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" O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas..." Charles Bukowsky
O historiador tem as suas próprias técnicas de estudo, relatando, observando, estudando com técnicas e metodologias, por exemplo, qual foi a fonte? Qual foi o objeto estudado, qual foi a sociedade observada? O historiador tem todo um tratamento nas suas fontes com um olhar sempre rankiano, cuidando para essas fontes buscar a sua verdade e um novo conjunto de informações e depois disponibilizá-las para outros historiadores fazer uso desses documentos, se ele já tem um percalço, ele deve incorporar novas técnicas antropológicas de outros estudos adaptando interesses específicos a ele:
Vanhagem se apropriou dessa idéia para escrever a história do Brasil, anos depois foi criticado como uma continuação do governo português. A idéia de miscigenação era sempre abortada; o IHGB tinha seus olhares voltados para a escravidão, para os rebeldes, malês, indígenas, cangaço, sempre com um olhar de cima para baixo, iniciava-se nesse ponto a interdisciplinidade da época.
Capistrano de Abreu: a historiografia é a base da nova fundamentação aproximando a história positivista, contribuindo uma a outra que caminham para o desenvolvimento para priorizar os governantes e os heróis, além do povo como elemento histórico.
Jules Michelet escrevia a história da Revolução Francesa
onde trazia o calor, o sentimento do povo, defendendo a emoção das opiniões.
Gilberto
Freire dizia que o Brasil não tinha preconceitos de relação de classe e sim
de raça, adiantando-se em 30 anos na história dos annales, era preciso ter cuidado
de fazer a leitura dos autores pois elas revelavam a mentalidade da época; os
bacharéis em direito eram até a metade do séc. XIX eram “de cor”, eram
mestiços, pardos e isso seria um fator de desaprovação ao poder por essa causa.
O século XX foi
criticado pelo seu método positivista, sendo influenciado por Bloch e Febvre,
na historiografia positivista só havia uma verdade única e absoluta; o objeto
de seu trabalho era quem havia descoberto o Brasil, as fontes eram espanholas,
francesas e portuguesas, os historiadores franceses apresentavam argumentos
históricos geográficos para justificar a sua presença.
Capistrano começou desmistificar isso, a ideologia se fazia presente pela península ibérica, os documentos eram oitivos, baseados na oralidade. O historiador metódico não desconhecia a existência da memória, eles negavam o objeto por que não eram positivistas, por exemplo, uma testemunha não tinha a mesma validade do que ouvir o relato original, Pinzon não era oficial, Cabral tinha a legitimidade de ser um oficial da esquadra espanhola portuguesa, metodologicamente falando, foram os portugueses que nos “descobriram” teoricamente.
Ante a contradição eliminava-se o documento, a metodologia adotada por Capistrano era:
Quando os senhores iriam requisitá-los, o pedido era negado por que agora eles pertenciam ao Estado, não terminava com a escravidão, mas se livravam da tutela de seu senhor e de sua mãe:
Jazigos e covas rasas: compreende a sociedade brasileira pelas relações que a caracterizam, Gilberto freire é considerado um autor saudosista que entende muito bem a sociedade em que vive a brasileira, além de Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr que recorriam a sociedade brasileira na época da colônia para entender o presente: o seu tempo – 1930.
Sérgio Buarque de Holanda dizia que as raízes do Brasil reconheceriam os problemas pela falta de interesse em incluir a sociedade em seu contexto. Gilberto freire fazia uma apologia do passado ao senhor do engenho como pratica no sentido de perdê-lo e conseguir levar adiante os tópicos, onde o brasileiro tinha uma tendência masoquista e era necessário um controle para esse tipo de comportamento. O lugar social (mestiço e mulato) eram a atuação política individual, onde o mulato tinha o sinônimo de rebelde, era um mestiço de relações interpessoais.
Sem fonte não
haveria história e em 1936 Gilberto freire se utilizaria dessas várias
premissas e fontes para basear o seu trabalho e a veracidade dessas provas; o
mulato era oriundo de duas matrizes raciais, no Brasil ele poderia ser filho de
escravas livres e mestiças e através da escolarização poderia ascender
futuramente como bacharéis, podiam ainda ter filhos de mulatos com mulatos
possivelmente livres e ou por apadrinhamento. Alguns eram realmente filhos de
brancos e como havia muitos mulatos estudantes de direito era muito provável
que eles se casassem com moças brancas. A farda escolar surgiria como forma de
controlar o racismo no sentido de uma filha abastada estudar ao lado de uma
lavadeira.
Fogo – José Lins do Rego: na década de 1870 os bacharéis atuavam em todas as áreas até que começaram a ser rechaçados pelas teorias racistas, sendo considerados degenerados; pois havia uma rede de confiança entre o mulato e o negro mulato e brancos, mesmo assim eles continuavam ascendendo em suas carreiras.
Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.
" O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas..." Charles Bukowsky
A
História da Cultura e a História Cultural iniciam no séc. XIX, com os
românticos e ficam as margens da hegemonização da História Metódica.
Da História
Cultural – Hobsbawm: sobre a história
História
Cultural: pode ser tudo e pode não ser nada, o autor se identifica no período
da idade moderna no séc. XVI – XIX com a relação de poder; a NHC não é uma
invenção dos anos 60, é um documento onde se argumenta que sempre existiu como
preocupação histórica do século passado. Os românticos amargavam ao ostracismo
pela escola metódica ou positiva, na sua forma de escrever a história com o
historiador fazendo o papel de neutro e distante.
A revolução francesa era a
construção histórica positiva, onde diversos processos de nacionalidade e
sentimentos se faziam presentes no evento:
Exemplo¹: sentimento de patriotismo
Exemplo²: no Brasil se fez presente com
José de Alencar e Gonçalves Dias
Alguns ficaram
esquecidos por irem de encontro à historiografia vigente, seria diferente se
fosse neutro ou com interesses diferentes dos seus ou sem esses interesses; a
história cultural era a HC individual e se estabelecia a cultura erudita das
classes letradas no sentido das artes, pinturas, e expressões artísticas:
A história
tomaria como objeto de pesquisa a cultura, a arte e as ciências; começava a
discussão do conhecimento histórico.
As fontes
abordadas no erudito e na HC das atitudes e registros de história eram uma
amplitude das fontes, apesar de alguns autores restringirem esse tipo de fonte
por considerarem fontes não confiáveis, o historiador buscava apenas os
processos entre a história (de Heródoto) e a história das testemunhas diretas,
do fato. O historiador é um mestre de verdade e da verdade, pois ele da uma
lição de cultura tanto na história da cultura como na história cultural, sendo
testemunha dos registros não intencionais:
Exemplo¹: retrato
Exemplo²: estatua
Exemplo³: foto, não tinham
intencionalidades, a fonte é um complemento confiável pois registra aspectos de
modos que só outra pessoa descobrirá as informações contidas nele, isso
significa um momento por trás daquele suporte. A HC é sempre impossível sob o
olhar do historiador.
A história
serial da década de 60 foi evoluindo até hoje, acompanhando a história das
mentalidades onde pensava-se, sentia-se e vivia-se a história social, ela
uniu-se a história monumental na documentação arquivistica a abordagem serial
onde o historiador tratava a fonte como ela não sendo serial. Para o
historiador receber uma documentação o tratamento era criar um problema e usar
essa documentação arquivistica para defrontar o problema do estudo:
Exemplo¹: cronológica
Exemplo²: quem respondeu o documento?
Exemplo³: cabido
Exemplo4: documentação da
secretaria da saúde
Exemplo5: qual era o tipo de
documento, qual o tipo de remédio, entrada e saída de pacientes.
A abordagem
nominativa era uma serie que comprovava a outra:
Exemplo6: série referencial
a sexo, a origem, a idade, a cor, a instrução, a ocupação.
Criou-se uma
seriação nominativa na história das mentalidades relacionadas à demografia,
afastando a impressão pejorativa de que ela era impressionista. A subjetividade
estava presente na escolha da analise e escrita da narrativa.
As palavras na
história apontam as mentalidades de uma época, a filologia literária só
analisava o texto em como entender a compreensão dessas mentalidades.
A fala
cotidiana e o uso da construção nem certo período histórico sempre foi
diferente em todos os períodos:
Exemplo¹: texto de Machado de Assis na
expectativa de seus personagens apontando um período do tempo em que viviam.
Exemplo²: José de Alencar no 2° império
no inicio da sociedade feudal que era igual à sociedade de exploração, onde
retinham a tiravam o que havia de melhor na localidade.
A alienação era
o ponto onde o sujeito não se enxergava mais e acreditava no sujeito; Thompsom
dizia que não se podia compreender uma classe social sem se corresponder com a
construção da cultura. Cada sociedade vive através de sua cultura, as operações
de infra estrutura e super estrutura no marxismo eram maoístas e stalinistas.
E. P. Thompson falava ainda que o stalinismo ocorria por causa de sua natureza
polêmica, como marxista, e a linguagem de opressão não era uma lógica, a
linguagem era a das colônias como soluções das almas perdidas pelo fato das
sociedades não serem homogêneas.
1. Estudava-se os diversos caminhos
2. Estudava-se os vários segmentos da
circularidade cultural
3. A tradição era uma concepção de
cultura que apontava as formas de expressão da cultura e sua retomada, pois
assim se alcançaria o processo histórico e a formação da cultura seria com o
objetivo de se formar a história cultural como processo histórico e não sendo
mais expresso em cultura ligado a sociedade; a cultura expressaria o meio se
ela fosse o objeto de pesquisa inicialmente, o historiador não estudaria mais o
objeto da cultura e sim a própria cultura.
Tradição: é uma concepção de cultura
que aponta as formas de expressão da cultura e sua retomada, pois assim se
alcançaria o processo histórico e a cultura seria aprovada como objeto da
história cultural como processo histórico não sendo mais expressos ligando a
cultura à sociedade. A cultura é a expressão social de coletividade, não é o
objeto de pesquisa inicialmente, o historiador não estuda o objeto da cultura e
sim a cultura.
O que é cultura popular?
Cultura erudita: literatura clássica.
Cultura
popular: é formada pela camada popular, é o folclore, por exemplo, festividades,
expressão de cultura popular: folcloristas
O que é popular?
O que é o povo?
É uma relação
complementar ao que não é erudito, que por seu ver, a classe erudita também não
se mistura; a subcultura quando não registrada, silencia o homem, e neste caso
deve-se fazer uma comparação e nesse silencio encontrar a fala do feminino.
Antropologia histórica é a jornada do
homem, na sua cultura polissêmica com suas variáveis significando uma
aproximação dos antropólogos. A cultura é um objeto, uma necessidade que é
transformada pela escola e sociedade, significando algo representado e
interpretado como um sistema de significados e signos; o antropólogo busca o
significado na e das coisas.
As mulheres fazem parte do contexto social por
causa da praticidade pátrio-familiar ou linear do poder patriarcal, o bem era trocado
por que as mulheres eram reprodutoras da vida. O papel masculino no trabalho
era predominantemente dele, a mulher sempre ficou em segundo plano.
No Brasil 1/3
eram propiciados pelas mães, pois o numero de crianças sem a presença masculina
do pai era enorme, por isso a estrutura familiar sempre ficou a cargo da
mulher, esse tipo de comportamento permitia fazer uma analise dessas famílias
desde o passado. Quando a família não tinha filhos homens, o registro da
família ficava com a mulher, em certas sociedades eram feitos certos rituais
representados pela purificação e isso significava mais poder, essa pratica
ocorria desde a antiguidade passando pelo mundo feudal.
A forma do antropólogo
estudar pequenas sociedades aumenta as chances de se fazer um bom trabalho,
delimitando esse estudo para um grupo individual, o resultado será melhor do
que se fosse estudado em um grupo maior.
Keith Thomas
estudava as nações pelo poder desempenhado a elas no séc. XVII na Inglaterra,
pelo qual os reis dramaturgos demonstravam sua relação com o poder e a igreja,
fazendo com que esses rituais chegassem a nobreza, isso significava eliminar
com os protestantes e o cristianismo ao mesmo tempo, resultando em uma
violência sem pressupostos na história dessas nações. A pré-colonização das
praticas e rituais da sociedade francesa dos séc. XVII – XVIII, a ritualização
do “rei sol” ocorreria desde que fosse uma característica no qual ele seria
coroado até o final da coroação.
O que é história
social?
Da história social
a história da sociedade.
Hobsbawn: o autor diz que é um tema
impreciso que obriga a história voltar para as questões sociais, era o sinônimo
dos movimentos sociais enquanto o campo de pesquisa para o historiador caracterizava
uma linha historiográfica, por exemplo, movimento operário, movimento de
resistência, controle de atividades.
A história social
e a história econômica andavam juntas nos campos historiográficos explorando
antes da primeira guerra mundial até os anos 40, além de a história política
ser focada de baixo para cima. Marc Bloch dizia que o fato histórico era também
um fato social no contexto da sociedade e o seu papel social. A história teria
vários significados: vida marcaria a vida de todos, a análise
dizia que o historiador viveria a vida e por causa disso faria uma analise da
história, da ciência, a reflexão e as oficinas. Os
acontecimentos que produziriam o fato histórico a partir de agora, porém tudo
estava atrelado ao fato histórico: que era passível de uma analise, pois todo
acontecimento tinha a probabilidade de se tornar um fato histórico, mas nem
todo fato seria histórico.
Subjetividade:
era um tema escolhido pelo historiador através de um processo histórico
restringindo num conjunto de acontecimentos que posteriormente se tornaria um
fato histórico. O que mudaria seria a analise e não a existência, tudo muda,
mesmo com novas diferenças e semelhanças.
Qual o fazer do historiador histórico com
os elementos e tendências de conjuntos na história social?
Todo escravo
era negro, mas nem todo negro era escravo, a história social de forma
sistemática na década de 50 foi à história positivista perante a história
econômica e o nascimento da história demográfica e das mentalidades que se
fariam presentes pelas grandes idéias nas artes. No Brasil houve uma espécie de
feudalismo endógeno (interior) após o “feudalismo” europeu ocidental:
O que não se
enquadraria nesse modelo era considerado resíduo solto, cada grupo tinha seu
processo político; os historiadores tinham contato com a base social nas suas
pesquisas, a história social se desenvolveu com a antropologia social inglesa e
os simpatizantes marxistas no sentido de considerar o trabalho pontos chaves
para o entendimento da sociedade.
Para se fazer a história social não adiantava
apenas se aproximar da antropologia, era preciso que os historiadores
estivessem se propondo a usar seus temas:
Ranke |
O historiador tem as suas próprias técnicas de estudo, relatando, observando, estudando com técnicas e metodologias, por exemplo, qual foi a fonte? Qual foi o objeto estudado, qual foi a sociedade observada? O historiador tem todo um tratamento nas suas fontes com um olhar sempre rankiano, cuidando para essas fontes buscar a sua verdade e um novo conjunto de informações e depois disponibilizá-las para outros historiadores fazer uso desses documentos, se ele já tem um percalço, ele deve incorporar novas técnicas antropológicas de outros estudos adaptando interesses específicos a ele:
Como se
escreve a história da sociedade?
Não há modelos,
história é história por que tem dimensões com o tempo cronológico real, os
fatos partiriam dos acontecimentos através de suas peculiaridades com as
possibilidades de mudanças ou não. Seria pela união das pessoas; teria que ter
uma ordem e um tema para problematizar esse tema, sendo necessário um núcleo
que sustentasse esse suporte.
A conversão era uma forma de estratégia em comum
com o que se estava trabalhando, era necessário haver um projeto de pesquisas
com o conceito de diferentes classes e entre essas classes ter um verticalismo
e um horizontalismo.
Diferenças da
História experimental, história da realidade e as diferenças de como se faz a
produção cientifica, histórica e historiográfica.
O IHGB ( Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro) foi criado em 1838, o Brasil tentava se reconstruir baseado no
IHGB, por isso ele foi criado através da sistematização do conhecimento
histórico através da diplomacia arquivistica e também com o dispositivo de
despertar a memória do povo e a centralização dos estudos brasileiros.
A
história foi criada através dos letratos formados na Europa, onde Vanhagem
fazia parte, a memória era social e se expressava sobre a tradição da oralidade,
no mundo ocidental a história sempre foi o suporte da escrita e se constituía
por pessoas preparadas nos cursos em formações dos historiadores.
Os
historiadores do séc. XIX não
eram historiadores formados, eram estudiosos, médicos, religiosos e traziam
para a historiografia a pratica de aproximar os métodos permitindo a história
entrar no mundo acadêmico.
A historiografia propôs um concurso sobre como
escrever a história do Brasil:
1º escrever a
história (organizar as fontes) de forma sistematizada.
2° (foi a
ganhadora) trazer o método natural onde se classificariam a partir das raças
que formariam o grupo social.
Vanhagem |
Vanhagem se apropriou dessa idéia para escrever a história do Brasil, anos depois foi criticado como uma continuação do governo português. A idéia de miscigenação era sempre abortada; o IHGB tinha seus olhares voltados para a escravidão, para os rebeldes, malês, indígenas, cangaço, sempre com um olhar de cima para baixo, iniciava-se nesse ponto a interdisciplinidade da época.
Francisco Gê Acayba de Montezuma
pardo
baiano
deputado a Câmara da Corte
Todo rankiano apresenta suas fontes de
forma erudita.
Capistrano de Abreu |
Capistrano de Abreu: a historiografia é a base da nova fundamentação aproximando a história positivista, contribuindo uma a outra que caminham para o desenvolvimento para priorizar os governantes e os heróis, além do povo como elemento histórico.
Jules Michelet |
Havia os
trabalhos da sociologia baseia-se em Durkheim buscando as leis, regras,
estéticas e transformações da historiografia em ciências, onde trabalhava com
enquetes e entrevistas expressas em subjetividades e opiniões do mundo,
apresentava dados em forma quantitativa e criaram-se categorias percentuais nas
pesquisas que foram responsáveis por diversos segmentos de classes, acúmulos de
lucros, costumes com acesso as riquezas.
Capistrano de
Abreu foi influenciado pela sociologia, onde trabalhava a heurística e a
hermenêutica (não era interpretação e sim a leitura do documento), a critica
era de que a verdade estava na estrutura do documento, toda história do
percurso era o principal trabalhada pelo historiador, isso não representava a
verdade absoluta, pois a narrativa estava presa a esse documento.
A sociologia e
a antropologia se completavam uma a outra, sendo que a antropologia completava
as lacunas deixadas pelos trabalhos. O auge da religião seria o ponto alto até
o regresso da religião primitiva, refletindo o mito romano (no sentido da
narrativa) ao passo que mostrava a evolução da magia da religião pela ciência. Tomavam relatos
dos viajantes que eram uma forma de antropologia e falavam sobre os outros e
ouvia-se também para preencher as lacunas do documento deixado em aberto. A
sociologia seria co irmã onde citaria as referencias para contribuir com a
narrativa histórica, a historiografia fazia parte da cultura brasileira. Capistrano
de Abreu foi o precursor deste século em relação a esse tipo de pesquisa.
Gilberto Freire |
Capistrano
falava das três matrizes brasileiras e dentre eles se destacavam o indigna como
resultado o mameluco e o mestiço, mais do que estudar a ação do povo em
movimento, da interiorização da colônia, ampliando teoricamente e juridicamente
no território da colônia brasileira sendo eles responsáveis pela interiorização
e construção do Brasil, desbravando-o e deixando de lado as potencias.
A pureza
de sangue era ironizada aos povos judeus, ciganos, islâmicos, negros da Guiné,
sendo considerados passiveis de contaminação ao branco
História da
Biblioteca Nacional : a historiografia brasileira do final do séc.
XIX, era inspirada pelo método cientifico, porém incorporava a preposição
positivista de que o historiador deveria ir além do simples catalogar das
fontes, ele deveria escrever uma narrativa informado pelas ciências auxiliares:
ciências –
sociais
-
antropológicas
- política
- sociológica
que trazia para o trabalho do historiador onde discutiriam o caráter dos povos
em foco da produção etnológica e descreveria nos seus estudos os índios.
A antropologia
evolucionista era linear do progresso entre a assimetria da sociedade, fazendo
afirmações que hoje soariam como preconceituosas. Capistrano de Abreu era
metodológico e ampliaria a percepção do historiador.
Contradições
1ª Fase:
atuava como professor no colégio D. Pedro II
2ª Fase:
foi considerado o pai da historiografia moderna (no sentido novo), era ao mesmo
tempo pelo método junguiano, depois passou a ser inovador ao novos temas.
Os dois
momentos do trabalho historiográfico de Capistrano de Abreu:
- 1883:
concurso para professor no colégio D. Pedro II
- Era um
historiador “positivista” adepto ao método rankiano e por causa disso partira
para dias etapas:
1ª etapa: heurística
2ª etapa: hermenêutica
Havia uma critica
a história positiva por ela ser acusada de ser neutra e distante da ideologia,
porém se fazia presente mesmo negando as coisas. Capistrano considerava as
fontes e dessa escolha o fez aos portugueses, ele porém não reconheceria isso
no momento.
O descobrimento
do Brasil - Etapa da crise documental
heurística: A concepção
clássica advinha desde a Idade Média onde se escreveriam as memórias dos
annales. A documentação moderna se fazia pelo método cientifico positivista,
era ligado a grupos dominantes que priorizavam a história mas não a empregavam
mais assim, teria que ser um profissional que faria essa transformação
histórica em ciências e o historiador em profissional. Ser
professor de história era trabalhar os arquivos e as possibilidades históricas.
Bloch e Febvre |
Pinzon |
Capistrano começou desmistificar isso, a ideologia se fazia presente pela península ibérica, os documentos eram oitivos, baseados na oralidade. O historiador metódico não desconhecia a existência da memória, eles negavam o objeto por que não eram positivistas, por exemplo, uma testemunha não tinha a mesma validade do que ouvir o relato original, Pinzon não era oficial, Cabral tinha a legitimidade de ser um oficial da esquadra espanhola portuguesa, metodologicamente falando, foram os portugueses que nos “descobriram” teoricamente.
Ante a contradição eliminava-se o documento, a metodologia adotada por Capistrano era:
- método da testemunha
- contradição do documento
- número maior de documentos → para o historiador
metodicamente a memória era um perigo, por isso fazia parte da humanística do
documento.
Havia uma
critica da memória por que ela precisava ser “fresca” e se preocupava com o
historiador. Capistrano de Abreu deu inicio no Brasil o acesso do historiador
ao positivismo, baseado na sociologia etnográfica, escrevendo um texto onde circularia
a configuração do povo, por exemplo, como os índios moravam? Como os índios se
vestiam? O historiador não interpretaria mais e sim catalogaria, fazendo um
nova história de se fazer história no séc. XIX.
O espetáculo das três raças. Cap. 1 e 2 - Lilia Schwarcs.
A
autora fala de como o conceito das três raças foi incorporado pelas elites do séc. XIX no
Brasil, o temo raça já existia, porém com outro significado, a partir das
teorias deterministas do evolucionismo social com seus pensamentos
racionalistas. No Brasil foi o determinismo racionalista das raças indú, etíope
e moura que tinham seu arcabouço na teoria biológica; todos os povos tinham
noção de eugênia, aqui tabalhava-se sobre isso pelas suas configurações serem
hereditárias: cada raça tinha seus atributos, ao nascer jamais se livrariam disso,
por exemplo, a capacidade física.
Segundo Darwin
as espécies não desapareceriam, elas evoluiriam, havia uma transição do mundo
biológico para o mundo social; eram chamadas três raças por causa de sua
hereditariedade, a evolução das
características eram determinadas pela igreja, por exemplo, os negros
africanos, os judeus e os ciganos.
A alteridade (é
a forma que eu vejo o outro e gostaria que ele agisse igual a mim)
transformaria essa diferença em exploração do outro; no séc. XIX essas teorias
fizeram sucesso umas com a teoria determinista: a raça, essa teoria não foi
sistematizada por que os negros no Brasil não eram pobres como os da Europa, os
intelectuais trouxeram isso para cá, discutindo essas técnicas agora
considerados “classes perigosas: os povos indígenas misturados com os negros,
escravos, brancos, antes os negros eram escravos tratados como escravos, agora
eram tratados como anormais”, e o estereótipo do branco cristalizaria esse
pensamento.
A autora
pesquisou o conceito dessas raças, era um recorte interno usado de forma mais
contundente desde o inicio dos anos 70, e objetivava o estudo social, para isso
era preciso buscá-los em seus redutos para uma leitura peculiar a sua
realidade, falando de uma por vez.
1°
critério: localizariam as principais cidades do Brasil na época: RJ, SP, PE e
BA nas faculdades de medicina, direito, nos museus e bibliotecas.
2º critério: os
professores não seriam incutidos por que ainda não eram estudados.
A miscigenação
era uma mistura biológica e com caráter de possibilidades, para alguns isso
representava uma maneira perigosa de compor uma nação, o Brasil era formado
principalmente pelo mesticismo, as raças seriam formadoras das seguintes
formas:
A origem é no
sentido de pertencimento étnico, a noção de negritude na África era diferente
por causa do panafricanismo, tudo isso fazia parte de um controle social
decorrentes de três séculos anteriores. Havia toda uma categorização do corpo,
por exemplo, marcas, cicatrizes, marcas de grupos étnicos, além da ligação
entre a policia e os senhores.
1.3 As
interfaces com o evolucionismo biológico de Charles Darwin incorporou um
paradigma biológico as relações sociais → o denominado “darwinismo social” →
limites.
1.4 As
técnicas:
→ a
frenologia francesa
→ as
técnicas lombrasianas
1.5 As
práticas:
→ a
identificação judiciária criminal
→ os
gabinetes da antropologia educacional
→ os
procedimentos médicos e psiquiátricos
1.6 As
representações ideológicas ou imaginarias:
→ o
racismo
→ as
classes perigosas
→ os
degenerados e pervertidos
→ os
anormais e incapazes.
2.1 As
instituições e seus objetivos
2.2
Peculiaridades e especificidades
2.3
Ações praticas resultados e continuidades históricas, sociais e culturais na
sociedade brasileira
2.3.1 O
imaginário determinista na representação e pratica:
→ o
olhar determinista do senso comum
→ as
discriminações do imaginário cultural
→ as
praticas hierárquico - discriminatórias e a legitimidade “cientifica”.
Os
senhores dos escravos contratavam professores para alfabatizá-los para poderem
fazer com que eles contabilizassem a produção e alguns eram letrados. Os negros
se alistavam no exercito e marinha para fugir da escravidão.
Quando os senhores iriam requisitá-los, o pedido era negado por que agora eles pertenciam ao Estado, não terminava com a escravidão, mas se livravam da tutela de seu senhor e de sua mãe:
O negro: força física
O branco: intelectual racial
O índio: capacidade adaptativa
A carne – Julio Ribeiro
Geografia: o clima determinava o
comportamento sexual
Biológico: determinava o sexual e
social, onde o sexual seria o mais importante.
As
teorias racistas não tinham nada a ver com Darwim, pois elas ocupavam um
caráter nacionalista e nas décadas de 1870 as leis abolicionistas dominavam os
processos de liberdade; o Estado deveria “protegê-los” e se protegerem de si
mesmos.
A antropologia educacional identificou-se com o corpo da criança para
futuramente identificá-la e a psicologia definiria o seu caráter, pelo uso de
técnicas antropológicas.
Uma
pratica não existiria sem uma representação, as pessoas agiam por que elas
acreditavam naquilo que elas pensavam ser certo, nesse sentido não havia
coletividade.
As mulheres que não se enquadrassem na sociedade eram
consideradas histéricas e sofreriam posteriormente de lobotomia, o caráter
apresentava aspectos morais, por exemplo, com quem ela morava? Com quem ela saia?
Havia toda uma influencia de Chartier.
Ascensão de bacharel e do mulato
Mascavo = mulato
Pertencia a uma
classe dominante e que melhoraria os quem escreviam e estudavam:
- Bacharéis em direito
- Medicina
- Soldados e
- Padres
Objeto seria a trilogia que buscaria “entender”,
compreender o “psico-social” e historicamente a trilogia a partir das
antinomias:
Caio Prado Jr |
Jazigos e covas rasas: compreende a sociedade brasileira pelas relações que a caracterizam, Gilberto freire é considerado um autor saudosista que entende muito bem a sociedade em que vive a brasileira, além de Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr que recorriam a sociedade brasileira na época da colônia para entender o presente: o seu tempo – 1930.
Sérgio Buarque de Holanda |
Sérgio Buarque de Holanda dizia que as raízes do Brasil reconheceriam os problemas pela falta de interesse em incluir a sociedade em seu contexto. Gilberto freire fazia uma apologia do passado ao senhor do engenho como pratica no sentido de perdê-lo e conseguir levar adiante os tópicos, onde o brasileiro tinha uma tendência masoquista e era necessário um controle para esse tipo de comportamento. O lugar social (mestiço e mulato) eram a atuação política individual, onde o mulato tinha o sinônimo de rebelde, era um mestiço de relações interpessoais.
Gilberto freire |
Mascates eram comerciantes e imigrantes
que trabalhavam no comércio e que seguiam o mesmo ramo que o pai, onde muitas
vezes se sobressairiam aos filhos dos senhores de engenho.
Fogo – José Lins do Rego: na década de 1870 os bacharéis atuavam em todas as áreas até que começaram a ser rechaçados pelas teorias racistas, sendo considerados degenerados; pois havia uma rede de confiança entre o mulato e o negro mulato e brancos, mesmo assim eles continuavam ascendendo em suas carreiras.
Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.
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