furtado mostra no seu geral como o país enfrentou a crise de 1929 e como a sua principal atividade econômica o café fez para sobreviver a essa crise mundial.

A economia do café surgiu no final da colônia brasileira e se tornou no império o principal a principal atividade brasileira, no séc. XIX, na primeira década o café se tornou a principal ferramenta de rentabilidade, era o ápice de sua rentabilidade e produtividade nos lucros.


O Brasil era o maior produtor de café do mundo, produzindo cerca de zero do café mundial, fato esse oriundo das grandes quantidades de terra e vasta mão de obra, porém essa mão de obra não era mais escrava e sim assalariada; com esse clima produtivo aliado as técnicas, equipamentos de produção (estradas de ferro: porto de Santos) a produtividade seria garantida sem maiores problemas.

O mercado consumiria todo o café produzido, o café era produzido sem levar em conta quem eram os consumidores, sendo o produto consumido e não se levava em conta que ele não era mais consumido ou não, a quantidade não oscilava muito segundo Celso Furtado, os EUA eram os maiores compradores do produto e seu consumo não variava muito de um momento para o outro; o seu preço variava de acordo com a oferta e a procura, sendo o preço do café estabelecido por quem ofertava e não por quem consumia.


Seu preço era artificial, ele não representava a real procura e sim a oferta; o Convênio de Taubaté em 1906 dizia que isso era possível por que o Brasil estava se descentralizando do poder federal, logo os estados produtores de café partiriam desse pensamento de que a compra se daria pelos produtores, tendendo a proteção econômica.

O governo financiava mesmo sem dinheiro, comprando o café através de empréstimos estrangeiros, fato esse que garantia a sua lucratividade sempre elevada, bem como a sua divida frente a esses países financiadores; por cada libra de café vendida era estabelecido uma taxa para em ouro, hoje em dia essa taxa seria o equivalente ao dólar. Os cafeicultores passaram a ter sua taxa de retorno elevada.


As crises e as depressões do final do séc. XIX fizeram a necessidade de se baixar os preços do café, porém essa conta deveria ser paga por alguém; o maior erro cometido foi o de que a característica que imperava no Brasil no modo de produzir o café era um tanto imperial onde se colocava o preço da oferta até chegar a um montante que não poderia mais ser sustentado.

Furtado dizia que a crise de 1929 fez o país ficar sem o dinheiro que vinha dos países estrangeiros, porém esse fato não diminuiu muito o consumo de café, o problema maior era como manter esse café no mercado e como ele seria estocado. O governo não tinha mais como recuar e recusar esse excedente de café, afinal ele não tinha mais nem onde estocar de tanto café que havia, o problema não estava mais na procura e sim no estoque.


Surgiram então três pontos básicos para tentar resolver esse problema:
1°. Colher o café e deixa-lo apodrecer.
2°. Se o café fosse colhido, qual seria o seu destino?
3°. Se ele fosse estocado ou destruído, quem bancaria essas operações?


A maior economia brasileira estava passando por dificuldades e problemas, o patamar econômico estava baixo e esse seria o real preço do café de agora em diante, tendo ele agora sua oferta maior que a procura, por isso seu preço era artificial, por exemplo, o preço baixava por causa da concorrência, era uma questão de oferta e procura causado pelo preço artificial do café.


O problema era quem pagaria essa perda, os cafeicultores não pagariam isso pela lógica deles, sendo a melhor forma não colher o café plantado e vender o estocado, porém se não se colhesse o café plantado a crise ficaria maior; Celso Furtado dizia que o Brasil supriria a crise ficando maior ainda do que já era economicamente, por que boa parte dos trabalhos estavam na mão de obra, o que seria feito com o café seria um outro problema.

Dizia-se que quem comprasse o café que resolvesse esse impasse, queimando-o ou fazendo o que bem desejasse, a população não teria que sofrer com a crise de 1929 por que o setor produtivo não estava sofrendo tanto, o café colhido era vendido a preços mais baixos e mesmo assim esse setor produtivo não foi assim tão prejudicado como nos EUA.