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"A
propriedade da terra, monopolizada pelos ricos, fora por muito tempo um símbolo
de status social na América Latina. Resulta daí ser esta uma área de terras sem
homens e de homens sem terra.” Donald Marquand
Dozer
Religiosidade: a América portuguesa o Estado possuía o Tribunal de Relações, mas não houve a inquisição propriamente dita, no caso do Estado, o apoio do tribunal partia da igreja. As incomiendas eram repartimentos dos índios num expediente para manter a nobreza indígena que por isso não pagava tributos para a coroa.
Mitra : era um imposto pago pelos incas. O grande mito do povo inca é que inca não era o nome do povo e sim o nome do líder representativo deles, inca era o equivalente a um cargo como o de um faraó no antigo Egito, o povo “inca” na verdade se chamava: Puriq que significa de língua inferior (quixua aímara), a língua superior era personificada pelo líder/chefe Inca. A língua sempre foi um instrumento de poder para qualquer povo.
Não sedentários: não tinham experiências com agricultura, não produziam excedentes, utilizavam o sistema de coleta e apresentavam forte resistência aos espanhóis.
Com o poder legitimizado, o regente possuiria o dom sobre a vida e
os camponeses teriam que dar a contra divindade em forma de pagamento ao
Estado, pois o soberano alem de representar o Estado, ele era a representação
do deus deles. A riqueza não estava separada do Estado, o individuo por sua vez
só possuía a terra em que trabalhava, por isso, ele estava ligado ao Estado de
todas as maneiras. A relação do poder estava ligado a simbologia e a religião
havia a educação que era ministrada pelos Teopochticalli para que eles
crescessem sabendo de suas atribuições.
O Calmecace era uma espécie de ministério de ensino superior nos nobres, onde eles aprenderiam ser sacerdotes ou assumiriam cargos burocráticos.
Tríplice aliança: Excoco,
Traclopam e Tenochtitlan venceram Azcapetizalco, todos faziam parte da
Confederação. Embora houvesse uma união, as civilizações eram independentes,
não havendo ainda o poder centralizado, eles estavam caminhando para isso
quando os espanhóis chegaram e assim não puderam dar mais continuidade a união
de poder. O império azteca nunca chegou a acontecer de fato, por causa desses
eventos modernos dos espanhóis.
O Modo de Produção se dava através dos
pagamentos de tributos através do aumento mão de obra: calmecas – eram os
nobres e os pochtiecas – eram os comerciantes, que começaram seus negócios
através de longas distancias e por causa disso se tornaram poliglotas e
espiões, sempre objetivando a terra, onde seus filhos poderiam ficar com elas
se fizessem jus ao titulo de produtores, com isso poderiam dominar novas áreas.
Convencer o povo era uma das maneiras de tentar conquistá-los
pacificamente, então mandavam uma comitiva em Tlacopan que era uma unidade mais
fraca, para convencer o povo das vantagens que eles teriam se se associassem a
confederação azteca, eles continuariam ser submissos aos aztecas, mas teriam
somente os impostos para recolher, caso o povo não aceitasse, eles deixariam
armas e dariam uma nova chance.
A civilização Tolteca era à base da
cultura para as futuras civilizações, a roda não era utilizada pelo fato de não
haverem animais de grande porte, a metalurgia era simples, além de ser um povo
autóctone, tudo era oriundo dos Andes.
A migração
azteca e a população se reportavam a uma nova realidade: mexica → México, agora
o índio reverenciaria o diferente, o europeu. Sua historia começa a ser
contada, onde a cidade seria fundada simbolicamente no lugar em que uma águia
estivesse comendo uma serpente, ocorreria assim a fundação de Tenochtitlan as
vésperas da conquista espanhola, o México passaria a ser uma confederação de
Estados.
A Espanha dividiria a América em vice-reinados: Vice reinado do Peru, Vice reinado de Nova Granada e Vice reinado do Prata.
Os mexicas eram um povo altamente militar, eles chegariam às
regiões e dominavam tudo, como aconteceu com o povo tolteca, “Quetzacotle” não
teria morrido na guerra e sim migrado para o leste. Havia a crença de que a
cada 52 anos haveria uma circularidade mística em que Quetzacotle voltaria ao
poder, fato que coincidiu com a chegada dos espanhóis que foram tido então como
deuses e nada fizeram para se proteger.
A imagem simbólica era construída e elaborada pelo simbolismo de
condição do dominado, não podendo usar assim o tempo todo a força. Com o chefe
supremo, a tributação era feita pelas sociedades e não pelos indivíduos, a
cobrança era geralmente feita pelos espólios da guerra no caso de guerra, o
callpuletc estava a frente do calpulli.
O deus Itzilacloque foi utilizado
quando os aztecas chegaram à região do México e fundariam a cidade de
Tenochitlan, essa composição era feita de nobres e essa condição social mudaria
sendo justificada pela carta mítica. De dominados eles passaram a ser
dominadores no México, eram uma sociedade voltada para a terra e por isso
demandavam de uma mão de obra especializada tal como pedreiros, marceneiros,
oleiros, artesãos, tecelãos. Na sociedade havia uma categoria especifica para
fazer o comercio a distancia: os pochtecas, na medida em que os outros
pesquisadores estudavam a sociedade azteca, perceberam que havia uma relação de
poder com o pagamento tributário.
A cultura Olmeca era o berço das demais civilizações, como se
fosse uma cultura matriz, era mais elaborada, a civilização Tolteca teve então
um regente reformador Pipitilzin que viria a ser o Quetzacoatle; os Xichimecas
era considerados um povo bárbaro, as Aztecas chegariam e dominariam os
Toltecas, conforme a tradição esse deus não teria morrido e havia ido para o
leste, a expedição de Cortez coincidiria com essa chegada e seria confundida
com o deus Quetzacoatle.
A fundação de Tenochitlan e a queda dos Aztecas fez com que a
população migrasse para o que hoje é a Península de Yucatán onde estavam os
maias e eles passariam a ser dominados. A religião era definida com o
antrozoomorfismo, onde os deuses possuíam formas de homem misturados com
animais, e animais com animais, além de serem politeístas, isso seria explorado
e conseqüentemente passariam a ser escravizados.
Os Toltecas eram especializados na arte do artesanato e os
tributos não eram pagos em espécie, mas sim em gêneros de produtos
manufaturados. Os Pochtecas se constituiriam então como uma confraria e por
causa desse comércio eles teriam vantagens em relação aos outros povos por que
falariam vários idiomas que não o seu e por causa disso se tornariam poliglotas
e espiões do Estado.
Um dos critérios usados para eleger o individuo a ser um tlatoani
era ele ser eleito por um colegiado onde alguns nobres se reuniriam para ver
qual candidato era o mais qualificado para esse cargo, ele teria que ser o mais
corajoso, não bastava ele ser filho de um tlatoani, ele tinha que ser superior
a todos em tudo. Quando fosse finalmente escolhido, ele seria o futuro
representante dessa nação. O Cihuacoatl era o mais próximo do Tlatoani, havia
no processo da evolução religiosa e cultural desses dois povos quase que uma
fusão das formas de pensar, eliminando o processo de seleção.
Tributo e posse da terra na Sociedade Azteca – Roger Barta. O autor
critica as idéias de Engels, Morgan e Baudellert sobre as idéias que eles
tinham a respeito de que todas as sociedades das Américas eram primitivas e
homogêneas, Engels dizia que essas sociedades eram ahistóricas, Morgen dizia
que essas sociedades eram parecidas por causa de seus estudos com os índios
iroquees americanos onde ele considerava essas sociedades serem simples e não
apresentavam um grau de hierarquização, eram com uma organização social
aparentemente sem avanços técnicos e sociais, ele considerava isso por elas não
atingirem o estágio de civitas como os gregos, onde o poder político era
definido.
Essas idéias foram sendo desconstruídas pelos estudiosos
materialistas com a estrutura de que o presente nestas sociedades eram constituídos
pelo modo de produção tributário. Marx defendia o modo de produção asiático nas
Américas e o modo de produção tributário na Ásia e na África em Mali.
As fontes de
informação eram muitas, de maneira geral existem bibliotecas só para esses
estudos, as fontes escritas eram todas de origem européia, onde descreviam
essas sociedades como ágrafas, sendo que os aztecas possuíam registros com
assuntos como os registros do Estado, sobre assunto religioso, etc. os Códices
(Mendonza) eram fundamentados em recuperar o passado azteca, onde seriam
trabalhadas as relações de tributação. A preocupação do autor se baseava nas
relações sociais (tributação). Os pagantes de tributos eram os aztecas, pois a
forma de pagar impostos não era homogênea.
Pipiltin: era a nobreza, a elite, sua função era recolher impostos, construir estradas, eram burocratas.
Montezuma estava no
poder quando chegaram os espanhóis, o poderio azteca, porém estava em pleno
avanço.
Alteptl era o equivalente ao calpulli, só que eram mais urbanos, embora a situação tributaria fosse a mesma.
Teopantlalli: era a terra destinada a construção de tempos religiosos.
Milchimalli: eram as terras destinadas aos gastos de guerra.
Embora a propriedade fosse coletiva (posse da terra) no sentido de posse usufrutuaria, todo o aparato era estatal. O Uey tlatoani era a representação e encarnação do Estado. Os aztecas eram letrados, mas isso não era um privilegio pra toda a população, era somente para as elites.
Os incas faziam suas plantações em declive, pois o terreno
apresentava erosão, e isso dificultaria para o plantio dos alimentos, por isso
dele ser plantado em escalonamento; as terras disponíveis eram poucas, por isso
havia o aumento da demografia e a demanda de outras regiões para sobreviver, embora
eles não perdessem o vinculo com sua etnia, esse tipo de informação se
encontrava nos Kypus: era um instrumento de cordas onde um funcionário, o
kypumaioc que era um especialista na feitura e leitura dos kypus e através
desses nós era definida as regiões, as famílias, quais eram os serviços
prestados, e para a distinção dessa corda era utilizado nós de varias corres.
O europeu nesse sentido
fazia um filtro cultural sobre o que estava escrevendo. As fontes eram também baseadas na arqueologia, a região andina
apresentava poucos trabalhos, principalmente em Cuzco, esse tipo de dificuldade
foi repassado como o tempo até os dias atuais onde os descendentes desses povos
e mesmo as autoridades pouca importância dão ao passado. Os estados atuais não
dão a devida importância que mereceria esse assunto e não investem o suficiente
para aprender com esse passado. A natureza, as riquezas e o Estado compunham
uma organização política recente, quando Pizzaro chegou nessa região, não havia
ainda a representação da organização do Estado incaico, por isso não puderam
fazer nada em relação à dominação espanhola.
Puna – é a natureza
própria do local, era o equivalente as estepes, a savana africana, era
parecida, mas não iguais; o processo de sedentarização proporcionou
domesticação de animais e o cultivo de plantas como os tubérculos, batatas,
onde eram estocados e através dos recursos de chuiu onde desidratavam a batata,
além da manufatura do charque produzido especialmente pela lhama e pela alpaca
e de cereais. O império inca nomeava a representação de chefias a essas regiões
conquistadas, há relatos de resistências que se iniciaram com a chegada dos
espanhóis que para destruí-los se aliavam a grupos rivais do inca.
Os tributos eram pagos em artefatos, artesanatos e objetos feitos
da madeira; o Estado inca era centralizado, homogêneo, a língua, porém passaria
a ser o espanhol, em outras regiões mais distantes a população de certa maneira
ainda continuava falar sua língua original. O sujeito histórico era
significativo para a reprodução dessas sociedades. As Acllas eram escolhidas
para serem as esposas dos soldados e as que não se casassem viveriam reclusas o
resto de suas vidas em lugares parecidos tipicamente como mosteiros parecido
com as ordens religiosas para mulheres.
A água era um material raro e disputado, quando os incas
centralizaram a região ocorreu uma relativa “paz”, pois agora tudo passava pela
mão desse estado centralizador e rigoroso que punia devidamente que não
obedecesse a essa nova ordem. Formaram-se os suyos que por sua vez formariam o
cauansuyo e cada suyo formaria um governo denominado capae. A rede de estradas
era grande por causa da extensão territorial, na America latina ocorria o
processo de expropriação de terras, de índios que eram expulsos de suas posses
e que agora faziam parte de um processo de prolietarizaçao do trabalho a partir
da base agrária exportadora.
Quando os incas entravam em guerra, usavam uma espécie de cocar: a
maskapachc; pelo fato de serem grandiosamente militares, o Estado criaria os
chasquis, eram como ser fossem o correio, ao longo da estrada se montavam algo
parecido com torres ou postos de observação, um soldado correria até o posto e
passaria a mensagem, o soldado que recebesse a mensagem iniciava agora uma
corrida até o outro posto mais adiante, assim eles não se cansariam o
suficiente para entregara noticia correndo o risco de não recebê-la, e a
noticia por sua vez chegaria ao destino que deveria.
Para visualizar melhor os mapas e detalhes dos desenhos, clique sobre a foto.
AZTECAS: América
indigenista ≠ pré-colombiana, pré-cabralina. A tipologia baseia-se em sua
situação histórica antes dos europeus: América colonizada: espanhóis de
nascimento, crioulos e mestiços. O projeto econômico espanhol era os metais
preciosos: extração mineral, pecuária, atividades comerciais e sociedade
(dinamismo).
Pacto Colonial – Portugal:
era o controle da coroa portuguesa sobre suas colônias. Metrópole X Colônias
Religiosidade: a América portuguesa o Estado possuía o Tribunal de Relações, mas não houve a inquisição propriamente dita, no caso do Estado, o apoio do tribunal partia da igreja. As incomiendas eram repartimentos dos índios num expediente para manter a nobreza indígena que por isso não pagava tributos para a coroa.
Tupac Amaru foi um líder indígena que lutou contra os
espanhóis; a luta pela terra sempre esteve ligada as questões indígenas.
Mitra : era um imposto pago pelos incas. O grande mito do povo inca é que inca não era o nome do povo e sim o nome do líder representativo deles, inca era o equivalente a um cargo como o de um faraó no antigo Egito, o povo “inca” na verdade se chamava: Puriq que significa de língua inferior (quixua aímara), a língua superior era personificada pelo líder/chefe Inca. A língua sempre foi um instrumento de poder para qualquer povo.
O Estado Nacional se faz
presente principalmente pela língua, com os mesmos costumes, as mesmas
culturas, os aspectos sociais, etc..., nesse sentido todo sujeito tem uma
responsabilidade histórica.
Os modos indígenas: as categorias usadas para definir os
povos na America foram: Sedentários, semi-sedentarios, não sedentários e sedentário
imperial.
Semi-sedentarios: tinham experiência agrícola, mas ela
era itinerante, a terra não era mais produtiva, não tinham Estado, mas tinha
chefias, era um povo coivara, queimavam a terra para torná-la produtiva, faziam
isso em pequena escala, diferente da America portuguesa que fazia em larga
escala, desequilibrando o sistema ecológico, quando a terra esgotava sua
capacidade de produção, eles a abandonavam e iniciavam a procura por outras
terras produtivas, sua sociedade não era estatal, mas isso não queria dizer que
eram anárquicos e não possuíam classes sociais.
Não sedentários: não tinham experiências com agricultura, não produziam excedentes, utilizavam o sistema de coleta e apresentavam forte resistência aos espanhóis.
Sedentário imperial: possuíam agricultura intensiva, eram
grandes produtores, apresentavam alta densidade demográfica, na América
portuguesa eram poucos, por isso não usavam a mão de obra africana, a relação
do camponês com a terra pertencia ao Estado, à relação era interpessoal entre
senhores e servos, a posse era feita pelo Calpulli, eram regulados pelas
relações de parentescos.
Calpulli era a
comunidade aldeã, era como se fosse um conjunto e esse conjunto formaria uma
província e esses conjuntos de províncias formariam o Estado no processo de
centralização, a posse da terra era usufruaria, se a terra não fosse produzida,
o dono dela perdia-as para o Estado, o Estado era detentor absoluto das terras,
a relação do camponês com o aldeão era feita pelo calpulli, à agricultura era a
principal atividade econômica, as sociedades eram centralizadas com auto grau
de centralização política.
Tlatoani: era o chefe
supremo que governava Tenachtilan a capital dos Astecas. Em cada comunidade aldeã havia o chefe
calpulli que era o chefe de calpullec, que seria o divisor de terras, a
religião, essas comunidades aldeãs detinham grandes poderes que eram
expropriados e acumulariam tudo no centro do poder.
Sesmarias: eram grandes extensões territoriais, na America
portuguesa os colonos eram representados pelas Câmaras Municipais, na America
espanhola essa representação ocorria através dos cabidos pelos “adelantados”
que recebiam o poder da coroa que posteriormente reduziria esse poder dos
cabidos igualmente como nas câmaras municipais, com essas medidas eles criavam
resistências dos aldeãos contra o Estado.
A metrópole firmaria o Pacto colonial: com os
agentes da coroa, os colonos e com o Atlântico que era a rota de comercio da
burguesia mercantil, essa era a representação da coroa nas terras da Américas
que agora eram considerados patrimônios régio do Estado, a coroa porem era
proprietária, mas não tinha dinheiro. O uso indiscriminado da mão de obra
indígena era usado como mão de obra reprodutora e repositora.
Cada província
calpulli era governada por um governador tecuhtli e acima de todas as
províncias encontrava-se a figura maior do platoan. A relação de trabalho no
calpulli não apresentava distinção a não ser em caso de guerra, era uma
sociedade endogamica, pois o relacionamento era interno, dentro do próprio clã.
Tecuhtli |
Sedentário não-imperial: eram formados pelos povos Arauaques
chibcha que possuíam as mesmas características dos povos sedentários imperiais,
só não tinham poder militar, eram definidos pela sua natureza tecnológica usada
e se distinguiam por serem imperiais ou não imperiais, suas conquistas de
reproduziam nas condições políticas, sociais, econômicas e pelas táticas usadas
em tempos de guerra quando anexavam os povos conquistados.
Civilizações hidráulicas: Egito, Mesopotâmia, estabeleciam
suas sociedades com trabalhadores e não trabalhadores, não havia a separação
dos trabalhadores dos meios de produção. Os povos conquistados pagavam tributos
alem de terem suas terras muitas vezes expropriadas.
Civilização Asteca: era caracterizada pela unidade
provincial, pelas relações tributarias que constituíam o poder cãs comunidades
aldeãs que era obrigada a pagar os tributos, esse pagamento era feito não pelo
individuo e sim pela comunidade, nem todo tributo era pago em dinheiro, ele
poderia ser pago em mercadorias, isso foi bastante evidente pelos camponeses
macehulli que pagavam os tributos no México através de produtos como: abacate,
chilli e peles, alguns trabalhadores pagavam esses tributos com trabalhos mesmo
através da construção de estradas, palácios, na agricultura, etc.
Mezoamerica: a América andina foi uma importante cultura
anterior a civilização azteca, resultando disso as “altas civilizações”. A
região da Mezoamerica situava-se nos Andes e era equivalente as altas culturas,
de certa maneira era uma forma de preconceito esse tipo de mentalidade, por que
as demais civilizações passariam por inferiores. Quando se estuda um povo,
deve-se evitar as comparações, devendo estudar cada cultura separadamente uma
da outra.
A Mezoamerica é uma das primeiras geografias e um dos primeiros
fatos a relatar a sua cultura, nesse ínterim somente os Incas poderiam ter as
orelhas compridas, isso era sinal de superioridade quando elas alcançavam os
ombros; nesse período ocorreria o desenvolvimento da agricultura, passando a
representar o sedentarismo e forneceriam assim técnicas e técnicos agrícolas
além de ferramentas para se trabalhar a terra.
Toda essa tecnologia baseava-se no desenvolvimento fornecido apelo Estado, o “poder da função” era dado pela necessidade de aumentar a área cultivada e assim aumentar a produção agrícola; fizeram então aquedutos, e todo esse aparato necessitava de engenheiros, matemáticos, geógrafos, além do desenvolvimento de outras ciências, existia agora uma obstinação social. Com o progresso o poder foi legalizado e legitimizado, formando assim o Estado no seu estagio inicial.
Toda essa tecnologia baseava-se no desenvolvimento fornecido apelo Estado, o “poder da função” era dado pela necessidade de aumentar a área cultivada e assim aumentar a produção agrícola; fizeram então aquedutos, e todo esse aparato necessitava de engenheiros, matemáticos, geógrafos, além do desenvolvimento de outras ciências, existia agora uma obstinação social. Com o progresso o poder foi legalizado e legitimizado, formando assim o Estado no seu estagio inicial.
Dom: era uma dádiva
Contra dom: era a contra
dádiva propriamente dita.
Teopochticalli |
Calmecace |
O Calmecace era uma espécie de ministério de ensino superior nos nobres, onde eles aprenderiam ser sacerdotes ou assumiriam cargos burocráticos.
calmecas |
Tlacopan |
Formariam assim uma segunda comitiva que sairia
de Texcoco e fariam as mesmas propostas de recolhimento de tributos com direito
a vida como levavam antes, só que desta vez seriam submetidos ao Calpixe que
era uma espécie de cobrador de impostos só que desta vez não era mais um
cobrador local e sim um tesoureiro direto do império azteca, a autonomia, o
culto, o teculli seriam mantidos, mas esse povo agora era submetido a
humilhação de se submeter a tributação calpixe, caso também não aceitassem,
seria deixado mais armas para poder mostrar o seu poderio bélico e o tempo de
retorno diminuiria ainda mais.
Na terceira comitiva, os cobradores eram mais diretos ainda do
poder tanto que eles viriam desta vez de Tenochitlan, e assim declarariam
guerra se a proposta fosse novamente recusada, a população seria escravizada
quando não morta, essa localidade perderia as terras que seriam distribuídas
para as elites e ou os soldados que se sobressairiam na guerra. A Revolução
Agrícola desses povos mezoamericanos era feita encima de uma cultura mais
elaborada: eles tinham o domínio do plantio principalmente de: abobora,
pimenta, feijão e milho, este era o mais representativo e importante da dieta
básica das classes populares.
Chocolate (choco latle) é oriundo dos aztecas. Entre os maias,
eram questionados assuntos como a origem do homem, e todo o tipo de
questionamento pode gerar: o dilúvio também se fazia presente nessa cultura e
falava da origem do homem – ele teria sido feito na primeira versão de lama,
não teria dado certo, na segunda versão: barro, também não teria dado certo e
na terceira versão: milho, essa versão teria dado certo tamanha o respeito que
tinham por esse alimento.
Olmecas: nessa
civilização, havia a ramificação de sua cultura: La venta era considerada a
Veneza mexicana e urbanização, por exemplo, a escrita era o resultado da
Revolução agrícola, o excedente estabelecia uma relação de tributação, onde a
sociedade precisava criar uma forma de contabilizar esse progresso econômico.
O historiador só afirmara se houver evidencias do fato, por isso que ele dara a idéia de algo, mas não poderá afirmar, pois não estava no momento do acontecimento, assim ele daria a ideia de parecer e não de indicar, ele não afirmaria, mas poderia chegar a uma conclusão. A religião não estava desassociada a sociedade como as festas religiosas.
O historiador só afirmara se houver evidencias do fato, por isso que ele dara a idéia de algo, mas não poderá afirmar, pois não estava no momento do acontecimento, assim ele daria a ideia de parecer e não de indicar, ele não afirmaria, mas poderia chegar a uma conclusão. A religião não estava desassociada a sociedade como as festas religiosas.
A praça era a expressão de religiosidade, era feita por espaços de
pedras resultantes de erupções vulcânicas onde poderiam dar formas as pedras da
maneira que quisessem como no caso das espadas, a lança era moldada em forma de
ponta e o cabo era de madeira.
A maioria da população estava ligada a agricultura, mas havia também outras categorias de trabalho como os ourives e tecelões. Na medida que a sociedade se formava em direção ao Estado, essas sociedades formavam também as forças armadas. O comércio era feito in natura e a longa distancia, no culto aos deuses formavam-se os sacerdotes especializados em fazer os cultos e rituais. As guerras eram entendidas como cósmicas, e não entre eles, mas para os deuses.
A maioria da população estava ligada a agricultura, mas havia também outras categorias de trabalho como os ourives e tecelões. Na medida que a sociedade se formava em direção ao Estado, essas sociedades formavam também as forças armadas. O comércio era feito in natura e a longa distancia, no culto aos deuses formavam-se os sacerdotes especializados em fazer os cultos e rituais. As guerras eram entendidas como cósmicas, e não entre eles, mas para os deuses.
antropo│zoo│morfica
homem animal forma
A civilização Tolteca |
Civilização Mexica |
A Espanha dividiria a América em vice-reinados: Vice reinado do Peru, Vice reinado de Nova Granada e Vice reinado do Prata.
Criolo na América portuguesa: era o filho de africana nascido no Brasil
Criolo na América espanhola: era o filho de um espanhol nascido na America
espanhola.
A centralização do poder se dava de cima para baixo, e a America
espanhola no período pós independência, fragmentaria todos os vice reinos de
Espanha. Os aztecas na região do México, falavam a língua nahuatle,
Azcapotzalco era o tributo as outras cidades, as resistências que ocorriam era
na sua maioria individuais. Os incas constituíam o império antes da chegada dos
espanhóis.
Força de Produção: era a força de
trabalho mais a mão de obra juntas. Com as guerras de conquistas, novas terras
foram incorporadas através da relação tributaria, os camponeses continuavam
livres, mas eram obrigados a pagar tributos.
Carta Mítica: era o que
regulamentava a vida, os sacerdotes, a sociedade, eram essas cartas que
legitimavam a relação de poder, como uma espécie de estatuto ligado ao direito
positivo que eram formas de controlar a sociedade. Isso ocorria conforme o mito
e para os aztecas isso era inquestionável, não era uma carta direta.
Quetzacotle |
Os aztecas começaram a ficar inóspitos
aos espanhóis a partir do momento em que tiveram que pagar impostos a eles; uma
personagem histórica importante para esses povos foi Malina (Maliche), era uma índia que
odiava os aztecas, sendo ela uma das responsáveis por delatar tudo o que sabia
dos aztecas para os espanhóis, com isso ocorriam tensões e guerras entre os
índios, os europeus obtiveram as vitorias por que se uniram aos índios inimigos
dos aztecas graças a traição de Malina que pertencia ao povo malixe, por isso
dizia-se que quando alguém traia outra pessoa esse cidadão fazia o “malixismo”,
o traidor.
Callpuletc |
Mayeque eram os servos
que perderiam a herança étnica e passariam a ter uma relação interpessoal de
nobreza, as terras dos calpulli agora seriam tributadas.
Maceoautin era o
camponês.
Tenochitlan |
Segundo o marxismo algumas sociedades usavam o modo de produção
tributaria acentuando as contribuições para a hierarquização e a exploração na
forma de tributos. A base econômica dessas sociedades eram as aldeias, pois
eles não possuíam o poder da terra e sim a posse da terra, o poder pertencia
unicamente exclusivamente ao Estado. Classes sociais são típico de uma
sociedade capitalista. O excedente era apropriado pelo modo de produção capitalista,
por exemplo, a guerra de conquistas, as desigualdades e as posse de terras
começava a expansão territorial a partir das guerras de conquistas através das
pessoas agora pagando impostos.
No capitalismo surgiria a sociedade de classe, Na Idade Media
surgiria a sociedade estamental: o que definia o lugar social das pessoas era o
nascimento e elas com isso nunca ascenderiam socialmente. O individuo que se
sobressairia da guerra, poderia ser agraciado com o que era posse dos vencidos,
estimulando inclusive o instinto bélico. A religião era um elemento fundamental
e construtivo para toda a sociedade como ogum, xangô, Iansã na America
portuguesa.
Pipitilzin |
Peninsula de yucatan. |
Pochtecas |
Força produtiva e´ a força de
trabalho mais os meios do trabalho, o capital seria tudo o que era usado para
dar lucro. Quando a força de produção para de avançar, as elites reproduzem a
economia a partir da expansão militar e essas conquistas trariam mais pessoas
para pagarem mais impostos. O processo de dominação de classes não era
exclusivo dos europeus, os Aztecas gostavam que as pessoas os temessem e por
causa disso eles dominariam através do medo como forma de intimidação através
da imagem desse poder que eles possuíam.
Quando eles chegaram à região onde hoje é o México, eles se
deparariam com uma cultura letrada e para combatê-los, eles apagariam todo o
tipo de memória deles, queimando seus livros e todo tipo de registro antigo e
reproduziriam o seu modo de viver e sua cultura, havia em todos os segmentos da
sociedade azteca a negação do outro pela auteridade, com isso eles
desapareceriam com todo tipo de memória que não a sua de tempos interiores a
esse povo e escreveriam agora a sua história na região do México. Eles negariam
o outro de qualquer tipo de direito ao conhecimento através da censura negando
toda a liberdade de expressão.
A religião era utilizada como uma forma do processo de coesão, ela
e a política sempre andaram lado a lado, dividindo com o chefe supremo o poder,
essa associação ditaria as normas das políticas sociais e religiosas. O
equivoco de Morgan foi o de pensar que todos os povos eram parecidos em tudo
por causa de sua pesquisa com os índios iroquês, ele por essa experiência em
campo pensava que todos apresentavam semelhanças parecidas ou iguais, ignorando
que haveria outros povos mais desenvolvidos e etnias mais avançadas.
Tlatoani |
Roger Barta |
Modo de produção asiático |
Modo de produção asiático: ocorria nas sociedades estatais.
Modo de produção tributário: ocorria nas sociedades (comunidades
ou aldeias) onde a população eram exploradas.
As sociedades azteca, inca e maia sempre utilizaram o modo de
produção tributário. As grandes contradições do modo de produção era o Estado
versus as Comunidades aldeãs onde o Estado se apropriava de seus excedentes.
Este modo de produção se caracterizava pelo desequilíbrio entre a força de
trabalho, os fatores de produção e os meios de trabalho. Nas localidades onde
não havia o avanço de meios técnicos, explorava-se a energia humana, nas
sociedades azteca e incas o que aumentaria eram as guerras de conquistas para
angariar mais pessoas para pagarem impostos.
O que antes eram aldeias
espaçosas, agora eram grupos centralizados pela mão de ferro militar e caso
isso não acontecesse, o Estado assumiria cada vez mais essa função
centralizadora. Isoladamente os meios técnicos eram rudimentares, mas com o Estado
intercedendo, essa realidade mudaria e esses meios seriam aprimorados e
conseqüentemente o detentor do poder no caso o Estado ficaria com a produção
excedente onde enriqueceria as elites, havia também uma super exploração do
trabalho humano, as civilizações hidráulicas construiriam diques, canais sempre
com a intervenção do Estado que por sua vez fazia o que quisesse.
Código Mendonza |
As fontes tributarias - Qual segmento da sociedade pagava
impostos?
Calpulli: era a vila de
aldeões, ele pagava tributos ao Estado, mas era livre, essa dependência pessoal
como se fosse uma relação do servo na Idade Média feudal.
Pipiltin: era a nobreza, a elite, sua função era recolher impostos, construir estradas, eram burocratas.
Meyeques: eram os trabalhadores que atuavam em terras que não as suas e
sim na dos outros. A diferença deles para os macehualtin era de que eles haviam
perdido a herança étnica, ou seja, eles perderiam a herança dos calpulli.
↓
Calpulli
↓
Calpulec era o chefe da
comunidade, representava a população das aldeias que pagavam tributos diretos
para o Tlatoani.
Montezuma |
Alguns
produtos eram pagos em espécie, por exemplo, o milho, feijão, cacau (seria
igual a moeda= chocolate), pão de milho, sal, pimenta, abacate. Os produtos não
eram só em espécies, variavam em produtos manufaturados como a resma de papel
maguey (espécie de planta), vasilha de cerâmica, copo de cerâmica, banco de
pedra e madeira, vasilha para guardar cachaça, cestos, sinos e machados de
cobre. Cada sociedade elaborava suas riquezas, sendo que a primordial era a
terra, essa riqueza nesse caso era considerada imóvel e posteriormente os
metais preciosos.
Alteptl era o equivalente ao calpulli, só que eram mais urbanos, embora a situação tributaria fosse a mesma.
Todas as teminações em Tlotli significam flor ou nomes femininos.
Teopantlalli: era a terra destinada a construção de tempos religiosos.
Milchimalli: eram as terras destinadas aos gastos de guerra.
Embora a propriedade fosse coletiva (posse da terra) no sentido de posse usufrutuaria, todo o aparato era estatal. O Uey tlatoani era a representação e encarnação do Estado. Os aztecas eram letrados, mas isso não era um privilegio pra toda a população, era somente para as elites.
No clima das regiões andinas as famílias trabalhavam de acordo com
a fauna e a flora, assim se aprendia muito a respeito dessa região, com os
mapas pluviométricos o povo se baseava para aprender a sobreviver, pois a
região era inóspita, por isso da importância dos alimentos nessas altitudes
eram fatores determinantes para viver ou morrer, bem como a importância da água
e das terras por serem raras, por isso ocorria muitos conflitos étnicos pela
disputa dessa região.
Kypus |
O
povo inca era uma sociedade ágrafa, mas seu aparato governamental era bastante
desenvolvido em relação ao poder de expropriação do excedente, e para isso
ocorrer necessitavam de registros. Os solteiros não pagavam tributos e sim os casados e esses
tributos eram pagos em forma de serviços como abrir estradas, fazer
construções, etc. as fontes de informações sobre a região andina eram majoritariamente
orais, sendo registrados por soldados espanhóis, funcionários da coroa, como
todo relato feito por estrangeiros, deve-se ter o cuidado de estudar esses
registros, pois eles apresentam a realidade de quem os escreveu sob seu ponto
de visto e não necessariamente da realidade vigente.
Cuzco |
Puna |
A
representatividade inca era deveras complexa, pois eles apresentavam um sistema
social parecido com o dos aztecas em relação à administração social, eles não
destituíam o chefe da região agora dominada, desde que ele respeitasse os
representantes incas. Os deslocamentos populacionais originavam novas colônias, sendo
sempre a principal característica dessas etnias não perder os vínculos com o
passado nas novas regiões a ser dominadas e por isso essas relações eram
reproduzidas nesses locais; pelo fato do Estado inca ser militarista e
pluriétnico, eles elaboravam varias técnicas de dominação com relações de poder
local.
Mitmac: era o deslocamento de uma região para a outra, isso representava
uma estratégia para o deslocamento de pessoas que simpatizam e se identificavam
com os incas.
Mitmaes: a região que apresentasse resistência, a população era
substituída pelos mitmacs e a população revoltosa seria redirecionada para
outro lugar, pois assim perderiam seu referencial de identificação étnica e
seriam mais facilmente dominados, pois tudo estava ligado a terra.
Acllas |
Cauansuyo |
1ª . Haman: era a parte
superior e o centro administrativo industrial da região.
2ª. Tluriu: era a parte
inferior responsável por cobrar os impostos da região.
Os chefes militares incaicos eram os siuchis; o uaqcha era uma
espécie de órfão; a construção do passado não era simbólica ou por
hereditariedade e sim por conquistas, pois quando o chefe morria, instalava-se
um estado de anarquia, sendo necessário que o mais forte provasse o seu valor e
que poderia liderar o substituto a altura, esse vencedor se destacaria palas
alianças que faria com os outros.
Cocar maskapachc |
1 ayllu: era o
equivalente a uma vila
1 conjunto de ayllu era o
equivalente a um Kuraka
O Suyo: era o governador, possuía capacidade acima de todos, ficando
apenas atrás do filho do sol, o imperador Inca.
As elites se distinguiam por
serem de relações de parentesco, conhecidas como Pachacas – linhagens. Outra
forma de denotar os cargos na sociedade inca eram as roupas, os tecidos usados
revelavam o grau de poder que ocorria no cotidiano, afinal eles eram povos
agrafos e tinham que se distinguir de alguma forma. O milho era raro, por isso
era utilizado como uma espécie de produto mítico, dele se fazia a cerveja para
depois em cerimônias ser distribuído para a população, sendo ela indispensável
para os rituais sagrados.
Nesse ínterim começava-se a diferenciação das
cidades, elas começariam a ser administradas pelo governo e se legitimariam a
partir desse processo, logo o Estado para eles seria visto como uma dádiva
desde que fizessem tudo o que ele determinasse por isso o Estado era
considerado em momentos de crise um poder necessário no combate à fome, crises,
guerras, distribuição de alimentos e principalmente a cerveja.
Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de procura Google. Não se sinta ofendido se por ventura uma imagem postada por você foi utilizada, a intenção do blog é ilustrar didaticamente e não plagiar. Obrigado pela compreensão.
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