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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Políticas da Subjetividade

Origem do Sistema: Brasil Colonia

A subjetividade repensa os conceitos, p. ex: violência. São conceitos frutos de uma colonização, somos um país jovem, pelo fato de até os anos 90 o currículo da academia era tradicional, fechado. Nossa educação é de base colonial jesuítica e ainda estamos arraigados a ela, nossa educação não o emancipa e sim o sujeito adquire emancipação através de mim. Hoje continuamos a ser civilizados. Os conceitos serão repensados na academia e na disciplina. Pensar o projeto como algo que responda minhas inquietações, deve haver motivação. O ensino da literatura é possível de modificar o olhar do sujeito para a vida, mudando a subjetividade, mudando sua condição silenciosa, entendendo porque a pessoa é quieta, quem silenciou, porque foi silenciado.

https://www.grupomulheresdobrasil.org.br/representacao-feminina-democracia-inclusiva-e-o-que-se-busca/

O século XXI as pessoas falam por si, diferente do século XIX onde as pessoas falavam por elas. Na literatura é o sujeito que fala hoje isso não ocorre mais, a pessoa fala a sua realidade. Agora há lugar para a subjetividade. Porque a educação ainda é do século XVII se estamos nos séculos XXI? 
Fonte: Representação feminina: democracia inclusiva é o que se busca -Grupo Mulheres do Brasil


O que a mulher pensa essa educação hoje? Nessa construção de pessoa há reserva cultural de sua infância? Observa-se que a educação faz ser reconhecer, ou não se reconhece ou está fazendo o que a escola está mandando fazer. A leitura literária emancipatória através dos livros didáticos analisa a representação feminina como mulher no livro didático. É preciso pensar a sutileza perversa do discurso que destrói a produção da subjetividade. A inquietude do professor por sua vez constrói uma nova subjetividade, produzindo o lugar certo.
Fontelivralivro.com.br

Só se muda o lugar se houver mudança na pessoa, se questionado sobre essa mudança para mudar o ambiente para mudar, p. ex: porque o preconceito das pessoas? Porque o autoritarismo das pessoas? A construção desse sujeito brasileiro se da pelo processo de exclusão, do diálogo com o que aqui se encontrava. O outro aniquila o seu adverso através pela exclusão. O poder do sujeito não é para impor esse poder e sim dividir o poder através do conhecimento. A construção da fala deve ocorrer em transformação de fatos. 

Fonte: Geografia – O sujeito e seu lugar no mundo: Formação do território brasileiro. – Conexão Escola SME (goiania.go.gov.br) 

Corpos dóceis - Foucault.

É um texto simples e ao mesmo tempo complexo, mexe com posturas, nossa forma de ser e receber as representações que o mundo nos apresenta dia a dia. O autor diz o porquê agir dessa forma, há determinados comportamentos que o autor busca na história e cultura para mostrar como as coisas foram se formando na estrutura de corpo por ser uma linguagem e história de vida. Foucault diz que o sujeito é livre no campo do discurso, mas não somos os donos do discurso pelo fato de sermos sujeitos de representação social, para isso precisamos filtrar os discursos, o campo do pensamento selvagem, não há domínio sobre o pensamento da pessoa, mas é preciso externar esse pensamento através da fala, nesse momento se filtra o pensamento: como vou dizer, para quem dizer o que vou dizer?
Fonte: sociologiac.net.

O que será dito é carregado de subjetividade intencional, uma objetividade a alcançar. Como será dito? É um cuidado porque é para quem vou dizer?  No discurso não fugimos dessa tríade controlados pelo discurso. Por sermos sujeitos que a sociedade nos prepara para controlar, a escola é conservadora por natureza; os sujeitos chegam à escola e o meio transforma naturalmente por achar que isso é o correto. No texto de vigiar e punir não está apenas para quem nos vigia e pune e sim para mim, é preciso argumenta-se o que estão fazendo comigo e a partir daí passa-se a negociar.
Fonte: wook.pt


A vigilância deve ser constante, muitas vezes em nós, a verdade às vezes não e ouvida, por isso a sutileza das palavras. Foucault dociliza para ser útil e preservando-a ela é utilizada para isso. A pessoa não fala dos problemas na negociação por conta da convivência. A docilidade está na relação, só passa a sofrer, mas se prejudicar a liberdade do outro, onde o sujeito está sufocado pela ideia do outro. 
Fonte: djanmorenoblog.blogspot.com

A resiliência a partir da clinica estuda pessoas adotivas como objetos de pesquisa, e conclui que pelas histórias de vidas dessas pessoas, como elas internalizaram a cultura do outro pela convivência e conclui que elas se docilizaram como forma de gratidão pela família. Esse tipo de comportamento traumatizava as pessoas.

A resiliência na escola não pode ser confundida com indignação, é pensada como se levasse uma pedra ao fogo e ao sair do fogo, ele sai renovado, o mesmo acontece com o bambu, ele dobra, encurva, mas não quebra. No caso da escola como ela reagira a resiliência. 
Fonte: blog.prtalpos.com.br



Durval Muniz de Albuquerque Jr: máquina de fazer machos. Segundo o autor ser macho é doloroso por ser uma construção cultural, p. ex: o menino que não joga bola, mas tem que jogar, ou seja, a criança é docilizada para obedecer ao pai. Ser macho não é ser ele, é ser o que o pai quer, o que o avô quis,...

FonteCOPEHE - História como política, com Durval Muniz A Jr. - YouTube

Discute-se a docilizaçao na cultura da família. Quando o corpo começa a ser pensado, ou seja, não era pensado na perspectiva do controle, nesse estudo separam-se os homens, mulheres, crianças.

Fontehttps://maestrovirtuale.com/o-que-e-diversidade-cultural-na-familia/?expand_article=1


A construção cultural vem desde o início da humanidade, a formação cultural é o sujeito que descende desde o século XII, é algo difícil de desarraigar por estar apegada a vida da pessoa. É um ciclo fechado que não se consegue sair. A docilizaçao perpetua em nós de tal forma que agimos assim. Foucault perpetua no discurso em nós na sociedade, ele busca uma argumentação do século XVII e XVIII como pratica até os dias atuais. Atualmente há uma forma de resistência discursiva, que antigamente não havia.                                      Fonte: https://pt.slideshare.net/cristofercastillo9/identidade-cultural-48395380

A escola promove a resistência? Ela autoriza o aluno a se rebelar o que o oprime? Quando o sujeito pensa, ele se rebela, ele não aceita constrangimentos diante da vida; o empoderamento pode ser construído na sala de aula através de textos que façam as pessoas pensarem. Não se pode generalizar, a escola precisa preparar esses jovens para que eles possam crescer, sem rótulos, com isso não há produção sem subjetividade. A politica é pensada subjetivamente, pensa-se formas de dar poder esse sujeito, a escola ao docilizar o aluno, ela mata o aluno, dociliza o discurso, quando não se cria perspectivas no horizonte. Fonte: https://boletimsemed.blogspot.com/2011/12/escola-denisson-menezes-faz-caminhada-e.html

promoção de capacidades  exige mais discurso do professor, a pratica tradicional, abre o livro didático e responde o questionário. A escola necessita copiar e não de pensar, por ser difícil por ela. A escola e sintética, a analítica faz pensar ponto a ponto. Porque a escola não é analítica? Para não perder tempo. Ao professor não interessa o discurso, a discussão, ele pensa em cumprir o programa. Fonteescolaeducacao.com.br




A arte da distribuição
 refere-se ao controle, ou seja, é uma arte que se organiza, onde a disciplina, opera nos quarteis, hospitais. O que é um colégio? É um lugar cercado por uma disciplina, são ambientes que segregam de certa forma o sujeito, tira o sujeito de um local para aprisiona-lo, ele está separado da sociedade, ele não é livre. A pessoa é uma cerca, uma noção de disciplina que nos incomoda. O principio da clausura da escola, conventos, instancias que multidisciplinar. Regras de multiplicações funcionais se dá através da arquitetura. Filas: é um formato de disciplina, precisa ter uma dose, mas não pode desaparecer. O que, como e para quem? Precisamos conhecer as curiosidades, as origens das coisas, configurações que não conhecemos. A escola existe para disciplinar, qual a utilidade da disciplina. Fonte: https://leilaborgesprof.blogspot.com/2016/12/formar-fila.html

A máquina de fazer machos: o homem é construído para ser macho, ele não tem escolha, quem não se molda pelo pai e pela mãe, ele destoa do macho. Dentro da sociedade há dois pilares: a família e a escola. A impressão que se tem é que o homem tem que sofrer para ser macho. A mulher é subjugada pelo homem pelo fato do filho, p. ex: ser gay. A representação nos leva no campo da loucura, sendo masculino e feminino. Cria-se uma estampa que não caracteriza a sociedade. Foucault diz que não fugimos da civilização, estamos próximos a ordem do discurso, não podemos fugir disso, pelo fato de nos preocuparmos com espaços e controles, quem controla quem: o sagrado, profano, escola, família. O empoderamento e a emancipação discute-se na escola e a estimulação da emanciapação do sujeito o empoderamento através de quem fara isso? Como se fara isso? Seja através da escrita ou de uma leitura do mundo. A formação dos professores não está sendo uma formação que atenda as reais demandas desses jovens de hoje. Fontebusinessinsider.com.au

Não se consegue ensinar os alunos a ler no cyber espaço por não entender uma rede. As redes estão em todos lugares, p. ex: politicas das subjetividades esta interligada com todas as outras disciplinas, é uma rede de interpelações, a universidade trabalha pensando na escola, família, sociedade. A linearidade da autonomia do sujeito, seja vertical ou horizontal, ela comanda, estabelece. O rizoma abre possibilidades de conversa. Na linearidade deseja-se saber, no rizoma não. É a escrita de sí através da escrita do outro. O corpo docente não trabalha as necessidades. Fonte: shoppingdigital.net

DICA DE VIDEO: A erva do rato. O filme contem referências de dois contos de Machado de Assis, "Um esqueleto" e "A causa secreta.

Fontecinematrindade.pt


A indústria começa a se pensar com a Revolução Industrial no séc. XIX e se pensa na estrutura. Os autores da cultura, discutem esse modelo, não mudar e sim o modelo, há uma reflexão de porque agir dessa forma. Os humanos gostam de condução, há fragilidade quando se esta “solto”, o sujeito deve ser pensado. Foucault mexe conosco, o conflito existencial diz que não se deseja mais o lugar de docilizaçao, mas não sabemos como lidar com o filho. O empoderamento e autonomia acontece quando a pessoa carrega a sua vida. Ao visitar o lugar epistêmico estamos desobedecendo, essa descolonização não aceita a pessoa, tendo como sua marca a negação. Fontehttps://giornalettoatibaia.blogspot.com/2011/06/curiosidades-sobre-moda-do-seculo-xix.html

O controle das atividades. É a ação do tempo sobre o corpo.

Tempo másculo – é o tempo do homem.  

Tempo frágil – é o tempo da mulher, é um tempo que gera custos. É o processo de descolonização do tempo másculo e do tempo frágil na descolonização brasileira.

A escola também estabelece o processo de aprendizagem pela língua, Foucault diz que não fugimos da noção de disciplina e sim seu estudo das formas de disciplina. Os pecados da escola em termos de disciplina começa com o aluno quando os professores dizem que eles não sabem falar a língua portuguesa, a língua de casa, a materna e agora falarão a língua da escola. Há o refino da docilizaçao, agora existem termos diferenciados, p. ex: “continuo” de docilizaçao do sujeito se o sujeito for docilizado. Existe a meta avaliação da avaliação. As escolas hoje estão caótica pela ideia de que não se pode disciplinar mais ninguém. Fonte: https://deltasge.com.br/site/sistema-de-avaliacao-nas-escolas/

A indisciplina é desrespeitosa com todo o ambiente. O medo de apagamento da disciplina da organização da sala, o professor ocorre com a autonomia disciplinatoria, e nas exigências deve entender o que a escola oferece. Autonomia disciplinatoria deve chamar atenção aos dirigentes das escolas sobre a sua emancipação, diferente de autonomia que agrega valores. A autonomia emancipatória é fundamental para a escola. Fonteprofessoramarizetecajaiba.blogspot.com

A invenção do nordeste – Durval Muniz: o autor é nordestino e mora em SP, seus estudos veem o NE em duas formas: o atraso natural em contraste com o S e o olhar do S para com o NE como se o atraso permanecesse até hoje. Ele reproduz as cenas de entretenimento o NE de hoje não é retratado, retrata o NE miserável dos anos 30, é uma leitura perversa, onde o nordestino é colocado nessa perspectiva dos anos 30. O comportamento do homem macho é estudado nos estudos de gênero e as mulheres abusadas nesse período não são as mulheres de hoje, a mulher de hoje é acadêmica, diretora, intelectual e até prostituta de lixo. Por mais que se discute a compreensão, a essência da escola não é para pobre, não é para miserável, ela é conservadora, ela modula e modela como uma forma de tratamento de um sujeito burguês. Fonte: https://pt.scribd.com/document/543093978/A-Invencao-Do-Nordeste-Durval-Muniz-de-Albuquerque-Junior

A critica não faz uma mudança imediata na vida, é uma construção milenar que nos colonizou, é difícil de modificá-la, a critica da escola é benéfica e beneficente, as pesquisas nas escolas revelam uma perversidade e ao mesmo tempo é gratificante pelo seu papel na historia. A escola normal foi interiorizada para preparar moças normalizando-as, elas não se preparavam apenas no conteúdo e sim o seus comportamentos também, a escola foi capaz de normalizar tal forma o comportamento das mulheres que elas influenciavam as ações sociais, elas sabiam costurar, bordar, falar baixo. Eram preparadas para casar e desses casamentos nasceria a família baiana. Eram mulheres doces. A filosofia foucaultina aplica-se para toda a sociedade, é a intencionalidade é vender a uma determinada parcela da sociedade, isso gera o enriquecimento do sujeito. A religião molda o sujeito como a escola para que ele não pense. Fontehttps://robot.ekstrabladet.dk/smr/sala-de-aula-antigamente.html

A relação macho x femea é difícil na escola e na vida, pelo fato da monarquia do macho imperar, a mulher ainda não tem esse espaço, ela ganho o espaço de mercado pelo fato dos anos 90 os homens sofreram baixas terríveis no mercado brasileiro, as mulheres assumiram os trabalhos masculinos e timidamente começaram a exercer as funções antes dos homens. O mercado de trabalho foi assumindo cada vez mais por elas, ocorrendo mais casos de separações, a terem filhos solteiras. O homem não perdeu lugar no espaço da sociedade. O discurso de gênero precisa ter mais amadurecimento, um dialogo de maturidade, se não perdem a força, ocorre a docilizaçao, o momento é de pensar, tentando desarmar as armadilhas. A mulher ainda é tratada como inferior. Em alguns casos a docilizaçao esta na zona de conforto. Fontehttps://www.selecta-es.com.br/mulher-x-homem-no-mercado/

A escola precisa dialogar com a família, não em reunião, ela aos poucos deve preparar e criar atividades que envolvam a família fora do período de segunda a sexta. As pessoas pensam que falar da escola é falar da pratica pedagógica do professor pelo fato de não termos politicas publicas de letramento e de educação. Não há cultura, isso dificulta o processo de transformação e conscientização da escola. Ela tem dois blocos distintos: escola burguesa x escola publica. A emancipação dessas crianças são atingidas dependendo da escola. Ela vai à escola para cumprir a sua tarefa que por sua vez não faz nada para o melhoramento. Ao não se investir na educação da escola, ela desestimula o aprendizado da criança. As pessoas precisam ter essa representação, fazendo sujeitos docilizados. Fontehttps://www.youtube.com/watch?v=uJ6FHvYqgoU


O corpo impregna toda uma cultura do momento ou do tempo. Se observássemos melhor os filhos no corpo os pais saberiam onde eles estão. O corpo é a representação do pensamento, é uma resplandescência do que se sente. Se a pessoa esta bem, se esta cansada, se esta alegre, triste; ao observar os corpos, aprende-se que deve respeitar o outro, nosso corpo traduz essas reações que fala e ainda não deixar que o corpo do outro nos maltrate. Fonte: https://movimentoscorporaisnaescola.blogspot.com/2012/12/ensinamentos-da-linguagem-corporal_1.html

Desobediência sistêmica. Valter miolo – tudo o que estamos fazendo aqui faz-se um desobedecimento que temos, é o colonial, é o que diz que homem é assim, mulher é assim, escola é para brancos, negro é ladrão. Restaura o pensamento da identidade na politica. Fontevoluntadypensamiento.wordpress.com




A origem do hospital
– Foucault

Fonte: https://medicineisart.blogspot.com/2010/11/o-filosofo-frances-michel-foucault-1926.html






A ordem do discurso - Foucault

Fonte: estantevirtual.com.brestantevirtual.com.br








Saberes docentes
– Maurice Sardy 
Fontebuscalibre.us  



                  


O holocausto brasileiro – Daniela Arbex

Fonte: quersabermeublog.blogspot.com



Os recursos para o bom adestramento: quando Foucault estuda esses recursos, ele estuda isso no dia a dia. Teoria tem que ser digerida, ela entra como um saber que estuda-se onde aplicar. Quando o corpo fala em docilizaçao, devemos pensar no que eu sou docilizado, porque estou sendo docilizado? Muitas vezes deixamos ser docilizados, ao repensar essa inquietação, digere-se a teoria e leva-se para a pratica. A criança quando pergunta o significado de algo, ela faz mais perguntas sobre o assunto.

A docilizaçao dos corpos vem com o adestramento tornando o sujeito mais dócil e menos inoportuno para a sociedade. A naturalização de todo o comportamento homofobico, do sujeito agressivo com a mulher, ao se tornar natural, a naturalização passa a ser patologia. Nossas relações são de um formato adestrado de poder, há o superior e o inferior, a afetividade e confiança gera um melhor aprendizado, é mais fácil controlar pela dominação, exige menos esforço.

Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em politica – Valter Mignolo:

Desobediência epistêmica – Valter Mignolo: é uma revolta do “celeiro da américa latina”, tudo o que dizia respeito da cultura silvícola é apagado para a nova civilização entrar, aconteceu em toda américa latina e por toda esta vida nos trabalhamos reproduzimos a cultura do dominador, é a colonialidade, o pensamento epistêmico do colonizador. Esses estudos desconstruíam a partir das teorias de Foucault, Gattari; a desconstrução é pensada com novas diretrizes, com a migração dos estudos da pesquisa com a pratica. A pesquisa descobre e briga com o comportamento cultural, assim para assumir a leitura como espaço de prazer há a luta do professor como lugar de reprodução. A desconstrução da cultura sobre a mulher, sobre o negro, são teorias que mexem com as inquietações, não há mudanças repentinas por lutar contra comportamento cultural difícil de mudar. A mudança ocorre paulatinamente.

Os novos intelectuais começam amadurecer essas ideias, a ideia de descontruçao agora é vista como desobediência a uma epistemiologia onde a cultura diz que o homem é assim, que mulher é assim,... muda-se isso com novas propostas, isso é a nova desobediência, é começar o seu lugar dentro do seu espaço, essa epistemologia que chamamos de colonizadora branca, hetero, patriarcal, há uma hegemonia patriarcal que deve ser quebrada, nessa cultura todos produzem. Hoje discute-se a profissionalização docente, as musicas, hoje os espaços precisam desobedecer a uma epistemologia como locus absoluto. Nossa cultura deixa de ser linear e passa a ser rizomatico, a cultura adentra todos campos do ser humano, essa mudança ocorre pelo pensamento descolonial, não há mais conexão do pensamento como único.

O bom crioulo – Adolfo Caminha: há dois personagens que se encontram e um mata o outro, o livro diz que o negro forte mata o branco, nisso ele sofre e no século XX observa-se que o autor lidava com o discurso colonial. Esse romance foi uma ordem de uma teoria que se estabelecia naquele século, ou seja, a literatura acompanha o momento, ou seja, o negro já trazia a índole má. O branco (Aleixo) foi seduzido pelo negro (Amaro) e nessa carência dentro de um navio houve a relação.

Iracema – José de Alencar: Iracema se apaixona pelo português, ela é virgem e dormem, ao acordar ela não é mais virgem. A índia morre de amores por ele, mas deixa o filho Moacir, o português volta para o Brasil e leva o filho para a Europa. A leitura da época é a da índia que seduz o europeu. A leitura hoje é a América ou o Brasil, eles passam e avistam as terras, ou seja, a terra os seduziu. Nossa educação, religião, cultura é toda portuguesa.

O guarani – José de Alencar: Peri é apaixonado por Cecilia, no séc. XVIII já não havia mais o índio fraco, perseguido e sim forte mas um índio subserviente apaixonado pela branca, tudo o que ela pede ele traz.

A desobediência epistêmica nasce das revoluções de conhecimento para perpetuar a partir de uma ideia de nação, por isso esses autores para dar um novo significado a descolonização. A identidade que se pensa hoje é quem sou no lugar que vivemos e o que a colonialidade fez com nossa cultura e quem esta a margem dessa cultura e não consegue se inserir. Pensar uma cultura é pensar os integrantes dessa cultura: brancos, negros, índios, mulher, homossexual. O preconceito é não chegar ao outro e sim estabelecer algo sobre o outro. São demandas que se pensa esse lugar decolonial. Nunca se pensou na cultura em nunca se descontruir, ela estava imposta, para a academia é um assunto novo, beirando a utopia, porém, o comportamento esta no pensamento coletivo. Uma cultura do séc. XV começa a mudar agora, há um novo olhar. A desobediência epistêmica é o espaço da descolonização. Há novos padrões e simples de dizer e complexos de realizar. A desobediência epistêmica deve começar conosco, desbloqueando ou desobedecendo uma epistemologia colocada não por mim mas pela cultura. O saber se da pela cultura não pela cultura.

Desobediência epistêmica.

Primeira noção de desobediência: é a decolonidade, desobediência e a política da identidade.

Desobedecer no sentido comum no dia a dia, neste caso, a desobediência epistêmica se atrela a epistemiologia, não se nega o conhecimento, mas rediscute o conhecimento, sendo necessário a discussão da cultura, biologia, religião, são lugares que devem ser repensados, pelo fato de não terem sido construídos a toa, e sim a construção política, ela começa da apropriação do lugar, mas essa terra há pessoas, bens e do conhecimento desse povo, se apropria para dominar, precisa apagar, zerar e implantar a minha cultura, mas não zera.

O subterrâneo do sujeito tem sua subjetividade, a criação do projeto de colonização, e conhecer o que havia no outro lado, o projeto era de ampliar o horizonte, e todos os que ali estavam precisavam ser submetidos a esse conhecimento. A colonização, ou seja, sendo colônia, recebemos a epistemiologia do outro: religião (católica) que trouxe os pudores possíveis porque quanto mais disciplinados é o sujeito, melhor para que ele atenda e aceite a epistemiologia. A igreja quando entrou aqui era dominadora, disciplinadora, punitiva, colocava na mente das pessoas o pecado, os recatos da mulher na sociedade.

A vida era pensada para a morte, quanto mais pessoas disciplinadas para a igreja, era melhor para controlar. A nossa base foi a mais forte, a cruz de Cristo vem para redimir e punir, redimir aos bons, penitentes, disciplinados e punir os que não eram assim. A ideia de culpa vem disso. Hoje temos culpa de dizer que não pode ajudá-lo. A cruz de Cristo trouxe todos os dogmas da religião.

A escola jesuítica: reforça a fé cristã, a escola foi uma extensão de todos os dogmas das igrejas, os colégios eram feitos em forma de conventos para disciplina-los através do jejum e sua formação era primeiro de homem, de mulheres (diferenciadas - formavam professoras e donas de casa e ou senhoras que não casariam). A política do Estado sempre foi a base para amparar o que a igreja trazia e o que a escola dizia, Pombal foi um exemplo onde ditava a escola e sua maneira de ser.

Atualmente vivemos, nossos antepassados viveram isso, nós nascemos em obediência. A desobediência está ligada ao desapego sobre a vida, essa desobediência tem que ser gerada no comportamento frente a vida; esse é um comportamento de uma culpa que não é nossa, temos que nos conceber como sujeitos livres. Para Mignolo a liberdade de ser e agir nos impulsiona para algum lugar. Atualmente a desobediência dialogada com o papel descolonial, é uma negação, há um rompimento que amarra, sufoca, sem estado de ser, viver, criar, produzir, mas não quer dizer que romperá com tudo.

A vida deve ser fixada do jeito que gostaríamos, nós criamos essas resistências a ponto de nossos contatos uma hora estagnam, assim a pessoa fica obrigada a desfazer o que o trava, para isso é preciso criar essa liberdade e a partir daí produzir para melhorar minha vida. Somos dependentes como diz Silviano, temos uma dependência e isso gera um paradoxo de Colonialidade, somos dependentes da cultura e ao mesmo tempo somos universais, temos vários olhares e não sabemos lidar com isso por mexer com as ações do dia a dia.

A educação na sala de aula é técnica, não reflexiva, há um reforço de uma colonização, na igreja havia o reforço de que ela era culpada. A partir dos anos 1998 e 2000 em diante quando a internet e o celular abriram o horizonte das pessoas, no Brasil houve uma aceleração rápida para a tecnologia, houve um empoderamento dos brasileiros. Em 2006 Peru, Chile, Colômbia começaram a se articular novas propostas de se pensar nas condições de ser negro, branco, homossexual, tidas como fantasiosas.

A escola só mudará enquanto os professores tiverem conhecimento de teorias e a desobediência não é romper com o passado e sim assimilar as novas tecnologias. Não se faz revolução sem a presença dos alunos.

Interculturalidade (Katarina Wash): nos anos 90 era funcional, uma cultura dialogava com outra cultura. A autora mostra que a interculturalidade deve ser na perspectiva de um projeto decolonizador, ou seja, como o eu absorve o outro. Com a migraçao dos venezuelanos, ele passa a perder os costumes e adquire novos hábitos, esse é um processo de interculturalidade. A autora discute a compreensão de uma interculturalidade mas que logo será pensado como forma crítica, de troca, de convivência de percepção do que o outro é e como isso melhoraria nossa cultura.

Identidade: não se pensa mais em noção de origem e sim no conhecimento epistêmico, do conhecimento que recebemos e o que ele mudou em nossa vida? Desobedecer é a epistemologia que nos construiu e até que ponto ela dá conta de nossas necessidades. A desobediência epistêmica rompe com as tradições que só nos criam situações difíceis.

Interculturalidade – Catherine Walsh.

A interculturalidade crítica não é um fato é um processo minimamente possível que se faz hoje do aprisionamento cultural que existe em nós, a mudança do processo de alteridade só é possível quando o profissional exerce em aula. A partir dos anos 90 se pensa as politicas publicas e na AL se pensa essa questão da interculturalidade como um lugar indígena e sua representação na escola, na sociedade. No BR foi diferente, foram os afrodescendentes que tomaram a frente dos estudos. A autora parte por 3 eixos básicos: Interculturalidade funcional, critica por estar na perspectiva da descolonização, dos rompimentos.

Tomas Tadeus da Silva. Discute que a educação tem um lugar eurocêntrico, Nilma Lino Gomes. Nossas pesquisas são voltadas para os negros e raramente os índios.

1. Compreensão da interculturalidade – mostra que a interculturalidade não é uma palavra nova, o processo relacional seja por igualdade ou não existiu na cultura LA entre colonizador e colonizado, isso só foi possível pelo processo de interculturalidade, pois serviu apenas para mostrar a aproximadamente entre branco e negros. O inter de interculturalidade é de falsidade. A interculturalidade conta com a sutileza assimétrica. 

Relacional: a interculturalidade relacional é o domínio do outro. O problema está nesta perspectiva. É algo que semp0re existiu desde o momento que as culturas começaram a se relacionar assimétricas ou não ou forjando a simetria, tudo isso está no plano das relações. A política e os estados começam a perceber essa funcionalidade onde as diversidades devem ser estudadas. A interculturalidade sai do campo apenas relacional e agora ganha uma função nas políticas públicas, nas escolas. Todas as margens do campo relacional com a nossa relação forjada, agora há o estudo dessas relações, o fato que não fomos trabalhados com essas perspectivas. A interculturalidade relacional tinha um lugar na relação.  

Funcional: a interculturalidade funcional, deve ser inclusa, fazer parte das políticas públicas, o sistema deve se preparar para essa nova realidade. As inclusões hoje são forjadas para alimentar o mundo neoliberal. As políticas ditas para o indígena, afro tem o perfil dessa interculturalidade funcional. O documento serve a alguém. A relação que depois se transforma sem funcionalidade agora usa o sujeito pelo fato de no entendimento dele agora é visto. 

Crítica: é a interculturalidade crítica na sua forma essencial ainda não existe, é o processo de descolonização. É o processo de descolonização do sujeito, há uma inclusão forjada para beneficiar o grande capital. É de interesse do poder que haja inferioridade para explorar e ter maior visibilidade do controle. A interculturalidade critica começa quando critica as duas primeiras. A pessoa nessa interculturalidade o conhecimento que o mundo relacional não ajudou ninguém a crescer.      

2. Interculturalidade, educação intercultural e políticas educativas.   

2.1 A educação intercultural bilingue:

2.2 As reformas dos anos 90:

2.3 As políticas educativas emergentes no século XXI: Ocorreu dois eixos de mudança: o primeiro se refere entre educação e desenvolvimento humano integral, o segundo pelo interculturalismo. Para Max Neef e Amartya Sen este segundo eixo corresponde as necessidades de um desenvolvimento mais humano em períodos de crise, onde cada um contribui para o desenvolvimento social, melhorando a qualidade de vida e bem-estar destacando-se pela igualidade, diversidade, democracia e proteção de recursos.

O bem-estar pode ser entendido sob duas categorias: a ontológica que é o ser, estar, ter e fazer e a axiológica: lazer, entendimento, criação, proteção e para se chegar ao bem-estar dependerá exclusivamente das pessoas e não da sociedade e de mudanças estruturais sociais, varia de acordo como as pessoas vivem e controlam suas vidas, ou seja, cada pessoa contribui para o desenvolver da sociedade ao ponto de superar os problemas do desenvolvimento.

De acordo com essas perspectivas aumenta a inclusão aos grupos que sempre foram excluídos pela sociedade por meios de mecanismos sociais evidenciando as mudanças sociais de suas políticas favorecendo a diversidade no sentido de ser os motivos de ameaça ou insegurança. Entidades como o FMI, CEPAL, BID garantem essa união social pela interculturalidade. Há o temor da “radicalização de imaginários étnicos” em estabelecer um novo senso comum compatível com o mercado, nesse caso a interculturalidade funcional adentra os compôs do bem-estar social individual colocando-o em projeção na modernização, globalização e competitividade.

De acordo com Walsh define as políticas protegem uma educação universal única afim de alcançar a igualdade incorporada a adversidade, por isso vários países estabeleceram leis que cria um sistema de “educação intercultural”. O México em 2001 deu início a um novo modelo escolar a partir da educação básica até a universidade onde os índios também foram beneficiados cuja função era criar programas de educação e línguas indígenas, ou seja, universidades voltadas para a cultura indígena mexicana, posteriormente se questionou por que não chama-la de intercultural em vez de indígena?

Mesmo a questão da interculturalidade ser para todos, via-se a questão ainda era centrada ao índio incorporando a diversidade linguística cultural. Ao se pensar a educação interculturalidade tem-se a ideia de algo ainda distante; os ensinamentos afrocolombianos também pretendem a obrigatoriedade de estudos sobre sua cultura nas escolas bolivianas onde se ensina como matéria étnica e não como base para pensar os conhecimentos tradicionais de uma Colombia descendente de africanos.

A Venezuela em 2007 também pensou num currículo bolivariano onde os indígenas e os afrovenezuelanos compartilhariam uma educação também intercultural, tal educação serviria para atender os contextos de coexistência a partir da educação. Sua constituição entende a interculturalidade se estende ao pensar, refundar e descolonizar o nacional. Bolívia e Equador também pensam a interculturalidade no sentido de transformação, refundação e descolonização do sistema.

Descolonizar os nacionais, é um conceito subjetivo, desconhecido das pessoas e dos que estudam a colonização por não basta saber, tem que entender o descolonizar é preciso mudar as suas ações. Discute-se o sensível, a fala do outro, a oportunidade de empoderamento, independência, que o sujeito faça a evolução molecular... A discussão perpassa o campo da existência interior.

A educação opera homogeneamente, opera monoculturalista, a escola é por natureza conservadora pelo fato de padronizar o sujeito, disciplina o sujeito dizendo que ele deve ser assim para ser aceito, caso contrário não controlará o sujeito.

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REFERÊNCIAProf.ª  Drª. Maria de Fátima Berenice Cruz: Professora da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Linguística, Literatura e Artes - DLLArtes. Professora da disciplina Politicas da Subjetividade.


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