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sábado, 21 de dezembro de 2013

Salvador, a cidade que temos, a cidade que queremos.

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"Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um pais que tinha tudo para dar errado, e no entanto deu certo". Florentino Gomes

Salvador: quais os caminhos "politicamente corretos para o futuro soteropolitano?


Quando falamos em energia limpa e renovável o primeiro pensamento que nos vem em mente são as grandes obras eólicas, placas solares, grandes estruturas montadas em parques específicos visando uma melhoria para o local em que se vive, utiliza-se tecnologia de ponta importada de países de primeiro mundo, material de excelente qualidade, mas nos esquecemos de trabalhar o principal agente de toda essa inovação tecnológica, o ser humano, onde o baiano no contexto regional entra nessa historia, ele esta sendo melhorado intelectualmente? O soteropolitano também esta recebendo melhorias, incentivos, esta sendo reciclado para compreender o quanto é importante ter uma consciência ecológica para contribuir pra a cidade que desejamos e começar a melhorar de vez a cidade que temos?

Mais importante que a energia que pode ser captada, é a nossa energia despendida diariamente em atos simples que num todo, economizaria muita energia em todos os sentidos, p. ex: se sujarmos menos haverá menos sujeira para ser limpa, consequentemente sobrara mais recursos para ser aplicado em outras áreas, afinal, “cidade limpa, não é a que mais se varre e sim a que menos se suja”, o governo esta trabalhando para limpar a sujeira deixada por gestões catastróficas de seus antecessores? A comunidade recebe incentivos e melhorias nos aspectos sociais, econômicos e culturais realmente relevantes para esse tipo de melhoria? De que adianta termos tecnologia de ponta se os operadores desses equipamentos de milhões de reais, jogam o lixo do lado da lixeira, urinam fora do mictória em seus banheiros super tecnológicos com sistema inteligente de descarga, de que adianta tudo isso se não temos educação doméstica? E o povo “intelectualizado”? Falar mal do governo é fácil, mas e nós nos comportamos como dentro da academia? É notório as carteiras rabiscadas, os sanitários imundos, os corredores emporcalhados por papeis de lanches, rascunhos, resto de cigarros, e aí? Somos nós o melhor exemplo para criticar?

Falar de energia limpa, falar da cidade “utópica” de Thomas Morus esta tão distante assim da nossa Salvador, abençoada por todos os santos? As pessoas precisam mudar para depois mudarem o local onde vivem nesse aspecto sim é fundamental a presença do estado para acompanhar juntos e não ser só o detentor do poder econômico responsável por esses melhorias.

A cidade que temos é uma cidade imunda, mal conservada, mal pintada, temos uma população com mentalidade provinciana, mas que nada faz para preservar o que é “seu”; o resultado de vários governos corruptos não exclusivo somente a Salvador, mas, como em toda grande capital contribuíram para estragos irreparáveis como as carências na educação, saúde, segurança, onde o único investimento “pesado” é o carnaval, os shows, as festas tradicionais, mas a cidade não vive somente desses aspectos culturais, existe toda uma dinâmica que deveria ser harmônica com seus cidadãos, ou seja, é preciso melhorar a qualidade de vida de quem vive em Salvador, para depois iniciar as mudanças na parte material da cidade, priorizando como essas as melhorias devem ocorrer com quem vive na cidade e depois na energia ecologicamente correta.

A cidade que desejamos é inicialmente uma cidade que trate seus cidadãos com dignidade, com transporte que funcione e atenda as demandas de seus usuários, temos uma cidade “mal conservada”, onde uma simples pintura nas fachadas dos prédios, favelas, casas antigas amenizaria o problema, não maquiando, mas sim, conservando, padronizando. A necessidade de um transporte publico eficaz é o desejo de todo soteropolitano, reclama-se de engarrafamentos intermináveis, mas nada se faz para punir o cartel das empresas de transporte coletivo que desrespeitam a lei com a falta de ônibus nas ruas, deveríamos ter políticas mais severas com o motorista que entra em corredor de ônibus com uma pessoa apenas dirigindo nesse tipo de faixa, enquanto nos ônibus existem dezenas de pessoas sendo penalizadas”, pela espera desses motoristas inconsequentes que só pensam em si para chegar logo em casa, ocupando espaços restritos ao transporte publico.

A cidade que sonhamos é uma Salvador iluminada, com ruas limpas, com sistema de coletas que funcionem 24 horas por dia, não em períodos pré determinados, deixando de otimizar o tempo restante para melhorias como coleta de lixo, manutenção de parques, ruas. Desejamos uma cidade onde as pessoas respeitem os outros, com in iniciativas que se aprende na escola como não sentar nos transportes públicos nos lugares reservados para idosos, gestantes, passageiros obesos, queremos uma cidade onde as pessoas não jogam objetos da janela de seus carros, dos transportes coletivos, desejamos que as pessoas respeitem o silencio no transporte publico, sem ter que ouvir obrigado a “sinfonia do lixo musical” dos outros a todo volume, desejamos uma cidade onde as pessoas sejam educadas a não cuspam no chão e que trate bem os turistas que aqui vem nos visitar.

Desejamos uma cidade que de o exemplo como uma cidade que superamos as mazelas e de como conseguiu contornar a situação no sentido de ter conseguido encontrar soluções aos impasses para problemas como o energético. Com a educação acessível a todos, teremos uma sociedade mais politizada e educada, teremos uma cidade com ideias apresentadas não somente pelos mega projetos de energia limpa das grandes corporações, mas sim, de pequenos projetos que fazem a diferença se somados no dia a dia, como por exemplo, o óleo de cozinha desperdiçado diariamente na capital baiana, esse óleo se reciclado, poderia ter inúmeras utilidades como a fabricação de sabão, detergente, amaciantes, bem como a sua reutilização pela indústria automobilística através de parcerias com a prefeitura, com as universidades, com a indústria que utiliza esse tipo material.



Fala-se das placas de captação colossais de energia, mas e as pequenas placas coletoras? E as placas de maior acessibilidade da população? Sim, aquelas placas que podem ser carregadas em mochilas, placas que podem ser instaladas no quintal ou teto da casa? A energia poupada em nossas residências com esse tipo de aparato eletrônico seria absurda e totalmente limpa, relativamente barata, pois, pouparíamos muito e dinamizaríamos mais ainda com a eletricidade despendida em nossas residências, aparelhos eletrônicos, em chuveiros, e principalmente celulares, já que esse parecer ser a nova febre das ultimas décadas. Salvador é uma cidade privilegiada pela incidência de sol praticamente o ano todo, seria muita insensatez não aproveitar essa dádiva que a natureza nos oferece gratuitamente todos os dias e nós por falta de oportunidade, não aproveitamos esse presente.


A cidade e o sinônimo de cidadão para o neoliberalismo
A cidade é uma construção humana, pois segundo HARVEY(1968)[1] surgiu com a produção do excedente e concomitantemente à urbanização. Uma comunidade política é o cenário onde as pessoas devem exercer sua cidadania. Entretanto, a configuração da cidade como empresa não permite essa postura cidadã dos seus habitantes. Direitos e deveres são violados em prol do consumismo e do capitalismo. Há uma conexão entre o fomentamento do sistema capitalista e a urbanização, é perceptível que a desigualdade entre as classes evidenciam que a lógica do capital e dos seus interesses estão voltados para a elite que consomem, por isso, qualidade de vida virou mercadoria.

Essa é a solução?
Segundo FONSECA( 2013)[2] o que está em debate é o método de governo, pois a lógica do capitalismo não permite que grandes transformações no recôndito social sejam feitas. Isso é perceptível quando o partido dos trabalhadores (PT) antes de assumir a presidência enfrentava e pleiteava mudanças urgentes em prol dos trabalhadores, dos marginalizados.  Entretanto, quando assumiu o poder se viu atrelado à lógica agressiva desse sistema neoliberal fazendo mudanças apenas superficiais e preconizando a tão criticada política assistencialista (bolsas família) em detrimento de mudanças que visassem mitigar o fosso abissal das desigualdades sociais. É preciso que o art. 6º da Constituição Federal seja colocado em prática aonde há garantias aos direitos sociais, como educação, alimentação, moradia, trabalho, lazer, dentre outros, mas que são engolidos pela postura do neoliberalismo. 

A configuração da cidade do salvador evidencia o subproduto neoliberal, que é uma cidadania despolitizada produzindo consumidores em detrimento de cidadãos. É visível uma Salvador com uma população sem autoestima, com pior qualidade de vida. Segundo a pesquisa proteste (2012) “(...) cada vez mais pessoas, profissionais, deixam Salvador em busca de cidadania, direitos e serviços públicos. As pessoas abandonam a cidade; por não acreditar mais nela (...)[3]. A consciência crítica  para o exercício da cidadania fica comprometida com esse sistema avassalador que tem o consumo como sua mola mestra. Sendo assim, para que se exija a cidadania, direitos e deveres de um povo é preciso dialogar com a sua construção histórico -cultural e sobretudo com o sistema econômico ao qual está imbuído, tornando-se assim compreensível, não aceitável a situação dispare em qual se encontra na cidade do Salvador. 

Mega - evento e a cidade neoliberal[4]

As vésperas de se tornar palco de um mega evento como a copa do mundo, as capitais brasileiras, sobretudo Salvador que sediará o evento tornaram-se alvo de questionamentos sobre transporte público, acessibilidade, violência urbana, entre outros problemas intrínsecos a um país em desenvolvimento como é o caso Brasil. Um mega evento como esse tem o papel de projetar o país para o cenário internacional, mostrando suas belezas naturais e mascarando seus problemas sócio-histórico através do padrão FIFA a ser seguido. Salvador possui um cenário caótico quando o assunto é transporte público (ruas abarrotadas carros e ônibus sem nenhuma perspectiva de escoamento e acessibilidade – isso se falando em dias normais, e o que vai ser dessa cidade em época da Copa? Férias escolares devem coincidir com esse mega evento a fim de reduzir o número de pessoas transitando para não retirar o brilho do futebol que é uma paixão nacional e internacional. Outra temática é referente às pessoas que não estão inseridas na lista de consumidoras serão deslocadas se fazendo uma limpeza ética e social das áreas que recebem esse investimento.

A cidade passa a ser maquiada para se vender a proposta da cidade empresa, ideal para sediar tal evento.Como diz Vainer( 2013)[5]: “(...) a cidade dos mega eventos precipita, intensifica,generaliza a cidade de exceção e a democracia direta do capital. A FIFA e o COI verdadeiros cartéis internacionais associados a corporações nacionais e interesses locais, recebem do governo da cidade: isenções de impostos, monopólio dos espaços publicitários, monopólio de equipamentos esportivos resultantes  de investimentos públicos. São neoliberais, mas adoram um  monopólio(...)”[6]

Essa realidade relatada por Vainer (2013) [7]sobre o padrão FIFA podemos contextualizar com conflitos gerados por esses cartéis à medida que as baianas de acarajé no primeiro momento foram vetadas a sua entrada no estádio para comercializar o bolinho de feijão que foi considerado patrimônio nacional. Devido à repercussão da decisão que causou alvoroço entre os soteropolitanos e nas baianas de acarajé, a permissão da entrada das baianas na arena itaipava fonte nova, foi uma vitória contra esse monopólio do padrão estabelecido pela FIFA quando impõe o que deve ser vendido e qual marca. Essa postura também pode ser evidenciada ao nome dado a Fonte Nova quando passa a chamar-se arena itaipava fonte nova. Tudo em nome do monopólio e da lógica neoliberal.

Sediar a copa do mundo em Salvador seria um orgulho desde quando tivesse infraestrutura para cooptar esse mega evento. Os soteropolitanos acordaram da letargia quando foram as ruas com as manifestações que ensaiaram gritos por mudanças na sua cidade em prol de melhorar sua qualidade de vida desvinculada do conceito de mercadoria. Pois começa a se pensar em uma cidade politizada em prol de construir uma sociedade cidadã podendo ter acesso aos direitos sociais intrínsecos nas cláusulas pétreas da Constituição Federal, ou seja, direitos que não podem ser alterados dado pelas garantias sociais (educação, moradia, saúde, segurança). 

Destarte, quando o Brasil fizer o primeiro gol, todos esses problemas desaparecerão e nos tornaremos uma nação: “(...) De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão! Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração! Todos juntos vamos pra frente Brasil! Salve a seleção! (...)”[8]. O conceito de nação a ser construído está além da nação proposta pelo padrão FIFA. O Brasil, sobretudo Salvador precisa acordar do ranço provinciano. E poder gritar gol em uma cidade configurada de serviços, tanto para os soteropolitanos quanto para turistas e não em uma cidade maquiada para ser apenas consumida.

Salvador é uma capital "abençoada por Deus e bonita por natureza" como na capital carioca, o detalhe é que por ser a primeira capital brasileira, tem a responsabilidade de apresentar soluções aos problemas diários como por exemplo, a energia renovável, sua costa litorânea bem como seu extenso sertão são as melhores áreas para se trabalhar as torres de captação da energia eólica são outra oportunidade igualmente interminável de matéria prima, no caso o vento.

O custo seria de proporções iguais ao tamanho de seu projeto, pois, necessitam de muito mais investimentos, mais profissionais para a instalação das torres, mais operadores dos enormes centros de captação e distribuição dessa energia limpa e natural, o resultado seria o emprego de muita mão de obra para por em pratica esse projeto, mas e o espaço, onde seriam construídas?

Atualmente a RMS esta totalmente tomada por construções e Apa´s, a instalação dessas torres no perímetro urbano seria praticamente inviável, mas não impossível, uma solução inteligente para esse impasse seria a instalação das torres em outra localidade e a distribuição da energia seria redirecionada para a região metropolitana através de acordos e acertos entre as prefeituras para a disponibilização da energia captada em outros parques e redirecionada para Salvador.


A vantagem desse tipo de equipamento é que a Bahia é um estado com grande extensão litorânea, a captação dos ventos seria constante; outro projeto seria a captação de energia pelo movimento das ondas, este projeto na sua grande maioria no Brasil ainda é experimental, mas em algumas capitais europeias é uma realidade de longa data como na capital holandesa e na Américas, esse tipo de captação é utilizado na costa mexicana, são países que se utilizam desta técnica diariamente aproveitando a energia gerada por esse tipo de equipamento.

No Brasil em particular existem vários modelos e projetos sobre a maneira de se obter energia limpa como nos outros casos, é necessário à intervenção do estado baiano para a implantação destas técnicas para captação, afinal, tratar-se de uma alternativa relativamente cara, mas não menos eficiente. Uma das formas mais viáveis e proeminentes que fará a diferença para a capital baiana será um meio de transporte publico capaz satisfazer a grande massa que utiliza esse tipo de condução.

Os alternativas disponíveis vão desde o metro, vias exclusivas, melhorias nas vias urbanas, na acessibilidade dos automóveis, maior acessibilidade a cadeirantes, ideologicamente tudo é perfeito, o fato é que são problemas reais e são os que mais afetam o baiano no dia a dia, a lentidão, engarrafamento, os pontos de retidão e por se tratar de uma capital que sediará alguns eventos de proporções mundiais essa realidade tem que mudar, mas como?


Os órgãos responsáveis por esse tipo de logística devem desenvolver seus trabalhos em parcerias com todos os profissionais dessas áreas, desde a logística de escoamento dos veículos, até possíveis resoluções com as fabricantes de veículos que colocam os carros diariamente nas ruas se preocupando apenas com o lucro e se eximindo da responsabilidade do caos proporcionado por tantos veículos.

Para resolver esse problema crônico, deve haver parcerias com as universidades, com os fabricantes, com a população para que sejam reeducados e principalmente iniciem um programa de fiscalização que seja eficiente e que resolva os problemas com a mesma facilidade dos carros “jogados” nas ruas. Se o sistema publico funcionasse, muitas pessoas deixariam seus carros em casa e se utilizariam desse meio de transporte como ocorre em muitas capitais brasileiras.

Na capital baiana o que falta é educação de todos os lados desde o motorista mal educado até o pedestre “sem noção” que faz da rua a extensão de sua casa, ambos não se respeitando o caos será inevitável. O papel da prefeitura é adotar medidas realmente eficazes que deem resultado, se não todos já sabem os problemas que terão num futuro não tão distante, a cidade parará por se sobrecarregar, o transito parará por não ter mais para onde ir, o risco de um colapso energético é grande, ou seja, algo tem que ser feito e a muitíssimo curto prazo, não é mais nem uma questão de médio ou longo prazo.

É agora e o governo da capital tem que resolver esse impasse o mais breve possível, com políticas às claras, sem maquiagem de resultados e muitos menos de resultados fraudulentos. A Salvador que desejamos esta muito mais perto de nós do que imaginamos, somos privilegiados por inúmeros fatos históricos, localização geográfica, temos fatores e vontade de sobra para realmente conseguirmos o tão sonhado futuro, é preciso arregaçar as mangas, precisamos parar de reclamar de governos corruptos, devemos acompanhar mais nossos políticos e principalmente parar de reclamarmos de tudo e colocar em pratica o que realmente queremos para Salvador.

Somos cidadãos que pagamos nossos impostos e temos o direito de vê-los revertidos em melhorias e as governantes que devem agir com transparência e responsabilidade para investir nessas melhorias, caso contrario, o povo terá voz principalmente em eventos como a copa e os outros tantos jogos que acontecerão para manifestar as suas insatisfações.

Com as novas tecnologias que surgem tudo fica mais fácil se soubermos lidar com problemas corriqueiros do cotidiano, são pequenos percalços, mas que causam grandes estragos como é também o caso das comunicações. A tecnologia dos celulares é um exemplo de que estão havendo mudanças para melhorar o também caos que ocorre na telefonia móvel em Salvador, são melhorias que agilizarão a vida de quem se utiliza desses serviços como o sistema 4 G. Esse sistema surge para suprir as lacunas deixadas pelo sistema 3G considerado “menos pior”, mas longe do ideal. Salvador sendo uma das capitais que sediara os jogos das confederações e da FIFA terá que ter um sistema de telecomunicações eficiente, afinal, o numero de informações que circularão nesse período será infinitamente maior.

Os governos estão se mobilizando através desse novo sistema para que ocorra o máximo de satisfação por parte dos usuários, afinal as lentes estarão voltadas para nós, por isso, a necessidade de marcarmos presença de forma positiva em todos os quesitos que a modernidade oferece para a cidade do Salvador para ser a cidade que realmente desejamos e deixarmos para trás a cidade que tínhamos.



Copas pelo Mundo 

Sendo o Segundo evento esportivo mais assistido no mundo, com efeitos positivos economicamente e gerando oportunidade para acelerar o desenvolvimento econômico e social das cidades-sede e de toda a nação, fica mais fácil de entender o porquê de tantos países almejarem a possibilidade de ser a sede da Copa do Mundo. O evento mobiliza todo o mercado, uma gama de oportunidades e demandas de investimento surgem, tanto no setor público, quanto no setor privado. E uma boa interação entre estes setores faz-se necessária. Os desafios para a realização deste evento são enormes, uma vez que, a FIFA, exige o cumprimento de uma série de normas. Instalações desportivas, incluindo os estádios, são construídos ou reformados para o evento. Estradas, aeroportos, hotéis, portos e infraestrutura de um modo geral, também são melhorados para receber a competição. 



As cidades-sede acabam por ser construídas ou, no mínimo, remodeladas. Daí que surge a necessidade de um planejamento e um monitoramento muito detalhado das ações a serem desenvolvidas. O custo para a organização de um evento do porte da Copa do Mundo não pode ser generalizado. Para a Copa de 2014 sediada no Brasil, tal custo já atinge R$ 26,5 bilhões, R$ 2,7 bilhões maior que o previsto no primeiro balanço orçamentário da União.
Tabela orçamentativa dos gastos de cada país nos jogos das copas ocorridas e o valor mais uma vez absurdo gasto para a copa de 2014 no Brasil.


Segundo Ruth Costas, da BBC Brasil em Londres “Do total, R$ 7,5 bilhões serão gastos em estádios; R$ 8,9 bilhões em obras de mobilidade urbana; R$ 8,4 bilhões em aeroportos e R$ 1,9 bilhão em segurança. O restante será investido em desenvolvimento turístico, portos e telecomunicações.” Pensando nos benefícios posteriores à competição podemos ver como exemplo a Alemanha, que sediou a Copa do Mundo de 2006. 


Tais benefícios envolveram um acréscimo de € 8 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) alemão, no período 2003-2010; a geração de 50 mil novos empregos; e uma grande atratividade para turistas (52 mil espectadores, em média, por partida, e € 800 milhões gastos pelos visitantes). Opiniões divergentes surgem a todo instante sobre a Copa do Mundo no Brasil. De um lado aqueles que são a favor e contabilizam os benefícios e avanços oriundos desse megaevento para o país; e de outro aqueles que não deixam de reconhecer o valor histórico e econômico de tal, mas que se indignam ao perceber que o Brasil carece de investimentos públicos em saúde, educação, segurança, entre outros, com a justificativa de falta de dinheiro. 







E você, de que lado se encontra? 






Salve Salvador

Salvador
A cidade é fruto do trabalho coletivo de uma sociedade. Nela está materializada a história de um povo, suas relações sociais, políticas, econômicas e religiosas. Sua existência ao longo do tempo é determinada pela necessidade humana de se agregar, de se interrelacionar, de se organizar em torno do bem estar comum; de produzir e trocar bens e serviços; de criar cultura e arte; de manifestar sentimentos e anseios que só se concretizam na diversidade que a vida urbana proporciona. Todos buscamos uma cidade mais justa e mais democratizada que possa de alguma forma, responder a realização dos nossos sonhos.” (Trecho da Apresentação Estatuto da Cidade feito, em 2001, pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Presidência da Republica).

Com base na citação produzida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República, imaginamos de imediato que seria ideal se o coletivo unisse acerca de obtermos uma Salvador mais igualitária, assim como no atendimento de boa parte das necessidades em comum como, por exemplo, opções diversas de transportes públicos, espaços públicos de lazer, uniformização das vias públicas entre outras circunstâncias que são de interesse coletivo, conforme mostra a figura abaixo:

Existe, contudo, regulamentação (Estatuto da Cidade) que registra através de artigos para consolidação de leis Estaduais ou Municipais de desenvolvimento urbano como a Criação de Conselho de desenvolvimento urbano que tem suas atividades deliberadas já no Estatuto; a obrigatoriedade de audiências públicas que considerada coo essencial para aprovações urbanas com impacto político, social e ambiental para sociedade, posto que as audiências e consultas públicas garantem a representação popular; conferência sobre assuntos de interesse urbano; intervenção popular e projetos de lei apresentados pela população.


Diante de determinações configuração Nacional e Constitucional percebe-se o grande problema na composição do Plano de Desenvolvimento Urbano de Salvador e nas inúmeras tentativas e modificações com impacto negativo tanto ambiental como social, explícitos na mídia, nos detalhes do passo a passo e proposições de novos planos para Salvador.


As principais mudanças aprovadas já são perceptíveis aos não cumprimentos do Estatuto da Cidade:
1. A retirada do poder deliberativo do Conselho de Cidade e do Conselho de Meio Ambiente do Município;
2. A autorização da construção de prédios e condomínios privativos em Ilha dos Frades;
3. A extinção do Parque Vale Encantado, última área preservada de Mata Atlântica na Avenida Paralela;
4. A alteração do gabarito em alguns trechos da orla, que causaria o sombreamento das praias;
5. A autorização de construção de hotéis nesta área são algumas das modificações aprovadas.

Questiona-se pelo Ministério Público a realização das Audiências públicas o que torna nula a aprovação da representação popular nas alterações previstas no PDDU. A aprovação da leio de ordenamento do Solo que gera modificação no PDDU de Salvador na última plenária do governo João Henrique no comando da prefeitura de Salvador conota uma série de infrações no processo desta composição. 


E são estas infrações que respaldam a liminar concedida para suspensão de aplicação da nova lei e suas respectivas concessões para principalmente novas construções na Orla e da Av. Paralela. Ao avaliar as principais modificações propostas no Plano de desenvolvimento percebe-se a forte tendência de atendimento aos propósitos de um grupo homogêneo de interesses políticos, e todo processo infracional de utilização das ferramentas de democratização do Planejamento urbano reforçam algo suspeito para aprovação final do Plano favorecendo somente estes grupo.


Ora, o objetivo final de um Plano de Desenvolvimento Urbano está em uma sistematização e criação de etapas que envolvem o desenvolvimento de uma cidade, levando em consideração questões como crescimento econômico, mobilidade urbana; potencialização cultural e fomentação do crescimento urbano; tendo educação como principio de cidadania. 


Os novos rumos do Planejamento Urbano de Salvador não potencializaram estes aspectos e retrataram somente a minimização de políticas que ostentam as diferenças sociais e políticas, estas, cada vez mais afastada, do objetivo principal do desenvolvimento educacional e sustentável da urbanização.




A palavra carnaval vem do latim, “carna vale” que tem o significado dizer adeus à carne, pois são três dias de festa que antecede a quarta feira de cinzas. É notório que o carnaval de Salvador ultrapassa esses 3 dias em nome do capital. Até na quarta feira de cinzas, feriado católico marcando o início da quaresma, é violado o silencio e o respeito ocorrendo o famoso arrastão iniciado por Carlinhos Brown e seguido pelos ícones dos artistas como Ivete Sangalo, Marisa Monte, atualmente Cláudia Leite que se “doam” nome dos excluídos. 

Pois é um momento de uma hora e meia no circuito Barra/Ondina que o carnaval segregacionista “rompe” com o modelo imposto pelo que só vai atrás do trio elétrico quem pode pagar como diz o professor Clímaco Dias (2002), criando a ilusão que o carnaval é para todos. Entretanto, o modelo de sistema que temos contribui para formatar a realidade histórico-cultural que se encontra o “cidadão”. 
Segundo Chomsky(2002), o modelo neoliberal atinge não apenas a esfera econômica, mas também a esfera política e cultural. E tacitamente vão destruindo as instancias comunitárias advindas com a modernidade, como a família, sindicato, movimentos sociais e Estado Democrático de Direito. E por que falar de Neoliberalismo ou pós –neoliberalismo e carnaval? 

Parece para os leigos no primeiro momento, pensa que é uma reflexão vazia, entretanto plugando nesse conceito é possível verificar, como diz Noam Chomsky(2002), que para se ter uma cultura política vibrante é necessário uma série de requisitos como grupos comunitários, bibliotecas, escolas públicas, associações de moradores, cooperativas, locais para reuniões públicas, associações voluntárias, sindicatos, ou seja tudo em nome da democracia participativa, da formação dos cidadãos. 

Então focalizamos o tema carnaval para concatenar as vertentes da visão neoliberal que se estende como pano de fundo desse segmento cultural; pois percebemos uma sociedade atomizada, pensando cada um em si próprio, e da presença de meros consumidores atrás do divertimento e não de cidadão consciente de uma responsabilidade sócio- político econômico e cultural em que se encontram. 



O segregacionismo carnavalesco nos remete a Roma com o famigerado pão e circo, pois existe aqui uma sociedade despolitizada, em busca de divertimento, desprovida de “(...) compromisso, desmoralizadas e socialmente impotente(...)” .


O carnaval é popular, mas de nada se pensa para o povo e sim para elite, até mesmo o espaço físico sofre segregação, como o circuito da Barra com os inúmeros camarotes. Na década de 90 os trios elétricos cooptaram e agarraram a ideia capitalista de ganhar dinheiro, e investiram nas cordas, para separar os que podem pagar dos desprovidos de poder de consumo.







E a realidade é agressiva, pois quem tem se diverte e quem não tem torna-se mero expectador da alegria. O trabalho infantil é uma constante crescente nesse cenário da magia carnavalesca, mas nada se faz para mitigar e até mesmo extinguir essa realidade vergonhosa. 





E dessa forma o carnaval vai se moldando a atender um público que se insere na dinâmica do consumismo em detrimento daqueles que não detém o poder de consumo em suas mãos, ficando relegado à meros expectadores da máquina de produzir dinheiro que é o carnaval.



A prefeitura de Salvador, segundo fonte da Secretaria da Fazenda, veiculada pela folha de São Paulo em 19 de janeiro de 2005 isentou a dívida de 4 blocos de Imposto sobre serviço (ISS), entre eles está o bloco chiclete com banana, no valor de R$20 milhões. Ao total entre todos os blocos a dívida estava entre R$ 30 milhões. Mas, a situação que se questiona é o porquê não reverter essa dívida em favor da cidade que urge por mudanças para que Salvador saia dos índices da capital com pior qualidade de vida, segundo a pesquisa Proteste /Jornal A tarde (14/07/2012). 

Por que isentar esses blocos que arrecadam, usufruem do espaço físico da cidade, sem contribuir para que a cidade do salvador desponte com melhorias dos hospitais públicos, investimentos em creches, em comunidades carentes em prol de mitigar os índices de criminalidade, ou seja, investimentos esses que poderiam ser revertidos para educação. Pois, como dizia Pitágoras, educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos. 


A cidade que queremos é uma cidade mais justa, democrática, e com qualidade de vida. Mas, como configurar a cidade aos moldes da cidadania se a lógica capitalista e consumista preconiza uma sociedade atomizada e despolitizada? O carnaval com toda sua vibração consegue ofuscar a consciência do exercício do que é ser cidadão e do direito à cidade que todos têm. Mas, a realidade é marcada por segregacionismo racial, social construindo os espaços especificamente para cada classe em particular. 


Pois, quem manda é o poder de consumo, se pode mais despontará para os espaços transitados pelas elites, como os camarotes e blocos, senão ficarão fadados a empurrar cordas, sendo meros “expectadores” da alegria alheia.





O papel dos cordeiros no carnaval de Salvador

"Cordeiros de Deus, olhai por nós" Os cordeiros não tem uma condição digna de trabalho, e, não possuem consciência da sua importância no cenário da alegria. E são cada vez mais desrespeitados com míseros R$10, 00 por dia, blocos que não possuem patrocinadores não desfilam, ficando marginalizado do palco da magia carnavalesca. 

O carnaval de Salvador possui visibilidade internacional e é considerado o maior e a melhor festa do globo terrestre. A alegria contagiante atrai pessoas de toda parte do mundo. A mídia é um veículo importantíssimo na venda desse produto chamado carnaval; entretanto, não aborda de forma crítica o que ocorre nos recônditos carnavalescos como, por exemplo, a exploração dos cordeiros. Tema pelo qual deteremos nosso olhar.


A festa mágica tacitamente eclode conflitos sociais historicamente demarcados ao longo da realidade escravocrata e paternalista, enraizados na mentalidade brasileira, sobretudo na soteropolitana. A alegria carnavalesca tenta sufocar os ecos das desigualdades sociais, mas a figura materializada na imagem dos cordeiros do carnaval deixam vestígios da projeção personificada da marginalização dos descendentes dos escravizados que não conseguiram se inserir no âmbito sócio, econômico, político e cultural.


Logo essa mão de obra barata, despolitizada, escamoteada pela elite, permite que os donos de blocos, demarquem seu território entre os que consomem e os que não detêm esse poder de consumir, que é denominado folião pipoca. Há segregação racial, espacial, ou seja, tudo em nome do capital e do consumo em detrimento da famigerada cidadania.


O cordeiro atua como divisor de classes: os que estão dentro do bloco é a elite consumidora, e quem está fora desses cordões é o povo desprovido de poder consumerista. Ele, (o cordeiro), não tem consciência do seu papel, imaginem um carnaval sem cordeiros, como seria? Eles são responsáveis pela ordem, e, realização do carnaval, regulando a lógica capitalista, pois é a mola mestra para que a elite concentre o capital, usufruindo os espaços públicos em prol da “$$alegria$$”. Por não ter consciência política e crítica não se dão conta de que, segundo Amaranta Cesar e Ana Rosa(2008), são aproximadamente 80.000 mil pessoas que juntas poderiam gritar por seus direitos. Mas que Direitos? Eles nem sabem que possuem, são invisíveis e indispensáveis. Querem é se “divertir” segurando a corda e se sentirem heróis à medida que se tornam seguranças de “gringos”, “brancos” e dos artistas, aos quais se vinculam quando passam a segurar a corda do seu bloco.



Heróis da resistência, pois passa fome, sede, empurrão, tudo em nome dos míseros R$20,00 por dia, e, “divertimento” garantido ao empurrar a corda. Até quando realidades como estas continuarão a ocorrer? Até quando a sociedade for marcada por desigualdades e até quando as autoridades e a sociedade não ouvirem os gritos silenciosos dos excluídos que clamam por serem inseridos em condições básicas de sobrevivência: educação, saúde e segurança. É preciso enxergar esses invisíveis sociais para que possam reivindicar por dias melhores.


Mentalidade colonial X educação e cidadania (Salvador) 

A cidade de Salvador é uma cidade que respira história, seu centro histórico com vasta arquitetura que nos leva ao Brasil Colônia. Salvador foi a primeira capital do Brasil, que para muitos não é motivo de orgulho pelo que isto fez por Salvador. Analisando os comportamentos das pessoas que viviam nesta antiga cidade, é impossível não notar o ranço acumulado desde tempos de capital colonial. Muito tempo se passou, com o surgimento de novas tecnologias, o progresso foi implantado em vários sentidos, mas a mentalidade continua a de uma província medieval. 



O que mudou durante todos esses anos foram à maneira de se comunicar, as roupas, os meios de locomoção, mas a mentalidade continua congelada na antiguidade. A morosidade dos funcionários, sejam eles públicos e privados, causa desespero a quem não é de salvador, “o patrão finge que paga e eu finjo que trabalho”. Quando um trabalhador quebra esse paradigma e trabalha com vontade e sem lentidão logo se desconfia que essa pessoa não é de Salvador. 


Os habitantes de Salvador, por sua natureza acomodada, não se interessam em sua maioria com os problemas da cidade. O caos na infraestrutura, na saúde, falta de políticas públicas em todas as áreas, e o que o soteropolitano faz? Insiste em deixar pra lá, esperando que um dia alguém faça por ele. Em salvador as pessoas não respeitam as sinalizações, os donos de bares pensam que a rua faz parte do seu estabelecimento. 


E o que sobra das ruas é diariamente disputado por carros e pedestres. O transporte coletivo público, é conduzido por motoristas e cobradores despreparados para lidar com o público. Essa população tem atitude de gado, a mesma dos escravos guiados para a senzala, calando-se diante de afrontas à sua dignidade. Muitas vezes basta distribuir cerveja e música, que o povo esquece todos os problemas a que se sujeita dia após dia. 


Educação e Cidadania 




O inicio da formação do homem, como todos sabem é através da família. Onde começa um processo de humanização, tendo como participação também da escola. Com o conhecimento adquirido na escola a pessoa se prepara para a vida, passado a obter o poder de transformar e de modificar o mundo em que ele vive. 



O educar é um ato que visa à convivência social e a cidadania. A educação tem a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, com isso, o exercício pleno dos direitos e deveres previsto pela Constituição Federal. Para alcançar a cidadania é importante que cada um saiba ser cidadão é condição fundamental para exercemos nossa humanidade. 
 “Legado para quem?”

Será que é possível debater sobre megaeventos sem considerar e avaliar seus legados? Tendo em vista os altos custos para sua realização, direta ou indiretamente? A ideia de legado, ou seja, dos benefícios gerados em contraposição aos custos necessários, assume um lugar de destaque em toda e qualquer discussão acerca deste assunto. “Uma primeira dificuldade para o desenvolvimento desta discussão é que o legado é multidisciplinar e dinâmico sendo afetado por uma variedade de fatores locais e globais” (MORAGAS; KENNET; PUIG, 2003, PREUSS, 2007, PRONI, 2009). 

Segundo Poynter (2006), os legados podem ser divididos em duas categorias: os legados tangíveis e os legados intangíveis. Para o autor, o legado tangível é toda a infraestrutura construída por causa do megaevento, suscetível a análise econômica de custo-benefício. Já o impacto cultural do megaevento pode ser enquadrado no legado intangível, pois a mensuração exata, para Poynter, é mais duvidosa. 

No livro “Copa do Mundo da África do Sul: um legado para quem?” de Eddie Cottle, fica claro que um dos pontos mais críticos em sediar um megaevento é a divida que se cria ao transferir recursos públicos, que iriam para necessidades básicas das cidades – como saúde, transporte público, educação, etc. – para estádios e obras específicas de mobilidade. Ele usa como exemplo a Copa de 1994 nos Estados Unidos: “Estudos mostram que ao invés do lucro de 4 bilhões esperados com o megaevento, as cidades sofreram perdas que variaram entre $ 5,5 e $ 9,3 bilhões”. 

O dinheiro que era público acaba por gerar um benefício para a área privada. No Japão, por exemplo, estádios e espaços que foram construídos com dinheiro público para a Copa do Mundo de 1992 acabaram nas mãos da indústria do entretenimento, que hoje os usa para espetáculos e jogos privados com ingressos caros. E não precisamos ir muito longe, visto que a Arena Olímpica, criada para sediar jogos do Pan-americano de 2007 no Rio de Janeiro, hoje é administrado pelo HSBC e sedia eventos e espetáculos de empresas privadas. 

Megaeventos são, sem nenhuma dúvida, uma parte significativa da experiência contemporânea, mas não podem ser vistos como o “remédio” para problemas econômicos e sociais. Como afirma Rolnik (2011, p. 6) "Esse eventos têm uma importância simbólica, têm um apelo nacionalista, mobilizam sentimentos que criam uma espécie de blindagem, como se para fazer isto acontecer valesse tudo". E é por isso que agora, mais do que nunca, devemos tentar enxergar o papel que temos. Exigir transparência e gestão responsável. Lutar para que o legado seja em prol de toda a sociedade brasileira. 

Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção desse blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão. 

Referencias: 
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1 O Direito a cidade David Harvey
2 Fonseca, Francisco Pactos de Classe e a lei de ferro da oligarquia: HTTP://www.cartamaior.com.br/templates/coluna.mostrar.cfm?coluna_id6283
3 Portal atarde on line 2012- sábado 14/07/2012  pesquisa indica Salvador como a pior capital para se viver
5 VAINER, Carlos. Cidades Rebeldes – In___Quando a cidade vai as ruas. 2013 p. 35-40
6  Ibidem p 39
7 ibidem
8 Canção composta por Miguel Gustavo para inspirar a seleção brasileira da copa do mundo de 1970

VAINER, Carlos. Cidades Rebeldes – In___Quando a cidade vai as ruas. 2013 p. 35-40
  
BURATTINI, Maria Paula T. de Castro. Energia: Uma abordagem didática. São Paulo: Livraria da Física, 2008.

O livro encontra-se disponível no site: http://goo.gl/Ijkg5
Inovações podem tornar os carros elétricos mais limposhttp://www.usp.br/agen/?p=90170
Tecnologias limpas e energias renováveis: http://goo.gl/pFmuu
O que é o sistema KERS da F-1?: http://carros.hsw.uol.com.br/kers.htm

Inovações energéticas para um futuro mais iluminado – parte 1: http://goo.gl/Dcf03
Inovações energéticas para um futuro mais iluminado – parte 2http://goo.gl/ubFel
Nokia registra patente de celular carregado com energia cinética: http://goo.gl/Rp7XV
Inovações podem tornar os carros elétricos mais limposhttp://www.usp.br/agen/?p=90170
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http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1226532-gastos-com-a-copa-2014-estouram-previsao-e-atingem-r-265-bilhoes.shtml Site visitado dia 29 de outubro de 2013 as 15:00 

http://www.kpmg.com/BR/PT/Estudos_Analises/artigosepublicacoes/Documents/Copa%2014/Folder_copa14_Port_dez10.pdf Site visitado dia 29 de outubro de 2013 as 14:00


                                                                                      
MOREIRA, Moraes. Sonhos elétricos. Azougue Editorial. 1ª Ed. Recife, 2010.


COSTA E SILVA, Cândido. Os segadores e a messe: o clero oitocentista na Bahia. Salvador: SCI, EDUFBA, 2000.

MATTOSO, Katia M. de Queirós. Bahia, Século XIX: uma província do Império. Ed. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1992

TAVARES, Luis Henrique Dias, 1926 – História da Bahia/ Luis Henrique Dias
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http://www.ugf.br/editora/pdf/legados/legados_megaeventos_esportivos.pdf 

http://www.coletiva.org/english/index.php?option=com_k2&view=item&id=95:megaeventos-esportivos-e-cidades-impactos-viola%C3%A7%C3%B5es-e-legados&tmpl=component&print=1 

http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1041