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terça-feira, 29 de julho de 2014

História econômica geral e do Brasil

"Brasil, um país condenado à esperança" Millôr Fernandes


Resistência Operaria

Como isso ocorreu no séc. XIX?
Como ocorreu a manufatura para a maquinofatura?
Que elementos o capital apresentou na relação do trabalho?
Quais foram as mudanças ocorridas nas relações do trabalho?
 Qual foi a conduta para se estabelecer o contrato de trabalho?

A produção capitalista começou com o trabalho do artesão em oficinas que eram subordinadas as atividades agrícolas, não existiam ainda as atividades econômicas comerciais, ela existia única e exclusivamente e era desenvolvida para a agricultura, sendo subordinada a produção agrícola feudal. Quando as transformações começaram ocorrer no séc. XIV ao XV começou a vantagem de se beneficiar do excedente crescente, os portugueses estabeleceriam assim o comércio como troca e os camponeses começariam os movimentos de resistência diante da expropriação do senhor, por exemplo, o pagamento de taxas abusivos, a banalidades que eram praticadas pelos senhores feudais e o pagamento para ter que usar os moinhos.

Surgiriam com isso as guerras camponesas, na fase da transição com a venda da produção do excedente, não se entregaria mais ao Sr o que era produzido, surge assim o feudalismo. Começava também o comércio das especiarias e os artesãos passariam a fazer o uso de encomendas como peças de couro, barras de ouro e utensílios enquanto manufatura. O trabalhado começa se desfazer e com isso começa surgir uma estrutura hierárquica e subseqüente uma nova divisão do trabalho, o artesão passa a ser o chefe, agora começara haver uma expropriação interna, ocorrendo outro tipo de produção.

O capital passa a ser comercial e inicia-se o uso da oficina com o trabalho sendo expropriado cada vez mais pela nova forma da indústria; o capital sempre se recupera, havendo retrocessos cíclicos, era um novo tipo de processo de produção por encomenda. A expropriação do capital seria por encomenda e não mais de forma direta, a micro empresa terceirizaria o trabalho, a burguesia não produziria mais nada, ela se expropriaria das coisas, fazendo com que as formas sociais se parecessem. O capital não tinha domínio sobre o trabalho, na manufatura a produção se desenvolvia dentro de um regime, um critério como o tempo e quantidade.

Antes da manufatura a produção era manual, por isso o capital era amarrado a produção por que o capital não tinha meios técnicos para controlar o tempo de produção, tal visto na a produção do prego. O ritmo de tempo era uma arma de trabalho por isso poderia paralisar as forças de trabalho, havia o poder de se controlar tudo para si, apreciado no filme tempos modernos. A máquina ditaria o tempo e o ritmo, o trabalhador perderia muito tempo com a produção e a produtividade, o capital na história do trabalho encontraria meios técnicos na estrutura para erudir o trabalho no conhecimento e conceitos para si e para a produção. Hoje não há mais Controle sobre o trabalho, na revolução industrial do séc. XIX a sociedade capitalista se utilizava do tempo com o mais valia absoluto predominante; era uma forma de produção de caráter extensivo e a produção passaria a patamares desumanos, com isso os operários começariam a dominar a própria fabrica, começaria assim uma nova fase sem limites. Era uma mescla de manufatura e maquinofatura como na energia a vapor, carvão, petróleo, etc...

Com as maquinas a força social do trabalho adquiriu um novo modelo de resistência onde os trabalhadores se uniriam e lutaria por seus direitos, surgiria assim a força da resistência contra as maquinas como no movimento mutualista era uma associação de operários para atender os fundos operários, além de dar assistência para quem trabalhava com as maquinas nas fabricas; havia esse movimento de quebra de maquinas, com esses impasses o processo de avanço do capitalismo encontraria a automação na produção e isso não significaria a substituição completa do homem.

Porém com isso o capital eliminaria os postos de trabalho e criaria mecanismos para se operar com o trabalho invisível visto por exemplo: o caixa eletrônico do banco substitui o operário atrás do caixa – há um pretérito passado, ou no o capital expropriando hoje somos nós e ainda antes era o homem que atendia o cliente, agora é a máquina. O capital obriga a pessoa a se especializar, quem não souber operar os novos maquinários, terá que aprender senão se tornara obsoleto, a pessoa se tornara um operário de banco sem ser operário, mas apesar de toda a tecnologia, a maquina ainda depende do homem para a sua instalação e manutenção.

A era das revoluções 1780 -1800: 20 anos do inicio do maquinário nas relações trabalhistas.

Em 20 anos ocorreram as mudanças mais fabulosas que se pode imaginar no mundo do capitalismo, essas transformações fizeram da época das revoluções algo que mudaria todo o contexto mundial desses dias até hoje, todos os fatores foram influenciados, isso energizou os anos de 1870 em durante, isso, porém começaria muito antes, já no inicio dos anos setecentos com suas contradições que se acentuariam e detonariam o conjunto de contradições em sua congruência e explosão em 20 anos nos oitocentos.

Quais as contradições que se agravaram?
Quais as transformações e mudanças que isso acarretou?

1780 – séc. XVII foi a fase avançada do fim do feudalismo para o inicio do capitalismo: séc. XVII –XVIII (a Inglaterra - Europa central norte); a Península Ibérica (Portugal e Espanha) eram atrasadas e sua política econômica era centrada na atividade mercantilista, baseada na acumulação de bens, ou seja, era a forma do Estado ser absolutista no seu modo de reger a coroa, com isso criaram os processos de expansão marinha e a exploração da colônias na America do Sul – Incas nos Andes e Central – Maias e Astecas no México e o centro das Américas.

O imperialismo espanhol avançava nas civilizações latinas, a exploração portuguesa tinha outros objetivos com a intenção de expandir na Ásia, África e Oriente – especiarias e nas Américas – todos os que falavam espanhol, foram vitimas da expansão espanhola; tanto nas expedições marítimas espanholas e portuguesas, a lógica era o mercantilismo e não a produção manufatureira. Portugal em 1500 a 1530 não fez nada para salvaguardar as novas terras dos invasores, por isso eram um alvo fácil para invadir, por não ser explorado, o Brasil não apresentava nem um empecilho para que quisesse fazer, a intenção era a espoliação dos recursos naturais, por exemplo, ouro, pedras preciosas. Pelo fato de ter suas dimensões gigantescas, não tinha como controlar todas suas fronteiras ou faixas de terra, por isso ocorriam as invasões, por esses fatos, o império português poderia perder soberania e por isso foi obrigado a colonizar as terras descobertas, implementando um novo sistema produtivo visto no caso da cana de açúcar.

Começou então a expropriação dos produtos naturais, como não havia um mercado de consumo, era uma relação escravagista, pois não havia um mercado interno; na America os impérios não desenvolveram a revolução industrial e sim atividades mercantis sem desenvolver a atividade manufatureira e, por conseguinte, acumulavam o capital em atividades comerciais. O norte europeu em torno de 1700 -1750 desenvolveu-se com certa rapidez e aceleraram as forças produtivas na França e Inglaterra, por causa das atividades econômicas e manufatureiras além das transformações livres da mão de obra livre para serem recrutados na indústria por não trabalharem mais na agricultura, houve um declínio da produção e o aumento de desempregados nas grandes cidades, com isso passou-se a usar a mão de obra barata para produzir, por exemplo, tecidos e charutos.

A mão de obra liberaria e se disciplinaria na atividade manufatureira numa forma de organização de trabalho num espaço de tempo para produzir teares, isso não requeria uma organização de trabalho como o  horário de entrada e saída ou no espaço para produzir: Inglaterra. Os portugueses e espanhóis enviavam seus produtos primários e recebiam produtos manufaturados, nesse ínterim, os ingleses e franceses pressionavam Portugal para acabar com a escravidão, pois os escravos eram futuros compradores em potenciais; Tratado para as Nações Amigas. Isso criava uma defasagem em relação ao lucro e a população onde a agricultura era primaria e a indústria começava a ser secundaria, os países imperialistas dominariam a partir dessas dependências a importação de produtos, primeiro pela expropriação do ouro, açúcar e café. Assim as colônias se tornaram países independentes, sendo os ingleses os únicos a se beneficiarem, a libertação do campo para a cidade dava-se de formas particulares onde era possível a acumulação de bens de capitais primários, permitindo o investimento em capitais privados na produção de maquinas. A Inglaterra temia um acumulo de capitais desde 1750, afinal o acumulo já se fazia presente e a médio e longo prazo desenvolvia novas descobertas cientificas, modificando os elementos das forças produtivas: o trabalho começava a se profissionalizar e a se qualificar cada vez mais, dando uma arrancada para um novo tipo de produção rural para a produção industrial.

Nesse ínterim surgem novos tipos de equipamentos, forças mecânicas que delineiam a produção dando mais independência à força de trabalho que antes dependia da força física, agora havia o processo de independência do capital e da força de trabalho, começavam as pesquisas, novas dimensões ao passo que desde 1780 – 1800 ocorriam o processo crescente da urbanização. No séc. XIV – XV a população era rural e depois do séc. XVII – XVIII com o fim do feudalismo houve um crescimento urbano configurando uma nova realidade de mercado de consumo em expansão do capital, por isso era necessário o fim da escravidão, pois eram futuros compradores em potenciais ao novo tipo de mercado consumidor.

O séc. XVII representava a decadência dos grandes impérios e nos séculos XVIII – XIX iniciava-se o período das industrializações aliadas ao conhecimento dos fatores da revolução industrial, sendo agora com a implantação de novas formas de automatização, era um novo conceito que trazia consigo novas formas de produção e relações de trabalho aliado a novas tecnologias agora independentes da força de trabalho, manufatura e maquinofatura, era um processo de domínio sobre o processo produtivo que retirava do trabalho o trabalhador, antes dominante da produção. Esse fenômeno automatizava a produção e subordinava o trabalhador a uma lógica externa de expropriação do trabalho, a revolução industrial combinava com várias mudanças com novas tecnologias e novas ciências. Surgiam assim as maquinas de modificações sociais de produção, no séc. XVIII ela requisitaria a completa eliminação das relações do trabalho de servidão até então onde a produção era baseada na terra.

Adam Smith
O capital não podia ser mais preso a terra, isso exigiria um estoque de força de trabalho, e assim poderia estabelecer o preço das mercadorias, sem o capital não teria como isso ocorrer, era necessário dividir a produção, onde a sociedade rompesse com as relações de trabalho sendo ela a principal fonte de riqueza, e dignidade segundo Adam Smith. A revolução industrial ocorria numa realidade histórica que combinava o capital emergente com a sua lógica, sendo ela a revolução diferente de alguns conceitos que se pensava aos modelos produzidos nos anos 60, sob a onda das mudanças nucleares, químicas, biológicas, não influenciariam em nada as mudanças estruturais e sociais; as invenções cientificas e tecnológicas se confundiriam com as mudanças do séc. XVIII.

Mauricio Dobb
A Revolução Industrial era feita em cima da manufatura do séc. XVIII, dentro da história do capitalismo, Mauricio Dobb falaria desses elementos em sua obra: A evolução do capitalismo – gênese do capitalismo. A evolução do capitalismo era uma invenção ocidental européia, pois o capitalismo evoluiria em ritmos e formas, diferentes de uma nação para outra nação, não houve uma evolução ao mesmo tempo em lugares diferentes, o ritmo era diferente para cada nação, havia uma evolução desigual diferenciada a nível mundial. Estabeleceu-se então uma lógica internacional, por isso estabelecer-se-ia uma divisão social internacional do trabalho (séc. XVI), nessa relação os paises evoluiriam para uma relação mais capitalista, dividida entre a base rural-social do trabalho: a produção nos paises periféricos seriam para atender o acumulo de capital para os grandes centros. Os países periféricos criariam o papel de relações dependentes com a relação do trabalho e o imperialismo inglês-francês como a expansão marítima e a expansão inglesa, francesa, americana.

Por que o capitalismo na Europa não se assemelhava em nenhum outro lugar?

A história da Europa era uma invenção da produção européia, mas que seria referenciada pela historiografia positiva referente aos grandes impérios. A historia medieval era uma historia mundial para os paises desenvolvidos, isso seria uma tentativa de impor ao mundo uma visão européia a partir do mundo imperial. Na Europa não era unanimidade o processo industrial que caracterizaria como medieval propriamente dito, isso seria imposto ao mundo a visão do mundo e eram marcados com seus referenciais europeus. Sob essa ótica foi construído e se desconsiderou a importância dos povos orientais, árabes e latinos, esses povos não eram considerados pelos europeus. A produção historiográfica era inglesa, francesa e americana, os novos marcos não poderiam ser só marcos europeus ou americanos, agora seriam também brasileiros, latinos, isso porem nunca aconteceu para a causa do colonialismo, pois esses paises produziam o pensamento de produção e as colônias assimilariam isso, os processos eram distintos entre um e o outro.

Toda a crise propicia idéias hegemônicas e as leis vigentes existentes caem por terra, o capitalismo era caracterizado pela sociedade pela produção e troca de mercadorias sobre o trabalho e não era uma obra livre, a produção social das mercadorias não se realizavam para a sociedade e sim sobre uma lógica externa, eram extremas as necessidades de suprir as carências humanas no sentido de bens de mercadorias para atender a esses anseios. Nas sociedades feudais a produção se dava por duas vias de necessidades como no caso do pagamento do quinto ao senhor. Os camponeses eram subordinados ao consumo, o senhor estocava todo o tipo de produção, pois a renda do senhor feudal era baseada na terra, essa expropriação não viria a se converter em mercadoria para a troca de outras mercadorias, os senhores tinham seus processos de entesouramento dos tesouros e moedas. A nobreza comprava os produtos de fora, era um comercio que só se construía como uma atividade dominante de mercado eram atividades econômicas e os processos eram anteriores, na contemporaneidade isso se faz de maneira regressiva, na idade media ocorria o inverso, isso era essencial para serem dominantes.

As transformações com as estruturas feudais e a produção campesina estavam pressionadas pelo padrão do mercado interno, com a abertura dos feudos, a terra era trabalhada com a mão de obra livre, a produção começaria a ser o padrão que ditaria o novo tipo a ser comercializado. Esse processo era diferente, no Brasil, se pensava que nos anos 20 haveria uma mistura de marxismo com a mecânica, isso, porém não deu certo por que ele pensava na Europa e não no Brasil, a historiografia brasileira era comparada ao medievalismo, por exemplo, as campanhas hereditárias. Era uma visão do desenvolvimento do capital homogêneo, pois o positivismo estava associado ao evolucionismo, a Revolução Industrial do séc. XVIII, se difunde por alguns paises na Europa, eram processos que se combinavam para que essas mudanças qualitativas do trabalho, ciências e pesquisas, propicias a formação de um contingente de trabalho, foi um processo de colonização. A Inglaterra se apropriaria das riquezas nas colônias e jogava seus produtos as colônias e recebia em forma de lucro, isso serviria de base para a Revolução Industrial na Inglaterra ao mundo capitalista.

Na Bahia existiam cidades que eram entrepostos comerciais no final do séc. XIX, tínhamos pequenas indústrias têxteis e de manufatura, por exemplo, na região de Valencia – parques industriais alemães produziam sacos e no Recôncavo – situavam-se pequenas indústrias. A Bahia teve uma revolução industrial mais cedo do que os outros estados, como Sergipe e a própria região sul, porém não pode evoluir, não deu um salto em relação ao progresso e não tinha atividades industriais de economia: agro exportadora de produtos primários e setores de serviço, isso deveria mudar a realidade, mas não aconteceu. A estrutura de classe no NE sempre foi de coronéis, onde a consciência de classe era dominante e forte, o clientelismo a burguesia paulista e sulista eram diferentes; a burguesia sulista nascia sob o ciclo do desenvolvimento industrial, a burguesia nordestina se baseava no latifúndio e produtos primários. Getúlio Vargas não mexeu na estrutura agrária, mas obrigava a oligarquia a se submeter a ele, no Brasil não houve uma burguesia com o acumulo de capital o suficiente para pagar uma força de melhoria para a indústria; a burguesia brasileira era fraca perante o capital social, ideológico, ela não havia tomado corpo até 1930, era se quer um corpo político capaz de tomar forma ou de apresentar alguma ameaça para dirigir a sociedade ao poder, quase não houve uma mudança social razoável no país.

A burguesia não era homogênea, a fração era oligárquica:

A produção agrícola e militar dirigiam o Estado brasileiro. Toda a produção Brasileira de café era para os americanos, com a crise de 29 houve uma desestruturação do poder, e os setores começaram a se militarizar, perante essa reação com o exercito, ao consentimento da burguesia não conseguiram ir adiante como força para se impor. O exercito se transformou num partido, pois a burguesia não tinha partido, quando o Getulio Vargas assumiu o poder entre 30 – 37, houve com esse fato o inicio do Estado Novo, onde começaram as perseguições políticas e a partir de 37 começaram as modificações sociais, iniciando as estruturas sociais brasileiras como os insumos, siderurgia, comunicação, navegação, estradas de rodagem, isso aconteceu também com a passagem do estado agrícola para o estado industrial.

Nos anos 40 iniciou-se a existência da força do trabalho reserva para alimentar a indústria com mão de obra especializada, isso gerou uma legislação capitalista, por que essas novas diretrizes criaram pactos de relação social de trabalho com uma proteção social maior, onde o individuo era protegido por garantias da sociedade ao novo padrão de relação com o trabalho, e dessas mudanças apareceram a CLT, sob o ciclo da necessidade do trabalhador brasileiro, sem isso, não haveria garantias e as transformações do Estado. Criou-se então a filosofia nacionalista que ia de encontro aos interesses nacionais e persuadiria os aliados à burguesia brasileira a pressionar e mudar a política vigente, onde Getulio Vargas seria obrigado a mudar sua estratégia política.

Manufatura: Revolução Industrial → Capital → controle do trabalho.

O capital teve um processo histórico e buscava estabelecer um controle sobre o tempo, introduzindo técnicas disciplinadoras com a finalidade de produtividade onde o operário seria usado de forma intensiva ao trabalho, com um sistema de exploração extensiva, onde os setores dinâmicos submeteriam o trabalhador a isso. A exploração extensiva era a mais dominante e os trabalhadores na fase pré capitalista doavam o tempo social de forma ilimitada, sem legislações que estabelecessem o tempo de trabalho, por exemplo, trabalhavam 14, 15 horas por dia; se construiriam vilas de operários em torno das fabricas para não perderem tempo. A exploração extensiva era uma das mais valia extensiva, isso ocorria por causa da ausência de tecnologias que colocassem os trabalhadores a um ritmo menos exploratório, caso visto no filme tempos modernos, há uma exploração intensiva por que o mundo muda o ritmo as propriedades dos homens: físicas, mentais e psicológicas.

O processo de produção esta tão concentrada que o homem esqueceu de viver, a redução vem acompanhada de forma extensiva do trabalho. O produtor não realizaria mais a produção de um produto, sendo assim, desapareceria o torneiro mecânico. Nesse processo, a divisão social aumentaria ainda mais as distancias de classe em relação ao trabalho, o trabalhador se tornaria medíocre: o trabalhador só colocaria parafusos ou o trabalhador só pintaria portas. Ao sair dessa rotina, ele não saberia fazer mais nada, o conhecimento lhe havia ficado restrito ao passo que o capitalismo limitaria ainda mais o conhecimento a superficial; o homem seria submetido a um sistema extensivo de trabalho, diminuindo seu tempo produtivo, aumentando a ligação e a pressão psicológica com a concentração de tarefas maior do que ele estava acostumado a produzir. O fordismo, taylorismo, toyoitismo, aumentaria ainda mais essas tarefas com custos cada vez menores em relação a custos, tempo, materiais,...

Houve então o condensamento da produção, ritmo, produtividade tendo como forma dominante a intensiva, hoje as pessoas trabalham em serviços terceirizados, submetidos a um ritmo extensivo em relação ao trabalho. O que ocorre é a mudança em mais uma função no setor libera: os médicos trabalham em seus plantões; os professores dão aulas em vários locais: trabalho extensivo. A mutação do trabalho trouxe um quadro de desconstrução da força social do trabalho, além de mexer com as estruturas sindicais, levando a terceirizações, quarteirização, diminuído a produção dos trabalhadores, esse processo ocorreria no séc. XIX. A Revolução Industrial se consolidaria com o capitalismo ao modelo econômico e social, já no final do séc. XIX - XX o mundo capitalista internacional ingressaria numa nova fase do imperialismo.

Lênin dizia entre 1910 – 1917 havia um diagnostico do capital pelas nações imperialistas dominantes, onde o capitalismo assumiria uma nova fase com o capital financeiro, com risco zero avançando em suas especulações, introduzindo a partir de uma nova forma parasitaria fictícia: o capital de moeda não teria um suporte de valores; seriam operações financeiras a mercê do mercado, impondo o controle sobre as outras nações, especulando o capital financeiro sem investir num processo produtivo. Na primeira fase do séc. XX, o imperialismo havia feito uma busca na URSS, procurando no imperialismo sustentáculo no elo fraco. O capital fictício ou financeiro agiam como se fossem vampiros, apenas sugavam e extraiam os lucros nas operações sem aparecer, eram verdadeiros seres parasitas nas operações, impondo a nível mundial uma regressão.

Imperialismo, fase superior do capitalismo – Lênin (VLADIMIR ILYICH LENIN)

Nesta obra, apresenta no seu conteúdo o prefacio de 1920, após três anos depois da revolução russa, 1911 antes da revolução, e o prefacio em abril de 1912 em pleno processo revolucionário, o prefacio de 1920 é o mais completo escrito por Lênin, ao afirmar que havia uma revolução e precisava entender o que estava acontecendo no mundo capitalista e defender seus ideais políticos. Em 1916 – 17 – 18 o mundo estava em guerra junto com o czarismo, a verdade era saber o que estava por trás dos motivos da guerra e do capitalismo com a crise do capital para entender esse tipo de lógica.

Marx
Nas suas pesquisas empíricas, ele discutia a concentração dos monopólios, descrevendo estatisticamente o desenvolvimento da indústria que conduzia ao capitalismo a um processo de concentração de produção, isso ocorria por oligopólios as empresas que ditavam as leis dos preços as mercadorias no mercado; esse processo de fusão já era previsto no mercado do séc. XX, com o controle dessas mercadorias. Antes de Lênin, Marx tinha escrito essa tendência ao qual o capitalismo se fundiria com a produção concentrada monopolizando o mercado na produção industrial e agrícola, com esse tipo de negociata surgiriam os cartéis, construindo uma base para o capitalismo: grandes empresas que controlariam as empresas menores, estabelecendo seu poder de persuasão nas mercadorias que se dividiam em três momentos:

1ª Fase: 1860 – 1880: foi o período culminante do livre comercio, havia o deslocamento do capitalismo, os monopólios eram pequenos embriões sendo a livre concorrência a que predominava. No final do séc. XIX ocorria o desenvolvimento dos cartéis, mas eles não tinham força, mesmo assim eles se colocavam como base da atividade econômica e estabeleciam acordos e condições de venda e troca de mercadorias, por exemplo, vendiam um produto em determinado local e avaliavam o preço pela região da venda.

Os cartéis determinavam a quantidade e qualidade dos preços dos produtos oferecidos além de fixarem seus preços no mercado de compra e venda.  Lênin fez um estudo de quantas empresas atuavam no mercado e o que elas produziam, no inicio do séc. XX ele dizia que os bancos deixariam de ser intermediários dos produtos consumidos pelas sociedades, havia no capital de economia os pequenos bancos que eram obrigados a se submeter aos grandes bancos sendo o mercado obrigado a sobreviver sob essas regras. O velho capitalismo começava a ser substituído pelo capitalismo livre da livre concorrência com o novo capitalismo, as oligarquias financeiras atuavam com investimentos nas indústrias daquele contexto, por agirem assim, elas ficariam presas a essa dependência, aumentado ainda mais as fusões das empresas ao monopólio crescente.

Era um período onde começariam aparecer as sociedades anônimas que seriam caracterizadas pelo capitalismo, a livre concorrência da exportação de mercadorias, nos dias atuais a caracterização é feita nos monopólios com as exportações dos cartéis de dinheiro com créditos e financiamentos no mercado externo e interno. Essa tendência mundial se divide em uma partilha entre os grandes capitais: o mercado do petróleo pertence a..., a região de urânio pertence a .........: O mundo é dividido em partilhas políticas. A partilha das grandes potencias do mundo no séc. XIX mostra as ocupações territoriais nos países, a África tinha 10% do território em 1876 – 1900 controlada por estrangeiros, a Ásia em 1976 tinha 51.1% controlada por cartéis europeus e americanos, a Austrália tinha 100% de seu território controlado por ingleses, havia uma síntese do imperialismo com uma nova fase de dominação construída sob o poder do  capitalismo para um regime superior, onde representavam o monopólio desse sistema que operava na sua fase de transição.

As principais características:
1ª Concentração de produção do capital
 Fusão do capital/lucro e o capital/industrial
3ª Exportação de mercadorias em dinheiro (papel moeda, capitais
 Surgimento de formações econômicas internacionais do capitalismo que compartilhavam o mundo entre si.


O imperialismo era a constituição da fase do desenvolvimento enquanto monopólio de idéias dominadoras; a critica ao imperialismo se fazia por uma perspectiva relacionada entre as sociedades capitalistas, isso não serviria para controlar nações ou países, a tentativa de caracterizar os países ditos sem lar, era dada pela superioridade do imperialismo perante o capitalismo. O contexto é direciona-se ao público econômico, pois ele da um roteiro para a melhor compreensão do texto, a monopolização era o inicio da financeirização da economia, era o estagio superior do capitalismo com a exportação primaria e sim a fase do capitalismo do dinheiro, segundo Lênin, no final do séc. XIX-XX, a fase do capitalismo inicial eram as idéias onde as empresas ainda não teriam capital, por causa disso ainda não haveria a fusão das empresas, isso representaria a fase inicial, período esse que os operários sonhavam com a livre concorrência, influenciando o pensamento neoliberal onde a sociedade livre era associada ao mercado livre, onde não encontrariam referencial empírica sobre esta tese, por exemplo, antes havia pequenas e médias empresas, agora só existiriam os grandes monopólios; fusão dos bancos Itaú / Unibanco; AmBev e Sadia / Perdigão.

Eram processos de fusão de capitais como o monopólio referia-se aos preços, onde o Estado estaria fora do jogo e quem controlaria esse jogo seriam os cartéis, por exemplo, as faculdades particulares hoje são comandadas por grandes empresas financeiras, essas vendendo a mesma educação, concentrando assim o monopólio do ensino. A idéia de livre mercado concorria com oportunidades que eram iguais para todos, pois não havia nenhuma possibilidade de negociação e sim uma ideologia neoliberal. Eram acordos de conglomerados que dominavam a área, e quem não participasse seria eliminado.

Esses agrupamentos econômicos determinavam os produtos e a discussão do livre mercado inexistiria diante dessa realidade contestada, apontando para uma direção oposta a do livre comercio, e essa situação ficaria pior com a crise do sistema econômico ficando a mercê das forças políticas assustadoras; havia o cartel do capital que montaria essas redes mundiais, até hoje os setores de serviços pertencem aos grandes conglomerados financeiros, quase não há mais separação dos capitais financiadores da produtividade; essa mobilidade do capitalismo criaria a hegemonia sob o capital financeiro.

Os cartéis imporiam ao consumidor a necessidade de consumir tais produtos como: filtro de papel, por isso não há mais filtro de pano, copo descartável; tudo o que seria gerado fora dos cartéis seria considerado marginal, ilegal, imoral. O capital começou a partir da primeira década do século XIX, pois nesse período houve a separação do capital financeiro com o capital industrial, no decorrer do capitalismo e o capital financeiro ocupavam a esfera econômica nas atividades produtivas fundadas nas especulações financeiras; começaram as articulações de cartelização e do monopolismo com a política de imposição dos preços. Havia muitas discussões sobre o capital financeiro e industrial com a lógica do capitalismo financeiro subordinado a todas as atividades das oligarquias financeiras.

Nesse ínterim surgia o rentista, pois ele vivia de rendas do capital, baseado no processo de acumulação de juros e créditos. O dinheiro era baseado na especulação sendo algo parasitário a ele havia uma especulação do capital sobre o valor real  lançado indevidamente no mercado: crise imobiliária americana. O tesouro público nacional passa pelas agencias financeiras que por sua vez são distribuídos para a indústria imobiliária: abre linhas de crédito para compras. Hipoteca é a divida dos títulos vendidos no mercado, por exemplo, se a hipoteca valia 50,00, mo mercado ela era lançada no mercado por 80,00, depois de vendido, o cliente não honrava as dividas, aumentando a inadimplência das dividas sobre as linhas de credito, ou seja, o dinheiro não valeria mais nada. O capitalismo se encontraria numa crise sistêmica e no final do séc. XIX - XX a crise dos 29 seria diferente, pois essa seria uma crise sistêmica, e traria o debate para a sociedade discutir esses problemas afim dos recursos naturais e energéticos e das fontes hídricas, foi uma crise jamais vista antes por causa de sua força destrutiva.

Quando o capitalismo aumentou sua produtividade, aumentou também o processo de destruição dos recursos naturais. A concorrência aumentaria o estimulo do consumo cada vez mais a população por causa do modelo social urbano. O Estado tiraria dos fundos públicos o dinheiro para o capital financeiro, havia uma realidade irreal em todas as esferas da sociedade por causa do neoliberalismo, não havia mais uma realidade regulada pela lógica do Estado, e depois toda a politicagem feita é quem ajudaria as empresas para sair da crise; a causa dessa crise era o próprio capitalismo financeiro. Os acontecimentos do séc. XX foram proporcionados pelo capital, pois antes não havia a formação de mercadorias, isso passou a se concentrar no capital financeiro, essa era a maior característica do capital financeiro, tudo o que acontecia estava subordinado a esse circulo vicioso. A produção do capital livre mundial com a partilha dos lucros era a divisão dos blocos econômicos tendo como suporte os Estados, que só visavam vantagens, havia uma articulação de interesses através dos controles, isso ocorreu por causa do agrupamento de blocos e países com interesses entre si.

O estagio superior acontecia por que o capitalismo ingressara a uma função superior ao capitalismo seqüencial do séc. XIX, os capitais não se continham em se reproduzir nos seus limites, e tinha a necessidade de se expandirem, eles precisavam estender o seu domínio a qualquer custo, isso tudo eram causas oriundas do imperialismo com a reprodução do capital em terras além das suas, quando essa variação não dava certo, era usado a força militar. Lênin dizia que o capitalismo lutava contra sua própria atuação, por que o capital não produziria novos valores e por isso se nutriria de outros processos de riqueza, se aproveitando do trabalho que era produzido de outras fontes produtivas, era o famoso capital de mesa de jogo: bancos e agiotas.

A sociedade econômica brasileira a partir dos anos 30 com a revolução burguesa.
1930 – O silencio dos vencidos: Memória história e revolução.
A história da classe operava no Brasil.

A revolução burguesa de 1930 foi o marco da revolução burguesa no Brasil com suas particularidades, pois eles fizeram essa revolução praticamente isolados sem o apoio de nenhum segmento da sociedade, foi uma revolução típica e particular. Seu primeiro desempenho se deu pelo fato deles serem uma economia rica e política enquanto agentes sociais, a classe burguesa não era hegemônica na sua totalidade e sim em frações: industrial, rural, financeira, era uma classe onde a maioria da sociedade nem sonhava chegar, eram eles que controlavam o Estado brasileiro por serem uma burguesia agrária e oligárquica, principalmente das fontes brasileiras e por dominarem a monocultura no interior do país.

A burguesia cafeeira (SP/MG)  era de exportação e era o principal lucro brasileiro, pois toda a economia era baseada na agro exportação, dependia das outras nações em relação aos produtos industrializados e negociava-os com produtos primários, pois sua função era produzir a monocultura somente esses produtos. O café brasileiro era exportado para os EUA e com a crise financeira de 1929, essas exportações caem, todas as economias que giravam em torno do mercado americano caíram juntas, pois todos os seu negócios eram baseados nela, nesse contexto havia a necessidade de ser livre desse tipo de dependência financeira e econômica do império americano, a burguesia brasileira não tinha forças para empreender esse processo de transformação na sociedade, pois nem um partido representante eles tinham tanto na capital quanto em qualquer outro lugar que os representasse fossem eles políticos ou militares, muito menos para conter os poderes locais.

Quando Getulio Vargas assumiu os interesses da nova classe social urbana emergente, o exercito faria o papel de partido político; as políticas de base levariam ao avanço da revolução comunista, porem não havia uma hegemonia, e pouca que existia era feita influenciada por meia dúzia da elite dominante; Getulio no período de 1930 – 1937 assumiu e desestabilizou a política brasileira, comercial e social. Esse desmonte não trouxe a tão sonhada estabilidade política, levando novamente a outras crises, visto que eles contestavam e investigavam o Estado ao mesmo tempo; nesse período houve estabilidade política depois começaram as revoluções e essa foi a primeira forma de ruptura com o poder capitalista, em 1937 Getulio enfrenta uma grande crise e aplicou o golpe militar para instalar o Estado Novo caçando os direitos políticos e civis, com isso assumiu novas formas de produção, todas centralizadas ao Estado, por que ele não dispunha de capital suficiente e tinha a necessidade de ser dirigido pelas forças armadas para manter o controle, nesse ínterim as forças produtivas sob as garantias do governo alavancaram para o crescimento das indústrias e movimentos brasileiros. O Estado traria para si toda a responsabilidade estratégica da nova estrutura brasileira com seus insumos e derivados, assumindo uma nova política econômica. “Getulio Vargas antes de ser o pai dos pobres, foi o pai e mãe do capital”.

Nova ofensiva do capitalismo sobre o trabalho

O indicador maior dos anos 50 e 60 foi o capitalismo e no inicio dos anos 70 as taxas começaram a baixar por causa do decréscimo do próprio sistema e a saída para isso seria adotar o neo capitalismo para combater essa nova crise mundial. A OMC, FMI, BID e ONU faziam as estratégias liberais se tornarem viáveis sob a condição de serem obrigados a adotarem essas estratégias econômicas sob o olhar da “ética econômica” neo liberal implicando numa pressão para a inserção dessas relações  para reformas políticas modificando as relações do trabalho, livrando o ônus sem ser onerado, precarizando ainda mais as relações do trabalho, desmontando os direitos trabalhistas, sindicatos e operariado modificando o papel do Estado na interferência da economia.

A própria burguesia impulsionava esse tipo de crise, havia uma dominância das idéias para construir esse novo tipo de ideologia trabalhista iniciava-se uma nova hegemonia econômica e social do capital, pois era preciso modernizar a sociedade “modernizando-a” e retirando do Estado a sua força de atuação financeira, restaurando o capital nos setores de telecomunicações, bancários, industriais, comerciais cedendo ao capitalismo privado. O capitalismo tinha como finalidade atingir a racionalidade no processo produtivo por duas estratégias:
 Estratégia de Estruturação organizacional técnica do trabalho.
 Introdução, inovação tecnológica no processo produtivo.

A reestruturação produtiva considera esses dois elementos como novos processos técnicos aos processos do serviço, buscando a automação reduzindo postos de trabalho possibilitando ao capital o domínio sobre o trabalho neste processo trabalhista. Esses fatos eram partes do novo fenômeno, iniciado no inicio do séc. XX, elaborando novas formas de trabalho produzindo a rentabilidade, considerando o tempo “inútil” ou desperdício de tempo no trabalho com a interação do trabalhador e o tempo de trabalho. Havia a intensidade do crescimento no trabalho, onde o fordismo estabeleceria o controle sobre o trabalhador, havia um envolvimento onde envolveria a criação da subjetividade no operário, fazendo com que sua vida dependesse do sucesso da empresa e isso estaria atrelado a isso, os trabalhadores eram então divididos em pequenos grupos, onde cada um realizaria determinada produtividade baseada em planilhas, criando uma falsa idéia de democratização de parcerias.

Essas opiniões não interfeririam na produtividade, pois o capital era a negação do ser humano social, representado pela negação do homem na sociedade, construída pela sua identidade com o capital, assegurando dentro de equipes na produção em grupo. Havia uma nova identificação com o capitalismo, o inimigo passaria a ser parceiro, desconstruindo o significado da relação, eliminando a idéia de classe e construindo uma nova filosofia de colaboração, uma nova utopia de criar uma comunidade dentro de uma construção ideológica social. A força sindical se asseguraria desse tipo de movimento durante os anos 50 – 70 criar-se-ia então o Estado social como um chefe da economia aos mercados onde era possível criar uma estrutura de estabilidade no contexto histórico particular, possibilitando uma nova retomada onde o Estado cumpriria essa tarefa a longo prazo retomando e investindo pesado em novas tecnologias. O capital adere a essa perspectiva objetivando uma expansão e fazendo algumas concepções e particularidades.

O processo histórico coloca essas teorias em crises cíclicas do capital como controle e sua lógica nesse ponto é irracional, ela não vive, ela se reproduz através de uma lógica que contemporaneizava o social e o econômico, sua reprodução era imediatista e por causa disso havia uma destruição desenfreada em relação a tudo, começariam as crises nos sistemas hídricos, a devastação do meio ambiente, as mudanças dos fenômenos climáticos, as crises de ordem urbana, o enfraquecimento dos modelos de sociedade urbana, a saturação de qualquer perspectiva de progresso, havia o aumento da violência, da miséria, sendo que a cada crise o capitalismo se fortaleceria visando apenas o lucro encima do capital a curtíssimo prazo. Com todas essas crises, haveria uma mudança de comportamento em relação a segurança por causa do colapso do sistema econômico e levaram as pessoas a tomarem certas medidas como: o aumento da violência, o capitalismo lucraria encima disso das seguintes maneiras: teriam que investir no aumento de segurança, deveriam gastar para se protegerem dos bandidos e ladrões e deveriam ampliar sua segurança privada contratando novas formas de se proteger.

Não havia uma racionalidade na lógica dessa reprodução capitalista, enquanto as mercadorias e o dinheiro obedeciam apenas essa dinâmica avalassadora. O capital era um fenômeno social que surgiria antes do capitalismo como uma fase mercantil baseado na troca de mercadorias; eram lutas de ordem social criadas pelo homem, não eram elementos de ordem natural e sim artificiais, pois não havia o envolvimento da natureza na sua forma pura. O capital se fazia presente nas suas varias formas sociais camufladas em medidas que se diziam benfeitoras para a sociedade e essa socialização se dava através de meios que controlavam o poder e não poderia ser feito a partir de um grupo social dentro de um partido, por isso era necessário novas formas de atuação para poder dar certo e acontecer, tinha que haver um processo de  controle de produção e indústria, sendo que os trabalhadores não tinham controle  dos processos sociais e produtivos que atingiam certas vantagens dentro desse novo processo industrial e social.

Formou-se um novo regimento social de privilégios sobre quem era responsável pela produção como forma de se salvaguardar, não havia nenhuma garantia dessa pratica como controle por parte do povo no processo de produção da riqueza. O mercado estabeleceria regras externas e internas como forma de regular e controlar a especulação do capital financeiro do livre cambialismo, isso poderia gerar crises nas comunidades internacionais onde o estado controlaria os preços e estabeleceria parâmetros das políticas baseadas nos juros; o keynisianismo pressupunha uma política de emprego através do estado com as indústrias, impostos, compra e venda.

A política e o processo trabalhista andavam na premissa fordista onde o capital faria expansões dentro dos salários havendo o interesse do estado que se utilizava as conquistas, adquirindo as áreas da segurança, educação, social, médica e educativa que permitam a sua expansão através do trabalho regulamentado. O Brasil nos 70 teve um dos regimes mais repressivo contra os trabalhadores e estudantes por parte da ditadura militar, todos os tipos de movimentos democráticos haviam sido proibidos e freados por esse regime ditatorial que era o Estado capitalista, que aplicaria nomes e leis frente aos salários baixos ao passo que o funcionário publico passaria a ser visto como um novo tipo de inimigo do estado burguês capitalista; o sujeito perderia a referencia de classe por que a direita e a esquerda não assumiam a sua própria posição política como deveria ser.

O próprio entendimento do Estado era clássico, pois era pressionado pela burguesia para ganhar fundos enriquecendo cada vez mais essa categoria elitista e dominante. A revolução de 1930 ocorreu num momento em que o Brasil e os países latinos viviam com a crise da  renda e da acumulação de capital e da economia agro exportadora sustentada pelas oligarquias que se baseavam na monocultura, pois todos os  produtos produzidos no país na sua maioria eram exportados para os Estados Unidos através dos produtos primários, enquanto que nós importávamos quase todos os produtos manufaturados.

A expropriação do trabalho era violenta e a revolução de 1930 implementaria uma nova tecnologia industrial a produção brasileira, o Estado era nesse momento incipiente e frágil do ponto de vista de acumulo de capitais mexendo com o poder central e os poderes regionais, por isso a estratégica de se criar indústrias, telecomunicações, navegações, estradas. A produção industrial tinha por objetivos a transformação do trabalho, por isso era necessário modernizar também a mão de obra, mudando o perfil social onde deveriam ser preparados par os parques industriais em cursos de formações técnicas como o SENAI, SESI, sendo uma nova necessidade do capitalismo sob o ponto de vista do capital e do trabalho.

A massa de trabalhadores rural apoiava Getulio Vargas por que ele lhe daria garantias e com o capital em alta para o governo não era interessante fazer novos adversários, houve a transformação do capital em todo o país, surgiram novas indústrias de insumo, novas áreas energéticas, telecomunicações, indústrias de materiais “pesados” onde desencadearam o processo de impulsionamento do Estado brasileiro que era financiado pelo BNDS. A situação do Brasil na década de 80 passava por um momento de transição, e com a eleição do colégio eleitoral em 86 com Tancredo Neves e Maluf  e as Diretas Já , além da eleição de José Sarney assumindo o controle da nação em 1986, sendo uma das piores crises do Brasil; a burguesia ainda não sabia o caminho a seguir do ponto de vista estratégica. Os países estavam em fase de expansão econômica na América Latina e esse processo havia iniciando no Chile  os anos 70 e em 1976 – 1977 com as políticas neoliberais; o Brasil ainda seguia a linha desenvolmentista como salvaguarda dos interesses nacionais.

A burguesia não era ainda unida como um elemento na política brasileira, isso se faria presente nas primeiras eleições diretas em 1990:
- Mário Covas
- Leonel Brizola
- Ronaldo Caiado
- Lula
Collor, ele se elegeu com um discurso moralista e direto, manipulador e moderno.


Quando foram para a 2º turno: Lula X Collor com uma candidatura, eles perderam a chance de ganhar o 1º turno e votaram em Collor mesmo desconfiando, ele seria dos males o menor e por isso apoiariam a sua candidatura; ele adotava a política neoliberal, assumindo seu apoio a eles e iniciando o seu plano de reestruturação confiscando o dinheiro do povo e desregulamentou a economia brasileira utilizando o “discurso único” por que o neoliberalismo estava em crise, não dando alternativas para as criticas. O sistema capitalista não garantia que isso fosse socialismo barbarizado e a produção social passaria por um processo crescente destrutivo combinado com a alienação da natureza humana: a hegemonia americana começa sofrer com as derrotas da economia mundial e os países latinos passariam a comercializar com outros  nações, criando novas formas alternativas de progresso. Eram situações internacionais que modificariam as políticas imediatistas, tentando compensar essas perdas através do militarismo invalidando os paises e se utilizaria das falas de que não convenceriam mais.

A natureza da crise do capitalismo e seus impactos sobre a classe trabalhadora.

A crise recente do capital trata-se de uma crise conjunturada temporal ou de longo prazo revestida de caráter estrutural?

A crise do capitalismo

O capitalismo teve a sua história inicial num processo cíclico, desde o final do séc. XIX com duas grandes crises no inicio do séc. XX, essa crise tinha a todo o momento revolucionar as bases produtivas e técnica da produção do trabalho, gerando processos destrutivo-criativo-construtivo. Nos sécs. XIX – XX o capitalismo nesse processo mesmo com as crises ainda tinha elementos de positividades ao modelo civilizatório e capitalista incorporando as massas no processo evolutivo. Criou-se novas condições de vida social, política, cultural e econômica nos anos 30, a lógica da crise cíclica da crise do capitalismo e de cada crise  predominava nos fatores destrutivos, ao passo que o pólo de capitalismo se esvairia nas relações do capitalismo com o sistema de capital com a força social do trabalho, essa relação cultural, o padrão moral e em todos os aspectos o capitalismo passaria a ser mais predatório e o capital se ocuparia através da expropriação de todos os recursos naturais, materiais e hídricos, isso acontecia de forma generalizada com a responsabilidade de ocultar os verdadeiros processos do caos.

Essas ações deixaram as condições materiais do homem e o eco sistema sem disposição dos países capitalistas preocupados com os agentes poluidores, a outra ação destrutiva era a do capital que vinha com as forças sociais do trabalho por que o capitalismo tem uma série de padrões tecnológicos pelo processo de trabalho. O capital conquistaria uma nacionalização dos grupos que se relacionavam com o capitalismo, procurando relações destruindo os direitos sociais, distanciando-se cada vez mais da situação de instabilidade, colocando uma sensação de incertezas em relação a tudo no país, pois o trabalho estava nas mãos do capital substancial. A nova relação trabalharia a relação do trabalho X natura, trabalho X energia para o funcionamento da sociedade. A forma de expropriação das fontes naturais e hídricas se esgotavam cada vez mais frente as novas crises mundiais de alimentos por causa dos problemas que o próprio sistema capitalista criou, as fontes energéticas como as bio-combustiveis, destruindo as áreas de produção de alimentos e grãos. Havia uma crise com a sociedade e sua relação com o trabalho, por causa disso, os modelos neoliberais participavam junto com os patrões criando uma crise social irrecuperável em todo o mundo capitalista, havia agora uma desagregação das massas não vendo mais o Estado como referencia, agora era visto como uma instituição a quem devia obediência.

O Estado por sua vez (classe social dominante) criminalizava o conjunto da sociedade, dividindo-as em bairros, cidades, criando ao Estado possibilidades de enfrentar essa criminalidade com a repressão e inibição; quando a policia não daria mais conta, iniciava-se, iniciava-se a faxina social e racial que era aplaudida pelo povo com medo, pois estavam acuados e assim o Estado faria o papel de herói, livrando-se desse tipo de problema, legitimando o extermínio. O Estado só se faria presente pela violência, não estando mais presente nas outras esferas ou camadas sociais, eram entregues a própria sorte, com essa crescente massa social abandonada, crescia outra atividade de mercado qualitativo com as possibilidades de uma nova realidade de liberdade e realidade, nada escaparia do capital.

Exclusão: era a definição do viés político enquanto categoria política de análise a certos fenômenos, uma sociedade de incluídos e excluídos significa partir do pressuposto de que existe mais de um modelo ou modo civilizatório dentro dessa sociedade, por exemplo, o sujeito é excluído do que? onde ele está? Esta em outro modo de produção capitalista? Esta fora da produção social do sistema? O sujeito esta a margem do sistema e não fora do sistema, ele não tem uma inserção ativa, não existem dois sistemas, existe uma sociedade e a maneira como ela se reproduz, é diferente desse conjunto de segmento aos que não tem acesso a habitação, saúde, cultura, são outros problemas. Busca-se formas alternativas até de se adequar as maneiras do processo de redução da sociedade. Nos anos 70 havia o desejo de se democratizar tudo, a saúde, as escolas, eram maneiras universalizantes, hoje há o abandono desse tipo de idéia, tudo se atém a falsas gestões atuais e reais que são chamadas políticas pontuais, abandonado a perspectiva de acompanhar o povo.

As problemáticas que norteiam a natureza da crise do capitalismo

Havia uma idéia do ciclo de desenvolvimento do capitalismo, esses novos elementos articulariam essas novas discussões: crise conjuntural e crise a longo prazo revertida de um caráter estrutural. Não havia crise estrutural sem ter as relações com esses elementos estruturais, porém havia exceções no seu desenvolvimento; a crise de 1929 ocorreu com a queda da bolsa, o mercado brasileiro era baseado na exportação do café e por causa disso, com a quebra da bolsa a subprodução e a quantidade de dinheiro emitidos eram fictícios, isso ocorria nas mercadorias também. Essa crise do capitalismo em sua estrutura ocorria por que era o resultado de crises muito anteriores que teriam atingido um volume extensivo de contradições expressa nos elementos que circulavam esses elementos estruturais e temporais, revelando a sua dificuldade de se estabelecer como estrutura lógica na reprodução do capital na sua lógica estrutural e orgânica. O capital apresenta limites de contradição que se produz uma crise generalizada na sua forma de produzir e consequentemente ocorre muitas problemáticas, por exemplo, a lógica primaria do capital tem seu fundamento principal de reprodução através da produção de mercadorias que traz consigo valores, nessa esfera de exploração o valor reflete no mercado.

Valor de produção no mercado  principio do dinheiro da lógica da mercadoria  capital  força de trabalho  condição técnica  espaço físico.

Os novos padrões tecnológicos dos anos 70/80/90 empreenderam a pratica acelerada de produção, revigorando as forças produtivas e acelerando o processo da própria produção em si, se revolucionado de suas funções, pois eles tinham que necessariamente fazer isso de forma teórica sobre o trabalho, esse aceleramento impunha ao capital a obrigatoriedade de gerar mercadorias com taxas de vida curta, como quando a geladeira durava 10 anos, agora ela dura 3 anos. A esfera financeira era acelerada por uma via em contato para aumentar e encurtar o caminho com a possibilidade do lucro ser evidente e a base desse lucro seria garantida pelo desempenho e estabilidade, nunca perderia; essa base de administração financeira geraria mais crises financeiras devido à globalização do capital com o mundo.

Efeitos colaterais

Ø O trabalhador não teria mais postos de trabalho, mesmo com uma força de trabalho em reserva.
Ø A instabilidade se transformaria a longo prazo, assumindo um caráter destrutivo com a aceleração das relações de expropriação dos recursos naturais.
Ø O meio ambiente começaria a desaparecer.
Ø Não haveria mais clima estável.
Ø As fontes energéticas e alimentícias no mundo diminuiriam.

A busca de fontes de energia aumentaria nas áreas cultiváveis: por exemplo, milho, soja e mamona.

Iniciava-se um retrocesso para a monocultura, diminuindo a quantidade de grãos, alterando com a economia estrutural. A quebra do tecido social segundo Durkheim faria todo e qualquer tipo de crise social aumentar. Iniciava-se uma degradação funcional sistemática, era uma disfunção com uma contradição absoluta, que mal funcionava e por isso mesmo poderia arrasar com tudo. Todas as crises tinham uma relação com as estrutura sociais econômicas, em 1929 a crise ainda era estrutural, não havia ainda sua hegemonia, hoje há; toda crise tem uma dimensão cultural e espacial, com uma subjetividade material, envolvendo manifestações em sua existência; cada vez mais ocorria o aprimoramento, aumentando a resistência e mexendo com as estruturas de outros órgãos. A grande crise ampliou a gravidade de sua estrutura, funcionando e recorrendo a mecanismos auto destrutivos, autofágicos.

Iniciava-se uma marcha para frente, não havia mais retorno, essa era a tendência oficial destrutiva do capital: a criação de um frango mudaria o metabolismo para  vender mais, a produção estéril destruiria os pequenos e médios produtores por causa da produção na terra e na sua exploração  absoluta. A ocupação do capital ocorria em todas as esferas, através de um complexo sistema atingindo o limite histórico caracterizado por Marx no seu manifesto do capital, criando o mundo a sua imagem e semelhança, sob os ditames da sua lógica de produção predatória.

A crise contemporânea revestida de caráter estrutural.

Natureza da crise do sistema capitalista:

Relação entre conjuntura: é um movimento especifico, é de Curta duração; os elementos são provisórios, irregulares.

 Estrutura: é um movimento estratégico, geral e é de longa duração; os elementos são permanentes

Tem que haver um isolamento de um com o outro para ter uma melhor compreensão, são estruturas ligadas através de uma relação dialética, a conjuntura é uma manifestação de contradição da própria estrutura e pode influenciar qualquer esfera; nem sempre a crise estrutural pode com a crise do sistema e vice-versa, é uma combinação contraditória dialética, elas se aguçam e se agrupam até a exaustão, gerando uma possibilidade de transformação. Existe uma minimização das contradições do capital no momento histórico como se a crise nunca tivesse ocorrido, existem iniciativas artificiais que criam uma falsa normalidade econômica; quando a crise esta no seu auge, o Estado injeta dinheiro nos fundos públicos, abrindo linhas de credito para que todo mundo se endivide o máximo que puderem, tanto as pessoas físicas como as pessoas jurídicas. A estratégia artificial estrutural é feita para a produção por que aumenta ao mesmo tempo as linhas de credito, aumentando cada vez mais a dose de dinheiro injetado no mercado, criando a ilusão de que essa mercadoria através de seu endividamento generalizado criará um cenário hipotético de melhoria da economia.

O remédio que o Estado dá não rompe com o modelo de especulação do capital, muito pelo contrario, o Estado realimenta esse capital através de financiamentos. O modelo econômico neoliberal já não é mais confiável além de não conseguir mais se sustentar, pois a realidade revelou essas contradições ideológicas e políticas, não é mais um modelo hegemônico, agora enfraquecido revela a fase do esgotamento de suas modalidades enquanto modelo econômico, esse tipo revela agora a sua desestabilização econômica.

O colapso do neoliberalismo

Princípios literários

                                                                                                  (3 poderes) 
            
Adam Smith foi no sentido informativo o responsável por esse pensamento com relação ao pensamento neoclássico e ideológico. Ele fazia uma síntese dos tópicos de cada capitulo do capitalismo que estava nascendo e dividiria isso em vários capítulos: → a relação com o neoliberalismo. O processo liberal clássico se desenvolvia a partir do pensamento político desses homens que formaram o principio do pensamento liberal além de representarem os princípios econômicos e jurídico fundamentando-se no direito natural: a economia era fundada na sociedade civil. A política surgiria após o Contrato Social, era como se o Estado nas suas esferas políticas e relações sociais aparecesse de agora em diante de um lado formal aos indivíduos e antecederia a sociedade a partir do Contrato Social fundamentado no pensamento neoliberal.

A propriedade era um principio individual e contribuía para a fundamentação da sociedade pelo direito natural por causa do trabalho humano era um direito natural do individuo, e partiam do principio de que a sociedade humana sempre houve a propriedade agrária natural. O pensamento liberal partia de uma premissa para a elaboração jurídica e política da sociedade dividida em classe era o direito político, as leis eram configurações de realidades já dadas de que eram relações sociais naturais legislando sobre essas relações não partindo de um questionamento entre o Estado ou as classes onde o direito não faria parte da origem e das relações sociais desiguais, tudo isso faria parte da lei positivista. O direito formal se baseava na igualdade formal onde se desassociaria da igualdade real que era construída formalmente no plano das leis, eram direitos iguais nos planos formais num mundo desigual de produção, na desigualdade das riquezas nos mercados pelos processos profundos de desigualdade. A lei implícita expressava a injustiça de desigualdades causados pelo capitalismo, isso partia da premissa em que a sociedade era para todos como o pensamento, havendo oportunidades para todos no mercado quando se tentava instruir no mercado eliminando a liberdade, começaria assim uma limitação, uma escravidão e regulamentações sobre esse mercado.

O principio neoliberal no plano econômico dizia que o mercado era regido por uma força invisível, o mercado tinha uma lógica autônoma do desenvolvimento, ele se auto regulamentaria de forma natural; toda tentativa de interação sobre o mercado restringiria o seu desenvolvimento, seria o mesmo que ir de encontro ao fato natural, contrariando o desenvolvimento da economia, não tinha como o desenvolvimento econômico se fazer presente se ele não se fizesse de maneira natural. Era uma utopia que se expandiria no capital financeiro pelos EUA e Inglaterra responsáveis por controlar os órgãos financeiros mundiais políticos onde procurariam implementar o capital financeiro no mundo sem restrições e cuidando para mantê-los, havia uma desregulamentação financeira mundial, podendo destruir uma nação de uma hora para outra. O neo liberalismo supunha algo novo e liberalismo como “novo liberalismo” escamoteando fundamentos, pois eles começariam decair no inicio do séc. XIX com crises econômicas sucessivas como a Primeira Guerra Mundial e o nazi-fascismo.

Tudo se iniciou com a crise do neoliberalismo, pois havia uma nova característica desse fato: o capital e expandiria em grandes partes do mundo pela monopolização da economia, a partir do capital financeiro, buscando livremente a facilidade de estudo do capital, principalmente o especulativo. O neoliberalismo começaria gerar uma super produção do capital fictício, era uma produção real de valor como um processo de capital irreal, iniciando-se uma tensão na economia mundial havendo a separação do neo liberalismo e o capitalismo em relação do controle da economia. 

Aos estudantes de história, seguem algumas propostas a serem discutidas ou mesmo trabalhadas:

Como se processa a concentração da construção do monopólio?
Como atuam os cartéis econômicos?
Qual é a nova função dos bancos nas atividades econômicas industriais?
Caracterize a mudança da passagem do velho capitalismo onde reinava a livre concorrência por um modelo novo onde reina o monopólio:
Explique o conceito de capital financeiro e como ele atua na oligarquia financeira:
O que caracteriza a exportação de capitais dos monopólios?
Explicar como se dá a partilha do mundo entre os países capitalistas:
Explicar o que Lênin entendia de imperialismo como fase particular do capitalismo:
Explique pontualmente como Lênin define o parasitismo e a decomposição do capitalismo:
Explicar/identificar a crítica de Lênin sobre o imperialismo:
Explicar qual é o lugar do imperialismo na história:

www.resistir.inf

Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.

Olá Leitores, tudo bem? Tenho certeza que sim; alguns leitores tem  me questionado sobre o "modus operandis" da sistematica desse período conturbado de nossa história, a maioria das perguntas refere-se sobre o momento de transição do império para a república, na verdade, nossa história foi e continua sendo um engodo as classes trabalhadores, desde a “abolição até os dias atuais”, por quê? Se pensarmos a fundo, essa libertação nunca ocorreu, continuamos tão escravos quanto naquela época, continuamos trabalhar para uma nova modalidade de “senhores” não mais de engenho, mas de outros produtos modernizados, adaptados a nossa realidade (tecnologia, capitalismo, consumismo, etc.). Os “camponeses livres da República Velha” que trabalhavam nas fazendas desses coronéis, nada mais eram do que os “escravos libertos”, a nova mão de obra importada da Europa, no caso os italianos; os escravos de fato, sempre continuaram sendo oprimidos devido a sua posição social, cor, status, a ponto de alguns escravos continuarem trabalhando para seus ex-patrões, pois a nova realidade era tão ou mais cruel do que no período em que eram escravos, eles não estavam adaptados a nova realidade, o governo nada fazia para melhorar essa realidade,  ou seja, eles continuavam iguais ou piores do que quando eram oprimidos pelo sistema escravagista.
Os imigrantes que supostamente substituiriam os escravos africanos eram na sua grande maioria, os italianos, haviam outras culturas como os japoneses, ucranianos, espanhóis, mas o grande número de trabalhadores foi mesmo os italianos; o governo brasileiro na época fazia grande propaganda “mundo afora” para que os estrangeiros junto com o novo sistema republicano adentrassem o Brasil adentro e desbravassem, em troca, seriam proprietários depois de alguns anos trabalhando nelas, como tudo no Brasil é um engodo como dito inicialmente, o governo brasileiro pouco fez para ajuda-los, saíram de uma situação de miséria na Itália para “passarem fome no Brasil”, a maioria não recebeu as tão sonhadas terras, se endividaram e não tinham como pagar as dívidas pelos seus exploradores, a situação ficava pior a cada momento, aumentando ainda mais a massa dos desvalidos compostas pelos negros libertos e pelos italianos enganados.
No bojo central dessa questão sobre essa mão de obra, resume-se aos negros que aqui já residiam, foi aumentada pelos imigrantes italianos e os habitantes que já viviam pelas terras brasileiras.


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