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A História da Cultura e a História Cultural iniciam no séc. XIX, com os românticos e ficam as margens da hegemonização da História Metódica; a História Cultural (artes e literatura) na perspectiva da Cultura Erudita: fontes e todas as suas abordagens. A enumeração do conceito de Cultura Popular e o deslocamento dos sujeitos cognicentes: do folclore a cultura popular, fontes, abordagens e possibilidades, tradições regionais e as suas denominações, mentalidades imaginarias, utilização mental, tradição, cultura da civilização, etc... e a relação com a história cultural com a antropologia, abordagem geral dos anos 60/70 e as incorporações dos conceitos antropológicos de cultura e as abordagens históricas: o conceito geertiziano de cultura e as preposições da NHC (Nova História Cultural): descrições densas, a NHC, o retorno e a abordagem das clivagens sociais e dos conflitos, os conceitos de: representação cultural, praticas, apropriações, abordagens micro históricas - italiano das fontes e das temporalidades: o conceito de Circularidade Cultural, o conceito de Classes Dominantes, o conceito de Classes Subalternas e a ação de escolas.
Da História Cultural – Hobsbawm: sobre a história: história Cultural: pode ser tudo e pode não ser nada, o autor se identifica no período da idade moderna no séc. XVI – XIX com a relação de poder; a NHC não é uma invenção dos anos 60, é um documento onde se argumenta que sempre existiu como preocupação histórica do século passado. Os românticos amargavam ao ostracismo pela escola metódica ou positiva, na sua forma de escrever a história com o historiador fazendo o papel de neutro e distante.
A
revolução francesa era a construção histórica positiva, onde diversos processos
de nacionalidade e sentimentos se faziam presentes no evento, tal como sentimento
de patriotismo ou ainda quando no Brasil se fez presente com José de Alencar e
Gonçalves Dias. Alguns ficaram esquecidos por irem de encontro à historiografia
vigente, seria diferente se fosse neutro ou com interesses diferentes dos seus
ou sem esses interesses; a história cultural era a HC individual e se
estabelecia a cultura erudita das classes letradas no sentido das artes,
pinturas, e expressões artísticas: Filosofia e Cultura: quais
eram as fontes usadas na cultura? Quais os problemas com a história cultural? A
história tomaria como objeto de pesquisa a cultura, a arte e as ciências;
começava a discussão do conhecimento histórico.
A fala cotidiana e o uso da construção nem
certo período histórico sempre foi diferente em todos os períodos, por exemplo,
os textos de Machado de Assis na expectativa de seus personagens apontando um
período do tempo em que viviam ou os textos de José de Alencar no 2° império no
inicio da sociedade feudal que era igual à sociedade de exploração, onde
retinham a tiravam o que havia de melhor na localidade.
Marx X Engels falavam de superestrutura (ideologia), estrutura e alienação, a Ideologia, a infra-estrutura não se separa da estrutura, esta era baseada na vida social de alienação, a alienação era o ponto onde o sujeito não se enxergava mais e acreditava no sujeito; Thompsom dizia que não se podia compreender uma classe social sem se corresponder com a construção da cultura. Cada sociedade vive através de sua cultura, as operações de infra estrutura e super estrutura no marxismo eram maoístas e stalinistas;
Subjetividade:era um tema escolhido pelo historiador através de um processo histórico restringindo num conjunto de acontecimentos que posteriormente se tornaria um fato histórico. O que mudaria seria a analise e não a existência, tudo muda, mesmo com novas diferenças e semelhanças.Qual o fazer do historiador histórico com os elementos e tendências de conjuntos na história social? Todo escravo era negro, mas nem todo negro era escravo, a história social de forma sistemática na década de 50 foi à história positivista perante a história econômica e o nascimento da história demográfica e das mentalidades que se fariam presentes pelas grandes idéias nas artes. No Brasil houve uma espécie de feudalismo endógeno (interior) após o “feudalismo” europeu ocidental: coronelismo, grilismo ou o mandalismo, eram expressões feudalistas tardias no Brasil.
Como se escreve a história da sociedade? Não há modelos, história é história por que tem dimensões com o tempo cronológico real, os fatos partiriam dos acontecimentos através de suas peculiaridades com as possibilidades de mudanças ou não; seria pela união das pessoas e teria que ter uma ordem e um tema para problematizar esse tema, sendo necessário um núcleo que sustentasse esse suporte. A conversão era uma forma de estratégia em comum com o que se estava trabalhando, era necessário haver um projeto de pesquisas com o conceito de diferentes classes e entre essas classes ter um verticalismo e um horizontalismo.
Capistrano
de Abreu - A historiografia é a base da nova fundamentação aproximando
a história positivista, contribuindo uma a outra que caminham para o
desenvolvimento para priorizar os governantes e os heróis, além do povo como
elemento histórico. Jules Michelet escrevia a história da Revolução Francesa
onde trazia o calor, o sentimento do povo, defendendo a emoção das opiniões. Havia
os trabalhos da sociologia baseia-se em Durkheim buscando as leis, regras,
estéticas e transformações da historiografia em ciências, onde trabalhava com
enquetes e entrevistas expressas em subjetividades e opiniões do mundo,
apresentava dados em forma quantitativa e criaram-se categorias percentuais nas
pesquisas que foram responsáveis por diversos segmentos de classes, acúmulos de
lucros, costumes com acesso as riquezas.
Gilberto Freire
dizia que o Brasil não tinha preconceitos de relação de classe e sim de raça,
adiantando-se em 30 anos na história dos annales, era preciso ter cuidado de
fazer a leitura dos autores pois elas revelavam a mentalidade da época; os
bacharéis em direito eram até a metade do séc. XIX eram “de cor”, eram
mestiços, pardos e isso seria um fator de desaprovação ao poder por essa causa.
Capistrano falava das três matrizes brasileiras e dentre eles se destacavam o
indigna como resultado o mameluco e o mestiço, mais do que estudar a ação do
povo em movimento, da interiorização da colônia, ampliando teoricamente e
juridicamente no território da colônia brasileira sendo eles responsáveis pela
interiorização e construção do Brasil, desbravando-o e deixando de lado as
potencias. A pureza de sangue era ironizada aos povos judeus, ciganos,
islâmicos, negros da Guiné, sendo considerados passiveis de contaminação ao
branco
O século XX foi criticado pelo seu método positivista, sendo influenciado por Bloch e Febvre, na historiografia positivista só havia uma verdade única e absoluta; o objeto de seu trabalho era quem havia descoberto o Brasil, as fontes eram espanholas, francesas e portuguesas, os historiadores franceses apresentavam argumentos históricos geográficos para justificar a sua presença; Capistrano começou desmistificar isso, a ideologia se fazia presente pela península ibérica, os documentos eram oitivos, baseados na oralidade.
O historiador
metódico não desconhecia a existência da memória, eles negavam o objeto por que
não eram positivistas, por exemplo, uma testemunha não tinha a mesma validade
do que ouvir o relato original; Pinzon não era oficial, Cabral tinha a
legitimidade de ser um oficial da esquadra espanhola portuguesa,
metodologicamente falando, foram os portugueses que nos “descobriram”
teoricamente. Ante a contradição eliminava-se o documento, a metodologia
adotada por Capistrano era: método da testemunha, contradição do documento e número
maior de documentos, iriam para o historiador metodicamente a memória era um
perigo, por isso fazia parte da humanística do documento.
Havia uma critica da
memória por que ela precisava ser “fresca” e se preocupava com o historiador;
Capistrano de Abreu deu inicio no Brasil o acesso do historiador ao
positivismo, baseado na sociologia etnográfica, escrevendo um texto onde
circularia a configuração do povo tal como, por exemplo, como os índios
moravam? Como os índios se vestiam? O historiador não interpretaria mais e sim
catalogaria, fazendo um nova história de se fazer história no séc. XIX.
Segundo Darwin as espécies não desapareceriam, elas evoluiriam, havia
uma transição do mundo biológico para o mundo social; eram chamadas três raças
por causa de sua hereditariedade, a evolução das características eram determinadas pela
igreja: negros africanos, judeus e ciganos. A alteridade (é a forma que eu vejo
o outro e gostaria que ele agisse igual a mim) transformaria essa diferença em
exploração do outro; no séc. XIX essas teorias fizeram sucesso umas com a
teoria determinista: a raça, essa teoria não foi sistematizada por que os
negros no Brasil não eram pobres como os da Europa, os intelectuais trouxeram
isso para cá, discutindo essas técnicas agora considerados “classes perigosas:
os povos indígenas misturados com os negros, escravos, brancos, antes os negros
eram escravos tratados como escravos, agora eram tratados como anormais”, e o
estereótipo do branco cristalizaria esse pensamento.
A autora (Liliam
Schwarcs)
pesquisou o conceito dessas raças, era um recorte interno usado de forma mais
contundente desde o inicio dos anos 70, e objetivava o estudo social, para isso
era preciso buscá-los em seus redutos para uma leitura peculiar a sua
realidade, falando de uma por vez, criando assim critérios para sua elaboração:
1° critério: localizariam as principais cidades do Brasil na época: RJ, SP, PE e BA nas faculdades de medicina, direito, nos museus e bibliotecas.
2º os professores não seriam incutidos por que ainda não eram estudados. A miscigenação era uma mistura biológica e com caráter de possibilidades, para alguns isso representava uma maneira perigosa de compor uma nação, o Brasil era formado principalmente pelo mesticismo, as raças seriam formadoras das seguintes formas: vermelha: índio americanos, amarela: orientais, branca: europeu e a negra: africanos.
Uma pratica não existiria sem uma representação, as pessoas agiam por que elas acreditavam naquilo que elas pensavam ser certo, nesse sentido não havia coletividade. As mulheres que não se enquadrassem na sociedade eram consideradas histéricas e sofreriam posteriormente de lobotomia, o caráter apresentava aspectos morais: com quem ela morava? Com quem ela saia? Todos tinham uma influencia de Chartier.
Gilberto freire
fazia uma apologia do passado ao senhor do engenho como pratica no sentido de
perdê-lo e conseguir levar adiante os tópicos, onde o brasileiro tinha uma
tendência masoquista e era necessário um controle para esse tipo de
comportamento. O lugar social (mestiço e mulato) eram a atuação política
individual, onde o mulato tinha o sinônimo de rebelde, era um mestiço de
relações interpessoais. Sem fonte não haveria história e em 1936 Gilberto
freire se utilizaria dessas várias premissas e fontes para basear o seu
trabalho e a veracidade dessas provas; o mulato era oriundo de duas matrizes
raciais, no Brasil ele poderia ser filho de escravas livres e mestiças e
através da escolarização poderia ascender futuramente como bacharéis, podiam
ainda ter filhos de mulatos com mulatos possivelmente livres e ou por
apadrinhamento.
Alguns eram realmente filhos de brancos e como havia muitos mulatos estudantes de direito era muito provável que eles se casassem com moças brancas. A farda escolar surgiria como forma de controlar o racismo no sentido de uma filha abastada estudar ao lado de uma lavadeira.
Fogo – José Lins do Rego. Na década de 1870 os bacharéis atuavam em todas as áreas até que começaram a ser rechaçados pelas teorias racistas, sendo considerados degenerados; pois havia uma rede de confiança entre o mulato e o negro mulato e brancos, mesmo assim eles continuavam ascendendo em suas carreiras.
" A História é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo". Napoleão Bonaparte.
A História da Cultura e a História Cultural iniciam no séc. XIX, com os românticos e ficam as margens da hegemonização da História Metódica; a História Cultural (artes e literatura) na perspectiva da Cultura Erudita: fontes e todas as suas abordagens. A enumeração do conceito de Cultura Popular e o deslocamento dos sujeitos cognicentes: do folclore a cultura popular, fontes, abordagens e possibilidades, tradições regionais e as suas denominações, mentalidades imaginarias, utilização mental, tradição, cultura da civilização, etc... e a relação com a história cultural com a antropologia, abordagem geral dos anos 60/70 e as incorporações dos conceitos antropológicos de cultura e as abordagens históricas: o conceito geertiziano de cultura e as preposições da NHC (Nova História Cultural): descrições densas, a NHC, o retorno e a abordagem das clivagens sociais e dos conflitos, os conceitos de: representação cultural, praticas, apropriações, abordagens micro históricas - italiano das fontes e das temporalidades: o conceito de Circularidade Cultural, o conceito de Classes Dominantes, o conceito de Classes Subalternas e a ação de escolas.
Hobsbawm |
Da História Cultural – Hobsbawm: sobre a história: história Cultural: pode ser tudo e pode não ser nada, o autor se identifica no período da idade moderna no séc. XVI – XIX com a relação de poder; a NHC não é uma invenção dos anos 60, é um documento onde se argumenta que sempre existiu como preocupação histórica do século passado. Os românticos amargavam ao ostracismo pela escola metódica ou positiva, na sua forma de escrever a história com o historiador fazendo o papel de neutro e distante.
A Revolução Francesa |
Retorno da
Idade Média e o Renascimento: as fontes abordadas no erudito e na HC
das atitudes e registros de história eram uma amplitude das fontes, apesar de
alguns autores restringirem esse tipo de fonte por considerarem fontes não
confiáveis, o historiador buscava apenas os processos entre a história (de
Heródoto) e a história das testemunhas diretas, do fato. O historiador é um
mestre de verdade e da verdade, pois ele da uma lição de cultura tanto na
história da cultura como na história cultural, sendo testemunha dos registros
não intencionais, por exemplo, o retrato, a estatua ou a foto, não tinham
intencionalidades, a fonte é um complemento confiável pois registra aspectos de
modos que só outra pessoa descobrirá as informações contidas nele, isso
significa um momento por trás daquele suporte. A HC é sempre impossível sob o
olhar do historiador.
A história serial da década de 60 foi evoluindo até hoje,
acompanhando a história das mentalidades onde pensava-se, sentia-se e vivia-se
a história social, ela uniu-se a história monumental na documentação
arquivistica a abordagem serial onde o historiador tratava a fonte como ela não
sendo serial. Para o historiador receber uma documentação o tratamento era
criar um problema e usar essa documentação arquivistica para defrontar o
problema do estudo, como a cronológica, quem respondeu o documento? Qual a documentação
da secretaria da saúde, qual era o tipo de documento, qual o tipo de remédio, entrada
e saída de pacientes.
A abordagem
nominativa era uma serie que comprovava a outra como a série referencial a sexo,
série referencial a origem, série referencial a idade, série referencial a cor,
série referencial a instrução, série referencial a ocupação; criou-se uma
seriação nominativa na história das mentalidades relacionadas à demografia,
afastando a impressão pejorativa de que ela era impressionista. A subjetividade
estava presente na escolha da analise e escrita da narrativa.
A HC (História Cultural) fazia uma analise de tipos: Analise de textos ou analise de conteúdo. As palavras na história apontam as mentalidades de uma época, a filologia literária só analisava o texto em como entender a compreensão dessas mentalidades.
A HC (História Cultural) fazia uma analise de tipos: Analise de textos ou analise de conteúdo. As palavras na história apontam as mentalidades de uma época, a filologia literária só analisava o texto em como entender a compreensão dessas mentalidades.
José de Alencar |
Marx X Engels falavam de superestrutura (ideologia), estrutura e alienação, a Ideologia, a infra-estrutura não se separa da estrutura, esta era baseada na vida social de alienação, a alienação era o ponto onde o sujeito não se enxergava mais e acreditava no sujeito; Thompsom dizia que não se podia compreender uma classe social sem se corresponder com a construção da cultura. Cada sociedade vive através de sua cultura, as operações de infra estrutura e super estrutura no marxismo eram maoístas e stalinistas;
Thompson falava ainda que o stalinismo ocorria por
causa de sua natureza polêmica, como marxista, e a linguagem de opressão não
era uma lógica, a linguagem era a das colônias como soluções das almas perdidas
pelo fato das sociedades não serem homogêneas. Estudava-se os diversos
caminhos, os vários segmentos da circularidade cultural e a tradição era uma
concepção de cultura que apontava as formas de expressão da cultura e sua
retomada, pois assim se alcançaria o processo histórico e a formação da cultura
seria com o objetivo de se formar a história cultural como processo histórico e
não sendo mais expresso em cultura ligado a sociedade; a cultura expressaria o
meio se ela fosse o objeto de pesquisa inicialmente, o historiador não
estudaria mais o objeto da cultura e sim a própria cultura.
Tradição: é uma
concepção de cultura que aponta as formas de expressão da cultura e sua
retomada, pois assim se alcançaria o processo histórico e a cultura seria
aprovada como objeto da história cultural como processo histórico não sendo
mais expressos ligando a cultura à sociedade. A cultura é a expressão social de
coletividade, não é o objeto de pesquisa inicialmente, o historiador não estuda
o objeto da cultura e sim a cultura.
O que é cultura popular? Cultura erudita:
literatura clássica - Cultura popular: é formada pela camada popular, é o
folclore, por exemplo, festividades ou expressão de cultura popular:
folcloristas.
O que é popular? O que é o povo? É uma
relação complementar ao que não é erudito, que por seu ver, a classe erudita
também não se mistura; a subcultura quando não registrada, silencia o homem, e
neste caso deve-se fazer uma comparação e nesse silencio encontrar a fala do
feminino. Antropologia histórica é a jornada do homem, na sua cultura
polissêmica com suas variáveis significando uma aproximação dos antropólogos. A
cultura é um objeto, uma necessidade que é transformada pela escola e
sociedade, significando algo representado e interpretado como um sistema de
significados e signos; o antropólogo busca o significado na e das coisas. As
mulheres fazem parte do contexto social por causa da praticidade
pátrio-familiar ou linear do poder patriarcal, o bem era trocado por que as
mulheres eram reprodutoras da vida.
O papel masculino no trabalho era predominantemente dele, a mulher sempre ficou em segundo plano. No Brasil 1/3
eram propiciados pelas mães, pois o numero de crianças sem a presença masculina
do pai era enorme, por isso a estrutura familiar sempre ficou a cargo da
mulher, esse tipo de comportamento permitia fazer uma analise dessas famílias
desde o passado. Quando a família não tinha filhos homens, o registro da
família ficava com a mulher, em certas sociedades eram feitos certos rituais
representados pela purificação e isso significava mais poder, essa pratica
ocorria desde a antiguidade passando pelo mundo feudal. A forma do antropólogo
estudar pequenas sociedades aumenta as chances de se fazer um bom trabalho,
delimitando esse estudo para um grupo individual, o resultado será melhor do
que se fosse estudado em um grupo maior.
O papel masculino no trabalho era predominantemente dele, a mulher sempre ficou em segundo plano.
Keith Thomas estudava as nações pelo
poder desempenhado a elas no séc. XVII na Inglaterra, pelo qual os reis
dramaturgos demonstravam sua relação com o poder e a igreja, fazendo com que
esses rituais chegassem a nobreza, isso significava eliminar com os
protestantes e o cristianismo ao mesmo tempo, resultando em uma violência sem
pressupostos na história dessas nações. A pré- colonização das praticas e
rituais da sociedade francesa dos séc. XVII – XVIII, a ritualização do “rei
sol” ocorreria desde que fosse uma característica no qual ele seria coroado até
o final da coroação.
Hobsbawn, 1964, era de família
intelectual inglesa, nasceu no Cairo, foi um historiador marxista e se propôs a
refletir a trajetória da historiografia social, o texto discute na trajetória
da história social como a mais estudada na sociedade. O autor diz que é um tema
impreciso que obriga a história voltar para as questões sociais, era o sinônimo
dos movimentos sociais enquanto o campo de pesquisa para o historiador
caracterizava uma linha historiográfica como o movimento operário, o movimento
de resistência e o controle de atividades.
A história social e a história
econômica andavam juntas nos campos historiográficos explorando antes da
primeira guerra mundial até os anos 40, além de a história política ser focada
de baixo para cima. Marc Bloch dizia que o fato histórico era também um fato
social no contexto da sociedade e o seu papel social. A história teria vários
significados: vida marcaria a vida de todos, a análise dizia que o
historiador viveria a vida e por causa disso faria uma analise da história, da
ciência, a reflexão e as oficinas.
Os acontecimentos que produziriam o fato histórico a partir de agora, porém tudo estava atrelado ao:
Fato histórico: que era passível de uma analise, pois todo acontecimento tinha a probabilidade de se tornar um fato histórico, mas nem todo fato seria histórico.
Os acontecimentos que produziriam o fato histórico a partir de agora, porém tudo estava atrelado ao:
Fato histórico: que era passível de uma analise, pois todo acontecimento tinha a probabilidade de se tornar um fato histórico, mas nem todo fato seria histórico.
Subjetividade:era um tema escolhido pelo historiador através de um processo histórico restringindo num conjunto de acontecimentos que posteriormente se tornaria um fato histórico. O que mudaria seria a analise e não a existência, tudo muda, mesmo com novas diferenças e semelhanças.Qual o fazer do historiador histórico com os elementos e tendências de conjuntos na história social? Todo escravo era negro, mas nem todo negro era escravo, a história social de forma sistemática na década de 50 foi à história positivista perante a história econômica e o nascimento da história demográfica e das mentalidades que se fariam presentes pelas grandes idéias nas artes. No Brasil houve uma espécie de feudalismo endógeno (interior) após o “feudalismo” europeu ocidental: coronelismo, grilismo ou o mandalismo, eram expressões feudalistas tardias no Brasil.
O que não se enquadraria
nesse modelo era considerado resíduo solto, cada grupo tinha seu processo
político; os historiadores tinham contato com a base social nas suas pesquisas,
a história social se desenvolveu com a antropologia social inglesa e os
simpatizantes marxistas no sentido de considerar o trabalho pontos chaves para
o entendimento da sociedade. Para se fazer a história social não adiantava
apenas se aproximar da antropologia, era preciso que os historiadores
estivessem se propondo a usar seus temas, tal como o modelo de produção, a
força social e o estudo de rituais, eram
estudos em conjuntos e práticas. O
historiador tem as suas próprias técnicas de estudo, relatando, observando,
estudando com técnicas e metodologias como qual foi a fonte? Qual foi o objeto
estudado ou ainda qual foi a sociedade observada?
O historiador
tem todo um tratamento nas suas fontes com um olhar sempre rankiano, cuidando
para essas fontes buscar a sua verdade e um novo conjunto de informações e depois
disponibilizá-las para outros historiadores fazer uso desses documentos, se ele
já tem um percalço, ele deve incorporar novas técnicas antropológicas de outros
estudos adaptando interesses específicos a ele, por exemplo, a família (há uma
mudança temporal, ela muda o tempo todo: pólos exóticos e urbanos.
Como se escreve a história da sociedade? Não há modelos, história é história por que tem dimensões com o tempo cronológico real, os fatos partiriam dos acontecimentos através de suas peculiaridades com as possibilidades de mudanças ou não; seria pela união das pessoas e teria que ter uma ordem e um tema para problematizar esse tema, sendo necessário um núcleo que sustentasse esse suporte. A conversão era uma forma de estratégia em comum com o que se estava trabalhando, era necessário haver um projeto de pesquisas com o conceito de diferentes classes e entre essas classes ter um verticalismo e um horizontalismo.
Diferenças da
História experimental, história da realidade e as diferenças de como se faz a
produção cientifica, histórica e historiográfica. História: realidade vivida ≠ história: ciência / persuasão, ou
seja é ± produção histórica ou ± produção historiográfica, isso significa: analise,
investigação / estetização a partir das fontes, reflexão / problematização e
sistematização.
O IHGB foi criado em
1838, o Brasil tentava se reconstruir baseado no IHGB, por isso ele foi criado
através da sistematização do conhecimento histórico através da diplomacia
arquivistica e também com o dispositivo de despertar a memória do povo e a
centralização dos estudos brasileiros. A história foi criada através dos
letratos formados na Europa, onde Vanhagem fazia parte, a memória era social e
se expressava sobre a tradição da oralidade, no mundo ocidental a história
sempre foi o suporte da escrita e se constituía por pessoas preparadas nos cursos
em formações dos historiadores.
Os historiadores do séc. XIX não eram historiadores formados, eram
estudiosos, médicos, religiosos e traziam para a historiografia a pratica de
aproximar os métodos permitindo a história entrar no mundo acadêmico. A historiografia
propôs um concurso sobre como escrever a história do Brasil: 1º escrever a
história (organizar as fontes) de forma sistematizada, 2° (foi a ganhadora)
trazer o método natural onde se classificariam a partir das raças que formariam
o grupo social.
As espécies que formam um povo são as raças,
p. ex: raça africana ou moura, são um conjunto de gêneros que partem de um
mesmo grupo, as raças: branca (colonizou),
vermelha (conhecia a terra) e o etíope
ou negra (possuía força física). Vanhagem se apropriou dessa idéia para
escrever a história do Brasil, anos depois foi criticado como uma continuação
do governo português. A idéia de miscigenação era sempre abortada; o IHGB tinha seus olhares voltados para a escravidão,
para os rebeldes, malês, indígenas, cangaço, sempre com um olhar de cima para
baixo, iniciava-se nesse ponto a interdisciplinidade da época. Francisco Gê Acayba de Montezuma era pardo,
baiano e deputado a Câmara da Corte.
Todo rankiano apresenta suas fontes de
forma erudita.
Capistrano de Abreu |
Capistrano de
Abreu foi influenciado pela sociologia, onde trabalhava a heurística e a
hermenêutica (não era interpretação e sim a leitura do documento), a critica
era de que a verdade estava na estrutura do documento, toda história do
percurso era o principal trabalhada pelo historiador, isso não representava a
verdade absoluta, pois a narrativa estava presa a esse documento. A sociologia
e a antropologia se completavam uma a outra, sendo que a antropologia completava
as lacunas deixadas pelos trabalhos.
O auge da religião seria o ponto alto até
o regresso da religião primitiva, refletindo o mito romano (no sentido da
narrativa) ao passo que mostrava a evolução da magia da religião pela ciência.
Tomavam relatos dos viajantes que eram uma forma de antropologia e falavam
sobre os outros e ouvia-se também para preencher as lacunas do documento
deixado em aberto. A
sociologia seria co irmã onde citaria as referencias para contribuir com a
narrativa histórica, a historiografia fazia parte da cultura brasileira. Capistrano
de Abreu foi o precursor deste século em relação a esse tipo de pesquisa.
Gilberto Freire |
História da
Biblioteca Nacional - A historiografia brasileira do final do séc.
XIX, era inspirada pelo método cientifico, porém incorporava a preposição
positivista de que o historiador deveria ir além do simples catalogar das
fontes, ele deveria escrever uma narrativa informado pelas ciências auxiliares:
ciências sociais, antropológicas, políticas e as sociológicas: traziam para o
trabalho do historiador onde discutiriam o caráter dos povos em foco da
produção etnológica e descreveria nos seus estudos os índios. A antropologia
evolucionista era linear do progresso entre a assimetria da sociedade, fazendo
afirmações que hoje soariam como preconceituosas. Capistrano de Abreu era
metodológico e ampliaria a percepção do historiador.
1ª Fase:
atuava como professor no colégio D. Pedro II
2ª Fase:
foi considerado o pai da historiografia moderna (no sentido novo), era ao mesmo
tempo pelo método junguiano, depois passou a ser inovador ao novos temas.
Os dois momentos
do trabalho historiográfico de Capistrano de Abreu, em 1883: concurso para
professor no colégio D. Pedro II, era um historiador “positivista” adepto ao
método rankiano e por causa disso partira para dias etapas:
1ª etapa: heurística
2ª etapa: hermenêutica.
Havia uma critica a história positiva por ela ser acusada de ser neutra e distante da ideologia, porém se fazia presente mesmo negando as coisas. Capistrano considerava as fontes e dessa escolha o fez aos portugueses, ele porém não reconheceria isso no momento.
1ª etapa: heurística
2ª etapa: hermenêutica.
Havia uma critica a história positiva por ela ser acusada de ser neutra e distante da ideologia, porém se fazia presente mesmo negando as coisas. Capistrano considerava as fontes e dessa escolha o fez aos portugueses, ele porém não reconheceria isso no momento.
O
descobrimento do Brasil - etapa da crise
documental heurística: a concepção clássica advinha desde a Idade Média
onde se escreveriam as memórias dos annales. A documentação moderna se fazia
pelo método cientifico positivista, era ligado a grupos dominantes que
priorizavam a história mas não a empregavam mais assim, teria que ser um
profissional que faria essa transformação histórica em ciências e o historiador
em profissional. Ser
professor de história era trabalhar os arquivos e as possibilidades históricas.
Historiadores franceses |
O século XX foi criticado pelo seu método positivista, sendo influenciado por Bloch e Febvre, na historiografia positivista só havia uma verdade única e absoluta; o objeto de seu trabalho era quem havia descoberto o Brasil, as fontes eram espanholas, francesas e portuguesas, os historiadores franceses apresentavam argumentos históricos geográficos para justificar a sua presença; Capistrano começou desmistificar isso, a ideologia se fazia presente pela península ibérica, os documentos eram oitivos, baseados na oralidade.
Pedro Alvares Cabral |
Positivismo de Auguste Comte |
A autora fala
de como o conceito das três raças foi
incorporado pelas elites do séc. XIX no Brasil, o temo raça já existia,
porém com outro significado, a partir das teorias deterministas do
evolucionismo social com seus pensamentos racionalistas. No Brasil foi o
determinismo racionalista das raças indú, etíope e moura que tinham seu
arcabouço na teoria biológica; todos os povos tinham noção de eugênia, aqui
tabalhava-se sobre isso pelas suas configurações serem hereditárias: cada raça
tinha seus atributos, ao nascer jamais se livrariam disso como a capacidade
física.
Darwin |
Liliam Schwarcs |
1° critério: localizariam as principais cidades do Brasil na época: RJ, SP, PE e BA nas faculdades de medicina, direito, nos museus e bibliotecas.
2º os professores não seriam incutidos por que ainda não eram estudados. A miscigenação era uma mistura biológica e com caráter de possibilidades, para alguns isso representava uma maneira perigosa de compor uma nação, o Brasil era formado principalmente pelo mesticismo, as raças seriam formadoras das seguintes formas: vermelha: índio americanos, amarela: orientais, branca: europeu e a negra: africanos.
O mesticismo
era especifico e no Brasil havia uma diferença do colonizado e do habitante: crióulo,
eram filhos de africanos nascidos aqui
desde ± 1880 – 1890 e tem um designativo discursivo e o criolo que no Brasil
esse termo é sinônimo de vulgaridade, é um termo pejorativo.
Categorias etno-raciais: ± 1920 – 1930: cor
da pele, cor do cabelo, traços fisionômicos: lábio, nariz, cabelo, origem e estado
legal: 1890. O africano preto ou africano: creolo e o cabra. O pardo divide-se
em claro: mulato, era o livre e o escuro: relativo a cor da pele, o português é
o branco. Os livres, libertos/forros, escravos desde 1821 eram ingênuos. Preto, pardo: branco, índio, e amarelo.
O amarelo, negro e o mestiço tinham entre sí um conflito e disputas, ou seja,
eram descritivo de pertencimento a valorização
e hierarquia social. A origem é no sentido de pertencimento étnico, a noção
de negritude na África era diferente por causa do panafricanismo, tudo isso
fazia parte de um controle social decorrentes de três séculos anteriores. Havia
toda uma categorização do corpo como marcas, cicatrizes, marcas de grupos
étnicos, além da ligação entre a policia e os senhores.
1 O
evolucionismo cultural: paradigma legitimador dos determinismos científicos.
1.2 Os determinismos como ciências: Geográfico/biológico - Sexual: era mais importante que o sexual e o moral/racial: social, classe.
1.2 Os determinismos como ciências: Geográfico/biológico - Sexual: era mais importante que o sexual e o moral/racial: social, classe.
1.3 As
interfaces com o evolucionismo biológico de Charles Darwin incorporou um
paradigma biológico as relações sociais: o denominado “darwinismo social” →
limites.
1.4 As
técnicas - a frenologia francesa e as técnicas lombrasianas
1.5 As
práticas - a identificação judiciária criminal, os gabinetes da antropologia educacional
e os procedimentos médicos e psiquiátricos.
1.6 As
representações ideológicas ou imaginarias: o racismo, as classes perigosas, os
degenerados e pervertidos e os anormais e incapazes.
2 As
apreciações do paradigma determinista/evolucionista no Brasil.
2.1 As
instituições e seus objetivos
2.2
Peculiaridades e especificidades
2.3
Ações praticas resultados e continuidades históricas, sociais e culturais na
sociedade brasileira
2.3.1 O
imaginário determinista na representação e pratica: o olhar determinista do
senso comum, as discriminações do imaginário cultural e as praticas
hierárquico-discriminatórias e a legitimidade “cientifica”
Os
senhores dos escravos contratavam professores para alfabatizá-los para poderem
fazer com que eles contabilizassem a produção e alguns eram letrados. Os negros
se alistavam no exercito e marinha para fugir da escravidão; quando os senhores
iriam requisitá-los, o pedido era negado por que agora eles pertenciam ao
Estado, não terminava com a escravidão, mas se livravam da tutela de seu senhor
e de sua mãe. O negro: força física, o branco: intelectual racial e o índio:
capacidade adaptativa
Geografia: o clima determinava o
comportamento sexual
Biológico: determinava o sexual e
social, onde o sexual seria o mais importante.
As teorias
racistas não tinham nada a ver com Darwim, pois elas ocupavam um caráter
nacionalista e nas décadas de 1870 as leis abolicionistas dominavam os
processos de liberdade; o Estado deveria “protegê-los” e se protegerem de si
mesmos. A antropologia educacional identificou-se com o corpo da criança para
futuramente identificá-la e a psicologia definiria o seu caráter, pelo uso de
técnicas antropológicas.
Roger Chartier |
Uma pratica não existiria sem uma representação, as pessoas agiam por que elas acreditavam naquilo que elas pensavam ser certo, nesse sentido não havia coletividade. As mulheres que não se enquadrassem na sociedade eram consideradas histéricas e sofreriam posteriormente de lobotomia, o caráter apresentava aspectos morais: com quem ela morava? Com quem ela saia? Todos tinham uma influencia de Chartier.
Pertencia a uma
classe dominante e que melhoraria os quem escreviam e estudavam: bacharéis em direito, medicina, recibiam soldados e eram padres
. Objeto seria a trilogia que buscaria “entender”, compreender o “psico-social”
e historicamente a trilogia a partir das antinomias:
Sobrados e Mucamos: 1936 – relação morador de sobrados X cortiços e mucamos
Ordem e Progresso: 1942 – republicanos democratas X autoritarismo político.
Relação morador de sobrados X cortiços e mucamos (bacharel ↔ autônomo (mulato).
Jazigos e covas rasas: compreende a sociedade brasileira pelas relações que a caracterizam, Gilberto freire é considerado um autor saudosista que entende muito bem a sociedade em que vive a brasileira, além de Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr que recorriam a sociedade brasileira na época da colônia para entender o presente: o seu tempo – 1930. Sérgio Buarque de Holanda dizia que as raízes do Brasil reconheceriam os problemas pela falta de interesse em incluir a sociedade em seu contexto.
Jazigos e covas rasas: compreende a sociedade brasileira pelas relações que a caracterizam, Gilberto freire é considerado um autor saudosista que entende muito bem a sociedade em que vive a brasileira, além de Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr que recorriam a sociedade brasileira na época da colônia para entender o presente: o seu tempo – 1930. Sérgio Buarque de Holanda dizia que as raízes do Brasil reconheceriam os problemas pela falta de interesse em incluir a sociedade em seu contexto.
Gilberto Freire |
Alguns eram realmente filhos de brancos e como havia muitos mulatos estudantes de direito era muito provável que eles se casassem com moças brancas. A farda escolar surgiria como forma de controlar o racismo no sentido de uma filha abastada estudar ao lado de uma lavadeira.
A Carta de Rábula era composta por
advogados comissionados (chave de cadeia).
Mascates eram
comerciantes e imigrantes que trabalhavam no comércio e que seguiam o mesmo
ramo que o pai, onde muitas vezes se sobressairiam aos filhos dos senhores de
engenho.
Fogo – José Lins do Rego. Na década de 1870 os bacharéis atuavam em todas as áreas até que começaram a ser rechaçados pelas teorias racistas, sendo considerados degenerados; pois havia uma rede de confiança entre o mulato e o negro mulato e brancos, mesmo assim eles continuavam ascendendo em suas carreiras.
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